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Atletas russos e belarussos foram banidos dos Jogos Paralímpicos de Inverno 2022 pelo envolvimento de seus países na guerra na Ucrânia, disse o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) nesta quinta-feira, dia 3, em Pequim.

A reviravolta ocorreu menos de 24 horas depois de o IPC anunciar que permitiria que atletas dos dois países competissem nos Jogos da China, que têm abertura marcada para sexta-feira. A condição era a de que os atletas fossem identificados como neutros, com cores, bandeiras e outros símbolos nacionais removidos. O IPC recebeu críticas imediatas pela decisão inicial.

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Em comunicado oficial, o presidente do IPC, Andrew Parsons, disse que, nas últimas 12 horas, um grande número de membros entrou em contato com o comitê pedindo para que a decisão fosse reconsiderada, sob possibilidade de "graves consequências".

Parsons acrescentou: "O que está claro é que a situação atual em rápida escalada nos colocou em uma posição única e impossível tão perto do início dos Jogos."

O IPC agora se junta a esportes como futebol, atletismo, basquete, hóquei e outros que impuseram proibições gerais a russos e belarussos. A Rússia deveria ter 71 atletas competindo em Pequim. Não se sabe quantos atletas belarussos estariam envolvidos. A Ucrânia disse que teria 20 participantes.

Na segunda-feira, dia 28, o Comitê Olímpico Internacional (COI) pressionou os órgãos esportivos a excluir atletas de ambos os países de eventos internacionais, mas deixou a decisão para os órgãos governamentais.

Parsons também se dirigiu aos atletas russos e belarussos. "Para atletas dos países impactados, lamentamos muito que sejam afetados pelas decisões que seus governos tomaram na semana passada ao violar a trégua olímpica. Vocês são vítimas das ações de seus governos". A Rússia invadiu a Ucrânia há uma semana.

Com um lançamento de 45m59, o brasileiro Claudiney Batista dos Santos conquistou mais uma medalha de ouro para o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio (Japão). O favoritismo do atleta no lançamento de disco classe F56 (cadeirantes) se confirmou: ele conseguiu os quatro melhores lançamentos da prova, em seis tentativas. O bicampeão faturou o primeiro ouro na Rio 2016.

Além de conquistar o ouro, Claudiney bateu novamente o recorde paralímpico. Ele detém também o recorde mundial (46m68). Com a medalha obtida nesta madrugada, o atletismo chega a cinco medalhas em Tóquio. O pódio do lançamento de disco teve também o indiano Yogesh Kathuniya, que fez um lançamento de 44m38, medalha de pata, e o cubano Leonardo Aldana, que levou o bronze com um lançamento de 43m36.

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A classe F56 abrange atletas com sequelas de poliomielite, lesão medular e amputação. O medalhista brasileiro teve sua perna esquerda amputada após um acidente de moto em 2005. Antes do acidente ele praticava halterofilismo. A entrada no atletismo foi em 2006.

Entre suas principais conquistas de Claudiney nos últimos anos estão a a medalha de ouro no Mundial Dubai 2019, e ouro no lançamento de disco e prata no lançamento de peso nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019. 

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A Seleção Brasileira de Paratletismo contará com a presença de um treinador pernambucano na delegação que irá a Tóquio para a disputa dos jogos paraolímpicos. Ismael Marques desde os 16 anos está envolvido com a modalidade e em 2014 iniciou sua carreira como treinador.

Logo no ano de estreia como técnico, Ismael começou a treinar a atleta paraolímpica Ana Claúdia Silva, que foi campeã brasileira, bronze nos 100 metros rasos no mundial do Catar e disputou seus primeiros jogos paralímpicos, no Rio, 2016. Atualmente ela está entre as melhores do mundo. 

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Mas essa não será a primeira experiência internacional do treinador pernambucano. Ismael foi o treinador da seleção nos jogos parapanamericanos de Lima em 2019 e garante que sua expectativa para Tóquio são as melhores possíveis: “Estamos na expectativa para trazer muitas medalhas e bater recordes de boas colocações. Temos a certeza que daremos nosso melhor”, disse o treinador. Os jogos paralímpicos de Tóquio começam no dia 24 de agosto.

Foi divulgada nessa terça (6) a lista final da convocação do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, que serão realizados entre os dias 24 de agosto e 5 de setembro. Ao todo, dez pernambucanos figuraram na listagem, que somados aos paratletas Phelipe Rodrigues e Maria Carolina Santiago que já tinham cravado sua participação na competição, somam 12 atletas representando o Brasil e o Estado.

Na convocação do CPB estão: Andreza Vitória e Evani Calado (Bocha); Ana Cláudia, Leylane Castro e Jeohsah Santos (Atletismo); Raimundo Nonato (Futebol de 5); Moniza Lima (Goalball); Ismael Marques, Poliana Cruz  e Paulo Molitor (treinadores).

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Os paratletas Phelipe Rodrigues e Maria Carolina Santiago fazem parte do quadro da natação e já haviam conquistado índice e cravado a participação na maior competição esportiva do mundo.

O secretário executivo de Esportes, Diego Pérez reforçou que o paradesporto em Pernambuco tem evoluído e os números de convocados para a principal competição mundial tem refletido o trabalho dos atletas. “O paradesporto de Pernambuco tem crescido a cada ano e esse número de convocados reforça isso, além de estimular as próximas gerações para que possam chegar ao patamar mais alto do esporte, que é estar numa Olimpíada ou Paralimpíada. Isso motiva muito, não só os paratletas e técnicos, mas também toda a nossa equipe”, destacou.

