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A Associação Metropolitana de Ciclistas do Recife (Ameciclo), com o apoio da Nuestra América Verde, vai reunir entre os dias 02 e 07 de maio de 2022, diversas organizações e coletivos atuantes em comunidades que compõem as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) do Recife para debater Mobilidade, Justiça Social e Direito à Cidade. 

O objetivo é coletar apontamentos para uma plenária final e construir, de forma colaborativa, um documento a ser apresentado na Conferência Popular de Direito à Cidade que acontecerá nos dias 03, 04 e 05 de junho de 2022, em São Paulo. Nos encontros, serão feitas exposições sobre os temas de mobilidade, justiça social e direito à cidade, guiando o debate para que os(as) participantes contribuam a partir do trabalho executado em seus respectivos territórios com as principais demandas e necessidades dos(as) no tocante aos direitos básicos. 

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Os grupos que farão parte dessa articulação são: Coletivo Pão e Tinta (Bode - Pina), Caranguejo Uçá (Ilha de Deus - Imbiribeira), Biblioteca Comunitária de Caranguejo Tabaiares (Ilha do Retiro), Grupo Mulher Maravilha (Nova Descoberta) e Cepas - Centro de Ensino Popular e Assistência Social de Pernambuco Santa Paula Frassinetti (Vila Santa Luzia - Torre). 

A plenária final acontece no dia 07 de maio, no Sindicato de Rodoviários do Recife e RMR (Rua Araripina, 111 - Santo Amaro, Recife-PE), para elencar as demandas da cidade do Recife referente aos temas discutidos nos seminários para representar a capital pernambucana na conferência nacional.

Confira a agenda dos encontros neste link. As inscrições para a plenária final seguem abertas até dia 06 de maio. Acesse aqui

Conferência popular de direito à cidade 

O Encontro Nacional pelo Direito à Cidade tem como objetivos centrais articular, numa plataforma de ação, as lutas urbanas; e elevar a questão urbana ao centro do debate político. Para isto, estão sendo organizados eventos, seminários, reuniões e outras atividades preparatórias em todo território brasileiro para ampliar a discussão e a construção de convergências acerca das experiências recentes, acertos e erros, novos caminhos e formas de luta e organização da vida urbana. 

Os eventos preparatórios se dividem em territoriais, setoriais ou temáticos. As rodas de conversa almejam reunir quem luta por moradia digna e saneamento com quem luta por emprego e contra o genocídio ou encarceramento da juventude pobre e negra, atrair movimentos feministas, LGBTQI+ e grupos ambientalistas ou em defesa da Amazônia, povos originários, quilombolas e populações tradicionais. 

A iniciativa visa elevar a novos patamares a organização das ocupações, hortas e cozinhas comunitárias, quintais produtivos, a vida e luta das quais nascem alternativas à crise urbana provocada pelo neoliberalismo, o capital financeiro e as classes dominantes. 

Ameciclo

A Associação Metropolitana de Ciclistas do Recife (Ameciclo) tem como missão transformar a cidade, por meio da bicicleta, em ambientes mais humanos, democráticos e sustentáveis. São objetivos da Ameciclo organizar a sociedade para transformar o ambiente urbano em um espaço seguro e acolhedor para a mobilidade sustentável, a partir da influência técnica e política em ações e planos da Região Metropolitana do Recife, e contribuir para redução dos efeitos das mudanças climáticas, desestimulando a motorização individual.

Depois de dois anos, o papa Francisco volta ao seu "querido" berço sul-americano com uma aclamada mensagem de "justiça social" para os pobres, em uma viagem que se incia neste domingo em um Equador agitado por protestos e que inclui também Bolívia e Paraguai.

O primeiro papa jesuíta e latino-americano da História tem chegada prevista perto das 17H00 (hora de Brasília) no aeroporto Mariscal Sucre, 20 km ao leste de Quito.

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Francisco, de 78 anos, e que estará no Equador até a quarta-feira, oferecerá ali sua primeira mensagem à América do Sul, aonde retorna após participar, em 2013, no Brasil, da Jornada Mundial da Juventude.

A América Latina concentra a maioria do 1,2 bilhão de católicos no mundo.

"Quero ser testemunha desta alegria do Evangelho e levar a ternura e o carinho de Deus, nosso Pai, especialmente aos seus filhos mais necessitados, aos idosos, aos enfermos, aos presos, aos pobres e aos que são vítimas desta cultura do descarte", antecipou o papa antes de fazer as malas.

Em sua nona viagem ao exterior, que se estenderá até 12 de julho, Francisco passará por Equador, Bolívia e Paraguai, países de maioria católica e com um histórico de pobreza e desigualdade que castiga principalmente a população indígena.

Aproximar-se das periferias

Desde de sua eleição como líder máximo dos católicos, em março de 2013, Francisco tem mostrado especial interesse em aproximar a Igreja da periferia e da defesa do meio ambiente, como ficou demonstrado em sua mais recente encíclica, que foi muito comemorada pelos governos de Quito e La Paz.

A Igreja equatoriana espera uma "mensagem forte" do papa "para que nos posicionemos realmente em movimento junto às periferias, aos fragilizados e aos mais pobres", disse à AFP o sacerdote David de la Torre, porta-voz da Conferência Episcopal Equatoriana para a visita papal.

A passagem do sumo pontífice pelo Equador coincide com um momento de agitação política.

O presidente equatoriano, Rafael Correa, um confesso admirador de Francisco e que se descreve como um "católico humanista de esquerda", enfrenta há alguns meses protestos frequentes que exigem sua saída do poder pela rejeição à políticas de corte socialista que, segundo o governo, pretendem redistribuir a riqueza através da cobrança de impostos aos mais ricos.

