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Membros do Poder Judiciário de Pernambuco participaram, nesta segunda-feira (8), do ato pela democracia realizado em frente ao monumento Tortura Nunca Mais, na rua da Aurora, Centro do Recife. A mobilização ocorre exatamente um ano após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, marcados pela invasão de bolsonaristas radicais à Praça dos Três Poderes, em Brasília. A capital pernambucana foi a primeira cidade do país a realizar o ato, que é unificado e deve ocorrer em outras capitais até o fim do dia.  

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Na manifestação, integrantes do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) realizaram discursos em apoio à democracia e em repúdio aos atos golpistas do último ano. O Judiciário, responsável pela prisão e condenação dos participantes nas invasões, tem sido o setor mais atacado pela extrema-direita desde que os manifestantes começaram a ser detidos. 

O ministro do Supremo Alexandre de Moraes, por exemplo, revelou em uma entrevista recente que sua execução estava nos planos dos invasores pertencentes à ala mais radical. Moraes, que possui um histórico de atuação com derrotas ao bolsonarismo, é uma figura marcada por opositores desde o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Até o momento, ⁠65 pessoas continuam presas preventivamente sem terem sido julgadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF); outras oito estão presas já com condenação. Com isso, ao todo, 73 pessoas seguem presas. Desse total, 243 foram presas no dia 8 de janeiro, 1.152 foram para a prisão no dia 9 de janeiro e outras 35 foram presas em operações deflagradas ao longo de 2023. 

Discursos 

Justiça: "Este ato pede que fiquemos vigilantes. Todos nós, que temos a incumbência de defender a democracia. É como diz o pensamento: 'o preço da liberdade é a eterna vigilância'", declarou o desembargador Ulisses Viana, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), citando uma frase do ex-presidente dos Estados Unidos, Thomas Jefferson. 

Ministério Público: "Hoje é dia de reflexão, de se extrair as lições e, unidos, a sociedade civil organizada, poderes públicos, instituições regularmente constituídas e incumbidas de defesa da democracia e da sociedade, a exemplo do Ministério Público, estarmos sempre de mãos dadas e vigilantes, defendendo o nosso bem maior, que é a nossa preciosa democracia. Viva a democracia brasileira”, disse a promotora Deluse Amaral, presidente da Associação do Ministério Público de Pernambuco (AMPPE). 

CAOs/Cidadania: "Esse [a mobilização] é o grande ponto que devemos destacar: a democracia não é uma obra acabada, algo pronto e dado, mas uma construção permanente. E nos últimos anos percebemos a necessidade de estarmos vigilantes para que esta obra siga em pé, rígida, garantindo a todos que, no meio dessa pluralidade, das diferenças, continuemos caminhando para um país que acolha a todos e todas, pretos e brancos, de todas as orientações sexuais, religiões. Só com a articulação permanente entre Estado e sociedade é que conseguiremos deixar isso de pé. O dia 8 de janeiro de 2023 mostrou que estávamos, em muitos aspectos, fragilizados, e que precisamos, mais do que nunca, da memória, da verdade, e da reabilitação das instituições", completou Fabiano Pessoa, coordenador do Centro de Apoio e Defesa da Cidadania (CAOs-Cidadania/MPPE).

 

A capital pernambucana teve, nesta segunda-feira (8), o primeiro ato pela democracia dentro de uma série de atos simbólicos a nível nacional, previstos para este 8 de janeiro. A mobilização "Democracia Inabalada" acontece em repúdio às invasões à Praça dos Três Poderes ocorridas no ano passado, na mesma data. No Recife, o ato foi organizado pela Central Única de Trabalhadores (CUT-PE) e contou com a participação de representantes políticos, do Judiciário, de organizações sociais e sociedade civil. A concentração aconteceu por volta das 9h30, na praça Padre Henrique, ao redor do monumento "Tortura Nunca Mais", que fica na rua da Aurora. 

"A democracia foi duramente atingida [no 8 de janeiro]. Cada banco, cada vidraça, cada ataque desferido à parte material da Praça dos Três Poderes, foi um ataque direto às instituições democráticas deste país. O interesse daquele pessoal era apear o Brasil de um processo democrático. A democracia, com seus problemas, ainda é um dos melhores sistemas de governo, é o mais participativo, e sofreu aquele ataque brutal. Hoje, um ano depois, a gente está repudiando aquele ato e ao mesmo tempo, exaltando a democracia", declarou o secretário de comunicação da CUT, Paulo Ubiratan. 

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“Sem anistia” 

Há exatamente um ano, em 8 de janeiro de 2023, milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Alinhados à ala mais radical do bolsonarismo, os golpistas, além de insatisfeitos com a eleição e posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - a última, à época, tendo acontecido há uma semana -, também defendiam uma intervenção militar e questionavam o resultado das eleições, bem como a confiabilidade das urnas eletrônicas. 

Os ataques levaram à prisão ao menos 1.430 pessoas no último ano, de acordo com a Suprema Corte. Enquanto oposicionistas ligados ao bolsonarismo defendem que há “punitivismo jurídico” contra os vândalos do 8/1, governistas defendem a atuação do Supremo e cobram que, além dos manifestantes, organizadores e financiadores dos atos antidemocráticos também sejam identificados e punidos 

"Não poderá haver anistia para quem tentou abolir a democracia de forma violenta. Houve a quebra da ruptura institucional, da forma que foi proposta, com devido acolhimento e apoio de setores das Forças Armadas - esses, que também devem ser punidos. Alguns já foram, mas nós precisamos saber quem organizou, quem estava por trás, financiando, quem foram as grandes mentes que produziram aquilo. A punição não deve acontecer porque a CUT quer, nem porque a esquerda quer, mas porque a sociedade democrática de direito não pode permitir esse tipo de coisa sem uma devida punição", continuou Ubiratan, da CUT. 