Dos 12 pernambucanos que estarão nas Paralimpíadas, seis fazem parte dos programas de incentivo ofertados pelo Governo de Pernambuco através da Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco. Jeohsah Santos por exemplo, é contemplado pelo programa Bolsa Atleta PE, enquanto Ismael Marques, Leylane Castro, Ana Cláudia, Raimundo Nonato e Carol Santiago fazem parte do Time PE.

Os Jogos Invictus foram criados pelo Príncipe Harry no ano de 2014 e são uma competição paralímpica para veteranos feridos e homens e mulheres que serviram o exército britânico. Em meados de março, o Duque de Sussex comunicou que a edição de 2020 seria adiada para o próximo ano, por conta da pandemia do novo coronavírus.

No último sábado, dia 9, data em que ocorreria a abertura da competição, Harry compartilhou um vídeo em seu Twitter, no qual falou sobre o cancelamento dos Jogos, e sobre como a vida mudou nos últimos tempos após a chegada da pandemia. Harry também comentou sobre o Dia da Vitória na Europa, que marca oficialmente o fim da Segunda Guerra Mundial no continente, deixando um recado pessoal: "Ao comemorarmos o V-Day neste fim de semana e prestarmos homenagem ao serviço e sacrifício de toda a segunda geração da Segunda Guerra Mundial, também deveríamos estar reunidos na Holanda para iniciar os Jogos Invictus 2020 em Haia. A vida mudou dramaticamente para todos nós desde a última vez que estivemos em Haia, mas a equipe do IG2020 fez um trabalho incrível para se adaptar tão rapidamente à situação, e está ocupada planejando datas para o próximo ano".

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De acordo com Harry, as novas datas do evento serão divulgadas em breve. Além disso, o príncipe também incentivou os internautas a participarem das atividades online que foram planejadas pela organização dos jogos, que contarão com palestrantes internacionais e outros participantes. O objetivo é que sejam compartilhadas experiências de resiliência nestes tempos difíceis da pandemia, transmitindo a importância do espírito invictus.

O Duque de Sussex ainda falou sobre a importância da união neste momento, mesmo que por meios virtuais, e elogiou as famílias que têm se reunido em plataformas online para manter o contato. Apesar disso, ele ressaltou que é preciso dar atenção àqueles que podem não estar conseguindo lidar bem com a situação: "Por favor, cuidem daqueles que ficam quietos ou não estão visíveis nos sites de bate-papo. Vocês são os melhores nisso, então não tenho dúvidas de que todos estão se apoiando".

Cinco vagas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio e 19 medalhas. Esse é o saldo do tênis de mesa brasileiro nas disputas individuais dos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019. Dos 30 integrantes da equipe brasileira, mais de 60% deles subiram ao pódio, nesta primeira parte das competições. Os torneios de equipes começam neste domingo (25).

As medalhas de ouro, o grande objetivo, já que colocam os mesatenistas nos Jogos de Tóquio. E vieram em cinco classes: SM7, com Paulo Salmin; SF4, com Joyce Oliveira; SF8-10, com Danielle Rauen; SM10, com Carlos Carbinatti e, SM8, com Luiz Filipe Manara.

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Família Manara em festa com bicampeonato

A final da classe SM 8 contra Steven Roman, da Costa Rica, foi o jogo mais difícil dos cinco que o paulista Luiz Manara fez até chegar ao bicampeonato. “Nunca tinha estado em um mesmo campeonato que ele. São saques muito eficientes e bolas com muito efeito. Consegui jogar em um nível bem alto que há bastante tempo eu não jogava “, comemora o campeão.

A vitória final por 3 sets a 1 foi acompanhada por um ginásio praticamente lotado na Vila Desportiva Nacional, em Lima.

Em muitos momentos do jogo, só se ouviam gritos e comemoração de um casal. O pai do atleta, Luiz Carlos Manara, e a mãe, Eliana Ester Manara.

“O coração está a mil. A gente acompanha o “Manara” há muito tempo. Estivemos em Toronto, quando ele ganhou dois ouros, nos Jogos do Rio, e agora aqui, em Lima. Foi uma felicidade imensa. Nós somos uma família muito unida, tenho dois filhos. Todo pessoal lá da nossa cidade está torcendo por ele”, diz a mãe, orgulhosa.

“As vitórias são sempre sofridas, no sufoco. Mas nós sabemos que ele sente muito mais tranquilo e confiante com a gente aqui por perto”, completa o pai, Luiz Carlos. “As minhas vitórias, o meu empenho e toda a minha dedicação vão ser sempre para eles; meus pais merecem demais. Talvez até mais do que eu”, agradece o bicampeão, Manara.

Depois do ponto final e da tão esperada vitória, Manara pulou as placas publicitárias e foi direto abraçar os pais, pegar uma bandeira e partir para inflamar a parte da arquibancada que ficou sensibilizada com a garra e dedicação do brasileiro. “É totalmente espontânea a festa. Quando eu ganhei em Toronto já queria muito ter ido lá, abraçar meus pais. Só que, lá naquele no momento, acabou não acontecendo. Mas, hoje, estar aqui, poder abraçar meus pais e fazer essa festa foi demais.”

A mãe do atleta destacou a união dos demais membros da seleção brasileira. “Todos que acabaram ficando pelo caminho no torneio estavam lá e fizeram parte dessa festa.”

Deficiência e apoio familiar

Devido à falta de oxigenação no cérebro durante o parto, o Luiz Felipe Manara teve com dificuldades de movimentação no lado direito do corpo.

