Tópicos | junho 2015

Mais uma vez os bens de consumo não duráveis ajudaram a produção industrial em junho, segundo análise da economista Jessica Strasburg, da CM Capital Markets. Dados divulgados nesta terça-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a produção caiu 3,2% em junho ante o mesmo mês do ano passado, quando a mediana mostrada por pesquisa do AE Projeções era de -5,0%. Na margem, a produção recuou 0,3%, ante estimativa mediana de -0,8% e previsão de -0,4% da CM Capital.

Para o resultado fechado de 2015, a CM Capital estima queda de 3,7% na produção industrial. Na avaliação de Jessica, as incertezas políticas e econômicas podem estar ofuscando o efeito positivo da valorização do dólar na produção industrial.

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"A exemplo do que aconteceu no mês passado, em junho de novo os bens de consumo não duráveis, que têm baixo valor agregado, ajudaram a produção industrial", diz Jessica. A categoria de semiduráveis e não duráveis avançou 1,7% em junho ante maio, com queda de 2,4% na comparação com junho do ano passado. Dentro da categoria duráveis (que caiu 10,7% na margem), mais uma vez a produção de veículos continuou pesando, no nono mês seguido de retração. No acumulado em 12 meses, a queda em veículos passou de 20,6% em maio para 18,5% em junho, mas a analista da CM Capital ainda não vê nenhum sinal de respiro.

A economista aponta ainda que as revisões nos resultados de meses anteriores divulgadas hoje pelo IBGE foram menos intensas do que vinha ocorrendo nos últimos meses. A produção de maio (+0,6% na margem) não foi revista, enquanto o dado de abril passou de -1,2% para -1,4%.

Os números negativos da produção industrial, divulgados nesta terça-feira, 4, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reforçam que a economia brasileira está parada, com os investimentos sendo dizimados, avaliou ao Broadcast o economista-chefe da Saga Capital, Marcelo Castello Branco. Segundo ele, as quedas de bens de capital, de 3,3% em junho ante maio, e baixa de 17,2% em relação ao sexto mês de 2014, além do declínio de 10,7% de bens de capital na comparação mensal e de -2,4% no confronto com junho do ano passado são o centro "nevrálgico" da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada hoje. .

"A PIM mostra que o País parou. Não adianta pensar que deixar de fazer o País crescer fará com que a inflação ceda, pois precisa de PIB potencial para que isso aconteça. Com essa PIM, nosso produto potencial está sendo dizimado e já está em zero ou até mesmo negativo", analisou.

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O economista avalia que a produção do setor industrial vai permanecer no campo negativo nos próximos meses, mas provavelmente não irá mostrar piora. "É natural uma acomodação", disse (em níveis baixos).

Com redução da confiança e sem perspectivas de reversão, Castello Branco disse não vislumbrar retomada da indústria, mesmo com a depreciação cambial. Segundo ele, o câmbio desvalorizado sempre tende a ajudar o exportador, mas não pode depender somente do câmbio, acreditar que ele pode ser salvação da indústria. "Até porque não pode pensar que a China será o driver de crescimento global como foi 2005, 2006 e 2007. Não dá para pensar em um modelo no sentido de vamos resolver nossos problemas, exportando-os para o mundo, que ele resolve. Essa forma de funcionamento acabou lá em 2008. Agora, cada um vai ter de resolver seu problema", afirmou.

O economista ressaltou que o País deve continuar sem progredir, "remando contra a maré", disse, acrescentando que espera queda de 1,50% para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 e recuo de 0,50% em 2016. "Não acredito que a economia vai entrar em colapso, que irá ter uma recessão de 3%, mas também não deve mostrar recuperação. É uma situação de conformismo", afirmou.

O emprego na indústria registrou uma piora em junho, atingindo o menor nível desde dezembro de 2009. Ante maio, houve retração de 0,7% no nível de emprego. Em relação a junho de 2014, houve um recuo de 5,7%, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI) no levantamento Indicadores Industriais. Entre janeiro e junho deste ano, em comparação ao mesmo período de 2014, o nível de emprego acumula uma queda de 4,6%.