Além da CUT, que organizou o ato, outras representações sociais estavam presentes. Eram elas a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico (Fenet), Humanitás (Unicap), Centro Dom Hélder Câmara, Unidade Popular (UP), Grito pelos Excluídos e o Movimento dos Trabalhadores Cristãos (MTC-PE). 

"A gente não acha que deve ter anistia porque foram atos graves. Concretizaram, no sentido de querer, de fato, prejudicar democracia. Claro, cada cada caso é um caso, e as pessoas devem ser punidas de acordo com a participação. Embora todos que foram ali são pessoas que atentaram contra a democracia, um ou outro ali era inocente, embalado por por alguém, por uma ideologia, mas ainda assim, ciente do que estava fazendo. A gente espera que o STF continue apurando quem realmente esteve à frente, empresários, financiadores", disse Sandra Gomes, representante do Grito dos Excluídos e das Comunidades Eclesiais de Base, parte do MTC. 

Políticos no ato 

O único político presente no ato pela democracia do Recife foi o deputado estadual e ex-prefeito do Recife João Paulo (PT). Os senadores Teresa Leitão e Humberto Costa, do mesmo partido, enviaram representantes até o local. Como a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) está em recesso até fevereiro, representações típicas dos atos de esquerda na capital, como Dani Portela (Psol) - que está no período final da gestação - e Rosa Amorim (PT), não compareceram ao ato. Alguns políticos são esperados no evento organizado pelo Governo Lula, em Brasília, enquanto outros não confirmaram presença por ainda estarem aproveitando o recesso. 

"É muito importante não deixar essa data morrer. Acho que foi o segundo pior momento que tivemos [para a democracia] no Brasil. A primeira com o golpe militar de 1964, e essa tentativa do ano passado, de 8 de janeiro. Atos como esse que podem avivar a importância da democracia, a importância da liberdade de imprensa, da liberdade democrática, da liberdade das organizações, dos sindicatos, e dos partidos políticos”, disse o deputado João Paulo. 

O petista defendeu a atuação do STF diante dos atos golpistas e relembrou que o período de organização das invasões utilizou as redes sociais como instrumento para a elaboração de um golpe. João Paulo chamou o Supremo de “grande defensor” da Constituição Federal e “até mesmo” da democracia. 

"Foi um momento difícil para a sociedade e os partidos políticos, e também um momento em que a esquerda estava muito acuada. O STF cumpriu um papel importantíssimo na manutenção, eu diria, da democracia e da lei. Não pode haver anistia, até porque anistia viria a partir de quem não cometeu nenhum crime, como foi no período da ditadura militar”, completou. 

Verde e amarelo

Para o professor e catequista recifense Fábio Soares, de 42 anos, usar a camisa da Seleção Brasileira de Futebol, nas cores verde e amarelo, virou um sinônimo de ressignificação e até mesmo descontração nos protestos dos quais participa. As principais cores da bandeira do Brasil, cores que também vestem a seleção, foram apropriadas pelo bolsonarismo desde a campanha de 2018. A polarização através das cores chegou a motivar motes, como o "a nossa bandeira jamais será vermelha", que selou a divisão política entre bolsonaristas e petistas.

"É importante fazer esse ato depois de um ano, porque a gente demonstra que a é a favor da democracia. Hoje mesmo eu vim com a camisa [verde e amarela] e o pessoal até brincou, dizendo que era a camisa do Bolsonaro, mas a camisa do Brasil não pertence a nenhum grupo político, a camisa é de todos. Estava até lembrando do falecimento do grande técnico Zagallo, quando ele disse o famoso “vocês vão ter que me engolir”. Essa frase cai totalmente com o propósito de hoje. Quem não gosta e é contra a democracia, contra o voto democrático ou que é a favor da ditadura, tem que engolir, antes de mais nada, a democracia e o livre-arbítrio”, disse Fábio. 

 

Cartazes de fãs e torcedores na arquibancada da modalidade Park, na Rua da Aurora, acompanharam Isadora Pacheco durante toda a etapa do Recife do STU National. Nos dizeres, apenas “Vai, Isa”. E, na final deste domingo (12/11), a skatista simplesmente foi, sempre mentalizando aquela mensagem a cada descida na pista. Mas ela deixou para resolver tudo na última das suas quatro voltas. E o pacote veio completo: título na capital pernambucana que ainda a tornou campeã da temporada 2023 do circuito brasileiro de skate.

Apesar de Isadora ter ganho tudo num só dia, as últimas semanas não foram fáceis. No STU Open Rio, há 15 dias, ela chegou a torcer o pé num treino, na verdade uma torção no quinto dedo do pé. Não houve qualquer fratura, mas a dor ainda incomoda, mesmo com muito anti-inflamatório e fisioterapia. Se já não fosse o bastante, um imprevisto na véspera da final lhe trouxe uma dose extra de emoção. E ela jamais poderia contar com aquilo. Ela mesma fez questão de lembrar e narrar o que aconteceu, logo após o título conquistado.

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“Ontem à noite, no hotel, achei até que tinham me sabotado. Fiquei uns 30 minutos presa no elevador, às vésperas da final. Nunca tinha acontecido isso comigo, foi uma emoção indesejada. Consegui ligar para a Ynd (Yndiara Asp), que se desesperou também e me ajudou”, disse. “Quanto ao pé, tentei nem pensar nele, mesmo ele estando meio deslocado. Ainda está doendo quando ando. Eu deveria até estar descansando, mas a vontade de estar aqui falou mais alto e deu no que deu. Um esforço que valeu a pena. Estou feliz demais”, completou.

Na primeira rodada, Isadora já largava na frente com a maior nota (64,00) dentre as oito finalistas. Na segunda, porém, Dora Varella, que vive grande fase, com o título recente do STU Open Rio, arrancou um 67,17 dos juízes e se colocou no topo. Isa errou sua terceira volta e, apesar do título brasileiro já garantido pela pontuação, só tinha uma última chance para vencer também a etapa. E com outra linha limpa e ainda mais precisa, veio a nota 67,67 e a festa ficou completa. A mais nova campeã brasileira terminou o ano com 42.000 pontos, contra 34.500 da vice Sofia Godoy, terceiro lugar no Recife.