O tênis de mesa surgiu na vida dele como forma de fisioterapia, após duas cirurgias. Depois dos Jogos do Rio de Janeiro, o garoto acabou não conseguindo se manter na Seleção Brasileira. Chegou até a pensar em parar de praticar a modalidade. Mas o apoio familiar foi mais forte.

“Eles sempre fizeram tudo por mim. Ano passado, eu decidi voltar a treinar forte e tentar a vaga na seletiva brasileira. A minha mãe e o meu pai me deram total apoio e hoje estou aqui festejando com eles”, lembrou.

Em São Paulo, em dezembro passado, durante a Seletiva, Manara precisou ser o primeiro para se garantir no Parapan. E o que o pai do garoto fez? Incentivou. “Ele tinha que ser o melhor entre todos os atletas da classe 8 no Brasil. Mas uma das coisas que a gente sempre fala para ele é que quem quer ser campeão tem que ganhar de todo mundo.”

E foi isso que ele fez em São Paulo, na Seletiva, e agora, em Lima. O ouro nos Jogos Parapan-americanos colocou o Luiz Manara na segunda Paralimpíada. E fez os pais começarem a mudar de ideia sobre qual vai ser o próximo destino da próxima viagem do casal.

“Não sei, vamos ver. Talvez no ano que vem a gente vá mais longe ainda. Estou começando a pegar o “gostinho””, projeta Eliana. O pai confirma: “desde que a gente veio para cá, ela estava falando que não iria para Tóquio. E agora já até postou Rumo a Tóquio, no Facebook.”

O Cabanga Iate Clube recebeu no último domingo (22), a última disputa dos Jogos Paralímpicos de Pernambuco. Fazendo sua estreia na competição, a vela foi uma das modalidades de apresentação dos jogos, assim como karatê, fisiculturismo, judô, luta olímpica, judô e tiro com arco. A adição dessas modalidades, para incentivar a prática do desporto paralímpico, foi uma das novidades para a edição 2018 da competição, que contou com cerca de 160 paratletas de 14 municípios diferentes. 

Foram três fases regionais - em Petrolina, Pesqueira e Recife - antes dessa etapa estadual, que definiu não apenas os campeões pernambucanos. Para os paratletas em idade escolar a competição também valeu vaga para a disputa das Paralimpíadas Escolares, em São Paulo, no mês de novembro, caso conseguissem os resultados necessários em suas respectivas modalidades. A lista completa será divulgada ainda nesta semana.

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Os quatro dias de disputas, realizadas no Parque Santos Dumont, no Compaz Ariano Suassuna, no Instituto de Cegos de Pernambuco, na UFPE e também no Cabanga, contaram com a presença de alguns dos grandes nomes do paratletismo pernambucano. João Ivison, da seleção brasileira de tiro com arco, foi o homenageado dos jogos, e marcou presença acompanhando a vela, assim como Jeohsah Santos, do atletismo, e Lucas Carvalho, do tênis de mesa. 

“É muito emocionante ver os Jogos Paralímpicos com esse tamanho e essa qualidade. Conseguimos trazer o apoio dos paratletas, que além de prestígio servem como referências para os competidores. Foi um trabalho em conjunto para realizarmos as três etapas regionais e o estadual, com mais de 600 paratletas participando e, acima de tudo, incluídos. Esperamos que os Jogos Paralímpicos sigam crescendo, com ainda mais modalidades e mais conquistas para esses heróis do nosso esporte”, comentou o secretário executivo de Esportes e Lazer de Pernambuco, Diego Pérez.

Homenageado – O homenageado nesta etapa final dos Jogos Paralímpicos de Pernambuco foi João Ivison. Atual campeão brasileiro e representante de Pernambuco no Tiro com Arco na Seleção Brasileira, o paratleta vem ganhando destaque a cada novo desafio e sua história de superação sempre emociona a todos. João participou praticamente de todos os eventos. Desde a abertura, onde acendeu a pira olímpica, até a regata que encerrou a competição no domingo.

Da assessoria

Desta quinta-feira (19) até o próximo domingo (22), os Jogos Paralímpicos de Pernambuco chegarão ao seu ápice. Após três fases regionais em Petrolina, Pesqueira e Recife, a competição terá sua última etapa e a definição dos campeões de cada modalidade. Um prêmio que pode ser ainda maior para os paratletas que estão em idade escolar. Um bom resultado pode levá-los para disputar as Paralimpíadas Escolares, em novembro em São Paulo. 

“Em 2018, decidimos que os Jogos Paralímpicos seriam diferentes. Tivemos três etapas regionais, contamos com mais de 600 atletas nestas disputas e sempre procuramos fazer o principal do desporto: incluir. Esse sentimento é que fez com que as etapas tenham sido um sucesso e essa fase final será a coroação a esses paratletas, que ainda podem ir para as Paralimpíadas Escolares se estiverem em idade escolar. Mais uma conquista para esses guerreiros”, exaltou o secretário executivo de Esportes de Pernambuco Diego Pérez.

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As disputas ocorrerão no Parque Santos Dumont, no Compaz Ariano Suassuna, no Instituto de Cegos de Pernambuco e também no Cabanga Iate Clube. As modalidades desta fase final serão atletismo, tênis de mesa, natação, futsal (DI e DA) e bocha, mas teremos apresentações bem especiais de novas modalidades como karatê, fisiculturismo, vela, judô, luta olímpica, jiu jitsu e tiro com arco. A abertura será no Compaz Ariano Suassuna nesta sexta-feira às 9h, mas algumas competições já serão disputadas na quinta-feira. 

