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Débora Menezes fechou a primeira participação do Brasil no tae kwon do paralímpico com mais uma medalha, uma de prata - foi a primeira vez que a modalidade esteve na Paralimpíada. A brasileira competiu na categoria acima 58kg classe K44 (atletas com amputação unilateral abaixo da articulação do cotovelo).

Na estreia, já nas quartas-de-final, Débora superou a mexicana Daniela Martinez por 24 a 12. Na semifinal, foi amplamente dominante sobre a ucraniana e ganhou por nada menos que 55 a 10. Assim, avançou para enfrentar Guljonoy Naimova, do Uzbequistão, na grande decisão. Na final, a brasileira não conseguiu encaixar os golpes contra a uzbeque e acabou sendo derrotada por 8 a 4 e ficando com a medalha de prata.

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O tae kwon do do Brasil já tinha um ouro e um bronze: Nathan Torquato foi campeão na categoria até 61kg da classe K44, enquanto Silvana Fernandes ficou na terceira colocação na categoria até 58kg classe K44.

O tae kwon do, que faz a sua estreia no programa paralímpico, é disputado por atletas com amputação unilateral do cotovelo até a articulação da mão, dismelia unilateral, monoplegia, hemiplegia leve e diferença de tamanho nos membros inferiores. Débora nasceu com má-formação abaixo do cotovelo direito.

A chilena Fernanda Aguirre, atleta de tae kwon do na categoria 57 quilos, testou positivo para covid-19, nesta terça-feira, em sua chegada a Tóquio. Segundo o Comitê Olímpico do Chile, ela está assintomática, mas foi colocada em quarentena por pelo menos 10 dias, sem sequer ir à Vila Olímpica. Com isto, ela está fora dos Jogos Olímpicos porque suas lutas seriam no domingo.

Fernanda fez treino de ambientação no Usbequistão e apresentou resultado negativo para o novo coronavírus antes do embarcar para Tóquio. Mas na chegada à capital japonesa foi flagrada no teste de antígeno e no PCR. O técnico José Zapata, que viajou com ela, testou negativo, mas também foi colocado em isolamento por prevenção.

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Outros casos recentemente relatados espalhados pelo Japão incluem empreiteiros dos Jogos e um voluntário, cujos identidades não foram reveladas.

Os últimos casos entre atletas foram de uma ginasta americana e um jogador de vôlei de praia checo, adicionados nesta terça-feira à contagem oficial de pessoas credenciadas para as Olimpíada, que tiveram resultado positivo para covid-19 este mês.

Os testes positivos para a ginasta dos Estados Unidos, Kara Eaker, e o membro da equipe checa, Ondrej Perušic, foram anunciados na última segunda-feira. Eaker estava em um campo de treinamento na prefeitura de Chiba e Perušic ficou na Vila Olímpica na Baía de Tóquio.

Ambos entraram em quarentena por 14 dias, segundo os organizadores. Esse período inclui todos os três jogos agendados para Perušic com o parceiro David Schweiner.

O Brasil encerrou em grande estilo a sua participação no tae kwon do nestes Jogos Pan-Americanos. A equipe nacional faturou quatro medalhas nesta segunda-feira, com um ouro, obtido por Milena Titoneli na categoria até 67kg, em Lima, no Peru. Ícaro Martins conquistou a prata e Maicon Andrade e Raiany Pereira ficaram com o bronze.

Com o resultado, o Brasil obteve sua melhor campanha na modalidade em uma edição do Pan. No total, foram dois ouros, duas pratas e três bronzes. Além disso, Milena se tornou a primeira mulher do País a ser campeã pan-americana no tae kwon do.

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A atleta de 20 anos chegou à competição com status de favorita por ter sido bronze no Mundial, disputado em maio. Mesmo assim, teve dificuldade para superar as rivais pouco a pouco até chegar à final. Ela derrotou a colombiana Katherine Dumar, a cubana Arlettys Acosta e a norte-americana Paige McPherson, esta na final, por um apertado placar de 9 a 8.

Também nesta segunda, Ícaro Miguel levou a prata na categoria até 80kg, após vencer o porto-riquenho Elvis Barbosa e o dominicano Moisés Hernández. Na final, acabou sendo batido pelo colombiano Miguel Angel por 19 a 17.

Os bronzes foram para Raiany Pereira (acima de 67kg) e Maicon Andrade (acima de 80kg). Raiany foi derrotado na semifinal pela colombiana Gloria Mosquera por 23 a 10. E, na disputa do terceiro lugar, venceu com tranquilidade a venezuelana Carolina Fernandéz por 7 a 0.

Maicon Andrade, por sua vez, superou Stuart Achly Gi Smit, de Aruba, por 19 a 6, o canadense Jordan Stewart (14 a 4), mas caiu diante do norte-americano Jonathan Healy (9 a 4). Na briga pelo bronze, bateu o equatoriano Jesus Pera por 15 a 4.

Com o resultado, obteve feito importante: o pódio Pan de Lima se somou aos obtidos nos Jogos Olímpicos e no Mundial. "E ainda tem medalha em Grand Prix", brincou Maicon Andrade. A "Tríplice Coroa" é um feito inédito no País e o atleta se mostra orgulhoso por sua trajetória de 2016 para cá.

"Fico feliz de poder conquistar uma medalha importante para o Brasil e para minha carreira. Estamos aqui conseguindo mostrar nosso trabalho. Agora estou mais experiente, com a cabeça mais centrada e mais focado. Acho que aquela medalha nos Jogos do Rio abriu uma porta", comentou Maicon.

Antes da competição olímpica, ele não era tão conhecido. Mas o bronze em casa alavancou a carreira do lutador, que já tinha em seu currículo vitórias expressivas diante de grandes campeões. "Essas medalhas eram um sonho desde criança. Antes do Rio, tinha de provar para todo mundo que eu era capaz. Mas isso tudo me deu experiência", disse.

Ele não tinha um pódio no Pan e vibrou com a conquista da medalha inédita. Festeja também o fato de poder contar com três patrocinadores (bolsa atleta, Forças Armadas e Petrobrás) e só lamentou não ter tido uma melhor posição em Lima. "Entrei para engolir todo mundo, mas fui barrado na semifinal. Não deu, agora é cuidar dos machucados para competir no circuito mundial."