“Vim representando com tudo hoje. E o apoio da galera foi fundamental. Sem dúvida, levarei para sempre Recife no meu coração. E o pessoal com cartazes escrito ‘Vai, Isa’... Olhava para eles antes de dropar e pegava aquela energia. Nunca tinha encaixado três boas voltas numa final. Foi muito style. Vim para cá em primeiro lugar no ranking e com o objetivo de ser campeã brasileira, mas acabou sendo mais do que isso. Ganhei a etapa também. É inexplicável. Se estou feliz?! Caramba! Demais!”, desabafou a campeã.

O STU National do Recife foi apresentado pelo Banco BV, patrocinado pela Prefeitura do Recife, Recentro, Monster Energy, Oi, Tiger e Esportes da Sorte, e homologado pela CBSk. Os parceiros oficiais foram Baw, CBSk, Altermark e Eletromidia, além do apoio da ABPSK e da Drop Dead. A Transamerica Prestige foi o hotel oficial.

RESULTADO FINAL - PARK FEMININO

1 – Isadora Pacheco – 67,67

2 – Dora Varella – 67,17

3 – Sofia Godoy – 66,00

4 – Fernanda Tonissi – 63,00

5 – Helena Laurino – 60,50

6 – Marina Praxedes – 60,00

7 – Yndiara Asp – 57,75

8 – Maitê Demantova – 53,67

Da assessoria

A fase final do STU chegou no Recife, nesta sexta-feira (10). A decisão do campeonato brasileiro de skate, que vai até domingo (12), conta com as modalidades Park e Street. O evento é gratuito e os ingressos podem ser retirados por meio do site Sympla. Já as pistas e toda estrutura da competição estão localizadas na Rua da Aurora, no bairro de Santo Amaro. 

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A pista de Park ficou lotada no primeiro dia do STU Recife. Mateus Moura/LeiaJá

Os melhores skatistas do Brasil estão presentes na capital pernambucana visando o título de campeão brasileiro. Vale lembrar que as modalidades Park e Street fazem parte das Olimpíadas, sendo competidos no feminino e no masculino.

Esta é a segunda vez que Recife sedia a final do STU, sendo a primeira em 2022, quando Raicca Ventura e Luiz Francisco foram campeões pelo Park. Já Gabi Mazetto e João Lucas Alves venceram no Street. 

O público recifense abraçou novamente o evento, tendo muita pluralidade na plateia do evento, pessoas de todas as idades presenciaram o evento. É o caso de Paula Santos, que levou seu filho de 5 anos para presenciar a competição “ Hoje eu vim porque meu filhinho adora skate, ele adora a competição, vamos vir hoje (sexta-feira) e amanhã (sábado). A gente tá aqui, esperando que seja tudo de bom, maravilhoso”, é o que disse a Advogada de 36 anos. 

Pessoas de todas as idades compareceram ao evento. Mateus Moura/LeiaJá

Já Paulo Ferreira vê a importância de competições desse porte acontecendo na cidade. “O evento tá muito bonito, seria muito bom que eventos desse tamanho viessem para Pernambuco. Porque eles são muito motivacionais, para alegrar, para impulsionar o esporte. E o esporte é tudo”, afirma o profissional de TI de 42 anos.

Ruan Lucas Reis afirma que o STU Recife vai valorizar o skate na capital pernambucana. “Vai ser algo que vai mudar bastante a visão que as pessoas daqui têm do skate. Vai valorizar os atletas daqui do estado”, foi o que disse o estudante de 20 anos. Além disso, ele completou falando da ansiedade que sente para o evento que conta com grandes estrelas do esporte.

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O STU Recife segue até domingo com a programação recheada. Enquanto a modalidade feminina se inicia apenas no sábado (11). Confira a agenda completa: 

Sábado (11/11)

9h às 10h – Treino livre Paraskate Street

10h às 12h – Treino livre Street feminino

10h15 às 11h45 – Treino livre Park feminino

12h20 às 13h50 – Semifinal Street feminino (ao vivo SporTV e TikTok STU)

13h50 às 15h50 – Semifinal Park feminino (ao vivo SporTV e TikTok STU)

15h50 às 17h20 – Semifinal Street masculino (ao vivo SporTV e TikTok STU)

15h50 às 17h20 – Treino livre Park masculino

17h20 às 19h20 – Semifinal Park masculino (ao vivo SporTV e TikTok STU)

19h30 às 20h20 – MONSTER VISION

Domingo (12/11)

10h às 11h – Treino livre finalistas Paraskate Street

11h às 12h – Final Park masculino (ao vivo Esporte Espetacular, TV Globo)

12h50 às 13h50 – Treino livre finalistas Street feminino

13h às 13h50 – Treino livre finalistas Park feminino

13h50 às 15h – Final Park feminino (ao vivo SporTV e TikTok STU)

13h50 às 14h50 – Treino livre finalistas Street masculino

15h às 16h – Final Paraskate Street (ao vivo TikTok STU)

16h às 17h10 – Final Street feminino (ao vivo SporTV e TikTok STU)

17h10 às 18h20 – Final Street masculino (ao vivo SporTV e TikTok STU

O Partido dos Trabalhadores de Pernambuco PT-PE vai realizar uma mobilização na próxima quinta-feira (11), às 15h, em frente ao Ginásio Pernambucano da Rua da Aurora, na Boa Vista, na área central do Recife.

O ato é em defesa da democracia e pelas eleições livres, em comemoração do Dia Nacional de Mobilização, celebrado no dia 11 de agosto. 

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Uma colisão entre dois ônibus e um carro de passeio, na tarde desta sexta-feira (10), na Rua da Aurora, localizada na área central do Recife, de acordo com o Corpo de Bombeiros de Pernambuco, deixou sete feridos. Ainda segundo a corporação, o acidende ocorreu por volta das 16h15 e foram mobilizadas três viaturas de moto resgate, auto resgate e comando operacional.