O governo também se mobilizou para neutralizar o que Correa denunciou como uma tentativa de golpe.

A visita de Francisco será "uma grande oportunidade, e mais ainda com a mensagem do papa, para refletir sobre estarmos no continente mais cristão do mundo, mas ao mesmo tempo o mais desigual do mundo", disse Correa em uma entrevista publicada neste domingo.

Um Francisco de Assis com "justiça social"

Os equatorianos, que no caso de Quito decoraram suas casas e colocaram cartazes de boas-vindas, receberão pela segunda vez um papa depois da visita, em 1985, de João Paulo II. Na época, 94% da população se considerava católica, frente aos 80% que hoje afirmam seguir essa religião entre os 16 milhões de habitantes do país.

Este recuo foi em grande parte associado ao avanço das igrejas evangélicas, que conseguiram atrair milhares de indígenas andinos desencantados pela falta de atenção da hierarquia católica.

Francisco celebrará duas missas campais, uma em Guayaquil (sudoeste) nesta segunda-feira e a outra em Quito na terça-feira, à qual se espera que assistam três milhões de fiéis, incluindo milhares de colombianos e peruanos que cruzaram as fronteiras para vê-lo.

"Adoro a pregação do papa. Sou uma das que mais admira São Francisco de Assis e adoro porque faz tudo igual: a humildade, o amor, a visão de que a água seja sua irmã, que os pássaros sejam seus irmãos, que os cachorrinhos também", disse à AFP María Criollo, uma dona de casa de 44 anos ao entrar em uma igreja de Quito.

Criollo, que se orgulha de seu neto levar o mesmo nome de Francisco, pretende dormir na segunda-feira no parque Bicentenário de Quito e assegurar um bom lugar para escutar a mensagem papal. Em Guayaquil, também foi organizada uma vigília no parque de Los Samanes, onde acontecerá a missa a céu aberto.

Na sexta-feira, o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, antecipou que durante sua viagem, o papa defenderá um desenvolvimento com "justiça social".

"Fará um convite para cuidar da Criação" e convidará os latino-americanos a buscar um desenvolvimento com "justiça social", visando a construir um mundo "que leve em conta os pobres", assegurou Parolin em uma entrevista à televisão do Vaticano.

Ela se chama Inga Beale, e é a primeira mulher a dirigir a Lloyd's of London, uma seguradora com 325 anos de história. Sua participação em Davos, um fórum onde impera a presença masculina, é muito significativa.

Em entrevista à AFP durante o Fórum Econômico Mundial, ela explicou que a paridade entre mulheres e homens não se trata apenas de uma questão de justiça social, mas também de prosperidade econômica.

"Os setores com maior diversidade a nível de direção e conselhos administrativos têm melhores resultados", afirma Inga Beale, que em 2013 se tornou a primeira mulher a dirigir a Lloyd's, monumento do mundo dos seguros.

"Há toda uma população que devemos aproveitar. Os economistas têm estudado essa população deixada de lado, e estimam que o PIB dos Estados Unidos aumentaria 5% se tal população tivesse um emprego. Em outros países, o aumento seria até maior", diz.

Segundo ela, o mercado de seguros em Londres "está completamente desconectado", inclusive quando se trata do ambiente fortemente masculino dos alto quadros administrativos, que contam apenas com 4% de mulheres em cargos executivos.

"Quando fui eleita conselheira delegada, eu tinha provavelmente todas as qualidades necessárias: a experiência internacional, sempre no setor, ter dirigido empresas...", conta Beale, que entrou para o mundo dos seguros em 1982 e já dirigiu grandes companhias do setor.

Mas enquanto mulher, "é preciso ser muito decidida, e ser capaz de ignorar algumas coisas que ocorrem para seguir adiante".

"Houve momentos em que me perguntei: 'devo meu reconhecimento ao meu trabalho, ou a minha visibilidade como mulher?'", confessou.

As mulheres representam apenas 17% dos 2.500 líderes que se reúnem todos os anos na estação alpina de Davos, na Suíça, para fazer contatos e negócios e falar das grandes questões do mundo.

O número tem aumentado com regularidade, mas a cada ano gera críticas.

Nesta 45ª edição, foi organizado pela primeira vez o debate "Os dividendos da diversidade", onde foram abordadas não só as consequências da baixa taxa de emprego das mulheres, mas também o espaço de homossexuais e pessoas transgênero no mundo dos negócios.

Para Inga Beale, o cenário em Davos "reflete o que ocorre no mundo dos negócios".

Num encontro que só poderia ocorrer em Davos, a atriz Emma Watson, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o presidente ruandês, Paul Kagame, e o conselheiro delegado da Unilever Paul Polman lançaram nesta sexta-feira uma nova iniciativa para a promoção de emprego entre as mulheres.

Na Lloyd's, Beale lançou uma campanha para favorecer a diversidade. A companhia está crescendo rapidamente na China, América Latina e África, e "a melhor maneira de fazer isso bem é entendendo sua cultura, e contratando gente diferente", disse.

Mas o maior desafio é o que ela chama de discriminação "inconsciente", e que funciona em todos os sentidos.

"Durante minha carreira me lembro de estar à frente de uma equipe majoritariamente feminina", conta.

"Eu não havia decidido contratar mulheres. Era inconsciente, mas talvez a gente acabe contratando pessoas que parecem conosco. Quando me dei conta disso, há vinte anos, pensei: caramba! Tenho que contratar de forma consciente pessoas que não sejam como eu".

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