Para esta última fase, são esperados cerca de 160 paratletas que se classificaram através das fases regionais e 14 municípios estarão representados. Atletas de Olinda, Recife, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Camaragibe, Paudalho, Gravatá, Caruaru, Pesqueira, São Caetano, São Bento do Una, Ouricuri, Petrolina e Ipubi estarão distribuídos entre os equipamentos. 

Homenageado – O homenageado nesta etapa final dos Jogos Paralímpicos de Pernambuco será João Ivison. Atual campeão brasileiro e representante de Pernambuco no Tiro com Arco na Seleção Brasileira, o paratleta vem ganhando destaque a cada novo desafio e sua história de superação sempre emociona a todos. Após um acidente lhe deixar paraplégico, João encontrou no esporte um novo caminho e vem se tornando referência na sua modalidade, tendo, inclusive, participando do Mundial em 2017.

Adoção – Além das modalidades esportivas, o evento também contará com uma feira de adoção de animais com deficiências, no novo Parcão do Santos Dumont. A ação já ocorreu na etapa regional realizada no parque no mês de junho e foi um sucesso de adoções, com 70% dos animais à disposição sendo adotados. 

Programação Jogos Paralímpicos de Pernambuco

Quinta-feira

Tarde

Tênis de Mesa - Parque Santos Dumont - 14h às 16h

Goalball - Instituto dos Cegos - 15h às 17h 

Sexta-feira

Manhã

Abertura - Compaz Ariano Suassuna - 9h

Tarde

Atletismo - Parque Santos Dumont - 13h às 17h

Bocha - Parque Santos Dumont - 14h as 17h

Sábado

Manhã

Atletismo - Santos Dumont - 8h à 12h

Natação - Compaz Ariano Suassuna - 9h às 11h

Futsal - Compaz Ariano Suassuna - 9h às 11h

Vôlei de Surdos - Parque Santos Dumont - 8h30  às 10h

Artes Marciais - Parque Santos Dumont - 9h às 12h

Fisiculturismo - Parque Santos Dumont - 10h às 12h

Dança - Parque Santos Dumont - 8h30 às 10h

Tiro com Arco - Parque Santos Dumont - 10h30 as 12h30

Domingo

Manhã

Vela - Cabanga Iate Clube - 11h às 13h30 

Da assessoria

Depois de Petrolina, os Jogos Paralímpicos chegam ao Recife. Essa etapa será disputada no Parque Santos Dumont entre os dias 8 e 9 deste mês. Cerca de 300 atletas devem participar da competição para tentar garantir vaga na fase final, que será des 18 a 22 de julho, também no Santos Dumont.

A competição tem objetivo de integrar os paratletas e dar oportunidades para as pessoas com deficiências, e as fases regionais são um modo de aumentar o nível de disputa e criar um calendário mais longo para os atletas pernambucanos. Além de três fases regionais (Petrolina, Pesqueira e Recife), a fase estadual será importante não apenas para definir os campeões, mas também para classificar para as Paralimpíadas Escolares que será disputado em São Paulo entre os dias 19 e 24 de novembro.  

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Na sexta-feira (8), o Santos Dumont vai receber provas de atletismo e tênis de mesa, que valerão a classificação para a fase estadual. Também serão realizadas apresentações de karatê e fisiculturismo. A natação será disputada no Compaz do Cordeiro na manhã do sábado (9).

Além da parte esportiva, o Santos Dumont receberá uma feira de adoção de animais. Desta vez, o foco será para a adoção de bichos com algum tipo de deficiência. A feira será das 10h às 16h, no Parcão, na entrada do parque.

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 contarão com 4,4 mil atletas, de acordo com anúncio feito pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC). Eles competirão em 537 eventos valendo medalha. 

Nesta edição, 1.756 mulheres irão participar dos Jogos, o maior número da história. A quantidade representa aumento de pelo menos 17% em relação a Londres 2012.

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Dois esportes estreiam em Tóquio: badminton e taekwondo, que vão distribuir 14 e seis medalhas, respectivamente. Já a canoagem desta vez dará nove medalhas, contra as seis distribuídas nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016.

Na bocha, o comitê dará mais oportunidades a atletas com maior necessidade de suporte e terá 116 vagas, oito a mais que na competição anterior.

Quatorze esportes contarão com o mesmo número de atletas da última edição dos Jogos no Brasil. É possível acessar o programa completo no Portal das Paralimpíadas. 

As federações internacionais enviaram ao IPC, em janeiro deste ano, propostas para incluir 4.979 atletas e 555 eventos nos Jogos de Tóquio. Os Jogos Paralímpicos do Rio 2016 contaram com 4.328 atletas que disputaram 528 medalhas. 

Cerca de 550 pessoas participaram dos Jogos Paralímpicos do Recife 2017, neste último final de semana. Foram sete modalidades e uma competição acirrada que garantiu mais inclusão e visibilidade ao paradesporto. As disputas foram para a categoria Estudantil: Atletismo, Bocha, Natação e Tênis de Mesa; e na categoria Aberta - Atletismo, Bocha, Badminton, Natação, Vôlei Sentado, Basquete Cadeiras de Rodas e Tênis de Mesa. Quatorze escolas públicas do Recife se envolveram e inscreveram 9 estudantes. Outros 84 foram inseridos em atividades lúdicas para vivência e conhecimento das modalidades voltadas para pessoas com deficiências.

