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O maior atleta paralímpico do Brasil encerrou a carreira. Daniel Dias nadou sua última prova nos Jogos de Tóquio, a final dos 50 metros livre da classe S5 (atletas com má-formação congênita ou amputados) e chegou em quarto lugar, atrás de três atletas chineses. Ele se despede com 33 anos e participação em quatro edições das Paralimpíadas.

Daniel não teve uma boa saída, mas se recuperou rapidamente e gradualmente foi ultrapassando os competidores - exceto os chineses. Daniel fechou a prova com o tempo de 32s12. O medalhista de ouro foi Tao Zheng (30s31), que quebrou o recorde paralímpico, Weiyi Yuan foi prata (31s11) e Lichan Wang chegou em terceiro (31s35).

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"Acabou, mas eu estou feliz. Só tenho de agradecer a Deus, louvado seja Ele. Deus me deu infinitamente mais do que eu pedi, se escrevesse não seria tão perfeito como foi. E agradecer à minha família. Cada braçada é para eles. Papai está chegando em casa", disse Daniel, emocionado, em entrevista ao canal SporTV.

Daniel tem 27 medalhas paralímpicas no currículo, sendo 14 de ouro, sete de prata e seis de bronze. Em Mundiais, o brasileiro tem 40 medalhas, sendo 31 de ouro, e em Jogos Parapan-Americanos, são 33 medalhas, todas de ouro.

Em Tóquio, Daniel aumentou a coleção de medalhas com mais três bronzes: nos 100m livre S5, nos 200m livre S5 e no revezamento 4x50m livre misto 20 pontos, que junta atletas de classes diferentes, mas cuja soma numérica tem que ser 20. Além disso, disputou as finais e acabou sem medalha em mais duas provas: foi sexto no 50m peito da classe S5 e quinto nos 50m costas S5.

No último ciclo olímpico, a natação passou por uma reclassificação e atletas que antes eram da S6 acabaram "caindo" para a S5. Dessa forma, Daniel teve que entrar em disputas contra competidores com deficiências menos severas, que dominaram as provas com grande vantagem para quem já era da S5.

Em Tóquio, Daniel demonstrou algumas vezes que isso o fez duvidar se conseguiria mais conquistas. Após alcançar segunda medalha de bronze em Tóquio, Dias disse ter tirado um peso das costas com a conquista da primeira, que havia acontecido no dia anterior.

Daniel inspirou muitos outros a se tornarem nadadores. Ele mesmo começou no esporte dessa maneira: com má-formação congênita nos membros superiores e na perna direita, começou a competir em 2006, inspirado em Clodoaldo Silva, e bateu todos os recordes possíveis.

"Sou muito grato pela natação. Jamais imaginei chegar aonde cheguei. Se eu fosse escrever, lá quando eu comecei, há 16 anos, tudo que eu conquistei, eu jamais iria conseguir escrever isso. Não seria tão perfeito como foi", afirmou, ao anunciar a aposentadoria, em janeiro.

Fora das piscinas, Daniel deve se dedicar mais ao Instituto Daniel Dias, criado em 2014 para fomentar o esporte paralímpico brasileiro, e também à atuação nos bastidores do esporte - ele é membro da Assembleia Geral do Comitê Paralímpico Brasileiro e na Comissão Nacional de Atletas.

Quando entrar na água para disputar a eliminatória dos 50 metros livres da classe S5 (atletas com braços ou pernas amputados ou não funcionais), às 22h34 desta terça-feira, pelo horário de Brasília, Daniel Dias estará em sua última prova paralímpica. Ele anunciou desde janeiro que os Jogos Paralímpicos de Tóquio marcam a despedida de sua brilhante carreira.

Aos 33 anos, com 27 medalhas paralímpicas, sendo 14 de ouro, sete de prata e seis de bronze, o nadador é o maior medalhista brasileiro em Paralimpíadas, além de ter conquistado dezenas de medalhas em Campeonatos Mundiais e Jogos Parapan-Americanos.

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Em Tóquio, Daniel aumentou a coleção de medalhas com mais três bronzes: nos 100m livre S5, nos 200m livre S5 e no revezamento 4x50m livre misto 20 pontos, que junta atletas de classes diferentes, mas cuja soma numérica tem que ser 20. Além disso, disputou as finais e acabou sem medalha em mais duas provas: foi sexto no 50m peito da classe S5 e quinto nos 50m costas S5.

No último ciclo olímpico, a natação passou por uma reclassificação e atletas que antes eram da S6 acabaram "caindo" para a S5. Dessa forma, Daniel teve que entrar em disputas contra competidores com deficiências menos severas, que dominaram as provas com grande vantagem para quem já era da S5.

Em Tóquio, Daniel demonstrou algumas vezes que isso o fez duvidar se conseguiria mais conquistas. Após alcançar segunda medalha de bronze em Tóquio, Dias disse ao SporTV ter tirado um peso das costas com a conquista da primeira. "As coisas estão fluindo", alegrou-se.

Com a carreira prestes a ser encerrada, Daniel pode ter certeza de que inspirou muitos outros a se tornarem nadadores. Ele mesmo começou no esporte dessa maneira: com má-formação congênita nos membros superiores e na perna direita, começou a competir em 2006, inspirado em Clodoaldo Silva, e bateu todos os recordes possíveis.

"Sou muito grato pela natação. Jamais imaginei chegar aonde cheguei. Se eu fosse escrever, lá quando eu comecei, há 16 anos, tudo que eu conquistei, eu jamais iria conseguir escrever isso. Não seria tão perfeito como foi", afirmou, ao anunciar a aposentadoria, em janeiro.

Fora das piscinas, Daniel deve se dedicar mais ao Instituto Daniel Dias, criado em 2014 para fomentar o esporte paralímpico brasileiro, e também à atuação nos bastidores do esporte - ele é membro da Assembleia Geral do Comitê Paralímpico Brasileiro e na Comissão Nacional de Atletas.

O paulista Daniel Dias conquistou na madrugada desta quinta-feira (26) a sua 26ª medalha medalha paralímpica no Jogos de Tóquio (Japão), com um bronze na prova de 100 metros livre da classe S5 (deficiência físico-motora), com o tempo de tempo de 1min10s80.  É o segundo bronze do multicampeão na Tóquio 2020: na manhã de ontem (25), Daniel faturou a primeira medalha ao completar os 200 metros livre em terceiro lugar. As competições de natação estão sendo disputadas no Centro Aquático de Tóquio, na capital japonesa.