As horas trabalhadas tiveram queda de 1,1% em junho ante maio, a quinta queda consecutiva. Na comparação com o mesmo mês de 2014, a redução foi de 5,3%. De janeiro a junho, o indicador apontou um recuo de 8,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

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A massa salarial real, por sua vez, teve a primeira alta em quatro meses, subindo 0,8% em junho, na comparação com maio. De acordo com a CNI, o aumento se deve tanto ao pagamento da primeira parcela do décimo-terceiro quanto aos valores pagos a título de rescisão contratual. Em relação ao mesmo mês de 2014, houve queda de 4,7%. No acumulado do ano até junho, houve um decréscimo de 4,5%. Na avaliação da entidade, o nível de atividade industrial, que já era baixo, ficou ainda menor no mês de junho.

A queda de 0,3% na produção industrial registrada em junho em relação a maio ratifica a avaliação de que o avanço de 0,6% no mês anterior não significava reversão na trajetória de perdas na indústria brasileira, afirmou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo ele, nos últimos dez meses, a atividade cedeu em sete, um sinal do menor dinamismo do setor.

"A indústria volta a operar no campo negativo após um movimento de expansão. Mesmo no mês anterior (maio), ainda assim a leitura era de um movimento de redução de ritmo na produção industrial, não eliminava perda recente. O resultado de junho vem a confirmar leitura que a gente já faz há algum tempo, de que não reverte trajetória descendente da produção industrial", disse Macedo.

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O gerente notou ainda que houve predominância de perdas na atividade, com queda na produção em 15 de 24 ramos pesquisados pelo IBGE. Mesmo em segmentos que tiveram aumento na produção, Macedo observou que os desempenhos positivos estão concentrados na categoria de bens de consumo semi e não duráveis.

Enquanto a produção geral teve queda, a categoria de bens de consumo semi e não duráveis mostrou alta de 1,7% na produção em junho ante maio. "Os soluços na produção têm a ver com melhora no nível de estoque de determinados segmentos. Os bens de consumo semi e não duráveis estão mais próximos de uma determinada normalização de seus estoques do que outras categorias", explicou o gerente. Mesmo assim, o comportamento recente não anula as perdas anteriores. De outubro do ano passado a abril de 2015, a categoria teve queda acumulada de 8,5%. Em maio e junho, os resultados positivos significaram avanço acumulado de 2,9%, segundo o IBGE.

O maior consumo de carne de aves impulsionou a produção de alimentos, que avançou 3,0% em junho ante maio, na avaliação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou, nesta terça-feira, 4, o resultado da produção industrial relativo ao mês de junho. O aumento de preços das carnes bovinas proporcionou um "deslocamento do consumo", ou seja, as famílias estão buscando uma alternativa mais barata de consumo.

"Muito desse crescimento do setor de alimentos tem a ver com complexo de carnes, mais especificamente setor de aves, que vem mostrando impulso maior. Pode ter relação com próprio aumento do preço da carne bovina, que pode provocar deslocamento de consumo. Exportações também vêm mostrando incremento importante", explicou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

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Apesar disso, o gerente notou que o movimento não significa trajetória diferente do restante da indústria. "O setor não elimina perdas observadas em abril e maio. É um movimento recente, calcado em alguns segmentos", disse. A mesma avaliação vale para o setor de bebidas, cuja produção cresceu 3,6% em junho ante maio, apontou Macedo.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, avaliou nesta quinta-feira, 30, que o crédito manteve-se em expansão em junho, mas com comportamento semelhante aos de meses anteriores, ou seja, com ritmo menor do que a verificada em igual período de 2014. "Desta forma, a evolução do crédito continua mostrando moderação, lembrando que a nossa projeção para o ano é de uma expansão de 9%", comentou.

Segundo ele, o crédito direcionado é o principal responsável por essa desaceleração do crédito. No primeiro semestre de 2014, a expansão foi de 8%, contra 4% no mesmo período deste ano. "Já o crédito livre manteve praticamente a mesma expansão do ano passado, passando de 1,1% no primeiro semestre de 2014 para 1,4% nos primeiros seis meses deste ano", acrescentou.

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Maciel negou que o crédito no País esteja estagnado e explicou que, sazonalmente, a expansão do financiamentos no primeiro semestre do ano é menor que do segundo semestre. Nos seis primeiros meses de 2015, a expansão do crédito total é de 2,8%. "Isso se deve ao ritmo natural da própria economia. O crédito não esta estagnado, pelo contrário. Está em crescimento moderado que deve ser de 9% no ano", completou.