O Brasil terminou sua campanha no tae kwon do com sete pódios, entre oito possíveis - somente Rafaela Araújo (até 57kg) não se destacou. A melhor campanha anterior havia sido nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007, quando o Time Brasil ganhou uma medalha de ouro, duas de prata e uma de bronze.

Desta vez foram duas medalhas de ouro, com Edival Marques (até 68kg) e Milena Titoneli (até 67kg), duas de prata, com Talisca Reis (até 49kg) e Ícaro Miguel (até 80kg), e mais três de bronze, com Paulo Ricardo Souza (até 58kg), Raiany Pereira (acima 67 kg) e Maicon Andrade (acima de 80 kg).

Os lutadores brasileiros se destacaram neste domingo, no dia de encerramento do Mundial de Tae Kwon Do, realizado em Manchester. Os representantes do País subiram ao pódio três vezes, com as medalhas de prata de Icaro Miguel e Caroline Gomes, além do bronze de Maicon Andrade.

A participação de Icaro e Caroline em finais, aliás, encerrou um hiato de 14 anos do Brasil, que não marcava presença na disputa do ouro em um Mundial desde 2005, quando Natalia Falavigna foi campeã e Márcio Wenceslau levou a prata.

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Icaro, de 22 anos e oitavo colocado no ranking da categoria até 87kg, conquistou quatro vitórias em Manchester para chegar à final. Ele passou por Gabriel Diaz, de Porto Rico, por 23 a 14; por Fernando Zapata, do Chile, por 7 a 4; por Alexader Bachmann, da Alemanha, por 19 a 4; e por Ivan Sapina, da Croácia, por 16 a 12.

Na final, perdeu para o russo Vladislav Larin por 19 a 9. O brasileiro chegou a começar a luta na frente, mas foi dominado no segundo round, quando levou vários golpes que atingiram o capacete e depois não conseguiu a virada.

Na categoria até 62kg, Caroline, de 22 anos, perdeu a disputa do ouro para Iren Yaman, da Turquia, atual número um do ranking mundial e bicampeã mundial, por 21 a 7. "Tive lutas duras aqui. Foram cinco lutas, mas infelizmente não levei o ouro, mas trabalhei muito duro pra chegar até aqui e vou continuar trabalhando porque eu sei que eu posso mais", comentou Caroline.

Antes da final, a brasileira havia somado quatro vitórias. Ela havia superado a iraniana Yala Valinejad (39 a 19), a montenegrina Teodora Mitrovic (27 a 2), a espanhola Marta Gomes (25 a 5) e a croata Bruna Vuletic (14 a 11).

Já Maicon levou o bronze após conquistar três vitórias e uma derrota na categoria para lutadores com mais de 87kg. Ele também foi bronze na Olimpíada do Rio, em 2016, resultado repetido com o revés nas semifinais para Rafael Alba, de Cuba, por 17 a 13.

Nas outras fases, ele havia superado o marroquino Ayoub Bassel, o iraniano Sajjad Mardani e o britânico Mahama Cho. "Eu poderia ter ido muito melhor, mas foi a vontade de deus e eu parei no bronze. Agradeço a torcida, as mensagens, meu técnico. É mais uma medalha para eu chegar bem nos Jogos Olímpicos", disse Maicon.

Nos dias anteriores, o Brasil havia faturado bronzes com Paulo Ricardo (até 54kg) e Milena Titoneli (até 67kg). Com isso, o Brasil fechou a competição com cinco medalhas, um recorde na história do Mundial, evento em que o País já subiu 19 vezes ao pódio.

No quadro geral de medalhas, o Brasil foi o 11º colocado do Mundial com duas pratas e três bronzes. A disputa foi liderada pela Coreia do Sul, com quatro ouros e sete medalhas, seguida pela Grã-Bretanha, com três ouros e quatro medalhas.

O Brasil subiu ao pódio no segundo dia do Mundial de Tae Kwon Do, que está sendo realizado na Arena Manchester, na Inglaterra. Nesta quinta-feira, Paulo Ricardo de Melo faturou o bronze da categoria até 54 quilos, na 15ª medalha conquistada por lutadores do País na história do evento.

A medalha veio na estreia de Paulo Ricardo, de 22 anos, em Mundiais. E o brasileiro a assegurou após vencer quatro lutas, perdendo nas semifinais para o coreano Jun Seo Bae, o que lhe rendeu o bronze. O rival asiático fechou o primeiro round vencendo por 15 a 8 e estava à frente por 34 a 18 no segundo, quando a disputa foi encerrada por causa da décima falta de Paulo Ricardo, número máximo de infrações por combate.

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"Não venci na semifinal, mas estou muito feliz com essa medalha, em minha primeira participação no Mundial. Agradeço todos que torcem pelo meu sucesso e a confederação, por toda preparação que tivemos. A comissão técnica que não mede esforços pra conquistarmos os melhores resultados. Dedico essa medalha especialmente a minha mãe, Maria Neide, e minha irmã, Paula Crisitina, que inclusive está fazendo aniversário hoje. Assim como ao trabalho do meu professor Fábio Lourenço e a torcida que acompanhou todos os momentos", celebrou Paulo Ricardo.

Na sua campanha, Paulo Ricardo venceu o neozelandês Cole Krech-Watene na estreia, depois passando por Heiner Oviedo, da Costa Rica, e Seiya Higashijima, do Japão. A vaga na semifinal e a medalha foi assegurada com o triunfo contra Bailey Lewis, da Austrália.

"Enfrentamos adversários fortíssimos, mas ele lutou com muita propriedade. Executou tudo que lhe foi passado e demonstrou muita confiança e precisão nos comandos, vencendo todas as lutas com um placar alto! Contra o fortíssimo coreano não conseguimos encontrar o tempo exato para encaixar os chutes. Paulo vem evoluindo muito e com certeza, se continuar o trabalho duro que vem realizando, conquistará varias outras medalhas para o nosso país", analisou Clayton dos Santos, treinador da deleção brasileira.

Também nesta quinta-feira, em Londres, Edival Pontes (até 68kg) e Gabriele Siqueira (mas de 73kg) pararam nas oitavas de final. Na sexta, o Brasil vai ser representado por Henrique Precioso (até 74kg), Talisca Reis (até 49kg) e Sandy Macedo (até 57kg).

O Diário Oficial desta quarta-feira divulgou a nova lista de contemplados pela Bolsa Pódio. Com a inclusão de duas novas modalidades, o tae kwon do e o badminton adaptados, pela primeira vez na relação, o número de atletas beneficiados pelo recurso chegou a 143.