No local, foram atendidas sete vítimas, sendo que quatro recusaram ser conduzidas a hospitais do município. Dos feridos que permaneceram no local, um foi levado pelos Bombeiros para o Hospital da Restauração, localizado no bairro do Derby, também no centro da capital pernambucana, porque se queixava de dor de cabeça. À imprensa, a corporação afirmou que a vítima é do sexo feminino e tem 35 anos.

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Os demais envolvidos no acidente foram socorridos pelo SAMU.

Com a entrega de 50 metros do Cais da Aurora, no trecho em frente à Assembleia Legislativa, nessa terça-feira (28), a Prefeitura do Recife inaugurou um balanço com o letreiro iluminado "Aqui Nasce o Atlântico". Em referência ao ‘Marco Zero’ do Oceano, uma rosa dos ventos foi fixada no chão do novo cartão postal, que também ganhou bancos, mesas e lixeiras.

De acordo com a gestão, a ideia do espaço de convivência partiu de uma antiga brincadeira sobre o encontro dos Rios Capibaribe e Beberibe formar o Oceano Atlântico.

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Durante a inauguração do primeiro trecho, o prefeito João Campos (PSB) destacou a irreverência em torno da lenda e apontou que local foi pensado os visitantes contemplarem a cidade.

Novo ponto turístico

"Aqui fizemos um espaço instagramável, onde você pode vir, tirar foto, postar. Estamos também conversando com as operadoras de turismo da cidade para aqui passar a ser um novo ponto, um novo destino turístico, que aqui a gente possa, além do recifense curtir, trazer pessoas de outras cidades para conhecer, curtir e celebrar o nosso Recife”, comentou.

Com a proposta de transformar o Cais da Aurora em um parque linear, outros trechos já estão em obras e devem ser entregues no primeiro trimestre do próximo ano. O projeto prevê sete varandas para os próximos quatro anos.

“Duas varandas que já estão em andamento serão entregues em março do ano que vem, e as demais varandas estão em fase de elaboração de projeto”, apontou a secretária de Infraestrutura do Recife, Marília Dantas.

Os monumentos do caranguejo e do Galo da Madrugada foram levados para outros pontos do novo parque.

Roda gigante solidária

Para movimentar o novo atrativo neste fim de ano, no último dia 21, a Secretaria de Turismo e Lazer colocou uma roda gigante de 12 metros com capacidade para 24 pessoas em frente ao Ginásio Pernambucano.

Para se divertir é preciso levar um quilo de alimento não perecível e o comprovante de vacinação com duas doses aos maiores de 12 anos. O brinquedo funciona das 16h às 20h, até esta quinta (30).

Câmeras de monitoramento registraram o momento em que Celia Cezaria de Barros, de 60 anos, foi atingida na cabeça pelo que parece ser um pedaço da faixada do Edifício São Cristóvão, na manhã desta segunda-feira (8). Ela morreu enquanto passava na Rua da Aurora a caminho da Avenida Conde da Boa Vista, ambas na área central do Recife.

Mesmo com pastilhas semelhantes às do prédio, as autoridades ainda não confirmaram se a pedra realmente pertencia a construção, nem se foi atirada por alguém ou desprendeu-se. O proprietário de uma das salas indicou que o edifício, inclusive o telhado, passou por manutenção.

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Atenção! O vídeo contém imagens fortes:

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Uma mulher, de 60 anos, identificada como Celia Cezaria de Barros, morreu por volta das 9h desta segunda-feira (8) após ser atingida por uma pedra na Rua da Aurora, área Central do Recife. Testemunhas indicam que um pedaço da faixada de um edifício pode ter se desprendido e acertado a cabeça da vítima.

"Uma pessoa veio correndo desesperada e disse que uma pessoa caiu na calçada, 'parece que uma pedra acertou ela'. A gente saiu e o pessoal do condomínio já tava tentando fazer qualquer tipo de atendimento", relata o proprietário de um escritório do Edifício São Cristóvão, que prefere não se identificar.

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Ele chegou a pedir ajuda a uma unidade particular de saúde próxima ao local do acidente, mas o profissional que tentou socorrê-la já a encontrou sem vida. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e confirmou o óbito.

Apesar de ressaltar a manutenção do prédio, o proprietário de uma das salas do edifício não descarta a possibilidade de que parte da construção tenha caído na vítima. "Por mais que aqui já tenha sido feito reformas, inclusive já foi feita no telhado. Nunca aconteceu pedra, nem gesso, nem pó, nada que eu saiba que tenha acontecido aqui na calçada [...] ou foi alguém jogando uma pedra ou uma pedra caiu da fachada", sugere.  

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O Instituto Médico Legal (IML) já retirou o corpo do local. Agentes do Instituto de Criminalística (IC) seguem na realização da perícia.

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Na manhã desta quarta (11), uma das estátuas que compõem o Circuito da Poesia, no centro do Recife, foi devidamente restaurada. Após passar por um ato de vandalismo, no último mês de setembro, a estátua do escritor e poeta Ariano Suassuna foi restaurada e colocada de volta ao seu lugar, na Rua da Aurora. Essa é uma das obras que integra o circuito que homenageia personalidades da arte pernambucana. 

O monumento, feito pelo artista plástico Demétrio Albuquerque, tem 1,8 metro e foi instalado em frente ao Teatro Arraial Ariano Suassuna, na Rua da Aurora, em 2017. A obra já foi alvo de vandalismo por duas vezes: em março de 2020,  quando teve o nariz quebrado;  e no mês de setembro do mesmo ano, quando foi derrubada ao chão. 

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Após o último incidente, a estátua passou por reparos e foi colocada de volta ao seu lugar nesta quarta (11). Segundo a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), os reparos foram feitos com dinheiro de doações. “O custo do serviço ficou em torno de 6.000,00 e só foi possível ser feita com ajuda de doações da família do homenageado. Que pagaram diretamente ao artesão”.  