Renegociação

Embora economistas do mercado alertem que o aumento da renegociação de crédito possa sinalizar uma piora da inadimplência à frente, Maciel avaliou que o movimento é natural, devido ao ambiente econômico do País.

"Estamos em um período de aumento de taxas de juros que continuam se elevando já há algum tempo. Em um ambiente de menor ritmo de atividade é natural que haja reprogramação por parte das empresas de suas obrigações", comentou.

Maciel lembrou que o setor de veículos ainda se ressente do fim da desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). "Isso se reflete no volume dos empréstimos", comentou. No primeiro semestre do ano, a queda nesse tipo de crédito é de 6,1% e, em 12 meses até junho, de 7,3%.

Inadimplência

Maciel disse ainda que, apesar do quadro de menor ritmo de atividade e renda, a inadimplência continua em níveis historicamente baixos, principalmente a de pessoa física, que em episódios anteriores era mais preocupante.

"Notamos que inclusive a parcela do bem a ser financiado hoje é menor do que era há um tempo atrás, e isso reflete maior cautela dos tomadores", acrescentou. Segundo o Maciel, iniciativas de educação financeira têm contribuído para a manutenção da inadimplência em patamares baixos nos últimos anos.

A taxa de desemprego apurada nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil ficou em 6,9% em junho, ante 6,7% em maio, segundo dados sem ajuste sazonal divulgados nesta quinta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do mês passado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam taxa entre 6,70% e 7,30%, e em linha com a mediana projetada, de 6,90%.

A massa de renda real habitual dos ocupados nas seis principais regiões metropolitanas do País somou R$ 49,5 bilhões em junho, estável em relação a maio, informou o IBGE. Na comparação com junho de 2014, o montante diminuiu 4,3%.

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Já a massa de renda real efetiva dos ocupados totalizou R$ 49,8 bilhões em maio deste ano, estatisticamente estável em relação ao mês de abril. Ante maio de 2014, houve redução de 3,8% na massa de renda efetiva.

O rendimento médio real do trabalhador, já descontados os efeitos da inflação, foi de R$ 2.149,00 em junho de 2015, segundo o IBGE. O resultado significa alta de 0,8% em relação a maio e recuo de 2,9% ante junho do ano passado.

No mês de junho, o Brasil fechou 111.199 vagas formais de emprego, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o pior resultado para o mês da série histórica, iniciada em 1992. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra que no mês passado houve 1.453.335 admissões e 1.564.534 demissões.

O resultado é muito inferior que o do mesmo mês do ano passado, quando foram criadas 25.363 vagas. Nos primeiros seis meses do ano, o total de postos fechados é de 345.417. E nos últimos 12 meses terminados em junho, o País fechou um total de 601.924 postos de trabalho. O número é resultado de 20.155.724 admissões e 20.757.648 desligados ocorridos no período. Os dados são sem ajuste, ou seja, não incluem as informações passadas pelas empresas fora do prazo.

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O número divulgado ficou dentro do esperado pelo mercado para o mês de junho. De acordo com levantamento do AE Projeções apurado com 16 participantes, a expectativa era que o mercado de trabalho com carteira assinada tivesse retração de vagas em junho, com resultado negativo entre 58.000 a 161.000, sem ajuste.

Setores

A indústria de transformação foi a responsável pelo maior número de vagas formais de trabalho fechadas em junho. O saldo do setor ficou negativo em 64.228 postos. O número é resultado de 219.338 admissões e 283.566 desligamentos no período.

O setor de serviços foi o segundo que mais fechou vagas no mês passado, com saldo negativo de 39.130, seguido do comércio, com menos 25.585 vagas, e da construção civil, que fechou 24.131 postos formais de trabalho.

O resultado para o mês, com 111.199 vagas fechadas no País, só não foi pior, porque a agricultura registrou um saldo positivo de 44.650 novas vagas.

A administração púbica apresentou relativa estabilidade, com menos 704 vagas em junho, assim como o setor extrativo mineral, que fechou 659 postos.

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado, culpou a presidente Dilma Rousseff pela alta da inflação anunciada nesta quarta-feira, 18. "Se nós amanhã formos estudar o que não se deve fazer ao governar um país é exatamente o que Dilma fez em seu primeiro mandato", afirmou.

