Atenas (GRE), 1896
A primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna teve algumas peculiaridades. As provas de natação foram realizadas em mar aberto, com a temperatura da água beirando os 13 graus. Mas o grande herói foi o grego Spyridon Louis, vencedor da maratona. Contudo, o alemão Carl Schumann foi o atleta mais premiado, ao ganhar três provas na ginástica artística e ainda a categoria aberta da luta greco-romana.
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Paris (FRA), 1900
As mulheres foram admitidas nos Jogos. As primeiras a competir foram as francesas, Madame Brohy e Madame Ohnier, em uma partida de críquete. O grande nome foi o norte-americano Ray Ewry, o "Homem Borracha". Ele venceu as provas do salto em distância, triplo e em altura. Alguns esportes, digamos "curiosos", faziam parte do programa, como o tiro ao pombo.
Saint Louis (EUA), 1904
Edição marcada por muitas falhas na organização. O evento se associou a uma feira que estava acontecendo na cidade. As provas de natação foram disputadas em um lago artificial, repleto de peixes e sapos. O boxe estreou nos Jogos. O maior vencedor da Olimpíada foi o norte-americano Burton Downing, que conquistou duas medalhas de ouro, três de prata e uma de bronze no ciclismo.
Londres (ING), 1908
Após duas edições com muitas reclamações, a primeira Olimpíada londrina apresentaria algumas novidades. Dentre elas, a cerimônia de abertura e desfile das delegações. Na maratona, houve uma grande polêmica. O italiano Dorando Pietri venceu a prova. Mas o segundo colocado, o norte-americano John Hayes, acabou ficando com a medalha de ouro. Isso porque o concorrente tinha sido ajudado pelos fiscais.
Estocolmo (SUE), 1912
O maior nome dos Jogos foi o norte-americano Jim Thorpe, vencedor do decatlo e do pentatlo. No entanto, ele perdeu suas medalhas por ter recebido dinheiro para jogar beisebol, o que não era permitido na época pelo Comitê Olímpico Internacional. A decisão só foi revista nos anos 80, quando as medalhas foram devolvidas aos familiares de Thorpe, que já havia falecido.
Antuérpia (BEL), 1920
A cidade belga viu o nascimento de um dos mitos do atletismo, o finlandês Paavo Nurmi. Ele venceu os 10.000 metros, o cross-country individual e por equipe. Ainda ganhou a prata nos 5.000 metros. Até Amstrerdã-28, ele ganharia mais oito medalhas. Nurmi é até hoje o maior medalhista em Olimpíadas no atletismo. O Brasil foi representado pela primeira vez e fez bonito: trouxe três medalhas, uma de cada cor, todas no tiro.
Paris (FRA), 1924
A capital francesa voltou a sedir os Jogos e foi palco das glórias obtidas pelo norte-americano Johnny Weissmuller. O nadador faturou o ouro em três provas da natação: 100 m, 400 m e revezamento 4x100 m livre. Ainda foi bronze no polo aquático. Pela primeira vez, os atletas ficaram instalados em uma Vila Olímpica. O Brasil não repetiu a trajetória vitoriosa da Antuérpia e não trouxe medalhas de Paris.
Amsterdã (HOL), 1928
As mulheres foram aceitas nas provas de atletismo. Nos esportes coletivos, o grande destaque foi o Uruguai. A Celeste Olímpica conquistou o bicampeonato ao bater a Argentina na decisão. Dois anos mais tarde, na primeira edição da Copa do Mundo, os dois países volatriam a se enfrentar e os uruguaios seriam campeões novamente. A crise econômica que assolava o Brasil deixou o País sem representante.
Los Angeles (EUA), 1932
Os Estados Unidos proibiram o consumo de bebidas alcoólicas durante os Jogos, pois o País ainda vivia o tempo da Lei Seca. Apenas os italianos e os franceses puderam beber vinho, uma vez que alegaram que a bebida fazia parte da dieta alimentar dos atletas. O evento avançou em termos de organização e 18 recordes mundiais foram quebrados ou igualados. Pela primeira vez, a delegação brasileira teve uma mulher, a nadadora Maria Lenk.