Badminton e tae kwon do adaptados foram incluídos porque estão no programa dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2020. Assim, serão 18 modalidades contempladas no total, com investimento anual de R$ 19,9 milhões.

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"O programa paralímpico teve essas alterações e já temos atletas bem ranqueados, que foram indicados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, avaliados pelo grupo de trabalho e aprovados. É mais um suporte com que eles contam para a preparação até 2020, visando contribuir com a meta do esporte paralímpico para Tóquio", explicou Mosiah Rodrigues, coordenador geral do programa Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte.

A inclusão das novas modalidade foi celebrada por seus praticantes, como Debora Menezes, do tae kwon do, que está na lista de contemplados pela primeira vez. "Essa é a melhor notícia de todos os tempos. Estou muito feliz", declarou. "É o que todo atleta espera, poder dormir bem, se alimentar bem e, consequentemente, treinar. São três pilares."

Reação semelhante teve Vitor Tavares, do badminton, também uma das novidades entre os contemplados. "O recurso vai ser bem útil. Ano que vem, temos Mundial na Suíça, Jogos Parapan-Americanos, campeonatos importantes em que é essencial a participação. Isso demanda uma grande verba, e sem o apoio não seria possível", comentou.

As modalidades paralímpicas beneficiadas com a Bolsa Pódio serão: atletismo (56 atletas), badminton (6), bocha (7), canoagem (4), ciclismo (3), halterofilismo (6), hipismo (1), judô (11), natação (28), remo (1), snowboard cross (1), ski cross country (1), tae kwon do (1), tênis de mesa (9), tênis em cadeira de rodas (2), tiro com arco (2), tiro esportivo (1) e triatlo (3).

Medalhista de bronze no Mundial de Tae Kwon Do de 2013 na categoria até 58kg, Guilherme Dias era apontado como o grande do Brasil na modalidade para os Rio-2016. Brigando contra a balança, não conseguiu bater o peso nas seletivas de 2015 e 2016 e acabou ficando fora da Olimpíada. Nesse meio tempo, descobriu um novo esporte: o pôquer. Agora, aos 24 anos, abandona o tae kwon do para se dedicar à carreira nas cartas.

De acordo com o site Official Poker Ranking, o brasileiro, que joga sob a alcunha de Guialves27 no PokerStars, ganhou US$ 75 mil somente esse ano. Na cotação do dia, isso dá mais de R$ 230 mil. Profissional da equipe Step Team, onde tem aulas, ele fica com somente um terço do valor, mas não paga inscrições.

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Não que a vida de atleta de tae kwon do fosse apertada. Depois da medalha no Mundial, Guilherme passou a ser atleta Bolsa Pódio, fazendo jus a uma bolsa mensal de R$ 15 mil do governo (em 12 meses, isso dá R$ 175 mil). Além disso, faz parte do programa de alto rendimento da Marinha, fazendo jus a um soldo de cerca de R$ 3 mil mensais.

Só que, no esporte olímpico de alto rendimento, não há outra opção de sobrevivência a não ser se manter no topo. E Guilherme não conseguiu isso. Perdeu diversas lutas para a balança. Em 2015, classificou o Brasil para o Pan e, na volta ao País, não conseguiu bater o peso na seletiva da seleção brasileira. No tae kwon do, há 10 quilos de diferença entre a categoria mais leve (até 58kg) e a segunda mais leve (até 68kg). Com cerca de 65kg, Guilherme precisava perder 7kg em cada competição.

Fora da seleção e, consequentemente, também do Mundial de 2015, ele não conseguiu vaga no Rio-2016 a partir do ranking olímpico. Depois, na seletiva olímpica nacional, desistiu no meio do processo de perda de peso, na véspera da competição.

"Desde quando não e classifiquei para os Jogos de 2016 estava afastados dos tatames, por motivo de desgaste de todo um ciclo vivido, com planos para voltar pós-Jogos. Mas algumas coisas me fazem hoje me aposentar dos tatames. Continuarei treinando tae kwon do como esporte 'hobby', mas não mais como um atleta profissional. Tenho novos planos na minha vida, agora como poker player", anunciou o agora jogador, pelo Facebook.

O ministro do Esporte da Rússia, Vitaly Mutko, anunciou nesta sexta-feira que 272 atletas do país já foram liberados para competir nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Eles foram aprovados pelas federações esportivas de suas respectivas modalidades, seguindo os critérios exigidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para permitir a participação russa no grande evento.

"Até agora, 272 atletas foram definitivamente admitidos nos Jogos", disse o ministro. O número total será anunciado somente no sábado. Inicialmente, a delegação russa teria até 387 esportistas. No entanto, a lista de atletas será reduzida em ao menos 100 por causa das punições aplicadas por doping nas últimas semanas.

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A maior sanção atingiu o atletismo russo, banido da Olimpíada. Somente a saltadora Darya Klishina, que vive nos Estados Unidos, foi liberada para competir porque realizou exames antidoping, sem resultado positivo, fora da Rússia. A modalidade foi suspensa em razão de um escândalo revelado pela Agência Mundial Antidoping (Wada), que apontou doping sistemático e com apoio de autoridades do governo no atletismo.

A Wada detectou irregularidades em outras modalidades e chegou a pedir a exclusão total d Rússia nos Jogos do Rio. Teve até apoio de diversos países para pressionar o COI, que acabou decidindo por manter o país na competição, porém com sérias restrições. Na prática, a entidade "terceirizou" para as federações esportivas de cada modalidade a decisão sobre liberar ou não os atletas russos.

Para tanto, o COI determinou que as federações devem excluir qualquer esportista previamente flagrado em exame antidoping ou que foi implicado no relatório divulgado na semana passada pela Wada - que detalhou o encobrimento de casos de uso de substâncias proibidas.

Algumas federações adotaram uma linha dura, com a exclusão de grande parte da equipe russa de eventos como remo, canoagem e natação. Outros esportes, como judô e tênis, permitiram que todos possam competir. Essas decisões ainda podem ser alvo de ações na Corte Arbitral do Esporte (CAS).

Pouco antes do anúncio do ministro da Rússia, o Comitê Olímpico do país divulgou que todos os três atletas do tae kwon do também foram liberados para competir no Rio. Chefe da federação russa da modalidade, Anatoly Terekhov revelou que a liberação foi notificada pela Federação Mundial de Tae Kwon Do, nesta sexta.