Para Caiado, a elevação do índice comprova que a presidente segurou os preços, como as tarifas de luz, durante as eleições e, agora, quem paga o preço é população. "Estamos pagando a conta dessa fraude, desse estelionato eleitoral operado em 2014 para reeleger a presidente a qualquer custo", disse.

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Segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,79% em junho. Com o resultado, a inflação oficial acumula alta de 6,17% no primeiro semestre deste ano, o maior índice neste confronto desde 2003 (6,64%). Já em 12 meses até junho, a variação é de 8,89%.

Os jogos de azar lideraram a lista de impactos sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho. O item avançou 30,80%, em função do reajuste nos valores das apostas, vigentes a partir de 18 de maio. Com isso, os jogos de azar adicionaram sozinhos 0,12 ponto porcentual à inflação do mês passado, que avançou 0,79% informou nesta quarta-feira, 8, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ao todo, jogos de azar, passagens aéreas e taxa de água e esgoto exerceram os três principais impactos no mês e responderam, sozinhos, por cerca de um terço do IPCA de junho. A contribuição total dos três itens foi de 0,29 ponto porcentual.

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Apenas no acumulado de maio e junho, os jogos de azar subiram 47,50%. O resultado do mês passado ainda contribuiu para que o grupo Despesas Pessoais acelerasse de 0,74% em maio para alta de 1,63% em junho. Também influenciou a elevação de 0,66% no item empregado doméstico, "tendo em vista a importância desta despesa no orçamento das famílias", destacou o IBGE.

O segundo maior impacto veio das passagens aéreas, que ficaram 29,19% mais caras no mês passado, com impacto de 0,10 ponto porcentual no IPCA. Ainda assim, o item acumula queda de 32,71% no semestre.

Devido às passagens, o grupo Transportes, acelerou a 0,70% no IPCA de junho. O resultado foi influenciado ainda pelos serviços de conserto de automóvel (1,70%), compra de automóveis usados (0,78%) e tarifas de ônibus urbano (0,40%). Nas tarifas, o resultado é reflexo de parte do reajuste de 12,50% em vigor desde 16 de maio na região metropolitana de Belém (6,72%).

O terceiro maior impacto no IPCA de junho veio da taxa de água e esgoto, que subiu 4,95% e respondeu por 0,07 ponto porcentual da taxa do mês passado. O resultado reflete reajustes em São Paulo (12,07%), Salvador (7,26%), Belo Horizonte (6,46%), Curitiba (4,93%), Rio de Janeiro (3,50%) e Recife (1,03%).

Com isso, o grupo Habitação subiu 0,86% em junho - um resultado ainda menor do que em maio (1,22%). Também pesaram no grupo despesas com artigos de limpeza (1,52%), condomínio (0,92%) e aluguel residencial (0,66%).

A inflação percebida pela baixa renda deu uma pequena trégua em junho ao desacelerar a 0,85%, mas está longe de arrefecer totalmente. Em 12 meses, a alta de preços sentida pelas famílias com ganhos mensais entre um e 2,5 salários mínimos chega a 9,52%, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Muito próximo dos dois dígitos, o chamado Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) nunca havia registrado aumento semelhante em toda a série, iniciada em 2004.

Ao longo do primeiro semestre, o índice deu saltos diante dos aumentos nas tarifas de energia elétrica, nos alimentos e nos remédios. Todos esses itens comprometem uma fatia maior do orçamento das famílias de baixa renda do que na média dos lares brasileiros.

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Só nos seis primeiros meses de 2015, a alta já chega a 7,21%. Em todos os confrontos, a inflação medida pelo IPC-C1 supera a elevação de preços sentida pela média das famílias brasileiras (IPC-Br), cujos ganhos ficam entre 1 e 33 salários mínimos.

"Pode ser que chegue a dois dígitos, mas não termine o ano nesse patamar. Mas é sempre uma incerteza, porque depende do comportamento dos alimentos, que tiveram um primeiro semestre pressionado. O comportamento benigno esperado para maio e junho não veio", explicou o economista André Braz, pesquisador da FGV.

Em junho, a taxa do IPC-C1 perdeu força, ainda que de forma tímida. O aumento nos preços de alimentos, que respondem por um terço das despesas da baixa renda, foi menor, mais ainda expressivo. O grupo subiu 1,02% em junho. O tomate ficou 17,35% mais barato no mês passado, mas a cebola ainda avançou 23,53%.