1936 - Berlim (ALE)
Adolf Hitler queria provar a superioridade da raça ariana, mas sofreu um duro golpe da história. O norte-americano Jesse Owens, negro, ganhou a medalha de ouro nos 100 m e nos 200 m rasos, no revezamento 4x100 m e no salto em distância. Virou uma das maiores lendas do esporte. O Brasil não conquistou nenhuma medalha, o que aconteceria pela última vez.
1948 – LONDRES (ING)
Após da interrupção em virtude da Segunda Guerra Mundial, as Olimpíadas voltaram a Londres. Alemanha e Japão não puderam participar. A holandesa Fanny Koen foi um dos destaques, ganhando o ouro nos 100 m, 200 m, 4x100 m e 80 metros com obstáculos.
1952 – Helsinque (FIN)
Uma das maiores estrelas dos Jogos Olímpicos, Emil Zapotek fez história em Helsinque. O checou ganhou três provas, os 5.000 m, 1.000 m e a maratona. Por tabela, veio o apelido de “Locomotiva Humana”.
1956 – MELBOURNE (AUS)
O Brasil conheceu seu primeiro (até hoje único) bicampeão olímpico em edições consecutivas, o saltador Adhemar Ferreira da Silva. Donos da casa, os australianos venceram todas as provas da natação estilo livre. Ao todo, foram oito medalhas de ouro. Murray Rose foi um dos destaques, faturando os 400 m, 1.500 m e o revezamento 4x200m.
1960 – ROMA (ITA)
A África do Sul fez sua última participação antes de ser expulsa por 32 anos devido à sua política de apartheid. Graças à televisão, os campeões se tornaram estrelas: o boxeador americano Cassius Clay, futuro Mohamed Ali (ouro no meio-pesado) e o maratonista etíope Abebe Bikila, o primeiro negro africano campeão olímpico. No atletismo, o alemão Armin Hary venceu os 100 m rasos. O basquete masculino do Brasil foi bronze.
1964 – TÓQUIO (JAP)
A ginasta soviética Larisa Latynina fez história em Tóquio. Ela ganhou sua 18ª medalha (nove de ouro), um recorde até hoje, tanto entre as mulheres e entre os homens. O norte-americano Bob Hayes cravou exatos 10s ao vencer os 100m rasos, o que se imaginava ser o limite humano na época. Quatro décadas depois, o jamaicano Usain Bolt estabeleceu a marca de 9s58, recorde atual. O basquete masculino do Brasil foi bronze de novo.
1968 – MÉXICO (MEX)
Os Jogos na capital mexicana estabeleceram alguns paradigmas no atletismo. Richard Fosbury (EUA) vence o salto em altura atingindo 2,24m. A marca foi obtida com um estilo incomum na época, passando e costas pelo sarrafo. No salto em distância, Bob Beamon fez 8,90 m, recorde superado apenas 23 anos depois. No salto triplo, Nelson Prudêncio trouxe a prata para o Brasil.
1972 – MUNIQUE (ALE)
Dois acontecimentos marcaram os Jogos de Munique. Um comando palestino se infiltrou no pavilhão de Israel na Vila Olímpica, matou dois israelenses e fez nove reféns. Outros 11 israelenses foram mortos no aeroporto, assim como cinco palestinos e um policial. No campo esportivo, o nadador norte-americano Mark Spitz fez história ao ganhar sete medalhas de ouro, feito superado apenas por Michal Phelps em 2008.
1976 – MONTREAL (CAN)
A graça de uma romena, de apenas 14 anos, foi o ponto alto dos Jogos. Nadia Comaneci é lembrada até hoje por ter obtido a primeira nota 10 na história da ginástica. O corredor finlandês Lasse Viren, campeão em Munique nos 5.000 e 10.000 m, repetiu seus feitos. João do Pulo foi bronze no salto triplo, assim como a dupla Reinaldo Conrad e Peter Ficker na vela.