O Compaz Escritor Ariano Suassuna, no Cordeiro,  foi ponto de encontro para os competidores do badminton, tênis de mesa, bocha, basquete em cadeiras de rodas e natação no último sábado (10). O atletismo ficou no Centro Esportivo Santos Dumont, em Boa Viagem, tanto sábado quanto no domingo (11). Já os praticantes do goalball (ou golbol) fizeram sua competição no Instituto dos Cegos, nas Graças.

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A competição serviu de seletiva para as Paralimpíadas Escolares, no caso da categoria Estudantil, e Jogos Paralimpíadas de Pernambuco, no caso da categoria Aberta.

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--> Inscrições abertas para os Jogos Paralímpicos do Recife

Estão abertas as inscrições para os Jogos Paralímpicos do Recife. Entre os dias 9 e 11 de junho, homens e mulheres com deficiência física, visual e/ou intelectual, com idade mínima de 12 anos irão participar de disputas de Atletismo, Bocha, Natação, Tênis de Mesa, Badminton, Vôlei Sentado e Basquete de Cadeira de Rodas. Os esportes estarão divididos em faixas etárias.

A abertura do evento será no Compaz Ariano Suassuna, que fica no Cordeiro. Lá também acontecerão todas as competições, com exceção do atletismo, que será no Centro Esportivo Santos Dumont, em Boa Viagem. Especificamente para a categoria Estudantil, é necessário que o paratleta esteja matriculado em uma escola municipal, estadual ou privada, ou ainda ser participante de programas esportivos para pessoas com deficiência desenvolvidos pela Prefeitura do Recife.

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Os interessados devem procurar a Secretaria Executiva de Esportes, que fica no térreo da Prefeitura do Recife até o dia 31 de maio, quando encerram as inscrições. Mais informações podem ser com a Gerência de Esportes de Rendimento do Recife, pelo telefone 99488-6310 ou enviando um email para gustavo.arruda@recife.pe.gov.br. Confira o cronograma:

Abertura dos Jogos Paralímpicos: 9 de junho - Compaz Cordeiro

Competição atletismo: 10 e 11 junho - Santos Dumont

Basquete em Cadeira de Rodas: 10 de junho - Compaz Cordeiro

Demais modalidades: 10 e 11 de junho - Compaz Cordeiro

O Rio se despediu neste domingo (19) de seus surpreendentes e bem sucedidos Jogos Paralímpicos com festa e música, mas enlutados pela morte de um ciclista iraniano no penúltimo dia de competição. O Maracanã voltou a ficar lotado, com os paratletas sentados no gramado enquanto os fogos de artifício anunciavam o início do adeus.

Entre os primeiros artistas a se apresentar estava Johnathan Bastos, um brasileiro que nasceu sem braços, o que não o impediu de se transformar num reconhecido músico. Ele interpretou um incrível solo de violão com os pés.

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Depois foi a vez de Ricardinho, astro da seleção brasileira de futebol de 5 para deficientes visuais, que fez o Maracanã ficar de pé portando a bandeira nacional. E, como na abertura, também houve tempo para a polêmica. Desta vez foi um músico da banda Nação Zumbi, que mostrou para as câmeras a parte de trás de seu violão onde se lia a frase "Fora Temer".

Além disso, a despedida paralímpica, com que o Brasil põe fim ao ciclo de grandes eventos realizados nos últimos anos, não foi só festa. 

No sábado, o atleta iraniano Bahman Golbarnezhad, de 48 anos, faleceu durante a prova de ciclismo de estrada, manchando com o luto o final dos Jogos.

O primeiro falecimento registrado durante Jogos Paralímpicos deixou o movimento "unido na dor", segundo descrição do presidente do Comitê Internacional (CPI), Philip Craven, durante seu discurso. No domingo podia ver-se a meio mastro tanto a bandeiro Paralímpica como a iraniana, enquanto a cerimônia respeitou um minuto de silêncio em homenagem ao atleta falecido.

Como nos Jogos de Londres-2012, a China foi a grande vencedora no Rio com 239 medalhas (107 de ouro), muito à frente de Grã-Bretanha, Ucrânia, Estados Unidos e Austrália, que completaram o top 5. Apesar de bater o recorde pessoal de medalhas, o Brasil terminou na oitava colocação, longe da meta de ficar entre os cinco maiores países paralímpicos.

Nesta edição dos Jogos foram batidos 103 recordes mundiais, diminuindo ainda mais a fronteira entre o olimpismo e o paralimpismo.

- Contra os pronósticos -

Entre as emoções da final de uma aventura que começou há sete anos, quando o Rio foi eleito sede dos Jogos, também pairava no ar o alívio da organização ao provar equivocados todos os prognósticos de que o evento seria um fracasso.

"Missão cumprida", afirmou Carlos Nuzman, presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio.

Em relação à instabilidade política -responsável pela polêmica destituição da ex-presidente Dilma Rousseff em 31 de agosto- e a severa recessão econômica que assola o Brasil há meses, Nuzman admitiu que foi "uma missão repleta de muitas dúvidas".

Antes de declarar encerrados os Jogos, com Tóquio tomando o bastão para 2020, Craven afirmou que o Brasil havia conseguido superar uma prova complicada. "Estes Jogos apontam claramente para um futuro muito brilhante desta jovem e maravilhosa nação", afirmou.

Uma forte preocupação precedeu os primeiros Jogos Paralímpicos da América Latina, que à complexa conjuntura brasileira somaram-se as dificuldades financeiras da organização e o veto à Rússia, impedida de participar devido ao gigantesco escândalo de doping estatal.