As tarifas de energia elétrica, as vilãs do primeiro trimestre, pararam de subir por um momento. Em 12 meses, porém, o reajuste supera 50%. "Isso não vai sair do índice, o preço da energia não vai cair", frisou Braz.

Por outro lado, o reajuste nos preços de jogos lotéricos impulsionou o índice em junho. O item subiu em média 29,26%, com impacto da elevação nos valores das apostas autorizado pelo governo e em vigor a partir de meados de maio.

Braz acredita que há espaço para desaceleração, principalmente em alimentos. O mais provável, contudo, é que o IPC-C1 encerre o ano acima dos 9%. "Nossa expectativa para o IPC-Br já está acima disso, e o que move a perspectiva do índice é exatamente o que pesa mais no IPC-C1", disse.

As tarifas de energia elétrica e os alimentos trouxeram alívio ao bolso das famílias de baixa renda em junho e levaram a inflação percebida por este grupo a desacelerar em relação ao resultado de maio. Em contrapartida, o reajuste nos preços das apostas de jogos lotéricos impulsionou o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que avançou 0,85% no mês passado, ante 0,95% em maio, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Protagonista dos índices de inflação no primeiro trimestre, a tarifa de eletricidade residencial voltou a perder força após um novo salto em maio. O item avançou 0,19% em junho, o que levou o grupo Habitação a desacelerar de 1,16% para 0,97%. A energia elétrica responde por uma fatia maior nas despesas da baixa renda do que na média dos brasileiros.

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Outro grupo que pesa mais no orçamento da baixa renda são os alimentos, que também deram alívio na passagem do mês. A taxa passou de 1,16% para 1,02% entre maio e junho, diante da alta de 1,18% nos preços de hortaliças e legumes, bem menos do que o avanço de 11,28% no mês anterior. A cebola ainda ficou 23,53% mais cara, mas o tomate caiu 17,35%.

As demais baixas vieram de Saúde e Cuidados Pessoais (1,54% para 0,64%) e Vestuário (0,81% para 0,32%). Nestes grupos, os destaques partiram dos itens medicamentos em geral (2,03% para 0,41%) e calçados (1,39% para 0,13%), respectivamente.

Por outro lado, o reajuste nos preços de apostas de jogos lotéricos continuou pressionando e resultou em alta média de 29,26% no item. Isso levou o grupo Despesas Diversas a acelerar de 1,53% para 2,36% na passagem do mês, segundo a FGV.

Também ganharam força os grupos Transportes (-0,19% para 0,29%), Educação, Leitura e Recreação (0,36% para 0,77%) e Comunicação (-0,30% para 0,37%). Nestas classes de despesa, destacam-se os itens tarifa de ônibus urbano (-0,34% para 0,35%), hotel (-2,36% para -0,32%) e tarifa de telefone residencial (-0,76% para 0,25%), respectivamente.

Essas quatro classes de despesas contribuíram para que o IPC-C1 de junho ficasse, por mais um mês, acima da taxa média de inflação para todos os brasileiros. O chamado Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-Br) avançou 0,82% no mês passado. Em 12 meses, a inflação da baixa renda (9,52%) também bate o índice geral (9,15%).

O IPC-C1 capta movimentações de preço percebidas por famílias com ganhos mensais entre 1 e 2,5 salários mínimos.

A confiança dos empresários industriais paulistas ficou em 45,9 pontos na pesquisa Sensor de junho, ante 43,8 pontos da sondagem de maio, na série sem ajuste. Já na mediação ajustada, a confiança ficou em 46,7 pontos, ante 44,3 pontos de maio. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (1°) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O indicador busca obter informações da atividade da indústria de transformação durante o mês corrente da coleta de dados.

De acordo com a Fiesp, dos cinco itens que compõem o Sensor, três subiram, um caiu e um ficou estável na série com ajuste. O item que registrou a maior alta foi Vendas, que subiu de 39,9 pontos em maio para 50,9 pontos em junho. O item Mercado saiu de 41,9 para 47,2; Emprego passou de 43,0 para 48,0. Já Estoque caiu de 45,5 para 41,8. E Investimento ficou estável, segundo a interpretação da Fiesp, passando de 46,4 para 47,3.