Juliano Holanda vai abrir as portas de sua casa para sua primeira  live oficial, neste sábado (15). Tomando emprestada a Rua da Aurora, onde vive, como cenário, o cantor e compositor promete um clima intimista e de aconchego para a apresentação online que percorrerá o repertório de sua carreira. O show começa às 16h e será exibido no canal do artista no YouTube.

Acompanhado de seu violão, Juliano vai tocar e cantar músicas que marcaram sua trajetória artísticas. O setlist conta com composições próprias e parcerias do artista com diversos músicos e amigos. As canções mais recentes também terão lugar na apresentação, como Eu, cata-vento, lançada no último mês de maio. 

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A live conta com a produção da Anilina Produçõe; cenário assinado por Mery Lemos; e imagens pelos fotógrafos Tiago Calanzans e Rafa Medeiros. A proposta é oferecer ao público uma narrativa audiovisual ousada e sensível, unindo poesia, arte e o visual estonteante da Rua da  Aurora.

No próximo sábado (5), acontecerá a abertura do Aurora Summer League, competição promovida pelo Projeto Aurora. O torneio, que vai reunir 16 times de basquete da Região Metropolitana do Recife, também marca a revitalização da quadra multiuso da via.

“Utilizamos a quadra para treinar nossas equipes e o espaço já demandava uma revitalização. Como vivemos de parcerias, nos mobilizamos mais uma vez para conseguir doações de tinta, de outros materiais e o trabalho voluntário dos atletas e de pessoas interessadas em contribuir”, afirma João Paulo, idealizador do projeto.

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Mais que uma disputa, às 13h30 deste sábado, o Aurora Summer League objetiva dar visibilidade ao basquete, aproximando e dando oportunidade a pessoas de baixa renda que praticam a modalidade.

Os 16 times estão divididos em quatro grupos. Os dois melhores de cada seguirão para as chaves finais. Os vencedores serão definidos no dia 27 de janeiro. “Cobramos um valor simbólico para a participação porque o que queremos é integrar e dar oportunidade para os talentos e para o público, que poderá assistir às disputas”, completa.

 

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Uma viatura da Polícia Militar (PM) colidiu com uma caminhonete no cruzamento da Ponte do Limoeiro com a Rua da Aurora, no centro do Recife, nesta terça-feira (30). Os dois policiais que estavam no veículo e o motorista do outro carro foram socorridos, mas não tiveram ferimentos graves.

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De acordo com o cabo Edson Maciel, as primeiras informações apontam que a viatura estava vindo da Avenida Norte. O outro condutor – identificado como Paulo Galdino, de 54 anos, vigilante – vinha do Centro no sentido Olinda.

“Segundo o senhor Paulo o sinal estava verde para ele, mas as autoridades é que vão identificar o que ocorreu”, afirmou o policial. Agentes de trânsito foram deslocados para o local e a área foi isolada.

O coordenador e agente da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), Ricardo Campos, também afirmou que só após a perícia poderá concluir o que ocasionou o acidente. “Nós só podemos afirmar depois que for verificado nas câmeras da nossa Central”.

Os soldados Douglas Weldo de Araújo, 25, e Everton Gutemberg da Silva Cabral, 26, do 16º BPM, foram levados para o Hospital da Polícia Militar, no bairro do Derby, área central da capital pernambucana. O outro motorista seguiu para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR).

O choque entre os veículos também afetou a rede elétrica da via. A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) foi acionada para reparar os fios cortados.

Cangas colorindo a grama, música aos acordes de um violão. Cidadãos de diversas faixas etárias, ciclistas atentos à explanação. Esses e outros elementos abrilhantaram a tarde deste domingo (2) na Rua da Aurora, um dos principais pontos do Centro do Recife. Ao lado do representativo monumento ‘Tortura Nunca Mais’, o projeto ‘História ao Ar Livre’ chegou à décima edição com uma aula que destrinchou a temática “Histórias que não devem ser esquecidas: 1964 a 1985”.

O evento, aberto ao público, reuniu cerca de 500 pessoas. Muitas delas jovens estudantes, que em novembro deste ano vão encarar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em pauta, uma séria discussão acerca da Ditadura Militar no Brasil, que foi de um resgate dos capítulos do passado aos atuais debates de defende a volta do regime ditador. 

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Um dos idealizadores do projeto, o professor de história Rodrigo Bione ressaltou que, em primeiro lugar, a ação valoriza os espaços públicos do Recife. Outro objetivo é ensinar história de maneira gratuita e reflexiva, não com intuito único de preparar os participantes para provas educacionais, mas possibilitar uma análise sobre os fatos históricos que marcam a sociedade brasileira.

“O projeto busca valorizar os espaços públicos do Recife. A gente acredita que cidade viva é a que tem as pessoas na rua. Se divertir é também ocupar, conversar. Escolhemos a Rua da Aurora porque, como o tema tem a ver com o período ditatorial militar, esse é um local simbólico, tem o monumento Tortura Nunca Mais, entre outras coisas”, explica Bione.

“Temos um problema histórico que as pessoas esquecem muito fácil as coisas. E a gente vê a ascensão de movimentos que pedem a volta da Ditadura Militar e até mesmo da tortura. A ideia é a gente evitar erros do passado. É fundamental entendermos que a nossa democracia tem suas falhas, mas mesmo com a democracia falha, é melhor corrigir essas falhas e não destruir essa democracia”, acrescentou o professor de história.

A estudante Beatriz Percílio, 16 anos, natural de Olinda, aproveitou o domingo durante a aula ao ar livre. “É bom falar sobre a Ditadura para informar a quem não sabe. O governo teria sim que investir nisso, mas pelo visto não quer, porque informação é poder. Nas escolas, muitas vezes, a gente não tem aula sobre o assunto com frequência e quando tem, é algo muito superficial. Uma aula como esta ajuda muita a entender”, opina a jovem.