1980 – MOSCOU (URSS)
Um boicote convocado pelos Estados Unidos aconteceu nestes primeiros Jogos organizados por um país comunista. Oitenta países se apresentaram. O nadador soviético Vladimir Salnikov baixou a marca de 15 minutos nos 1.500 m. Os britânicos Steve Ovett e Sebastien Coe partilharam as vitórias nos 800 e 1.500 m em profundidade.
1984 - LOS ANGELES (EUA)
A URSS e seus 16 aliados devolveram o boicote aos Estados Unidos. Mas isso não impediu o registro de 6.802 atletas representando 140 países, incluindo a China, que retornou aos Jogos após 32 anos de ausência. Carl Lewis (EUA) se juntou a Jesse Owens ao vencer os 100 m, 200 m, salto em distância e 4x100 m. Joaquim Cruz levou o Brasil ao topo do pódio nos 800 m.
1988 – SEUL (COR)
O canadense Ben Johnson, ouro nos 100 m rasos, foi desclassificado por doping (anabolizantes). Carl Lewis herdou a medalha e completou sua coleção com uma vitória no salto em distância. A alemã Kristin Otto ganhou cinco títulos na natação, um à frente do americano Matt Biondi. O Brasil levou o ouro no judô, com Aurélio Miguel, e a prata no futebol, ao perder a final para a extinta União Soviética.
1992 – BARCELONA (ESP)
Na terra do então presidente do COI, Juan Antônio Samaranch, ocorreu a grande reunificação do movimento Olímpico. Quase todos os países participaram, incluindo a África do Sul depois de 32 anos de proibição. A Alemanha se reunificou após a queda do muro de Berlim. As quinze repúblicas da ex-URSS concorreram sob a efêmera bandeira da Comunidade de Estados Independentes (CEI). O ginasta russo Vitaly Scherbo estabeleceu um recorde na modalidade ao levar seis medalhas de ouro. No basquete, os EUA, de Michael Jordan e Magic Johnson, faturaram o ouro.
1996 – ATLANTA (EUA)
A participação superou a barreira dos 10.000 atletas (10.320). Carl Lewis se despediu com o quarto título olímpico no salto em distância. Seu compatriota Michael Johnson conquistou duas medalhas de ouro, nos 200 e nos 400 metros. No vôlei de praia, a final foi brasileira, com Jacqueline e Sandra Pires levando a melhor sobre Adriana Samuel e Mônica.
2000 – SYDNEY (AUS)
Foram os Jogos com maior número de participantes: 10.651 atletas. Cathy Freeman simbolizou o ideal de reconciliação do povo australiano ao acender o fogo olímpico. Na natação, Ian Thorpe levou três medalhas douradas. Já o Brasil voltou para casa sem nenhuma medalha de ouro.
2004 - ATENAS (GRE)
Os Jogos voltaram a sua origem, a Grécia. Os chineses levaram sua primeira medalha da história do atletismo (Liu Xiang, com 21 anos, em 110 metros com barreiras). A capital grega viu o americano Michael Phelps, com 19 anos, conquistar oito medalhas, seis de ouro, marcando um recorde: o nadador com mais medalhas em Olimpíadas. O Brasil obteve cinco ouros, sua melhor participação.
2008 - PEQUIM (CHI)
O nadador americano Michael Phelps e o atleta jamaicano Usain Bolt foram os grandes destaques. Nas piscinas, Phelps tornou-se o primeiro a conseguir oito medalhas de ouro, batendo o recorde de títulos olímpicos em uma mesma edição dos Jogos, desbancando o compatriota Mark Spitz. Bolt levou o ouro nos 100, 200 e revezamento 4x100 metros. No quadro de medalhas, a China venceu com 51 ouros, na frente dos 36 dos Estados Unidos. A Argentina, de Messi, faturou omouro no futebol, enquanto o nadador César Cielo venceu os 50m. O Brasil ganhou o ouro também no vôlei feminino e no atletismo, com Maurren Maggi.