Mais cedo, Craven afirmou que a Rússia precisará de uma "mudança importante" para ser readmitida nas competições paralímpicas. Mas, contra todos os prognósticos, os Jogos foram um sucesso.

Há um mês, somente haviam sido vendidos cerca de 12% dos ingressos para assistir às competições. Finalmente, foram vendidos mais de 2,1 milhões de ingressos dos 2,5 milhões disponíveis. Uma marca superada apenas pelos Jogos de Londres-2012.

Ao contrário do que aconteceu nos Jogos Olímpicos, nos quais alguns estádios apresentavam partes das arquibancadas vazias devido aos altos preços dos ingressos, as Paralimpíadas se tornaram um plano atrativo e barato (entre 10 a 20 reais o ingresso) para muitas famílias brasileiras.

Tanto que no último sábado foi batido o recorde de público registrado em uma rodada de Jogos Olímpicos (153.000 pessoas), com mais de 170.000 pessoas presenciando o dia de competições.

- Fim de festa para o Brasil -

Ao apagar a pira olímpica no Rio, se extinguiu também o ciclo de grandes eventos que fizeram o mundo virar as atenções para o Brasil.

Ficam para trás a Copa do Mundo e a Copa das Confederações de futebol, o congresso da ONU sobre o meio-ambiente Rio+20, a Jornada Mundial da Juventude com o papa Francisco, além dos Jogos Olímpicos. Todos concentrados num período de quatro anos e sob a sombra das dúvidas, dos atrasos e do repúdio popular em protestos nas ruas, mas que acabaram sendo um grande sucesso.

A conta da organização dos Jogos (Olímpicos e Paralímpicos) terá custado 2,8 bilhões de dólares, uma quantia prevista desde 2009, garantiu o Comitê. Acabada a festa, resta ao Brasil olhar-se no espelho para tentar reencontrar a força que o fez conquistar o mundo na última década.

A dose de ‘pernambucanidade’ mostrada no encerramento dos Jogos Olímpicos de 2016 com a participação da Orquestra Santa Massa e de Lenine será repetida na Cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos, que acontece neste domingo (18). O comitê organizador confirmou a presença, desta vez, da banda Nação Zumbi na programação da festa que será realizada no Maracanã, às 19h30.

Por meio de uma postagem no twitter oficial, a Banda comemorou a presença no evento e se disse honrada por esse momento. “Estamos muito felizes de poder participar e contribuir com o que temos de melhor para os jogos paralímpicos. Um salve a todos os atletas”, escreveu. 

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Além da banda pernambucana, outros atrações confirmadas para a cerimônia de encerramento são a baiana Ivete Sangalo, Saulo Fernandes, Gaby Amarantos, Vanessa da Matta, Dream Team do Passinho, Andreas Kisser, Nego do Borel, Armandinho, Céu, entre outros diversos nomes. Destaque também para Jonathan Bastos, deficiente físico que toca guitarra com os pés. 

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Ibrahim Al-Hussein participa das provas de natação dos Jogos Paralímpicos Rio-2016 como um dos integrantes da primeira equipe de refugiados da História, mas a emoção do evento é superada por seu verdadeiro sonho: retornar um dia para a sua Síria natal em paz. O nadador de 27 anos não conquistou medalhas até agora, mas afirma que estar no Brasil "é a recompensa, porque 2016 tem sido um ano maravilhoso".

Na equipe de refugiados ele tem como colega o iraniano Shahrad Nasajpour, do atletismo.

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Al-Hussein perdeu uma perna depois de uma explosão em meio à guerra que desde 2011 deixou mais 300.000 mortos na Síria. "Estava tentando ajudar um amigo ferido em um ataque e fui ferido em outra explosão", disse, antes de insistir que prefere "esquecer o passado". Ele conseguiu escapar do conflito e chegou a Atenas, onde trabalha atualmente em um café e venceu a seletiva para a equipe de refugiados.

Al-Hussein começou a nadar quando tinha cinco anos, nas margens do rio Eufrates com seu pai. Na adolescência, tinha sonhos olímpicos. "Nunca imaginei que meu país estaria em guerra algum dia", afirmou à AFP. "Depois da explosão perdi qualquer esperança de continuar no esporte porque uma perna teve que ser amputada e a outra estava ferida. Meu único objetivo era caminhar de novo", conta.

Na Grécia, no entanto, ele conseguiu muito mais. Uma vez instalado, voltou a praticar o esporte, nadando quatro horas por dia depois do trabalho. Também joga basquete em cadeira de rodas. Ibrahim Al-Hussein foi selecionado em abril para integrar a primeira equipe de refugiados paralímpicos. Os Jogos Olímpicos Rio-2016 também contaram com uma equipe de refugiados. Ele acredita que o esporte deve ser usado para deter o conflito e faz um pedido pelo "fim do derramamento de sangue na Síria".

Com tantos atletas sírios fugindo do país, ele afirma que a União Europeia, onde muitos estão refugiados, "deveria facilitar os procedimentos para que os atletas possam treinar em clubes". "Há muitos feridos de guerra, pessoas que sofreram amputações, como eu. Para os palestinos, iraquianos e sírios os Jogos Paralímpicos são um objetivo real", disse.

Quando a "maravilhosa experiência", como define, de competir no Brasil terminar, o sírio vai retomar sua vida em Atenas e começará a pensar nos Jogos de Tóquio-2020, mas com a esperança de representar sua terra natal. "Vamos ser realistas. Meu país está perdido neste momento. Mas espero que um dia o banho de sangue termine", disse. "Não quero voltar ao meu país nas condições que o deixei, em uma cadeira de rodas".