Moradora da cidade de Paulista, Região Metropolitana do Recife, Beatriz Santiago (à esquerda da foto, e sua amiga Beatriz Percílio de amarelo), 16, foi à Rua da Aurora acompanhar o aulão. Para ela, a ação é bastante positiva. “Achei maravilhoso, principalmente para quem está precisando de umas aulas e não tem condições de pagar por isso. É muito importante para a educação”, disse a estudante.

Convidado especial para conduzir a aula deste domingo, o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Paulo César Gomes ressaltou a aula como ação urbana, além do seu cunho histórico, político e social.  “Há a ocupação do espaço público e ao mesmo tempo é possível falar sobre o tema que tem se tornado cada vez mais recente, não só pela Ditadura Militar, mas pela permanência autoritária no momento presente e de que maneira essas pessoas podem ser vinculadas e como a história pode nos ajudar a compreender como chegamos até aqui. Tudo isso neste momento em que a gente observa o crescimento de movimentos autoritários e até mesmo fascistas”, declarou Paulo César.

As próximas edições do projeto ‘História ao Ar Livre’ podem ser vistas na página oficial da iniciativa. Confira no vídeo a seguir alguns momentos do evento:

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Neste domingo (2), a saudosa Rua da Aurora, no Centro do Recife, terá um momento dedicado à educação. Em sua décima edição, o projeto “História ao Ar Livre”, idealizado pelos professores Luiz Paulo Ferraz e Rodrigo Bione, será realizado na via recifense destrinchando a temática “Histórias que não devem ser esquecidas: 1964 a 1985”.  

Gratuita e aberta ao público, a aula está marcada para 15h, ao lado do monumento ‘Tortura Nunca Mais’. Discussões, música, poesia e interação com os participantes são as atividades previstas para o encontro, que terá como convidado especial o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Paulo César Gomes, idealizador do projeto “História da Ditadura”.

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Podem participar do evento universitários, estudantes de ensino médio, professores e as demais pessoas interessadas no assunto. “Nosso objetivo é levar o ensino de história aos espaços públicos, numa perspectiva de aula mais abrangente, dinâmica e lúdica, com o uso de música e poesias”, explica o professor Luiz Paulo Ferraz, conforme informações da assessoria de imprensa. 

“Vamos tratar de algumas visões míticas que permeiam certas memórias criadas sobre esse passado, que é um dos temas mais investigados por pesquisadores brasileiros. Ainda assim, alguns setores têm menosprezado evidências históricas inquestionáveis sobe as atrocidades cometidas pelo Estado brasileiro no período”, destaca o professor Paulo César Gomes. 

A organização da aula sugere que os participantes levem cangas, esteiras ou bancos para acomodação durante a explicação. Mais detalhes podem ser obtidos na página oficial do projeto no Facebook.

Um acidente de motos no Centro do Recife, que envolveu três pessoas, deixou dois homens feridos na tarde deste sábado (21). De acordo com testemunhas que viram o momento da batida, os motociclistas seguiam pela Rua da Aurora, em frente ao Cinema São Luiz, quando um dos condutores tentou dobrar à direita para acessar a Ponte Duarte Coelho, atingindo a lateral de um veículo que tentava seguir em frente. 

O passageiro da garupa, também um homem, foi o único que saiu ileso do acidente. O motoqueiro que carregava esse passageiro e o piloto da outra moto foram atendidos por um policial militar, por guardas da Companhia de Trânsito e Transporte (CTTU), além de serem socorridos pelo Corpo de Bombeiros. A identidade e a idade dos envolvidos não foram reveladas. 

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Segundo os Bombeiros, um dos feridos sofreu uma fratura exposta no pé que ocasionou uma hemorragia venosa, enquanto a outra vítima não apresentava ferimentos visíveis, mas estava deitado na maca e utilizando um colar cervical por medidas de segurança, mas aparentava estar fora de perigo e se encontrava consciente.

A vítima que apresentou a fratura foi socorrida pelos bombeiros para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Torrões, bairro da Zona Oeste do Recife. 

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Um passeio pela Rua da Aurora, no Centro do Recife, proporciona um grande aprendizado cultural. Nessa importante via da capital pernambucana os cidadãos podem apreciar o Circuito da Poesia e reviver momentos importantes da literatura brasileira.

Nesta semana, o monumento do escritor Ariano Suassuna, localizado exatamente na Rua da Aurora, abrilhanta o programa Vai Cair No Enem. O professor Diogo Xavier mostra assuntos sobre Ariano que podem ser cobrados no Exame Nacional do Ensino Médio. Confira:

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O Teatro Arraial continua recebendo os concertos que integram a programação do Aurora Instrumental, festival destinado à renovação da música instrumental sendo ponto de encontro entre músicos e público. Nesta quarta (2), se apresenta Henrique Albino Trio, às 19h30.

Com o propósito de fomentar a música instrumental no Recife, o Aurora escolheu o centro da cidade para concentrar músicos e fãs deste estilo musical. O festival abriu sua primeira temporada no início de abril, com show do Spok Quinteto, fundado e liderado pelo maestro Spok, e, agora, segue com uma agenda de shows que contam com nomes como Gilú Amaral, Hugo Lins, Zé da Flauta e Vinícius Sarmento, entre outros.

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Para esta primeira edição do Aurora, os espetáculos foram concentrados no teatro Arraial, na região central da cidade. Porém, a ideia é circular com o projeto e levá-lo a outros lugares, bem como abrir o palco para músicos de outros estados do brasil. Os ingressos para os primeiros shows podem ser comprados pela internet.