MAIS TESTES - Uma das delegações mais visadas desta Olimpíada, a Rússia não deve se afastar tão cedo do assunto doping. Nesta sexta, o chefe da delegação, Igor Kazikov, revelou que os atletas que desembarcaram no Rio de Janeiro já estão sendo submetidos a exames aplicados por agentes da Wada.

"Em todas as manhãs, os agentes antidoping vêm e levam nossas amostras", disse Kazikov, sem saber informar se a mesma frequência de testes está sendo cobrada de atletas de outras nacionalidades.

André Bilia e Gustavo Almeida, ambos titulares da seleção brasileira de tae kwon do, vão a julgamento nesta sexta-feira no STJD da modalidade acusados de, com mais três faixas pretas, agredirem um competidor durante a disputa da Copa Brasil, realizada simultaneamente à seletiva aberta, em dezembro, em João Pessoa. Bilia, se punido, perderá a última etapa da seletiva olímpica, no próximo fim de semana.

William Matias, de Suzano (SP), conta que estava carregando o celular antes de competir quando foi abordado por três atletas de São Caetano. Entre eles Gustavo Almeida, da categoria até 68kg, que o acusava de tê-lo difamado perante um patrocinador. "Quando eu já estava acuado contra a parede chegaram o André (Bilia) e o técnico de São Caetano, o Rafael Valério", conta Matias.

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"O André passou por trás e me chutou como se tentasse me dar uma rasteira. O Rafael me deu um soco. Eu tentei me defender e ataquei ele também. Nisso vieram os cinco para cima de mim", relata a vítima, que foi salva pela "turma do deixa disso". Ainda de acordo com Matias, Valério agiu de forma a assumir como único agressor, tentando tratar os alunos como apaziguadores.

O caso foi parar na delegacia e todos registraram Boletim de Ocorrência. A Confederação Brasileira de Tae Kwon Do (CBTKD) proibiu os quatro lutadores de São Caetano de voltarem ao ginásio no último dia de competições e ingressou no STJD contra os cinco atletas, com base nos artigos 254 e 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).

Ainda que a briga tenha ocorrido dentro do ginásio onde acontecia a competição, diante de todos, o advogado da equipe de São Caetano nega as agressões. "Existem 5 B.Os. O único que fala de agressão é o cara que se diz agredido. É a palavra dele contra a palavra de cinco. Em nenhum momento se apresenta testemunhas para o fato. Da nossa parte não houve agressão", diz Camilo.

Matias diz que está ingressando na Justiça nos âmbitos civil e criminal contra os atletas e o treinador, cobrando por danos morais e materiais, uma vez que, agredido, não pôde competir. Ele apresentou à CBTKD um documento assinado por duas testemunhas confirmando sua versão.

André Bilia é um dos três finalistas da seletiva olímpica brasileira na categoria peso pesado (+80kg). Se punido, deixaria a disputa entre Maicon Siqueira e Guilherme Felix. Gustavo Almeida não vai à Olimpíada porque a CBTKD tinha direito a apenas dois convites por naipe, escolhendo as categorias até 49kg e até 57kg no feminino e até 58kg e +80kg no masculino.

A Confederação Brasileira de Tae Kwon Do (CBKTD) estabeleceu critérios bastante complicados para definir três dos quatro representantes do País nos Jogos Olímpicos do Rio, em agosto. A entidade primeiro escolheu as categorias de peso nas quais usufruirá dos convites dados ao país-sede e, depois, estipulou três seletivas que não necessariamente eliminam os derrotados.

A primeira seletiva, aberta, envolveu atletas que não fazem parte da seleção brasileira, nem são os melhores do país no ranking olímpico. Agora, no próximo dia 17 de janeiro, em Santos (SP), a segunda seletiva, restrita a atletas convocados - sendo dois por convite -, vai definir três atletas por categoria para a última e decisiva seletiva.

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O curioso é que a CBTKD está cobrando R$ 250 de inscrição de cada um dos 21 atletas que ela mesma convocou para esta seletiva. São duas competidoras na categoria até 49kg (para definir a reserva de Iris Sing, classificada pelo ranking olímpico), sete na até 57kg feminina, seis na até 58kg e outros seis na +80kg masculina.

Esta etapa da seletiva será no modelo 'robin round', com todos lutando contra todos. Os três primeiros de cada categoria ganham o direito de participar da seletiva final, para a qual a comissão técnica terá o direito de convocar mais um atleta por critérios técnicos.

Entre as mulheres, as favoritas são Josiane Lima, Rafaela Araújo e Julia Vasconcelos. Na categoria mais leve masculina deve ter briga entre Venilton Teixeira e Guilherme Dias, ambos medalhistas de bronze nos últimos Mundiais. Já entre os pesos pesados a briga é franca, com Guilherme Felix aparecendo como favorito.

O Brasil terá cinco representantes no tae kwon do dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Além das quatro vagas que foram destinadas como país-sede, uma quinta foi obtida por meio do ranking mundial, por Iris Sing, que terminou no quarto lugar no ranking olímpico da categoria até 49kg e ficou com uma das seis vagas que estavam em jogo.

Bronze no Mundial e nos Jogos Pan-Americanos, ambos neste ano, Iris fechou a temporada no Grand Prix Final, evento realizado no fim de semana no México reunindo os oito melhores do mundo em cada categoria. Mesmo derrotada na primeira luta, a brasileira acabou beneficiada por derrotas de rivais e até subiu no ranking, do quinto para o quarto lugar. Ela somou 259,51 pontos ao longo da corrida olímpica, contra 242,21 da primeira atleta fora da zona de classificação.

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O tae kwon do é dividido em oito categorias de peso por gênero, mas nos Jogos Olímpicos a modalidade tem apenas quatro subdivisões no masculino e outras quatro no feminino. Iris, que foi bronze no Mundial na até 46kg, vai lutar no Rio entre atletas de até 49kg.

O Brasil teria boa chances de classificação na categoria masculina até 58kg, mas Guilherme Dias e Venilton Teixeira, que ganharam medalhas de bronze nos últimos dois Mundiais, se revezaram na titularidade da seleção e não somaram pontos suficientes nem para ficar entre os 10 primeiros do ranking. Diferentemente de todos os outros países, o Brasil, por ter convites como sede, não pode disputar os Pré-Olímpicos.

