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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, opinou nesta quinta-feira, 19, que o ex-deputado federal Roberto Jefferson, condenado por participação no mensalão, deve ser recolhido a um presídio. Alegando problemas de saúde, Jefferson pediu autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para cumprir em casa a pena de 7 anos e 14 dias no regime semiaberto.

Delator do esquema, o ex-parlamentar sofreu no ano passado cirurgia para extração de um tumor no pâncreas e, segundo seus advogados, necessita de tratamento médico constante e alimentação controlada, com itens como salmão defumado e geleia real, o que não seria possível em nenhum presídio do País.

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O presidente do STF, Joaquim Barbosa, deverá decidir nos próximos dias o destino de Jefferson. Ele ainda tem de resolver se o ex-deputado federal José Genoino, também condenado no processo do mensalão, ficará em prisão domiciliar ou cumprirá a pena na cadeia. Em novembro, Genoino ficou preso no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília, por menos de uma semana, mas deixou o local após reclamar de problemas cardíacos. Atualmente ele está em prisão domiciliar.

De acordo com informações divulgadas pela Procuradoria Geral da República, a Divisão Médico Ambulatorial da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro comunicou que Jefferson pode ser acompanhado por clínico e ter consultas periódicas com oncologista do sistema público. A secretaria também assegurou que não há impedimentos para que a dieta e a medicação necessárias sejam fornecidas ao ex-deputado.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que determine a realização de uma diligência na unidade prisional para onde pretende mandar o ex-deputado Roberto Jefferson para verificar se o estabelecimento tem condições de prestar atendimento adequado a ele. Condenado por envolvimento com o esquema do mensalão, Jefferson foi submetido no ano passado a uma cirurgia para extrair um câncer do pâncreas. A defesa quer que ele cumpra a pena em casa.

Em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), Janot afirmou que tanto um laudo apresentado pelo ex-deputado quanto o preparado por uma junta médica do Instituto Nacional de Câncer (Inca) reconhecem que Jefferson precisa usar de forma regular medicamentos e deve manter uma alimentação controlada.

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"Embora exista uma conclusão inicial do laudo médico da junta designada no sentido de que não há imprescindibilidade de que o tratamento seja feito na residência ou mediante internação em unidade hospitalar, é essencial que seja feita diligência junto à unidade prisional para que informe, com a máxima urgência possível, se aquele local tem condições de permitir que o apenado cumpra rigorosamente com o atendimento médico recomendado", afirmou.

Nos próximos dias, o presidente do STF e relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, deverá decidir se Jefferson e o ex-deputado José Genoino serão encaminhados para uma penitenciária ou se ficarão em prisão domiciliar. Genoino esteve no complexo penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, por alguns dias em novembro, mas foi transferido para prisão domiciliar após reclamar de problemas cardíacos. Janot é a favor de que Genoino continue em prisão domiciliar.

Em outro parecer enviado ao STF, o procurador recomendou que o tribunal autorize a transferência do ex-deputado Romeu Queiroz para uma penitenciária em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Condenado a 6 anos e 6 meses de prisão no regime semiaberto por participação no esquema do mensalão, Queiroz cumpre atualmente a pena no complexo penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.

Ele quer ser transferido para Minas Gerais, onde vivem sua mulher e filhos. O ex-parlamentar também pediu autorização para trabalhar na própria empresa, a RQ Participações. Como cumpre pena no regime semiaberto, Queiroz pode pleitear o direito de deixar a prisão durante o dia para trabalhar. Mas tudo tem de ser autorizado pela Justiça.

De acordo com a defesa de Queiroz, os órgãos responsáveis pelo sistema prisional em Belo Horizonte informaram que existe vaga no regime semiaberto. Para o procurador, a jurisprudência reconhece o direito do preso de cumprir a pena próximo à família. Mas ele fez questão de ressaltar que eventuais imperfeições no estabelecimento prisional não devem servir de fundamento para pleitear eventuais vantagens.

Em outros documentos enviados ao STF, Janot posicionou-se contra recursos movidos por réus do mensalão, entre os quais Genoino, que tentam garantir um novo julgamento para alguns crimes, como formação de quadrilha. Na opinião do procurador, as condenações impostas pelo Supremo devem ser mantidas integralmente.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomendou nesta segunda-feira (2), a prisão imediata do ex-deputado Bispo Rodrigues, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão a 6 anos e 3 meses por corrupção e lavagem de dinheiro. Janot enviou parecer nesta segunda-feira ao STF contrário ao recurso da defesa do ex-deputado.

Na semana passada, Janot havia pedido a prisão imediata do ex-deputado Pedro Corrêa e do ex-vice-presidente do Banco Rural Vinicius Samarane. Janot deve ainda encaminhar parecer no mesmo sentido para os casos dos deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT) e do advogado Rogério Tolentino. Depois de recebido o parecer, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, decidirá se determina a execução imediata da pena.

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Bispo Rodrigues pediu para ter seu caso julgado novamente, mesmo sem o mínimo de votos estipulado pelo regimento do STF. Bispo Rodrigues foi condenado de forma unânime pelo crime de corrupção passiva. Apenas três ministros votaram de forma divergente no caso de lavagem de dinheiro.

"As condenações impostas ao réu não podem mais ser modificadas, na medida em que foi ele condenado de forma unânime quanto ao delito de corrupção passiva e, no de lavagem de dinheiro, com apenas três votos de divergência", afirmou o procurador.