 

Programação - 1ª temporada

 

02/05 – Henrique Albino Trio

 

16/05 – Vinícius Sarmento

 

16/05 – Gilú Amaral

 

23/05 – Rivotrill

 

30/05 – Hugo Linns

 

06/06 – Quartetubas

 

13/06 – Zé da Flauta

 

20/06 – Anderson do Pife e Banda Zé do Estado

 

Serviço

Aurora Instrumental

Quarta (2) | 19h30

Teatro Arraial (Rua da Aurora, s/n - Boa Vista)

R$ 20 e R$ 10

 

O relógio marca 19h no Centro do Recife. Em plena segunda-feira, a iluminada quadra, ao lado do Skate Park na Rua da Aurora, recebe um grupo de mulheres. Uma bola, algumas chuteiras, afinal nem existe a obrigação do uso do calçado, e muitas risadas. As peladeiras chegaram para mais uma noite de muito futebol.

Não há novidade alguma em dizer que este grupo, com idade média entre 18 e 25 anos, gosta de jogar futebol. Afinal essa é a rotina do Aurora F.C desde o dia 13 de janeiro de 2016. Porém, ter a coragem de ocupar o espaço público e aguentar certas situações erradas, mas corriqueiras, do cotidiano na cidade, é algo inspirador.

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Tudo começou com um grupo. Organizado entre amigas que buscavam bater bola na quadra de um prédio mas acabaram sendo barradas. Daí, era hora de procurar o equipamento da cidade. O local escolhido é costumeiramente ocupado por homens. Tanto que de início foi preciso encarar algumas situações chatas. Em conversa com os usuários, as meninas ouviram que não tinham preferência para jogar por serem mulheres.

"O conceito surgiu da prática. Só quando começamos a jogar foi que realizamos o fato de sermos o único grupo de mulheres jogando em quadra pública. No começo algumas pessoas passavam de bicicleta dentro da quadra, alguns meninos ficavam chutando bola para dentro também e a gente pedia para sair. Até que, com o tempo, fomos conquistando o espaço, e o respeito do entorno", destaca a advogada Andrielly Gutierrez.

Até por esse período já de estabilidade, e até certa tranquildade para as jogadoras do Aurora F.C, que um episódio no último dia 4 foi marcante. Por meio de uma postagem no Facebook, o grupo denunciou a atitude machista de um único homem para impedir a realização da pelada. Sozinho, o indivíduo alegou que não deixaria a quadra por ter chegado mais cedo e, quando acabou cedendo à inferioridade numérica, ameaçou trazer outros homens para expulsá-las. 

"Foi até estranho para nós. Não o fato de um homem ser infantil com mulheres que jogam bola, mas um único cara, sozinho, não deixar a gente jogar, mesmo sabendo que estamos há quase dois anos com esse horário reservado. Dissemos que era possível ele jogar depois de terminarmos, ou até estabelecer um horário, porém não havia acordo", contou Andrielly.

Problema resolvido, ao menos por enquanto. A ameaça de voltar com outros para expulsar as jogadoras na base da força não foi cumprida. E mesmo que houvesse, a Guarda Municipal marcou presença para garantir a tranquilidade do grupo. O LeiaJá visitou a pelada e conversou com algumas integrantes para explicar mais sobre a iniciativa exemplar.

Conheça o Aurora F.C.:

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O relógio mal se aproxima das 12h e começam os preparativos para o almoço coletivo. Duas panelas de alumínio são postas em uma fogueira montada de forma improvisada com tijolos na calçada. Os pratos, talheres e vasilhas são limpos por água potável, coletada de um poço com encanamento para a superfície. De um lado, um grupo cuida da limpeza e com baldes e vassouras retira toda sujeira e mau cheiro do ambiente. Do outro, sentados em um batente de concreto, a conversa se guia pela temática da falta de segurança em morar na rua. De repente, uma discussão se inicia. O grupo de amigos, ou a família, como preferem ser chamados, debatem sobre as pessoas que não ajudam na preparação das refeições, pouco fazem pelo lar, e querem comer em primeiro lugar. 

A cena, típica de uma comunidade, se passa em um quiosque construído na Rua da Aurora, no bairro da Boa Vista, e reformado no ano de 2014 pela Empresa de Urbanização do Recife (URB) para servir de posto de policiamento 24 horas da Guarda Municipal e da Polícia Militar. Se por um lado, o local segue abandonado e em desuso pelo poder público, por outro, moradores em situação de rua fazem dele seu novo lar. Nos quiosques desativados, um grupo de doze pessoas dorme, se alimenta, toma banho e zela pelo local com faxinas diárias para espantar as moscas e o mau cheiro, já que fica a margem do rio. As tarefas são divididas igualmente como acontece em outros locais de moradia privada.

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Instalado no Cais da Aurora, em frente à Secretaria de Planejamento e Gestão do estado (Seplag), o quiosque e suas imediações evidenciam a Rua da Aurora de contrastes, da miséria ao luxo. Idealizada e evocada nos antigos versos de Manuel Bandeira, a Aurora tornou-se um pequeno demonstrativo da desigualdade social da capital pernambucana. De um lado é nostálgica, banhada pelos rios Capibaribe e Beberibe. Do outro, foi alcançada pelo fenômeno da especulação imobiliária no centro do Recife. Empreiteiras e construtoras viram na região um polo de moradia pouco explorado pelo mercado e com boas perspectivas de lucro. 

Da pista com ares desertos habitada no passado por residências históricas à apariação de arranha-céus como o "Jardins da Aurora" e o "Aurora Trend", o morador de rua Andreu, de 43 anos, acompanhou as mudanças de perto. Vivendo há 17 anos na Rua da Aurora e ocupante do quiosque, Andreu diz que o local era uma pista cheia de mato e agora os prédios se perdem no horizonte. Para ele, as estruturas verticais trazem mais beleza ao que deveria ser, em sua opinião, o cartão postal do Recife. 

"Eu acho que deveriam ser feitos mais prédios porque a gente precisa é de moradia. Mas são muitos com tanto e muitos sem nada", diz Andreu, enquanto observa a fachada do Arcos da Aurora Prince, torre de 36 andares localizada em frente ao quiosque, do outro lado da pista. Enquanto explica como veio morar dentro da estrutura desativada da Prefeitura do Recife, o morador relembra que a rotina é difícil, apesar de parecer seguro dentro da estrutura. "Eles já nos expulsaram mais de dez vezes daqui. O pessoal da Guarda Municipal e da Dircon diz que o quiosque não é lugar de moradia. Mas a rua é?, questiona. 