Agora caberá à Confederação Brasileira de Tae Kwon Do apontar as quatro categorias de peso (duas masculinas e duas femininas) nas quais usufruirá dos convites, para depois escolher os representantes do País na Olimpíada. No masculino, a entidade havia apontado a até 80kg (mais pesada) na esperança de contar com o lutador de MMA Anderson Silva, mas a ideia depois mostrou-se furada.

Campeã mundial em 2005 e medalhista olímpica em Pequim, em 2008, Natália Falavigna agora faz parte da comissão técnica da seleção brasileira de tae kwon do. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (12), pela CBTKD, em movimento de aproximação com os atletas depois da estória de que Anderson Silva poderia disputar a Olimpíada pelo Brasil.

Afinal, Natália fazia parte de um grupo de atletas veteranos que demonstravam ressalvas contra o presidente da CBTKD, Carlos Fernandes. O dirigente fez questão de assumir como pessoal a decisão de contratar não apenas a campeã mundial, mas também o técnico Carlos Negrão, apontado por muitos como o melhor da história do país e que estava fora da seleção desde 2008.

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"Ao voltar do Pan, Carlos Fernandes, prometeu fazer mudanças para a conquista de medalhas nos Jogos Olímpicos de 2016. O dirigente começou a cumprir a promessa com as duas contratações. Elas estão entre outras medidas e mais contratações que serão anunciadas pelo dirigente nas próximas semanas", diz o texto publicado no site da CBTKD.

Quando o presidente da CBTKD abriu a possibilidade de contar com Anderson Silva na Olimpíada para ganhar divulgação para a modalidade, o dirigente foi bastante criticado. Agora, o discurso mudou radicalmente.

"Pretendo que os resultados destes Jogos Olímpicos ajudem a divulgar e dar mais visibilidade ao nosso esporte. Espero que um bom resultado aumente o número de praticantes, facilite a captação de recursos e traga desenvolvimento em todos os níveis, da iniciação ao alto rendimento", diz Negrão ao site da CBTKD.

Já Natália Falavigna, de 31 anos, chega à comissão técnica sem uma função clara, pelo que explicou a CBTKD. Ela estava fora da seleção desde os Jogos Olímpicos de Londres e, alegando lesões, nunca mais conseguiu se colocar entre as melhores do País. A veterana, de 31 anos, diz que desistiu de ir à Olimpíada do Rio, mas que ainda não parou.

"Momentaneamente eu não irei para os Jogos Olímpicos como atleta. Como havia me lesionado bastante acabei por não avançar no ranking e não ter tanto ritmo. Neste momento minha prioridade será ajudar a estruturar minha modalidade, mas não significa que me aposentei. Ainda estou ativa até porque não quero fazer nada de maneira brusca."

O Brasil tem quatro vagas na Olimpíada por convite no tae kwon do e só poderá alcançar novas credenciais com atletas que fecharem o ranking olímpico entre os seis primeiros de suas respectivas categorias. Só Iris Tang tem condições de cumprir essa meta num momento de crise da modalidade, que só ganhou duas medalhas, ambas de bronze, no Pan.

"Em 2012 não fomos bem e tivemos um retrocesso, então acredito que o nosso primeiro objetivo é retomar a linha evolutiva que foi interrompida entre 2012, e podemos fazer isto. Como já temos 4 vagas asseguradas, pelo regulamento, temos a obrigação de no mínimo conseguir duas medalhas de bronze e se tudo correr bem, fazer melhor que isto", aposta Negrão.

Terminou sem nenhuma luta a curta passagem de Anderson Silva pelo tae kwon do. Nesta segunda-feira, a Confederação Brasileira da modalidade (CBTKD) publicou curta nota no seu site oficial confirmando que o lutador de MMA desistiu de disputar uma vaga na equipe brasileira que vai aos Jogos do Rio, ano que vem, o que ambos anunciaram com pompa há menos de dois meses.

De acordo com a CBTKD, a entidade ficou sabendo da desistência de Anderson ao ler uma entrevista do empresário dele, Jorge Guimarães, o Joinha, ao site Portal do Vale Tudo, na semana passada. Então, procurou o agente, que confirmou a informação. "Caiu a ficha dele (Anderson Silva). Ele tem 40 anos e vai focar num esporte (MMA)", disse ele à CBTKD, de acordo com o comunicado.

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O presidente da entidade, Carlos Fernandes, que parecia o maior entusiasta da ideia de Anderson Silva se arriscar no tae kwon do, agora mostra arrependimento e culpa o lutador. Ele, entretanto, não admite ter errado.

"Apesar de não ter sido um erro nosso, peço desculpas aos atletas, sociedade e imprensa. Até mesmo pelo fato de a CBTKD ter levado tudo isso a sério e também em todo tempo cumprido com todo nosso discurso. Ele (Anderson) veio aqui pessoalmente querendo participar da Olimpíada 2016. Agora manda recado por terceiros", reclamou Carlos Fernandes.

Anderson Silva já era "embaixador do tae kwon do" quando enviou carta à CBTKD afirmando que estava à disposição para os Jogos do Rio-2016. A entidade publicou a carta em seu site oficial e criou alvoroço. Depois, convocou entrevista coletiva, estendeu o tapete vermelho a Anderson Silva em uma entrevista coletiva, e informou que ele participaria "das seletivas" para os Jogos, sem explicar como seriam essas "seletivas".

Entidade e lutador foram criticados pela ação, uma vez que ele está suspenso por ter sido pego em três testes antidoping realizados pela Comissão Atlética de Nevada (EUA), antes de uma luta no UFC. Alguns atletas da modalidade ainda reclamaram do beneficiamento a Anderson, que sequer era filiado a uma federação e entraria direto na disputa pela vaga olímpica sem percorrer todo o caminho pelo qual os demais tiveram que passar, com campeonatos estaduais, regionais e nacionais.

O brasileiro Venilton Torres Teixeira ficou com a medalha de bronze, neste sábado (16), no Mundial de Tae Kwon Do, disputado na cidade russa de Chelyabinski. Ele foi derrotado pelo russo Stanislav Denisov por 20 a 17 na semifinal da categoria até 54kg, mas levou a medalha porque não existe disputa de terceiro lugar na competição.

Venilton foi superado neste sábado após vencer quatro lutas na sexta-feira (15). Com a queda na semifinal, ele repetiu o desempenho de Iris Sing, que faturou o bronze na categoria até 46kg ao ser superada na semifinal pela tailandesa Panipak Wongpattanakit, na quarta-feira.