O Ministério Público Eleitoral entrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com 13 ações para cassar o mandato de deputados federais por terem trocado de partido sem justa causa. As ações, apresentadas desde terça-feira ao TSE pelo vice-procurador-geral Eleitoral, Eugênio Aragão, questionam o fato de os parlamentares não terem comprovado, na mudança de partido, razões previstas na legislação eleitoral que autorizariam a desfiliação de suas antigas legendas.

O partido mais atingido pelas ações foi o PSB, legenda para a qual migraram apoiadores da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, com três deputados federais: Stefano Aguiar (MG), Walter Feldman (SP) e Alfredo Sirkis (RJ). Às vésperas do prazo limite para filiação, a ex-ministra decidiu migrar para o partido do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pelo qual pode ser vice numa chapa presidencial.

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O PR, o PTB e o PRB tiveram, cada um, dois deputados alvos de ações: os republicanos Dr. Paulo Cesar (RJ) e Luiz Nishimori (PR); os trabalhistas Deley (RJ) e Wilson Filho (RN); e os integrantes do PRB Cesar Halum (TO) e Beto Mansur (SP). Deputados de outros quatro partidos também foram processados: José Humberto (PSD-MG), Silvio Costa (PSC-PE), Paulo Henrique Lustosa (PP-CE), e Francisco Araújo (PEN-RR), que é suplente e não exerce mandato na Câmara.

As ações foram distribuídas para os ministros do TSE Otávio Noronha, Gilmar Mendes, Henrique Neves, Dias Toffoli e Laurita Vaz. Duas delas, apresentadas nesta quinta-feira, 28, ao tribunal, nem sequer têm relator até o momento.

Eugênio Aragão disse que as ações fundamentam-se no caráter representativo do mandato, como expressão da vontade popular. "O eleitor confere a representação ao parlamentar vinculado a certo partido, que encarna o ideário que se pretende avançar na disputa pelo poder político. A infidelidade quebra essa relação de confiança e permite à sociedade que reivindique o mandato, através do Ministério Público", afirmou ele, em nota divulgada nesta quinta no site da Procuradoria-Geral da República.

Pela manhã, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, havia afirmado a intenção do MP Eleitoral de mover as ações para cassar os mandatos dos deputados infieis. Para Janot, incorre em infidelidade partidária alguém que deixe um partido já existente por outro também existente, fazendo uma "escala num partido novo".

"Já tomamos a iniciativa judicial. Serão mais de uma dezena de ações para a cassação desses mandatos", afirmou Janot, que deu entrevista após um encontro com procuradores regionais eleitorais para discutir a forma de atuação do Ministério Público nas eleições de 2014.

O procurador-geral da República usou uma figura de linguagem para sustentar sua intenção de cassar os "infieis". Segundo ele, se uma pessoa pega um voo de Fortaleza para Brasília, mas faz uma escala em Salvador, continua tendo como destino a capital do País. "O que eu fiz foi uma simples escala em Salvador", comentou.

Para o chefe do Ministério Público Federal e Eleitoral, essa troca de partidos dessa forma é uma maneira de "superar um obstáculo da fidelidade partidária". Ele não quis adiantar os nomes dos políticos "infiéis" que devem ser alvos das ações de perda de mandato. A Procuradoria-Geral da República deve divulgá-los em breve.

O advogado Alberto Toron, defensor do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), defendeu nesta quarta-feira, 13, em plenário que o Supremo Tribunal Federal (STF) conceda prazo para a defesa dos condenados do processo do mensalão se pronuncie sobre o pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Nesta terça, 12, o chefe do Ministério Público Federal defendeu, em parecer enviado ao STF, a execução imediata das penas para todos condenados no processo, mesmo para aqueles que têm direito a novo julgamento.

Alberto Toron disse que tomou conhecimento da posição de Janot "apenas hoje pelos jornais". O advogado disse que, "em nenhum momento", foi convidado a se pronunciar sobre o pedido do Ministério Público no processo. "O que a defesa pede é que seja aberta a possibilidade de nós nos manifestarmos sobre este tema", disse ele, ao cobrar que é necessário se estabelecer o "contraditório".

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Em resposta ao advogado do deputado do PT, o presidente do Supremo e relator do processo, Joaquim Barbosa, disse que iria trazer uma "questão de ordem" que abrange todo o pedido feito pelo Ministério Público. Segundo Barbosa, o pedido de Janot é uma "consequência natural do estágio em que o processo se encontra". "Acho que temos que tirar consequência de tudo aquilo que foi decidido nesta tarde", afirmou. No momento, Joaquim Barbosa concorda com a tese de Janot e vota pela imediata execução da pena para os réus que não tenham penas que possam ser revertidas em novo julgamento.

A presidente Dilma Rousseff encaminhou, nesta terça-feira, 20, formalmente ao Senado Federal a indicação do subprocurador Rodrigo Janot Monteiro de Barros para exercer o cargo de procurador-geral da República, em substituição a Roberto Gurgel, que deixou a função na semana passada. A mensagem com o nome de Janot está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 20.

Janot foi escolhido pela presidente na sexta-feira, 16. Ele era o primeiro da lista tríplice encaminhada à presidente Dilma pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). O subprocudaror presidiu a ANPR de 1995 a 1997 e está há 29 anos no Ministério Público Federal. Para assumir o posto, ele precisa ser sabatinado e ter o nome aprovado pelo Senado.

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