Quem levou a medalha de ouro foi o italiano Francesco Bocciardo, com a marca de 1min09s56. Já a prata foi para a China, com Lichao Wang, com o tempo de 1min10s45.

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Outros resultados

Nos 100 metros livre S5 (deficiência físico-motora), a potiguar Joana Neves, a Joaninha, terminou a disputa na oitava colocação, com o tempo de 1min27s62.

Já nos 200 metros livre da classe SM6 (deficiência físico-motora), o catarinense Talisson Glock, de 26 anos, ficou na sexta posição, com a marca de 2 min45s17.

Por fim, o catarinense Matheus Rheine ficou em quinto lugar nos 400 metros livre da classe S11 (cegueira). Ele obteve o tempo de 4 min33s64.

Daniel Dias começou a sua última Paralimpíada com medalha. Na primeira final que disputou em Tóquio, o atleta de 33 anos, maior medalhista paralímpico brasileiro, conquistou um bronze nos 200 metros livres da classe S5 (para atletas amputados ou com má formação congênita nos braços) e chegou à 25.ª conquista. O ouro foi do italiano Francesco Bocciardo e a prata para o espanhol Antoni Beltrán.

A prova teve grande dominância de Beltrán, que venceu por boa vantagem e quebrou o recorde paralímpico com o tempo de 2min26s76. Da mesma forma, Beltrán teve grande diferença para os demais competidores, com a marca de 2min35s20. Daniel Dias conseguiu reduzir a vantagem para os dois primeiros no fim e marcou o tempo de 2min38s61.

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Daniel Dias ainda tem mais quatro chances de buscar aumentar a coleção de medalhas em Tóquio: compete nos 50 metros borboleta, nos 50 metros costas e nos 50 metros livre. Por fim, ainda pode disputar o revezamento 4x50 metros livre.

O nadador brasileiro compete desde a Paralimpíada de Pequim-2008 e tem uma coleção invejável: são 14 ouros, sete pratas e agora quatro bronzes. Em Mundiais, Daniel Dias tem 40 pódios, sendo 31 ouros, sete pratas e dois bronzes. Em Parapan-Americanos, são 33 medalhas de ouro em 33 provas.

Pouco antes da competição no Japão, Daniel Dias passou por um processo de reclassificação funcional e os seus adversários ficaram mais fortes - ele foi colocado em uma classe com menor deficiência do que antes. Apesar da dificuldade, ele já conseguiu a primeira medalha e vai em busca de mais.

O nadador paralímpico brasileiro recordista de pódios na modalidade, Daniel Dias, fez um desabafo nas redes sociais nesta terça-feira (9). Daniel cumpre isolamento social mesmo sem ter testado para a Covid-19, porque outro integrante da delegação brasileira testou positivo. Segundo o atleta, isso está impedindo ele e outros esportistas de treinarem no Japão.

Daniel, em vídeo divulgado no Instagram, reconheceu a importância das medidas sanitárias para conter a propagação da Covid-19, mas reclamou das restrições impostas pelo governo japonês. No seu post, ele chegou inclusive a marcar o perfil do Ministério das Relações Exteriores. 

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“Nós entendemos que medidas sanitárias são necessárias, mas nós estamos negativos. Esse isolamento pode nos fazer perder medalhas, desperdiçar todo o investimento dos últimos cinco anos. O CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) está incansável na luta para a nossa liberação, mas as autoridades locais seguem informando que nós teremos que ficar 14 dias isolados. Não faz sentido. Nós estamos negativos. Dessa forma, não poderemos treinar. Isso vai de encontro ao nosso grande objetivo aqui na cidade", disse.

Daniel explicou que houve um mapeamento de quem teve contato direto com a pessoa infectada, mas que mesmo com isso e com os testes negativos, o isolamento de 14 dias é obrigatório. O prazo é justamente o mesmo do início da competição. 

“Nós viemos para Hamamatsu para aclimatação e para treinar. Eu e todos os atletas nesta condição. Pedimos a compreensão e a empatia das autoridades locais. O intuito deste vídeo é que chegue às autoridades japonesas. Por favor, nós precisamos treinar”, apelou o nadador.

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O nadador brasileiro Daniel Dias revelou nesta terça-feira (12), pelo Instagram, que vai encerrar sua carreira de atleta profissional este ano, depois de participar da Paralimpíada de Tóquio (Japão), adiada para o período de 23 de julho a 8 de agosto. Considerado um expoente da natação e do esporte paralímpico, o atleta disse que planeja conquistar mais cinco medalhas na edição deste ano da Paralimpíada. 

Estou muito feliz porque esta decisão já está tomada há um tempo, eu já venho traçando objetivos e já venho com plano de anunciar a aposentadoria. Eu sou muito grato a Deus pela natação, e pela natação.  Eu jamais imaginei que eu chegaria aonde cheguei. Se eu fosse escrever, lá quando eu comecei, há 16 anos atrás, tudo que eu conquistei, acho que eu jamais iria conseguir, escrever isso, jamais ia colocar nas palavras nessa carta, se eu fosse ler esta carta hoje, não seria tão perfeito como foi" disse Dias, visivelmente emocionado.

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O brasileiro se tornou o maior nadador paralímpico do mundo, com 24 medalhas, na Olimpíada Rio 2016: na ocasião, Dias faturou quatro ouros, três pratas e dois bronzes, Mas a coleção de medalhas em grandes competições é bem maior: são ao todo 97 conquistas (33 ouros em Jogos Parapan-Americanos; e 40 medalhas em Mundiais, das quais 31 de ouro). 

Em 2016, Daniel Dias foi contemplado pela terceira com melhor atleta com deficiência do ano com o prêmio Laureus Sports Awards, popularmente chamado de "Oscar do Esporte". O brasileiro já havia conquistado o título em 2009 e 2013.

Sobre o futuro após a aposentadoria, o atleta adiantou que pretende continuar perto das piscinas, abraçando outras missões.

“Hoje eu vejo que eu posso continuar na natação de outra maneira, fazendo outras coisas e ajudando ainda mais a fazer a natação a ser uma referência no país e no mundo. Eu sempre estarei perto do esporte, da natação. O esporte transformou a minha vida e eu quero contribuir dessa maneira, ajudando ainda mais”, concluiu.