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Com estas duas medalhas, o Brasil já alcança seu melhor resultado em Mundiais. Até então a referência era a única medalha conquistada no Mundial do México, em 2013. Guilherme Dias conquistara o bronze na categoria até 58kg.

Além de Venilton, outros três brasileiros competiram neste sábado. Mas não conseguiram ir longe em suas chaves. Guilherme Felix, na categoria acima de 87kg, foi quem mais avançou. Ele foi eliminado nas oitavas de final pelo marfinense Firmin Zokou por 7 a 4. Antes da queda, ele venceu duas lutas, contra o malinês Diabate Toumani e o finlandês Teemu Heino.

Na categoria até 87kg, John Lee Silva foi derrotado logo na estreia, pelo grego Apostolos Telikostoglou. No feminino, Raphaella Galacho também caiu na primeira luta, contra a sul-coreana Hyeri Oh, pela categoria até 73kg.

O Brasil garantiu uma medalha no Mundial de Tae Kwon do logo no primeiro dia de competições em Chelyabinski, na Rússia. Nesta terça-feira, Iris Sing avançou às semifinais na categoria até 46kg, que não é olímpica, e assegurou ao menos o bronze, mesmo que ela seja derrotada nesta quarta-feira.

Iris Sing, que tentará obter a sua vaga na Olimpíada do Rio na categoria até 49kg, conquistou três vitórias nesta terça para avançar às semifinais. A brasileira, que só precisou estrear na segunda rodada, abriu a sua participação no Mundial batendo a húngara Claudia Lipcsei.

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Depois, ela avançou às quartas de final com o triunfo diante da sul-coreana Jae-Young Sim. E a vitória que já lhe garantiu ao menos a medalha de bronze foi sobre a chinesa Zhaoyi Li.

Nas semifinais, nesta quarta, Iris Sing vai lutar contra a tailandesa Panipak Wongpattanakit. O outro duelo por uma vaga na final da categoria até 46kg vai ser entre a ucraniana Iryna Romoldanova e a taiwanesa Wang-Ting Lin.

Além de Iris Sing, Leonardo Moraes foi outro representante brasileiro no primeiro dia do Mundial de Tae Kwon Do. Na categoria até 58kg, ele acabou sendo eliminado logo na estreia, pelo holandês Machario Patti.

Nesta quarta-feira, além de Iris Sing, outros dois brasileiros vão competir no Mundial. Talisca Reis estreará na categoria até 49kg contra a eslovena Ana Petrusic. Já entre os homens, Henrique Precioso está de bye na primeira rodada da categoria até 74kg e depois vai enfrentar o vencedor da luta entre Gianluca Barbara, de Malta, e Rostand Kiki, do Benin.

Anderson Silva pretende mesmo disputar os Jogos Olímpicos de 2016, e a Confederação Brasileira de Tae Kwon Do (CBTKD) está disposta a transformar isso em realidade. Nesta quarta-feira, o ex-campeão mundial de MMA e o presidente da CBTKD, Carlos Fernandes, reuniram a imprensa para "esclarecer" o assunto. A entidade deixou claro que o lutador não terá nenhum tipo de benefício, mas ao mesmo tempo excluiu uma barreira para que ele seja um dos quatro brasileiros nos Jogos: o ranking nacional da modalidade não terá nenhuma influência na escolha das vagas, que serão definidas em torneios seletivos a partir de janeiro.

Desse modo, tudo o que Anderson Silva precisa fazer para competir em 2016 é vencer a seletiva. "Todos nós sabemos da performance do nosso campeão, da potencialidade dele. Ele é um ícone das artes marciais, e o tae kwon do é uma delas", afirmou Fernandes. "A chapa vai esquentar a partir de janeiro (com as seletivas). O meu interesse é que vá o melhor."

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Sobre as críticas de outros atletas, que consideram a situação injusta, Anderson procurou ser diplomático. "Não estou aqui para desagregar, estou aqui para unir forças", disse. "É normal que alguns estejam descontentes. Não tem como agradar todo mundo, ser unânime. Mas com o tempo as pessoas, e os meus próprios companheiros, vão perceber que não estou querendo pegar carona com ninguém."

Mesmo insistindo que o lutador não terá nenhum tipo de benefício, ficou claro que a CBTKD está muito satisfeita com o interesse de Anderson Silva em disputar o tae kwon do nos Jogos de 2016. "Todos nós sabemos que o marketing é caro, ainda mais aqui no Brasil. O Anderson, o desejo dele, foi uma loteria. Ganhamos na Mega Sena. Acho que foi bom para os dois. Patrocínio é difícil, aqui é o país do futebol", comentou Fernandes.

PREPARAÇÃO - Anderson Silva destacou que já vem treinando para voltar a competir no tae kwon do, modalidade que aprendeu a lutar aos sete anos e que parou dez anos mais tarde. "As dificuldades que vou encontrar hoje, do tae kwon do da minha época ao de agora, são muito grandes. É um desafio", considerou.

"Estou sempre treinando (para o MMA), e quando se fala em treino se fala em estudar muito. Eu não parei de treinar, e em algumas lutas eu até coloquei alguns golpes", comentou o atleta de 39 anos. "É um desafio que estou disposto a tentar, e até mesmo a passar vergonha."

O lutador, porém, admite que ainda está longe do ideal para buscar uma vaga na Olimpíada. "Tenho que voltar aos treinos, sou realista. Sei que as condições que tenho hoje de participar de qualquer competição estão muito longe (do ideal). Tenho que me preparar, ganhar velocidade, aprender a usar o equipamento, que está totalmente mudado."

Anderson declarou que decidiu se empenhar somente agora por uma vaga à Olimpíada porque, antes, "tinha muitos compromissos" que o impediam. Questionado se isso significaria um afastamento do MMA nos próximos meses, ele foi taxativo. "Não, não vou parar", assegurou. "O meu foco principal agora é começar meus treinos mais intensificados no tae kwon do, e procurar me empenhar nisso."

Durante a coletiva, o caso de doping do lutador, que ainda será julgado pela Comissão Atlética de Nevada, foi tema proibido. Ainda assim, ele falou rapidamente sobre o assunto. "Estou respeitando todo o processo, foi adiado o julgamento e não fui que pedi. Foram meus advogados, e não sei por quê."