Como deseja voltar então? "Nadando, atravessando o Eufrates da minha infância".

No segundo dia de disputa dos Jogos Paralímpicos Rio-2016, o Brasil foi um frequentador assíduo dos pódios, graças principalmente ao atletismo, que valeu ao país quatro medalhas, uma delas o ouro de Daniel Martins.

O Brasil, habitual potência nos Jogos Paralímpicos e que almeja ficar entre os três primeiros colocados do quadro de medalhas, terminou o dia na 5ª colocação com 10 medalhas, três ouros, cinco pratas e dois bronzes.

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Recordista e campeão mundial dos 400 m rasos da classe T20, para atletas com deficiência intelectual, Daniel subiu ao mais alto do pódio ao confirmar o favoritismo na prova, completando a distância em 47 segundos e 22 centésimos.

A marca do paulista de apenas 20 anos estabeleceu novo recorde mundial e paralímpico.

Daniel correu pela manhã, abrindo o caminho para que outros velocistas brasileiros conquistassem medalhas.

Nas primeiras provas da sessão noturna desta sexta-feira, no Estádio Olímpico do Engenhão, Fabio Bordignon (classe T35) e Verônica Hipólito (T38) ficaram com a prata em suas respectivas corridas dos 100 m rasos.

A torcida brasileira também pôde comemorar o bronze da deficiente visual Izabela Campos no arremesso de peso, com marca de 32.60 m.

A natação, outro carro-chefe de medalhas para o Brasil, deu ao país mais uma prata com Phelipe Rodrigues nos 50 m livre classe S10, depois de vencer o duelo contra o compatriota e favorito André Brasil, bicampeão da prova, mas que bateu na quarta colocação.

No judô, a experiente Lucia Teixeira, de 35 anos, deu a primeira medalha no esporte ao Brasil nos Jogos Paralímpicos Rio-2016.

Prata na categoria até 57kg em Londres-2012, a paulista repetiu a colocação na Arena Carioca 3, sendo derrotada na final pela ucraniana Inna Cherniak, campeã mundial da categoria em 2014, por ippon.

Não foi só com Daniel Dias que a torcida brasileira vibrou na noite de hoje (8) no Estádio Aquático. Ítalo Pereira levantou a torcida com um bronze muito comemorado e o atleta já pensa em conquistar medalha em Tóquio 2020. Em uma prova bastante disputada, Ítalo superou o ucraniano Marian Kvasnytsia por exato um segundo para chegar em terceiro lugar na final dos 100 metros costas, categoria S7. Na saída da piscina, ele lembrou dos minutos anteriores à prova e de ouvir o barulho das arquibancadas.

“Sabe quando você vai no parque, na montanha-russa? Você fica na fila e escuta quando todo mundo grita. Então a gente fica no balizamento e já escuta o barulho. Então é algo que te deixa com aquela vontade de ir pra cima, ir nadar”. Ainda com o corpo molhado da prova, ele ainda assimilava a conquista. “Ainda não caiu a ficha que eu conquistei essa medalha. Estou muito feliz”.

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Ítalo nasceu com mobilidade reduzida devido a uma rubéola congênita. Aos 13 anos decidiu incluir a natação na sua rotina para substituir a fisioterapia. “O médico sempre passava para mim fisioterapia e eu achava aquilo muito chato. Então ele me deu a opção de fazer natação ou fisioterapia. Então, escolhi natação. Até então eu não sabia da grandeza do esporte paralímpico.”, disse o atleta.

Agora, prestes a completar 21 anos na segunda-feira (12), Ítalo já pensa nos Jogos de Tóquio, em 2020, para manter o nome do Brasil forte na natação. “Imagino que agora vão acontecer coisas boas. Vou continuar treinando forte, manter o foco. Querendo ou não, Tóquio está aí na porta, né? Vou continuar treinando para buscar melhorar meu resultado e lutar para buscar um pódio lá também”.

Antes de pensar no Japão, Ítalo tem metas mais urgentes. Ele ainda disputa outras provas na Paralimpíada do Rio. Ele estará nas provas de 50m, 100m e 400m livre.

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Os Jogos Paralímpicos Rio-2016, os primeiros da América do Sul, começaram nesta quarta-feira (7) com a cerimônia de abertura, embalada por muito samba e protestos. O fogo paralímpico brilhará no Maracanã até 18 de setembro no Rio de Janeiro, onde 4.342 atletas deficientes de 160 delegações, incluindo uma equipe de refugiados, passarão mensagem de determinação, força e superação.

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A cerimônia começou no fim da tarde carioca com uma roda de samba, que mais uma vez mostrou a riqueza musical e a vitalidade do Brasil, atolado em uma severa crise econômica e política. A viagem transmitida por vídeo do presidente do Comitê Paralímpico Internacional (CPI), Philip Craven, da Grã-Bretanha ao Brasil deu início ao espetáculo, que contou com a participação de cerca de 500 pessoas, entre coreógrafos e artistas, alguns com deficiências físicas.

De repente, o Maracanã se transformou em praia, na qual passeavam os típicos vendedores ambulantes, as famosas barracas e o tradicional aplauso ao pôr do sol, tudo sob a música de Jorge Ben Jor, que repetia: "O Rio de Janeiro continua lindo".