A natação nesta segunda-feira foi recheada de medalhas para o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos de Lima. Destaque para a 29ª conquista nesse tipo de competição para Daniel Dias, que não sabe ainda o que é ficar em segundo lugar. E também para "a tripladinha", batizada dessa maneira, pelos atletas do País que fizeram ouro, prata e bronze nos 50 metros livre da classe S9.

O trio nadou na casa dos 26 segundos e terminou praticamente junto. Ruiter Gonçalves ficou em primeiro lugar com o tempo de 26s37, João Pedro Olivia foi o segundo (26s42) e Vanilton do Nascimento (26s67) fechou o pódio.

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"Os caras estão falando aí que é a tripladinha brasileira", brincou Vanilton. Ruiter e Vanilton dividiram um pódio triplo pela segunda vez na carreira. Em Toronto-2015, quem subiu ao pódio foi Matheus da Silva, que foi ouro, Vanilton, prata, e Ruiter, bronze.

Ruiter espera agora fazer pela terceira vez um pódio triplo ainda em Lima, na prova dos 100m livre. "A gente fechou o pódio, estamos muito felizes. Ontem passamos perto e hoje [segunda] deu certo. Compartilhar o lugar mais alto foi muito bom. Prova bem acirrada. Temos a chance agora de fazer isso na sexta-feira nos 100m", destacou.

No domingo, ele foi prata e Vanilton, ouro, nos 100m borboleta. Andrey Pereira ficou em quarto e perdeu a terceira posição para o argentino Amilcar Guerra. Quem garantiu o bronze nos 50m foi o novato João Pedro, de apenas 16 anos. Ele estava todo animado com a medalha no peito e o cabelo raspado.

"Sou calouro. Deixei eles rasparem porque é uma tradição na natação. Inclusive bati na porta deles para lembrar que era calouro", disse aos risos. O responsável por deixá-lo careca foi um dos mais experientes da equipe, Phelippe Rodrigues. "É uma forma de integrar a garotada, uma brincadeira que fazemos só com aqueles que querem cortar o cabelo", lembrou Vanilton

IMBATÍVEL - Daniel Dias mais uma vez sobrou na disputa em Lima. Nesta segunda-feira ele garantiu o ouro nos 50m livre na classe S5. Ele fechou a prova em 33s71, na frente dos colombianos Miguel Narvaez (38s22) e de David Quintana (42s77). Mas assim como na vitória dos 50m costas no domingo, ele não conseguiu superar sua marca alcançada em Toronto-2015.

"Me senti bem, acertei a estratégia. Tenho que agora sentar com a comissão técnica e analisar o que faltou para nadar na casa dos 32s. Amanhã é meu dia de folga e vou ver o que precisa melhorar e evoluir. Esperava tempo melhor nas duas provas, mas o importante é curtir a medalha e descansar porque depois ainda tem mais."

A quarta-feira de disputas do Mundial Paralímpico de Natação, penúltimo dia da competição que será encerrada nesta quinta, na Cidade do México, foi pontuada por marcas expressivas conquistadas pelo Brasil. Coletiva e individualmente, o País obteve feitos de destaque na Piscina Olímpica Francisco Marquez, lendário palco da modalidade na Olimpíada de 1968.

O primeiro deles veio já pela manhã, com Daniel Dias conquistando um ouro nos 200 metros livre na classe S5 que fez a nação quebrar o seu recorde de medalhas em uma única edição da competição, chegando então a 27 e superando a marca anterior de 26 pódios, número obtido curiosamente de forma consecutiva em Durban-2006, Eindhoven-2010 e Montreal-2013.

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E essa marca de 26 medalhas acabou sendo pulverizada, pois a equipe nacional terminou a quarta-feira com um total de 31 pódios, contagem que poderá ser aumentada de forma considerável neste dia derradeiro do Mundial, que começou no último sábado na capital asteca.

Outra marca importante alcançada nesta quarta-feira foi também a de que o Brasil bateu o seu recorde de ouros em um único Mundial ao contabilizar 15 ao total, ultrapassando as 14 medalhas douradas amealhadas em Eindhoven, na Holanda, há sete anos. E esse feito também contou com a colaboração de Daniel Dias, que ajudou a equipe nacional do revezamento 4x100m medley a triunfar na final da prova, encerrada apenas no início da madrugada desta quinta-feira (no horário de Brasília).

Este foi, por sua vez, o emblemático 30º ouro do astro brasileiro na história dos Mundiais, sendo que apenas no México ele ganhou seis deles nas seis finais que disputou. Assim, o fenôneno paralímpico passou a contabilizar 36 medalhas ao longo de cinco participações no evento, no qual ainda ganhou outras seis pratas.

ANDRÉ BRASIL VOANDO - Outro nome a ser destacado nesta quarta-feira de disputas no Mundial é o de André Brasil. Também altamente vencedor como paratleta, ele ganhou mais dois ouros: um nos 100m borboleta classe S10 e outro com a equipe nacional no 4x100m medley. Ao total, ele soma quatro medalhas douradas e uma prata no México, onde às 13 horas (de Brasília) desta quinta-feira nadará a final dos 400m livre da classe S10 para novamente subir ao topo do pódio.

E André não escondeu a empolgação por ter sido importante para o Brasil atingir marcas expressivas nesta quarta-feira. "Incrível, que bom que eu contribui com este feito histórico. Espero contribuir sempre para novas marcas históricas no Brasil, seja com revezamento ou prova individual", ressaltou.

Talisson Glock, com uma prata nos 50 metros borboleta na classe S6, e Phelipe Rodrigues, com um bronze nos 100m do mesmo nado na categoria S10, foram os outros medalhistas do Brasil em provas individuais neste penúltimo dia de provas na Cidade do México.

TOP 3 NA MIRA - Em números gerais, o Brasil se manteve na quarta posição no quadro geral de medalhas, mas tem boa chance de terminar o Mundial na terceira colocação, hoje nas mãos da Itália, que está com 15 ouros, nove pratas e oito bronzes. Com o mesmo número de medalhas douradas e prateadas, os brasileiros só estão atrás na nação europeia pela diferença de um bronze (8 a 7).

Já a liderança segue nas mãos da China, que contabiliza nada menos do que 25 ouros, além de 13 pratas e oito bronzes, enquanto os Estados Unidos figuram na segunda posição ao terem subido 20 vezes ao topo do pódio, 15 no segundo degrau do mesmo e outras 12 no terceiro.