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As exportações brasileiras registraram média diária de US$ 934,7 milhões em junho, o que representa uma queda de 8,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já as importações registraram média diária de US$ 719,1 milhões, com retração de 20,6% na mesma base de comparação. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (1°) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

As exportações de básicos retrocederam 16,4%, para US$ 9,537 bilhões, resultado explicado pela venda menor de minério de ferro (-49,8%), farelo de soja (-35,7%), carne suína (-33%), café em grão (-25%) e carne bovina (-19,6%).

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Os embarques de semimanufaturados caíram 8,4% em abril, para US$ 2,249 bilhões, com queda principalmente em alumínio em bruto (-33,7%), ferro-ligas (-28,1%), óleo de soja em bruto (-24,3%) e couros e peles (-24,1%).

Já as exportações de manufaturados cresceram 4,1% no mês passado, para US$ 7,368 bilhões. O número foi influenciado pela venda de uma plataforma de exploração de petróleo, no valor de US$ 690 milhões.

Pelo lado das importações, caíram as compras de combustíveis e lubrificantes (-42,6%), bens de capital (-21,5%), matérias-primas e intermediários (-13,7%) e bens de consumo (-13,7%).

1º semestre

De acordo com MDIC, as exportações brasileiras registraram média diária de US$ 773,2 milhões no primeiro semestre deste ano, queda de 14,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as importações registraram média diária de US$ 755 milhões, recuo de 18,5% em relação aos seis primeiros meses de 2014.

As exportações de básicos nos seis primeiros meses do ano caíram 21,6%, para US$ 44,040 bilhões, resultado explicado pela venda menor de minério de ferro (-49%), carne bovina (-23,5%), soja em grãos (-22,5%) e carne suína (-21,9%). Os embarques de manufaturados caíram 8%, para US$ 35,047 bilhões, com queda principalmente em óleos e combustíveis (-63,4%), motores e geradores (-25,8%), máquinas para terraplanagem (-23%) e bombas e compressores (-21,7%).

As exportações de semimanufaturados caíram 3,9% nos primeiros seis meses, para US$ 12,789 bilhões, puxadas pelas vendas de couros e peles (-15%), açúcar em bruto (-13,9%), óleo de soja em bruto (-12,4%) e ferro-ligas (-12,2%).

Houve queda de exportação para os principais blocos econômicos, como a Europa Oriental (34%), por conta de carnes, açúcar, soja em grão, café, farelo de soja. Para a União Europeia, houve queda de 18,8%, decorrente de farelo de soja, soja em grão, minério de ferro e celulose. O Brasil também exportou menos para a Ásia com uma redução de 17,9%, sendo que, para a China, ocorreu uma queda de 22,6% por conta de soja em grão, minério de ferro, couros e peles.

Entre os principais países de origem das importações no semestre, as compras da África decresceram 43,6% por conta de petróleo bruto, naftas, gás natural. As importações do Oriente Médio caíram 37,5%, assim como no Mercosul, com uma queda de 22,5%.

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou para 0,82% em junho ante 0,72% em maio, informou nesta quarta-feira, 1, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na terceira quadrissemana de junho, o IPC-S havia ficado em 0,83%. Com o resultado divulgado hoje, o indicador acumula alta de 6,42% no ano e de 9,15% nos últimos 12 meses.

O IPC-S de junho ficou dentro do intervalo das estimativas apuradas pelo AE Projeções, que iam de 0,73% a 0,83%, mas ficou acima da mediana que era de 0,78%.

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Das oito classes de despesas analisadas, cinco registraram acréscimo em suas taxas de variação de preços na passagem da terceira para a quarta quadrissemana de junho: Habitação (0,70% para 0,88%), Transportes (0,23% para 0,39%),Educação, Leitura e Recreação (0,52% para 0,87%), Vestuário (0,44% para 0,48%) e Comunicação (0,33% para 0,47%).

No sentido contrário, registraram decréscimo os grupos Despesas Diversas (6,08% para 3,70%), Alimentação (0,98% para 0,88%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,79% para 0,67%).

Apesar de ter fechado o mês de junho no vermelho, o dólar comercial foi o investimento mais rentável no primeiro semestre deste ano, com valorização de 17,10%. Na lanterna ficou o CDB, com avanço de 2,51% de janeiro a junho. Já a Bolsa teve alta de 6,15% no período.