Um momento emocionante aconteceu quando foi tocado o hino do Brasil, interpretado pelo maestro João Carlos Martins, que precisou abandonar o piano em um momento na carreira devido à atrofia nas mãos, mas logo retomou o instrumento, mostrando que ainda tem talento de sobra.

Em seguida, chegaram os protagonistas da festa: os atletas, que desfilavam ao ritmo contagiante. Os nomes das delegações eram expostos em quebra-cabeças que iam se juntando no meio do palco.

Concebida pela designer gráfico Fred Gelli, o escritor Marcelo Rubens Paiva e o artista plástico Vik Muniz, a cerimônia de abertura tem como tema "Cada corpo tem um coração" e "acentua a condição humana, os sentimentos, as dificuldades, a solidariedade e o amor", segundo a organização.

- "Fora Temer" -

Na tribuna de honra do estádio não estava presente o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, que participou nesta quarta-feira do velório do ex-presidente alemão Walter Scheel, falecido em Berlim aos 97 anos. É a primeira vez desde 1984 que um presidente do COI não participa da cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos e, "por enquanto, não está previsto que o presidente (Bach) vá ao Brasil", anunciou o COI em comunicado.

A agitada atualidade política do Brasil também se fez presente em um Maracanã lotado, no qual milhares de pessoas gritaram pouco antes do início do evento em coro "Fora Temer", para denunciar o presidente Michel Temer, que assumiu o poder após a destituição de Dilma Rousseff pelo Senado. Temer, que já havia sido vaiado na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, em 5 de agosto, deverá proclamar os Jogos Paralímpicos abertos ao fim da grande festa.

- Grande expectativa -

Berço do Paralimpismo, a Grã-Bretanha elevou o padrão nesse tipo de evento, organizando em sua capital Jogos recorde e sem falhas há quatro anos, que serviram de modelo. Os Jogos do Rio correm o risco de mostrar uma cara pior que a dos Jogos Olímpicos, nos quais a torcida brasileira demonstrava muito interesse pelos atletas do país, e pouco ou nenhum atrativo pelos personagens estrangeiros.

Mesmo assim, a organização garante que vendeu 1,6 milhão de ingressos e espera que o milhão restante sejam esgotado nos próximos dias. Essa questão será chave, porque os cofres estão vazios e a falta de patrocinadores e os gastos imprevistos dos Jogos Olímpicos afetaram o orçamento global da Rio-2016.

- Esquecer a deficiência -

Cerca de 6,2% dos mais de 200 milhões de brasileiros têm alguma deficiência, segundo números oficiais divulgados em 2015. Os desafios são inumeráveis.

Não há calçadas, ou estão cheias de buracos; os semáforos não têm aviso sonoro; não há rampas, ou são tão inclinadas que obrigam a pessoa com deficiência a fazer uma força brutal para subi-las; as rampas dos ônibus não funcionam, ou o motorista não sabe operá-las; e ainda há táxis que evitam transportar pessoas com deficiência...

E em meio à crise e críticas, chegou ao Rio o fogo paralímpico com uma mensagem de igualdade, determinação, inspiração, coragem, poder de transformação e paixão pelo esporte. Futebol para cegos, atletismo, rúgbi e voleibol sentado, natação, esgrima e equitação são os destaques do programa de 22 esportes desta edição, dois a mais em relação a Londres-2012, com a inclusão da canoagem e do triatlo.

Os atletas, que vêm se preparando há quatro anos, estão prontos para mostrar que sua deficiência não é impedimento para conseguir uma medalha. A poderosa delegação russa não estará presente, excluída dos Jogos devido ao grande escândalo de doping estatal no país.

A ex-presidente Dilma Rousseff, que passa seu primeiro dia em Porto Alegre após deixar o Palácio da Alvorada nessa terça-feira (6), usou a rede social Twitter para defender o apoio que seu governo deu aos Jogos Paralímpicos, cuja abertura acontece nesta quarta-feira (7) no Rio de Janeiro. "Hoje começam os Jogos Paralímpicos #Rio2016. Tenho muito orgulho do apoio que meu governo deu aos atletas. Os atletas paralímpicos brasileiro também tiveram o incentivo do Plano Brasil Medalhas e do Bolsa Pódio", escreveu ela.

Fez menção ainda ao Centro Paralímpico Brasileiro e aos atletas paralímpicos brasileiros. "O meu governo se orgulha de ter implantado o Centro Paralímpico Brasileiro, um dos mais modernos do mundo em São Paulo. Nossos atletas treinaram no Centro. Vão trazer muitas medalhas e alegria para o povo brasileiro. Estou na torcida. #VitóriaParalímpicos", acrescentou. Segundo Dilma, os atletas paralímpicos brasileiros estão entre "os melhores do mundo e são um exemplo de superação, tenacidade, dedicação e força de vontade".

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A atleta goiana Shirlene Coelho, medalhista de ouro paralímpica, será a porta-bandeira da delegação brasileira durante a abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Shirlene foi ouro nos Jogos de Londres 2012 e prata em Pequim 2008, no lançamento de dardo, na categoria F37 (atletas com paralisia cerebral).

A medalha de prata foi conseguida logo em sua estreia em paralimpíadas, em 2008. Quatro anos mais tarde, tornou-se campeã na modalidade, cujos recordes mundial e paralímpico são seus. Na Rio 2016, Shirlene, que tem paralisia cerebral desde a gestação, disputará mais duas provas, além do lançamento de dardo: o arremesso de peso e o lançamento de disco.

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A cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 será realizada na próxima quarta-feira (7), no Estádio do Maracanã, na zona norte da cidade.

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