A natação do Brasil conquistou mais duas medalhas de ouro no Mundial Paralímpico de Natação, na manhã desta terça-feira. Ítalo Pereira e Ruan Souza triunfaram em suas provas no início do quarto dia de disputas na Piscina Olímpica Francisco Marquez, na Cidade do Mexico - mesmo palco que abrigou a modalidade na Olimpíada de 1968.

O primeiro a assegurar lugar no topo do pódio foi Ítalo Pereira, que faturou o seu primeiro ouro em um Mundial Paralímpico ao vencer a final dos 100 metros costas na categoria S7.

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Medalhista de prata no Mundial de Glasgow, em 2015, o nadador nascido na cidade de Porto Nacional (TO), deu continuidade à série de feitos expressivos que começou a acumular justamente há dois anos, quando também amealhou um ouro e três bronzes no Jogos Parapan-Americano de Toronto, antes de ganhar um bronze nos Jogos Paralímpicos do Rio-2016.

Foi mais um capítulo da superação de Ítalo Gomes, de apenas 22 anos, que desde os primeiros dias de vida encarou dificuldades. Ele nasceu com mobilidade reduzida devido a uma rubéola congênita e só começou a nadar aos 13 anos de idade. Mas, já com 14, obteve índices para provas nacionais. A carreira como paratleta engrenou rápido e, com apenas 16 anos, disputou os Jogos Paralímpicos de Londres-2012.

Desta vez, Ítalo garantiu o ouro ao terminar a prova em 1min13S77 e superar com folga o argentino Matias de Andrade, segundo colocado com 1min15s39, enquanto o bronze ficou com o croata Ante Rada, com 1min18s10. Outro único nadador presente nesta decisão, o norte-americano Caleb Cripe foi o quarto e último colocado, com 1min22s95.

Ítalo destacou que este seu triunfo foi uma boa forma de iniciar com o pé direito um ciclo que mira principalmente a Paralimpíada de 2020. "Essa medalha foi mais um passo importante para a nossa preparação, cujo foco total está em Tóquio-2020. Estar conseguindo para nadar para 1min13s na altitude foi bom, embora eu quisesse ter nadado para 1min13s. Estou bastante feliz, a gente treina para isso todo dia e foi uma missão cumprida", comemorou.

RUAN SOUZA - O paulista Ruan Souza conquistou o ouro na prova dos 100 metros borboleta na classe S9 ao cronometrar o tempo de 1min13s21, sendo que ele foi o único nadador da sua categoria a participar da final. Desta forma, o paratleta de 25 anos também ajudou o Brasil a passar a acumular dez ouros no quadro de medalhas do Mundial.

O País ocupa a quarta posição, logo atrás de Estados Unidos e Itália, que têm 11 ouros cada, mas os norte-americanos estão à frente dos italianos pelo maior número de pratas. Os chineses lideram com folga, com 17 ouros.

Nascido em Taubaté, Ruan já vinha de uma medalha de bronze obtida em uma prova do revezamento 4x100m medley nos Jogos Paralímpicos do Rio, em 2016. E agora obteve novo feito de uma trajetória como paratleta, cuja existência foi motivada por um drama sofrido ainda na sua infância. Ele foi atropelado quando tinha apenas 11 anos de idade e, por causa do acidente, ficou com uma perna menor do que a outra. E, após enfrentar algumas complicações com o membro atingido, optou por buscar a sua classificação funcional e ingressou na modalidade.

Agora campeão do mundo, Ruan revelou que também precisou superar alguns obstáculos impostos pela condição climática no México para triunfar nesta terça. "A prova em si não foi com o tempo que eu imaginava que seria, mas isso aconteceu um pouco por causa da gripe que eu peguei aqui e da altitude, mas o título de campeão mundial veio, apesar do tempo", festejou.

DANIEL DIAS - Em outra disputa realizada na manhã desta terça, Daniel Dias liderou com folga as eliminatórias da prova dos 50 metros livre classe S5 do Mundial do México, onde o astro brasileiro já acumula três medalhas de ouro e lutará para conquistar mais uma na final marcada para acontecer à noite, em prova prevista para ocorrer às 22h51 (no horário de Brasília).

Dono de 27 medalhas de ouro em Mundiais, o maior paratleta da história do País avançou à decisão por medalhas desta prova como líder ao cravar o tempo de 34s67, quase um segundo mais rápido do que o segundo colocado desta bateria qualificatória, com 35s50. A terceira posição ficou com o malásio Jamery Siga, com 38s47.

Seis medalhistas paralímpicos de diferentes classes e graus de deficiência caíram juntos na piscina do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, na manhã deste sábado (22), na final dos 100 metros livre no Open de Atletismo e Natação. Apesar de ter sido o último a bater na borda, Daniel Dias foi o nadador que obteve o melhor resultado na prova multiclasse, com o tempo 1min10s75 na categoria S5.

"Não é quem bate primeiro que necessariamente será o campeão, todos os nadadores competem contra eles mesmos. Em um esporte individual como a natação, a disputa assim fica mais individual ainda. Gostei dessa final e achei importante adotarmos esse sistema", afirmou o maior medalhista da natação masculina paralímpica.

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Para ele, o modelo é um atrativo a mais para o público. "Quem está assistindo acaba vendo vários nadadores com deficiências e classes diferentes. E essa em particular, com seis medalhistas dos Jogos do Rio, foi muito boa. É legal nadar em uma prova com atletas vitoriosos", completou.

A segunda posição ficou com Phelipe Rodrigues (S10), com o tempo 52s81, seguido por André Brasil (S10), que cravou 53s23. Todos haviam garantido na véspera as vagas para o Mundial da Cidade do México, em setembro. Neste sábado, a delegação brasileira que vai à principal competição do ano ganhou o reforço de Felipe Caltran. Com o tempo 1min00s80, o atleta atingiu o índice A (1min01s01) nos 100 metros borboleta, da classe S14.

O Open é a primeira competição de Daniel Dias desde que brilhou nos Jogos Paralímpicos do Rio, no ano passado. E o recordista mundial está usando a disputa em São Paulo para avaliar as mudanças implementadas por sua comissão técnica para este ciclo. "Vou sentar com o biomecânico e com o treinador para a gente avaliar se eu consegui colocar em prática ou se faltou alguma coisa", explica.

