Tópicos | junho 2015

A confiança do consumidor recuou 1,4% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta sexta-feira, 26. Com o resultado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) fechou o mês em 83,9 pontos. Em maio, o indicador havia cedido 0,6% contra abril.

"O resultado do ICC retrata um consumidor preocupado com a situação econômica geral e da família, tendo a inflação como principal vilã, seguida pelo mercado de trabalho. O resultado reflete insatisfação com a situação presente e a ausência, até o momento, de sinais de reversão da fase negativa no curto prazo", avalia a economista Viviane Seda, coordenadora da Sondagem, em nota.

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O resultado de junho foi influenciado principalmente pela avaliação sobre o momento atual. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 5,1%, ao passar de 79,1 pontos para 75,1 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) avançou 0,2%, de 88,4 pontos para 88,6 pontos, o terceiro resultado positivo seguido.

Na comparação de junho contra igual mês de 2014, o ICC recuou 19,7%. O índice, calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200 pontos (quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), está desde novembro do ano passado abaixo dos 100 pontos, zona considerada desfavorável. A média histórica, que considera os últimos cinco anos, está em 113,4 pontos. Segundo a FGV, o levantamento abrange amostra de mais de 2,1 mil domicílios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 01 e 23 deste mês.

Sem novas vendas de plataformas de petróleo, as exportações perderam força entre a primeira e a segunda semana de junho. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a média por dia útil recuou de US$ 1,165 bilhão para US$ 917,6 milhões - uma queda de 21,3%. Esse movimento ocorreu devido uma redução de 42,6% em manufaturados, que passaram de US$ 507,7 milhões para US$ 291,6 milhões. O resultado é reflexo direto de exportações de plataforma de petróleo: na primeira semana havia ocorrido uma venda no valor de US$ 690 milhões, o que não se repetiu.

Também houve redução, segundo o ministério, nas vendas de óxidos e hidróxidos de alumínio, automóveis e partes, óleos combustíveis, veículos de carga e motores para veículos. Em semimanufaturados, o tombo foi de 30,8%, passando de US$ 129,6 milhões para US$ 89,7 milhões a média por dia útil em razão de açúcar em bruto, celulose, couros e peles, óleo de soja em bruto e ferro fundido. As vendas de básicos foram o contraponto, subiram 3,2% influenciadas por petróleo em bruto, minério de ferro, farelo de soja e minério de cobre.

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As importações não seguiram o mesmo movimento e mesmo com o dólar em alta frente o real, essas compras avançaram 16,5%, passando de US$ 671,3 milhões para US$ 782 milhões. Esse incremento ocorreu em razão de gastos maiores com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, aparelhos eletroeletrônicos, químicos orgânicos/inorgânicos, plásticos e obras, adubos e fertilizantes e farmacêuticos.

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