A intenção do astro de MMA Anderson Silva de disputar o tae kwon do pelo Brasil nos Jogos Olímpicos de 2016 é vista com bons olhos por Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Rio-2016, responsável pela organização. Nesta sexta-feira, Nuzman afirmou que seria "um prazer muito grande" a participação de Anderson na Olimpíada.

"Eu gostaria de ver os melhores atletas do mundo participando. E se o Anderson for cumprindo tudo o que tem que cumprir, e ele se classificar - porque o presidente da Confederação Brasileiras de Tae Kwon Do deixou muito claro que ele não vai ganhar (a vaga) de presente -, será um prazer muito grande (termos) mais um atleta brasileiro de renome", disse Nuzman.

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Na avaliação do dirigente, a presença de Anderson Silva nos Jogos ajudaria no próprio desenvolvimento do tae kwon do no País. "Acho que para o tae kwon do é uma grande conquista, é de grande importância. O tae kwon do é um esporte em grande desenvolvimento, e será benéfico", considerou.

Sobre o caso de doping pelo qual Anderson Silva está envolvido, Nuzman declarou que a tolerância é "zero", mas que isso não será impedimento para disputa dos Jogos caso o lutador resolva a questão com a Comissão Atlética de Nevada e, eventualmente, com a Agência Mundial Antidoping.

"Defendemos que o doping é uma questão zero para nós, mas no mundo diversos atletas campeões olímpicos tiveram no passado problemas de doping. Então, ele cumprindo o que for estabelecido pela comissão de Nevada, ele estará sem problemas para poder competir", disse Nuzman.

Horas depois de o principal atleta brasileiro da categoria +80kg tratar a chance de Anderson Silva disputar a Olimpíada como uma "piada", o lutador de MMA se pronunciou pela primeira vez sobre o caso. Em postagem na rede social Instagram, o ex-campeão dos médios do UFC afirmou que está "a anos luz" dos seus rivais, mas prometeu que vai se dedicar ao máximo pelo sonho de lutar tae kwon do no Rio-2016.

"Sei que estou totalmente fora de forma, pois não treino há muito tempo, mas estou disposto a tentar. Vou treinar muito como sempre fiz e tentar índices (sic) para os Jogos Olímpicos. Estou em outro nível. Os atletas olímpicos são praticamente super atletas, que estão a anos luz de qualquer um. Mas eu vou sim sair da minha zona de conforto e tentar. O pior que pode acontecer é eu não conseguir resultados satisfatórios. Ao menos eu vou ter a certeza que vou tentar", escreveu Anderson ao republicar vídeo postado mais cedo, treinando tae kwon do.

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No começo da tarde, Guilherme Felix, número 18 do ranking mundial da categoria na qual Anderson Silva lutaria, mostrou que os atletas da modalidade não digeriram bem a possibilidade de o atleta de MMA, suspenso por doping, participar da seletiva olímpica.

"Vamos parar com a brincadeira! Eu e a maioria dos atletas de tae kwon do estamos cansados dessa polêmica do Anderson Silva dizer que vai tentar vaga pros Jogos Olímpicos. Não tenho nada contra ele e nem o conheço pessoalmente, mas esse tema é motivo de piada. Ele (Anderson Silva) pode tentar, assim como qualquer um devidamente filiado e regularizado pode tentar. Muitos levando isso a sério, mas pra mim não passa de brincadeira, marketing pessoal dele. Todos estão falando de forma cautelosa, eu cansei. Se ele quer mesmo disputar a vaga pros Jogos, que venha. O risco é dele e acho que vai ter que se preparar muito pra não passar vergonha. Estou ansioso! Aqui não vai ter mais piadinha e brincadeira com coisa séria", postou Guilherme, no Facebook. O atleta chegou a retirar o texto minutos depois, mas voltou a postá-lo após cerca de uma hora.

ENTENDA - Na segunda-feira, a Confederação Brasileira de Tae Kwon do (CBTKD) publicou carta de Anderson Silva ao presidente da entidade, Carlos Fernandes, em que afirma ter vontade de disputar os Jogos do Rio-2016 e se coloca à disposição. No texto, o lutador rasga elogios ao cartola, que não tem apoio da maioria dos atletas da modalidade.

Antes, na quinta-feira da semana passada, a CBTKD havia anunciado que um dos quatro convites aos quais o Brasil tem direito no tae kwon do olímpico como dono da casa será utilizado na categoria +80kg. Assim, Anderson Silva não precisaria obter a classificação pelos critérios regulares - terminar o ranking olímpico entre os seis primeiros do mundo.

A CBTKD, porém, não explicou se Anderson, que sequer é filiado à Federação Internacional de Tae Kwon Do (WTF, na sigla em inglês), entraria zerado na disputa interna pela vaga, tendo que começar pelos campeonatos estaduais até chegar à seleção e, só depois, lutar contra os melhores atletas da categoria. Fora da seleção de 2015, ele não tem como obter pontos no ranking olímpico para passar Guilherme Felix, por exemplo.

A comissão técnica ainda não definiu como será a seletiva olímpica, mas o técnico da seleção, Fernando Madureira, afirmou à reportagem que pretende que os dois ou três melhores atletas de cada categoria façam "pelo menos" duas ou três rodadas de lutas entre eles. Além de Guilherme Felix, disputam o posto Maicon Andrade (vencedor da seletiva nacional) e Lucas Ferreira (responsável por garantir um brasileiro da categoria no Pan).

De qualquer forma, para ter direito a convite, Anderson Silva precisaria cumprir os requisitos exigidos pela WTF (federação internacional). O primeiro deles: receber uma licença de lutador de tae kwon do. Depois, precisa de resultados. Pelo menos um da seguinte lista: medalhista de uma competição da WTF (federação internacional), chegar em algum momento entre os 20 melhores do ranking olímpico, ficar entre os 16 melhores do Mundial, avançar às quartas de final do Campeonato Pan-Americano ou ganhar o Campeonato Brasileiro. Tudo isso até abril de 2016.

Anderson Silva está provisoriamente suspenso por doping pela Comissão Atlética de Nevada (NAC), depois de ter testado positivo para anabolizantes (duas vezes) e ansiolíticos em pelo menos três exames, um antes da luta contra Nick Diaz, no UFC 183, e dois no dia do combate.