Mas ele se diz satisfeito por ter alcançado o primeiro objetivo traçado para a temporada. "Estou feliz com o índice. O objetivo era garantir a vaga para o Mundial para fazer um trabalho tranquilo. Fui até um pouco melhor do que tinha ido no Rio, agora é continuar esse trabalho que estamos evoluindo de uma maneira positiva para que a gente possa chegar forte no Mundial."

De volta às piscinas em sua primeira competição desde que disputou os Jogos Paralímpicos do Rio, no ano passado, Daniel Dias garantiu nessa sexta-feira (21), no dia inicial do Open de Natação e Atletismo, em São Paulo, uma vaga para o quinto Mundial Paralímpico de sua carreira.

Maior medalhista da natação masculina paralímpica, o brasileiro obteve com grande folga o índice para a competição que será realizada em setembro, no México, ao cravar a marca de 1min10s83 na prova dos 100 metros livre da classe S5. O tempo foi quase sete segundos abaixo do que ele precisava, que era de 1min17s31.

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Astro paralímpico mundialmente consagrado, Daniel Dias optou por não competir mais em 2016 após participar da Paralimpíada do Rio, assim como ficou descansando até o final do ano passado, antes de retornar aos treinos apenas em janeiro. O planejamento foi estabelecido visando o ciclo olímpico para os Jogos de Tóquio, em 2020.

Além de Daniel Dias, outros quatro nadadores do Brasil conquistaram índice nesta sexta-feira para o Mundial Paralímpico de setembro. Um deles foi André Brasil, que também assegurou vaga para a sua quinta participação na competição. Ele obteve classificação para a prova dos 100 metros livre classe S10 ao cronometrar 53s60 nesta disputa do Open, sendo que o índice exigido era de 54s03.

Phelipe Rodrigues, por sua vez, foi outro a garantir vaga no Mundial nesta mesma prova. E obteve o feito ostentando um tempo melhor do que o de André Brasil ao terminar os 100 metros livre em 52s58. Assim, ele se credenciou para disputar pela quarta vez em sua carreira esta importante competição da natação paralímpica.

Patrícia Santos e Cecília Araújo, por sua vez, foram as outras duas competidoras que obtiveram índices nesta sexta-feira para o Mundial em solo mexicano, que marcará a primeira participação das duas em uma edição do evento.

Com paralisia cerebral, Cecília, de apenas 19 anos, obteve a classificação para a prova dos 100 metros livre classe S8. Ela terminou a disputa desta sexta com o tempo de 1min09s10, marca apenas seis décimos mais rápida do que o estipulada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro.

Já Patrícia obteve com folga a sua vaga no Mundial ao nadar a prova dos 100 metros livre classe S4 em 1min40s33, mais de três segundos abaixo do que precisava.

As disputas de natação do Open serão retomadas às 9 horas deste sábado, sendo as que as provas agendadas para a manhã são as chamadas Superfinais, multiclasses que definirão os nadadores mais rápidos da competição. Estas provas, porém, não serão decididas pelo melhor tempo, mas sim pelo índice técnico.

O Open de Atletismo e Natação começa nesta sexta-feira (21), no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, e terá até domingo (23) 316 atletas em ação - 181 na pista e no campo e 135 na piscina. Entre eles, 34 brasileiros que foram ao pódio nos Jogos do Rio. A disputa marca a volta de Daniel Dias, o maior medalhista da natação masculina paralímpica, às competições.

O principal objetivo do nadador nos próximos dias é garantir o índice para o Mundial na Cidade do México, em setembro. Além dos revezamentos, ele está inscrito em três provas individuais na classe S5: 50 metros costas, 50m livre e 100m livre. A redução no programa é uma das mudanças estabelecidas em seu planejamento para o ciclo até Tóquio, em 2020.

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"Estamos aprimorando cada nado, um ciclo tem quatro anos e a gente pode fazer uma excelente preparação. Esse ano vamos focar no crawl e no costas", afirma o atleta. E o técnico Marcos Rojo explica que os outros estilos serão incorporados gradativamente. "No último ano vamos nos preparar para todas as provas para mais uma Paralimpíada", acrescenta.

Desde janeiro, a técnica de cada nado tem sido adaptada com a orientação de seu biomecânico. Na disputa mais veloz, Daniel Dias vai aumentar a frequência da braçada e encurtar a pernada. A mudança será testada pela primeira vez, e o resultado ainda é incerto. A expectativa, por outro lado, é grande e a meta a longo prazo, ambiciosa.

"Ainda estou pensando bastante para nadar. Quando eu não precisar pensar mais na técnica, vai começar a fluir e vou fazer um bom tempo. Espero quebrar a marca mundial nos 50 metros livre (32s05) ou nos 100 metros livre (1min08s39). O objetivo também é sair com medalha em todas as provas que nadar no Mundial", diz.

Daniel estabeleceu os recordes nos Jogos de Londres, em 2012, e quer superar novamente os seus limites. Reinventar-se depois de três Paralimpíadas tem sido sua motivação. "Tem um momento em que você pensa se tem mais a evoluir e vem alguém que te mostra muitas coisas novas. Descobri que ainda dá para evoluir muito mais."

O Open também dará a chance de o astro paralímpico acompanhar de perto o desenvolvimento de alguns de seus pupilos. Quatro atletas do Instituto Daniel Dias, localizado em Bragança Paulista, entrarão nas piscinas do Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro a partir desta sexta-feira. O principal expoente é Andrey Pereira Garbe, especialista nos 100 metros costas. A relação do atleta de 20 anos com o ídolo é antiga e quase fraternal. "Ele me dá muitos conselhos dentro e fora da piscina", conta.

O atleta teve meningite aos quatro meses e uma trombose causou a amputação de sua perna direita. A prótese de fibra que Andrey usa atualmente foi doada por Daniel. "Pensaria em ter um joelho desse depois que comprasse minha casa e meu carro. É muito caro." Na infância, usava prótese mais curta e andava torto. "Era muito sapeca, o pé quebrava e eu enrolava com arame", relembra. E promete retribuir o apoio com resultados na piscina.

Daniel Dias foi o grande nome dos Jogos Paralímpicos do Rio. Com nove medalhas no pescoço, ele sai como o atleta que mais subiu ao pódio, à frente de três ucranianos, todos da natação, que conquistaram oito medalhas: Maksym Krypak, Ievgenii Bogodaiko e Denyz Dubrov. O brasileiro só não foi o melhor em número de ouros. Ele conquistou quatro medalhas douradas, enquanto o bielorrusso Ihar Boki garantiu seis ouros.