Natural de São Paulo e criado nas ruas da 25 de Março, Andreu demonstra ter o espírito de liderança e é o responsável por organizar tudo e delegar funções na moradia temporária. "Cuidamos do local, impedimos roubos aqui e limpamos todos os dias. A gente também é ser humano. Não é pra chegar aqui e nos colocar pra fora dando choque e paulada, como fazem. Vamos voltar porque não somos animais", diz. Um outro morador do local, Manoel Nascimento, de 58 anos, ouve e concorda com a afirmação. 

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Há dez anos morando na rua por conta de uma separação inesperada com a ex-esposa, Manoel viveu anos nas ruas paralelas à Avenida Conde da Boa Vista, mas quando descobriu a Aurora viu uma chance de ter mais sossego pela calmaria da região. "Ninguém quer viver na rua. Mas aqui pelo menos, temos energia, água encanada, um bebedouro com água gelada que nos foi doado, um cadeado para nos trancar quando a gente dorme. É o básico, mas traz paz", relata. Ele diz que o o prefeito do Recife, Geraldo Julio, costuma passar pela Aurora e não os cumprimenta nem com um bom dia. 

Única mulher do grupo de doze moradores, Dália, de 35 anos, discorda de Manoel e não acha o local seguro e digno de moradia. Enquanto foge da realidade inalando cola de sapateiro em uma garrafa pet de 250 ml, ela lamenta a situação que se encontra. "Não tem conforto, não tem roupa e nem comida. Eu preferia ir para um lugar mais confortável. Todo mundo se ajuda aqui com um real ou dois, a gente compra comida e divide. Mas eu queria ter um cantinho pra morar porque vivem levando meus pertences que já não são muitos", conta. 

"Reformas para quem?" 

Em janeiro de 2016, a Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), entregou à população a requalificação do Cais da Aurora, que contemplou a melhoria da iluminação, reposição de guarda-corpo, a recuperação de calçadas e o conserto dos equipamentos dispostos ao longo da via, como mobiliários urbanos e equipamentos de lazer. O investimento foi de R$ 2 milhões. 

Já no início de 2017, de acordo com a gestão municipal, a Emlurb concluiu mais uma obra de revitalização em uma área de 900 metros quadrados, no Cais da Aurora, anteriormente ocupado por um posto de gasolina. O local foi transformado em mais uma opção de convivência para os frequentadores. Os serviços incluíram a ampliação do passeio, implantação de grama e plantio de novas mudas. O projeto, que custou R$ 78 mil, foi previamente discutido com os moradores da Rua da Aurora.

Para Andreu, as reformas só contemplam a parte física da Aurora, mas não olha para o lado humano de quem vive realmente nela. "Do que adianta, uma Rua da Aurora tão bonita com um monte de morador de rua dormindo pelas praças, pelas calçadas e pelos quiosques porque não têm onde morar?", questiona. Para ele, que ganha dinheiro cuidando dos carros em um estacionamento da via, a esperança é que todos sejam levados para abrigos ou ganhem um auxílio-moradia para recomeçar. 

"Eu daria minha palavra que nenhuma de nós voltaria a ocupar esse local público. Eu queria um auxílio, um pedaço de terra. Cabia nós tudinho. Isso não faria diferença no bolso dele. Quero mostrar que a gente também existe e precisamos de ajuda. A sociedade também pode colaborar com nossa situação. Tem muita gente que nos olha com desprezo. Somos gente, é a mensagem que quero deixar", pontua. 

Com medo de uma nova represália pelos funcionários da Guarda Municipal, um dos moradores preferiu não se identificar, mas afirmou que apesar morar em um posto policial desativado, a segurança na Aurora aumentou com a presença dos moradores de rua ocupando a estrutura. "Estamos aqui e ficamos acordados praticamente 24 horas. Nossa presença faz a diferença", diz. 

Prefeitura garante ativação do posto para Agosto

Procurada pela reportagem do LeiaJa.com para esclarecer como é feito o mapeamento dos moradores em situação de rua no Recife, a Prefeitura informou que monitora os moradores de rua que vivem na Rua da Aurora através do Serviço Especializado em Abordagem Social de Rua (SEAS). De acordo a gestão municipal, a Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Política sobre Drogas e Direitos Humanos "mapeia as pessoas em situação de rua em toda a cidade e trabalha com a sensibilização e orientação, visando o resgate da cidadania e a retirada consensual dessas pessoas das ruas", conforme informações oficiais da nota de resposta. 

Apesar da constatação do LeiaJa.com de que mais de doze moradores vivem no quiosque e afirmam não receber propostas de encaminhamentos para abrigos para saírem do local, a Prefeitura do Recife informou que apenas quatro pessoas vivem na Rua da Aurora. Dessas, três solicitaram acolhimento e estão aguardando vaga numa das casas de acolhida da gestão. "A quarta pessoa não teve interesse em acolhimento; apenas solicitou atendimento médico do Consultório na Rua. Uma quinta retornou para a casa da família". 

Por meio de nota, a prefeitura também explicou como é feito o processo de abordagem dessas pessoas que vivem nas ruas. "Sempre que há aceitação, as equipes do SEAS fazem os encaminhamentos para acolhimento, retirada de documentos, acesso à rede de saúde, inclusão em programas e benefícios sociais e tentativa de reintegração com a família". 

Questionada sobre o abandono do quiosque da Guarda Municipal da Aurora e sobre seu devido uso, a Secretaria de Segurança Urbana do Recife informou que o mesmo passará por uma requalificação para, em agosto, se tornar um posto fixo da corporação. Sobre o futuro dos doze moradores que vivem no local e fazem dele um lar, a gestão não comentou para onde serão encaminhados e qual planejamento para evitar novas ações de retirada violentas. 

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