Caso seja punido pela Comissão Atlética de Nevada (NAC), Anderson Silva fica suspenso de lutar pelo UFC. A entidade, porém, trabalha com regras diferentes da Wada (Agência Mundial Antidoping) e por isso a CBTKD entende que Anderson poderia participar normalmente de competições de tae kwon do.

Não será o currículo de grande nome do MMA que levará Anderson Silva para a Olimpíada. Se o ex-campeão dos médios do UFC quiser disputar os Jogos do Rio, em 2016, vai ter que participar de todo o processo seletivo definido pela Confederação Brasileira de Tae Kwon Do (CBTKD), o que inclui vencer os principais brasileiros da categoria +80kg em pelo menos duas rodadas de lutas. É isso que garante o técnico da seleção brasileira, Fernando Madureira.

"Ele vai ter que passar pelo processo seletivo. Já praticou tae kwon do, tem boa qualidade física, histórico de luta muito bacana. Para ir para a Olimpíada, vai depender de entrar no sistema de seletiva nosso e ganhar dos caras", diz o treinador, informado pelo site da CBTKD do pedido de Anderson Silva para entrar na disputa de uma vaga olímpica.

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A confederação tem sido muito rígida com os critérios que ela mesmo impôs. O exemplo mais claro é Guilherme Dias. Bronze no Mundial de 2013, ele não conseguiu bater o peso (68kg) para disputar a seletiva da seleção brasileira, duas semanas depois de, pela seleção, garantir vaga ao Brasil no Pan de Toronto. Mesmo sobrando como melhor do País, está fora da equipe, não vai ao Mundial e por isso terá enormes dificuldades de obter a vaga olímpica como um dos seis melhores do ranking.

Se não abre exceção nem para um atleta medalhista mundial, que ficou de fora da seleção por não bater o peso, não haveria por que ser complacente com um lutador vindo de fora. "Ninguém vai abrir exceção por causa de nome. A gente vai seguir regras e critérios", garante Madureira, explicando que pode haver uma alteração em alguns dos critérios, mas exatamente para privilegiar quem já tem bom ranking.

Para chegar à seleção, Anderson terá, assim, que vencer torneios menores para ser convocado à seletiva nacional. Se entrar na seleção e conseguir bons resultados, vai ter que participar de "duas ou três" rodadas de lutas contra os melhores da categoria, provavelmente Guilherme Felix (18º do ranking mundial), Maicon Andrade (vencedor da seletiva nacional) e Lucas Ferreira (responsável por garantir um brasileiro da categoria no Pan).

A isso, ainda se somam os critérios exigidos pela WTF (federação internacional) para que um atleta brasileiro possa lutar na Olimpíada com um dos quatro convites destinados ao país sede. O primeiro deles: receber uma licença de lutador de tae kwon do. Depois, precisa de resultados. Pelo menos um da seguinte lista: medalhista de uma competição da WTF (federação internacional), chegar em algum momento entre os 20 melhores do ranking olímpico, ficar entre os 16 melhores do Mundial, avançar às quartas de final do Campeonato Pan-Americano ou ganhar o Campeonato Brasileiro. Tudo isso até abril de 2016.

Madureira garante ter sido coincidência o fato de, na quinta-feira passada, o conselho técnico da seleção definir que um dos quatro convites aos quais o tae kwon do brasileiro tem direito nos Jogos será destinado à categoria +80kg, exatamente aquela na qual Anderson Silva se encaixa, e a publicação, nesta segunda-feira, da carta na qual o lutador se coloca à disposição do País e revela o sonho de disputar a Olimpíada.

"Acho que não (tem a ver), porque ele não tinha feito contato ainda. O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) já estava pedindo planejamento. A gente ainda acha meio cedo para apresentar alguma coisa, mas adiantamos isso", explica o treinador. Ele não nega, entretanto, que recebeu com felicidade a notícia de Anderson Silva, especialmente pela "mídia" que o lutador pode trazer à modalidade.

Considerado o maior atleta de MMA de todos os tempos, Anderson Silva pode defender o Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pela Confederação Brasileira de Tae Kwon Do (CBTKD), que publicou carta enviada pelo lutador a Carlos Fernandes, presidente da entidade.

Na quinta-feira passada, a confederação já havia surpreendido ao anunciar que daria um dos quatro convites aos quais tem direito a um lutador da categoria +80kg. Anderson Silva luta, no UFC, a principal organização de MMA no mundo, na categoria até 84kg.

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Na carta publicada pela CBTKD, Anderson diz que a Olimpíada é "o sonho de todo atleta" e com ele não é diferente. "Sendo (a próxima Olimpíada) em meu país, esse espírito olímpico me deixou muito motivado. Será um imenso prazer fazer parte desse time de ouro", escreveu Anderson, em texto elogioso a Carlos Fernandes.

"Sendo assim, deixo aqui registrada a minha vontade de representar o tae kwon do e o Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Com toda minha estima, força e honra", completou Anderson Silva. Já a CBTKD explicou que "em breve haverá notícias dos desenvolvimentos desse encontro e será realizado um pronunciamento público em conjunto de ambas as partes".

Porém, não é por que o Brasil tem direito a convites que pode oferecê-lo a quem bem entender. Anderson, antes, vai ter que cumprir alguns requisitos. O primeiro deles: receber uma licença de lutador de tae kwon do. Depois, precisa de resultados. Pelo menos um da seguinte lista: medalhista de uma competição da Federação Mundial de Tae Kwon Do, chegar em algum momento entre os 20 melhores do ranking olímpico, ficar entre os 16 melhores do Mundial, avançar às quartas de final do Campeonato Pan-Americano ou ganhar o Campeonato Brasileiro. Tudo isso até abril de 2016.

Anderson, porém, não lutou a seletiva nacional do mês passado. Assim, é de Guilherme Felix o direito de disputar o Mundial e o Campeonato Pan-Americano. Número 18 do ranking olímpico, ele vem de bons resultados e, se faturar medalha no Mundial, pode chegar ao Top 6 do ranking, o que lhe garantiria na Olimpíada.

Após ficar mais de um ano afastado das lutas por causa de uma grave lesão, Anderson Silva retornou ao UFC no final de janeiro, num combate em que superou o norte-americano Nick Diaz. O brasileiro, porém, deu positivo em exames antidoping realizados antes e depois da luta. A Comissão Atlética de Nevada marcou para 21 de abril uma reunião em que pode entrar na pauta o julgamento do lutador. Agora ele aventa a possibilidade de defender o tae kwon do brasileiro na próxima Olimpíada.

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