"Nem nos melhores sonhos imaginava isso. Tinha objetivo de nadar seis provas individuais e conquistar medalhas em todas elas, e no revezamento dar o melhor e ajudar meus companheiros a conquistar medalhas. Ganhar nove medalhas é sensacional, a ficha ainda não caiu", afirmou o atleta.

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Foram quatro medalhas de ouro para o brasileiro nas provas de 50m, 100m e 200m livre, e 50m costas, todas na classe S5. Ele ganhou três de prata, nos 100m peito (SB4), no revezamento 4x100m livre 34 pontos e no revezamento 4x50 m misto 20 pontos. E sua coleção se completou com duas medalhas de bronze, nos 50m borboleta (S5) e no revezamento 4x100m medley 34 pontos.

"Esse ano foi bem diferente para mim. Tive uma lesão, a primeira em dez anos de carreira, fiquei um mês parado. Em Londres, foram seis medalhas, tinha 24 anos. Sabia que seria difícil, ainda mais porque meus adversários se especializam em algumas provas e eu nado muitas", comentou o atleta.

No Rio, Daniel chegou a 24 pódios em sua trajetória na história dos Jogos Paralímpicos, ultrapassando o australiano Matthew Cowdrey. Com isso, ele se tornou o maior nadador paralímpico em número de medalhas. Acima dele só estão mulheres da natação, como Claudia Hengst, da Alemanha, com 25, Béatrice Hess, da França, com o mesmo número, e a inalcançável Trischa Zorn, dos Estados Unidos, que subiu 55 vezes ao pódio paralímpico em sua carreira.

"Realmente não estava fazendo essa conta. Procurei viver a cada dia, acabou dando nove medalhas, me tornei o maior medalhista masculino da natação, mas tem uma mulher que está muito longe, acho que não chego lá", disse, rindo. "Eu tento sempre mostrar o esporte paralímpico, isso é muito importante."

O Brasil encerrou sua participação na natação nos Jogos Paralímpicos com 19 medalhas, sendo quatro de ouro, sete de prata e oito de bronze. O grande nome da equipe foi Daniel Dias, que conquistou nove no total e ajudou a aumentar a conta para o time nacional. Outro destaque foi Joana Neves, com três medalhas, sendo duas individuais.

Como comparação, na Paralimpíada de Londres, em 2012, o Brasil obteve 14 medalhas, sendo nove de ouro, quatro de prata e uma de bronze. Se na quantidade de pódio a performance nos Jogos do Rio foi melhor, no número de primeiros lugares ficou devendo.

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A última conquista foi no revezamento 4x100 metros medley 34 pontos, com uma equipe formada por Daniel Dias, Ruan de Souza, André Brasil e Phelipe Rodrigues. Nas três primeiras voltas, a equipe estava na última posição, mas Phelipe recuperou a vantagem dos rivais e bateu na terceira posição, garantindo a medalha de bronze.

O pódio foi o 24º de Daniel Dias na história dos Jogos Paralímpicos, ultrapassando o australiano Matthew Cowdrey. Com isso, ele se tornou o maior nadador paralímpico em número de medalhas. Acima dele só estão mulheres da natação, como Claudia Hengst, da Alemanha, com 25, Béatrice Hess, da França, com o mesmo número, e a inalcançável Trischa Zorn, dos Estados Unidos, que subiu 55 vezes ao pódio paralímpico em sua carreira.

Ao conquistar na noite de domingo a prata nos 100 metros peito, Daniel Dias chegou ao 19.º pódio em Jogos Paralímpicos e manteve vivas as chances de se tornar o maior medalhista da história da competição. Para isso, ele precisa levar mais cinco medalhas nos Jogos do Rio-2016. Nesta segunda-feira, o nadador prossegue a sua missão na prova dos 50 metros livre S5. E ele conta com o apoio da torcida para buscar mais esse pódio.

O maior medalhista paralímpico é o australiano Matthew Cowdrey, que também competia na natação, mas não veio ao Rio-2016. Ele é dono de 23 medalhas. Daniel Dias prevê disputar mais cinco provas no Rio e se chegar ao pódio em todas, assumirá a dianteira.

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Ele sabe que a missão é difícil e considera os revezamentos a parte mais complicada. "Todas as provas são difíceis. Os revezamentos vão ser bem emocionantes, ainda mais que a Ucrânia e a China estão muito fortes. Temos chance de medalha nos 4x100 metros livre e acredito que vai ser uma prova definida no final e nos detalhes", avaliou.

O brasileiro falou sobre a importância da torcida em suas conquistas no Rio. "A torcida é fundamental. A gente está vendo os mais jovens nadando eliminatória, às vezes não estão pegando finais, mas melhorando o tempo, fazendo o melhor tempo da vida deles. Isso é tudo fruto do apoio que a torcida dá. A gente dá o nosso melhor, o nosso máximo, pra poder sair satisfeito, porque assim todo mundo vai estar satisfeito", afirmou.

Ele comentou sobre o apoio que recebeu na prova de domingo, quando o estádio Aquático, praticamente cheio, gritou seu nome tão logo ele foi anunciado. "Eu estava concentrado ali, e comecei a escutar 'Daniel, Daniel'. Comecei a ir no ritmo, com a cabeça, curtindo aquele momento e pensando 'poxa, eu vou fazer isso por mim e por todo mundo que está aqui e vou dar o meu melhor'. Eu não tenho dúvida de que eles (torcedores) ficaram satisfeitos", completou.

Daniel Dias conquistou sua primeira medalha de ouro nos Jogos do Rio-2016 nessa quinta-feira (8), e está a oito pódios de se tornar o nadador com mais medalhas paralímpicas na História. Alguns tentam compará-lo ao americano Michael Phelps, mas o brasileiro, que nasceu com má formação congênita dos membros superiores e da perna direita, prefere escrever a própria história.

Com uma velocidade absurda, Dias disputará nove provas no Rio-2016. Na primeira delas, conquistou o ouro nos 200 m livres da categoria S5, com uma vantagem de 10 segundos sobre o americano Roy Perkins, que levou a prata. Com os resultados, surge a comparação com Phelps. "Sou Daniel Dias, quero construir meu próprio espaço, mas fico feliz que me comparem com um grande atleta", disse à AFP já com a medalha da prova.