"O dólar se fortaleceu frente às principais moedas em função dessa expectativa de aumento de juros nos Estados Unidos, que ainda não se materializou, mas pode acontecer no segundo semestre", afirma Fabio Colombo, administrador de investimentos. "Há também o impasse da Grécia na zona do euro, que fez os mercados oscilarem no mundo inteiro."

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Além das turbulências no cenário internacional, o mercado foi afetado por questões locais. "Tivemos problemas internos com a balança comercial e de pagamentos, o que fez o real se desvalorizar frente ao dólar", afirma Colombo. "O governo está com dificuldade de tomar rédeas: há a dificuldade na aprovação do ajuste fiscal, possibilidade de revisão da meta fiscal e denúncias novas da Operação Lava Jato que se aproximam mais do Palácio do Planalto", afirma.

Apesar da instabilidade política e econômica, o Ibovespa - principal termômetro do mercado acionário brasileiro - avançou 0,61% em junho e 6,15% no ano. "A Bolsa já vem de vários anos ruins e acabou fechando próximo ao CDI, mas não acima o suficiente para pagar o risco maior que ela tem", diz Michael Viriato, coordenador do laboratório de finanças do Insper.

A renda fixa teve alta de 0,85% em junho, abaixo do IPCA-15 para o mês, de 0,99%. "Dado o patamar de juro elevado e o cenário de incertezas no mercado externo e interno, é mais prudente ser mais conservador", diz Viriato. "Além disso, a inflação deve desacelerar nos próximos meses, então as aplicações referenciadas ao CDI devem ter um desempenho melhor no segundo semestre." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) mostrou mais uma queda em junho. O Inec recuou 2,5% na comparação com maio, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Esse resultado levou o índice a 96,2 pontos, muito abaixo da média histórica de 110,6 pontos e o pior valor desde junho de 2001. O índice caiu 9,5% ante junho de 2014, o que evidencia ainda mais a piora na avaliação do consumidor.

Apesar da piora no Inec geral em junho, algumas variáveis que compõem o indicador apresentaram melhora em relação a maio, embora ainda estejam bem abaixo dos níveis registrados no ano passado. As expectativas dos consumidores em relação ao desemprego, por exemplo, subiram 5,2% em relação ao mês passado, mas estão 7,3% acima das de junho de 2014.

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Em relação à inflação, o indicador caiu 0,6% na comparação com o mês passado e 5,5% ante junho de 2014. As perspectivas sobre o endividamento dos consumidores recuaram 3,8% em junho ante maio e 12,7% em relação a junho do ano passado, assim como as expectativas sobre a renda pessoal, com quedas de 12,2% ante maio e 15,1% ante junho de 2014. A expectativa em relação à situação financeira foi a que apresentou os piores resultados para o mês, com uma queda de 9,8% na comparação mensal e de 20,1% na comparação anual.

Já o índice de expectativa de compras de maior valor foi o único com resultado positivo no mês, com uma alta de 4,8% ante maio e de 0,5% ante junho de 2014.

Feita em parceria com o Ibope Inteligência, a pesquisa da CNI ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios entre 18 e 21 de junho.

Na passagem de maio para junho, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), acelerou de 0,30% para 0,41%, com forte contribuição de Bens Finais. Esse grupo passou de uma variação de 0,50% para 0,60% na mesma base de comparação.

No estágio final da produção, os principais responsáveis pela aceleração foram o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de -2,62% para 1,80%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de Bens Finais (ex) registrou variação de 0,51%. Em maio, a taxa foi de 0,95%.

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O índice referente a Bens Intermediários dentro do IPA apresentou desaceleração, ao sair de 0,81% em maio para 0,36% em junho. O principal responsável pelo movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 0,92% para 0,30%. Vale destacar que o índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,39%, ante 0,79%, em maio.

No estágio inicial da produção, o índice do grupo Matérias-Primas Brutas variou 0,24%, em junho. Em maio, o índice registrou variação de -0,60%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram: soja (em grão) (-4,07% para -0,44%), aves (-3,60% para 0,98%) e suínos (-6,18% para 6,98%). Em sentido oposto, destacam-se: cana-de-açúcar (1,10% para -0,72%), bovinos (0,87% para -0,26%) e algodão (em caroço) (11,53% para 1,95%).