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Phelps conquistou 28 medalhas olímpicas, sendo 23 de ouro. Dias, 28 anos, pode chegar a 24 medalhas paralímpicas ao final dos Jogos do Rio, o que o faria supera o australiano Matthew Cowdrey, que tem 23 e não disputa esta edição. E em Tóquio-2020, quem sabe subir ainda mais vezes ao pódio. "Nunca penso nisso, de verdade, apenas em dar o meu melhor e nadar bem. A medalha é a consequência do esforço", declarou.

A nadadora americana Trischa Zorn, de 52 anos, é a maior medalhista da história paralímpica, com 55 pódios (41 ouros, nove pratas e cinco bronzes).

Emoção em casa

Daniel Dias conquistou seu primeiro ouro no Rio na quinta-feira, o sétimo consecutivo, depois de vencer todas as provas que disputou há quatro anos em Londres, onde bateu cinco recordes mundiais e se consagrou pela segunda vez como o melhor atleta paralímpico do mundo.

Mas a emoção de vencer em casa, com os gritos de "é campeão" no centro aquático e a torcida cantando o hino brasileiro no momento do pódio, não tem comparação. "É mais emocionante do que imaginava", admitiu o nadador.

E o brasileiro terá a chance de repetir a experiência mais oito vezes. Além dos 200 m livres de quinta-feira, Daniel disputará os 50 e 100 m livres, 50 m borboleta, 100 m peito e 50 m costas. Também participará em três provas de revezamento. "É algo único, nunca mais vamos voltar a viver isto, temos que aproveitar cada segundo", disse o vencedor em três ocasiões do prêmio Laureus, considerado o "Oscar do esporte". O mais recente foi conquistado em abril, depois das edições de 2009 e 2013.

Entre a grande torcida brasileira estavam presentes as pessoas mais importantes para o nadador: os dois filhos, a esposa e os pais. De volta à Vila dos Atletas, a medalha foi sua companhia. "Você não quer largar", declarou Dias, dono de 14 ouros em Mundiais.

Lenda do esporte

Daniel de Faria Dias nasceu em 28 de maio de 1988 em Campinas (São Paulo). Sua mãe, Raquel Dias, conta como a gravidez mudou com um pequeno sangramento. Ela seguiu para o hospital, onde o filho nasceu de 37 semanas, pesando 1,9 kg e com 41 centímetros.

Ela recorda que chorou muito depois do parto "sem saber porquê", segundo o site do atleta. "Mais tarde fomos comunicados que nosso filho era um garoto que não tinha os pés e nem as mãos", completa. Na realidade, o atleta tem uma perna.

Daniel cresceu e passou a usar uma prótese, que rompeu diversas vezes em partidas de futebol. Aos 16 anos, ele assistiu na televisão o desempenho nos Jogos de Atenas-2004 do nadador Clodoaldo Silva, que acendeu a pira paralímpica no Maracanã, e se apaixonou pela natação adaptada.

A partir deste momento passou a ser construída a lenda deste jovem, símbolo da luta, um menino que chorou muito, mas conseguiu superar os preconceitos e os apelidos cruéis dos colegas, que tocavam nele "para ver se era de verdade". Daniel Dias mostra que, na verdade, sobe ao pódio todos os dias de sua vida.

O nadador Daniel Dias, conhecido pelo apelido "Michael Phelps brasileiro" em razão dos seus expressivos feitos no esporte, ficou em primeiro lugar nas eliminatórias e conseguiu nesta quinta-feira (8) a classificação para a final dos 200 metros livre, classe S5, nos Jogos Paralimpícos.

Esta foi a primeira prova que Daniel Dias competiu no Rio-2016. Ele obteve o tempo de 2min39s35 e ganhou com larga distância em relação aos adversários de sua bateria. O segundo lugar na classificação geral ficou com o norte-americano Roy Perkins, que competiu em outra bateria e marcou 2min39s69. A terceira melhor marca foi do britânico Andrew Mullen, com 2min43s20.

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A final desta prova será realizada ainda nesta quinta-feira, às 19h59, no Estádio Aquático Olímpico. No total, nesta edição da Paralimpíada, Daniel Dias competirá em nove provas, seis individuais e três revezamentos.

Daniel Dias é o maior medalhista do País, com 15 conquistas, sendo dez de ouro, quatro de prata e um de bronze, conquistadas nos Jogos Paralímpicos de Pequim (2008) e Londres (2012). Também é dono de 14 títulos e seis recordes mundiais.

Maior referência na natação paralímpica brasileira, Daniel Dias ganhou pela terceira vez na carreira o Prêmio Laureus, considerado o Oscar do Esporte, na categoria de melhor paradesportista, nesta segunda-feira (18). O surfista Adriano de Souza, o Mineirinho, e o skatista Bob Burnquist também concorreram, mas foram superados pelo triatleta alemão Jan Frodeno na categoria de melhor atleta de ação.

Ausente na premiação, em Berlim, Daniel enviou um vídeo transmitido durante a cerimônia agradecendo pela conquista. "Estou muito feliz por estar recebendo este grande e importantíssimo prêmio pela terceira vez. Infelizmente não pude estar presente por causa de uma seletiva paralímpica, mas quero agradecer primeiramente a Deus e a Academia Laureus por terem votado em mim. Muito obrigado, do fundo do meu coração", declarou o brasileiro.

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O nadador, que levou o prêmio também em 2009 e 2012, venceu pela terceira vez em razão da grande temporada realizada em 2015. Ele faturou nada menos que sete medalhas de ouro e uma de prata no Mundial de Natação Paralímpica. Além disso, venceu os oito eventos que disputou nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no Canadá.

Seus rivais na disputa pelo prêmio de melhor paradesportista eram a francesa Marie Bochet, do esqui, a chinesa Liu Cuiqing, do atletismo, a cubana Omara Durand, também do atletismo, o sul-africano Pieter du Preez, do ciclismo e do atletismo, e Leung Yuk Wing, de Hong Kong, que compete na bocha.

Adriano de Souza, o Mineirinho, e Burnquist também tinham a chance de levar o prêmio nesta segunda. Contudo, foram derrotados por Jan Frodeno, dono de dois títulos mundiais no triatlo no ano passado. O atleta alemão foi campeão olímpico nos Jogos de Pequim, em 2008.

Mineirinho concorria ao prêmio em razão do título do Circuito Mundial de Surfe, conquistado em 2015. Já Burnquist, um dos maiores nomes da história do skate, havia faturado sua oitava medalha de ouro na disputa do Big Air no X Games, considerada a Olimpíada dos esportes radicais. O surfista australiano Mick Fanning também disputava na categoria.

Os organizadores do Prêmio Laureus, considerado o Oscar do Esporte, anunciaram nesta quarta-feira os concorrentes da edição de 2016 e indicaram três brasileiros: o surfista Adriano de Souza, o Mineirinho, e o skatista Bob Burnquist concorrem na categoria de melhor atleta de ação, enquanto o nadador Daniel Dias concorre para ser escolhido o melhor paradesportista do ano. A entrega dos prêmios está marcada para 18 de abril, em Berlim.

Mineirinho, de 28 anos, foi indicado após conquistar pela primeira vez o título mundial de surfe, numa temporada em que se tornou o primeiro brasileiro a vencer o Pipe Masters. Além disso, ele também ganhou a etapa de Margaret River.

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Já Burnquist, um dos maiores nomes da história do skate, conquistou sua oitava medalha de ouro na disputa do Big Air no X Games, considerada a Olimpíada dos esportes radicais. Os adversários dos brasileiros na premiação são a britânica Rachel Atherson, do mountain bike, o australiano Mick Fanning, também do surfe, o alemão Jan Frodeno, do triatlo, e a norte-americana Chloe Kim, do snowboard.

Daniel Dias foi indicado ao Laureus depois de faturar sete medalhas de ouro e uma de prata no Mundial de Natação Paralímpica. Além disso, venceu os oito eventos que disputou no Parapan de Toronto. Seus rivais na disputa pelo prêmio de melhor paradesportista são a francesa Marie Bochet, do esqui, a chinesa Liu Cuiqing, do atletismo, a cubana Omara Durand, também do atletismo, o sul-africano Pieter du Preez, do ciclismo e do atletismo, e Leung Yuk Wing, de Hong Kong, que compete na bocha.

ATLETAS DO ANO - Eleito o melhor atleta masculino em 2009, 2010 e 2013, o jamaicano Usain Bolt volta a concorrer ao prêmio após faturar três medalhas de ouro no Mundial de Atletismo. Ele terá adversários de peso, como o norte-americano Stephen Curry, campeão da última temporada da NBA, quando foi eleito o MVP.

O sérvio Novak Djokovic, que foi premiado em 2012 e 2015, concorre após ser campeão do Aberto da Austrália, de Wimbledon e do US Open, além de vice de Roland Garros no ano passado. Além disso, venceu seis torneios do Masters 1000.

Bicampeão consecutivo da Fórmula 1, Lewis Hamilton também foi indicado, assim como o argentino Lionel Messi, após vencer a Liga dos Campeões, o Campeonato Espanhol e a Copa do Rei pelo Barcelona. O outro indicado foi o norte-americano Jordan Spieth, que venceu dois Majors e se tornou o número 1 do mundo no ranking do golfe.

A disputa feminina envolverá as atletas Genzebe Dibaba, da Etiópia, e Shelly-Ann Fraser-Pryce, da Jamaica, a esquiadora austríaca Anna Fenninnger, além de três norte-americanas: a nadadora Katie Ledecky, a jogadora de futebol Carli Lloyd e a tenista Serena Williams. Dibaba ganhou o prêmio em 2015, enquanto Serena venceu em 2003 e 2010.

OUTROS PRÊMIOS - A seleção de rúgbi da Nova Zelândia, o Barcelona, o Golden State Warriors, a equipe britânica que venceu a Copa Davis, a Mercedes, que dominou a Fórmula 1 em 2015, e a seleção feminina de futebol dos Estados Unidos concorrem ao prêmio de equipe do ano.

O jogador de rúgbi neozelandês Dan Carter, a atleta Jessica Ennis-Hill, o surfista australiano Mick Fanning, o nadador norte-americano Michael Phelps, o atleta queniano David Rudisha e a esquiadora norte-americana Lindsey Vonn disputam o prêmio de melhor retorno.

Já os indicados ao prêmio de revelação esportiva do ano foram o boxeador britânico Tyson Fury, a seleção chilena de futebol, o nadador britânico Adam Peaty, o piloto de Fórmula 1 holandês Max Verstappen e os golfistas Jason Day, da Austrália, e Jordan Spieth, dos Estados Unidos.

O Brasil encerrou no domingo a sua participação no Mundial Paralímpico de Natação em sexto lugar no quadro geral de medalhas. Os atletas do País subiram ao pódio 26 vezes em Montreal, no Canadá, que recebeu a competição, com 11 medalhas de ouro, nove de prata e seis de bronze.

Daniel Dias foi o maior vencedor do Brasil em Montreal, com seis ouros, além de duas pratas. André Brasil faturou três ouros e também três pratas. As outras medalhas de ouro do Brasil foram conquistadas por Roberto Alcalde e Susana Schnarndorf. O quadro de medalhas foi liderado pela Ucrânia, com 33 ouros, 22 pratas e 29 bronzes.

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Principais representantes da natação paralímpica brasileira, Daniel Dias e André Brasil encerraram a participação no Mundial com a conquista de mais uma medalha de ouro cada. Daniel venceu a disputa dos 50 metros livre classe S5 e Andre levou o ouro nos 50 metros livre S10.

No Mundial anterior, em 2010, o Brasil também faturou 26 medalhas, mas 14 de ouro, todas conquistadas por André Brasil e Daniel Dias em provas individuais. Assim, Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, fez um balanço positivo da participação em Montreal.

"Ficamos exatamente onde planejamos terminar esta competição, nos mantendo entre as principais forças da natação mundial. O que mostra que continuamos seguindo o nosso planejamento rumo ao Rio/2016", afirmou o dirigente, destacando o surgimento de novos nomes na natação paralímpica do Brasil.

"Além da confirmação da força de Andre Brasil e Daniel Dias, a competição no Canadá apresentou novos e jovens medalhistas, como Roberto Alcalde, Talisson Glock e Matheus Rheine, nos deixando animados para o futuro. E ainda tivemos o ouro, muito comemorado da Suzana Schnardorf, que apesar de não ser jovem, está no esporte paralimpico há apenas três anos", completou.

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