Principais influências

De acordo com a FGV, entre as maiores influências de alta no IPA de junho estão minério de ferro (de 4,16% para 5,90%), batata-inglesa (de 10,46% para 20,72%), carne bovina (de 3,21% para 2,58%), ovos (de -11,04% para 4,58%) e adubos e fertilizantes (-2,83% para 3,93%).

Já na lista de maiores influências negativas estão tomate (de 11,23% para -17,10%), milho em grão (de -7,46% para -4,21%), farelo de soja (de -7,64% para -3,78%), mandioca (aipim) (de -5,26% para -6,28%) e arroz em casca (de -0,96% para -3,67%).

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 1,4% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta segunda-feira, 29. Com o resultado, o Icom atingiu 90,7 pontos no período, o menor nível da série histórica, iniciada em março de 2010.

"O nível recorde negativo da confiança do Comércio em junho reforça a percepção de forte desaquecimento do nível de atividade econômica no segundo trimestre de 2015. Em relação aos meses seguintes, a piora das expectativas sustenta um cenário ainda fraco para o setor no terceiro trimestre", avalia o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo, em nota.

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Em junho, o resultado foi determinado pela piora na percepção em relação ao momento, embora a perspectiva em relação ao futuro também tenha se deteriorado. O Índice da Situação Atual (ISA-COM) caiu 2,4% neste mês, para 60,2 pontos, por mais um mês o menor nível da série. Já o Índice de Expectativas (IE-COM) recuou 1,0% em junho, para 121,1 pontos. As expectativas foram influenciadas pelo menor otimismo dos empresários em relação à evolução da situação dos negócios nos seis meses seguintes (-1,5%).

No mês passado, o Icom já havia cedido 0,3%. Com o resultado anunciado hoje, o índice permaneceu na zona considerada "desfavorável" à atividade, abaixo dos 100 pontos. A média histórica do indicador é de 122,2 pontos.

Desde a edição de novembro de 2014, a Sondagem do Comércio passou a trazer oficialmente dados com ajuste sazonal. Até então, o Icom era divulgado apenas com variações interanuais trimestrais. Como a série ainda é recente (iniciada em março de 2010), a FGV adiantou que vai revisar os resultados mês a mês, até que estejam mais consolidados. A coleta de dados para a edição de junho da sondagem foi feita entre os dias 01 e 24 deste mês e obteve informações de 1.211 empresas.

A percepção dos consumidores em relação à situação atual da economia voltou a piorar em junho e quatro a cada cinco brasileiros avaliam o momento corrente como ruim, de acordo com dados da Sondagem do Consumidor divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta sexta-feira, 26. Já a perspectiva com o futuro melhorou um pouco, embora o número de pessimistas ainda supere o dos que aguardam melhora para os próximos meses.

Após dois meses de estabilidade, o indicador que mede o grau de satisfação com a situação da economia local desabou em junho. A queda foi de 15,5% frente ao mês anterior, resultado que puxou o recuo de 1,4% na confiança do consumidor no período. Isso porque a proporção dos que avaliam o momento econômico como ruim atingiu 79,1%, o maior nível da série, iniciada em setembro de 2005. As análises positivas são apenas 4,2%.

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As expectativas para o cenário econômico nos próximos meses, por sua vez, melhoraram pelo quarto mês consecutivo. O indicador de otimismo com a evolução da situação econômica nos seis meses seguintes subiu 2,5%. Mesmo assim, ele ainda se mantêm em nível muito baixo historicamente, destacou a FGV.

A proporção de consumidores que preveem melhora da economia cresceu de 17,1% para 18,1% entre maio e junho. Já a parcela dos que consideram que irá piorar caiu de 39,9% para 39,0%. "Este foi o 17º mês em que são registrados mais consumidores pessimistas do que otimistas com o rumo da economia nos seis meses seguintes. Antes deste período, iniciado em fevereiro do ano passado, o recorde havia sido de apenas seis meses, entre outubro de 2008 e março de 2009", disse a FGV.

Em junho, três das quatro faixas de renda acompanhadas pela instituição registraram queda na confiança, mas o resultado mais negativo veio das famílias com ganhos mensais acima de R$ 9,6 mil. Nessa faixa, o recuo foi o dobro da média, com baixa de 2,8%.

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