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Como uma ação em alusão ao Dia Mundial em Memória às Vítimas de Trânsito, celebrado no dia 20 de novembro, cicloativistas recifenses convocam ciclistas, cicloativistas e familiares de pessoas que se foram em virtude da violência do trânsito brasileiro, a se juntarem na atividade de manutenção de algumas Bicicletas Brancas (Ghost Bikes) que a Associação Metropolitana de Ciclistas do Recife (Ameciclo) já instalou pela cidade, no próximo domingo (27).

A iniciativa tem o apoio da Ameciclo por meio do edital Fundo de Ações Livres (FAL), que financia ações com até R$ 1 mil para promover a cultura da bicicleta na cidade e é organizado por uma das associadas da organização, Thuanne Teixeira. “Passei por uma Bicicleta Branca na Avenida Sul e ela não estava mais branca, muito enferrujada. Quando a vi, pensei que uma ação de manutenção das bicicletas brancas ajudaria a manter as bicicletas cumprindo seu papel, de chamar a atenção para a violência no trânsito", explica a associada.

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“A instalação da Bicicleta Branca em si é um momento bastante doloroso onde procuramos trazer para a presença pessoas que partiram de nosso mundo. Mas na cidade que lutamos para construir a presença não pode ser uma bicicleta presa em um poste. Para que isso não aconteça, precisamos trazer luz aos fatos: o Recife não é uma cidade segura para pedalar e isso precisa mudar”, completa Thuanne.

A concentração será na sede da Ameciclo às 7h30, com um café da manhã, e saída prevista para às 8h. Interessados(as) em participar que não tiverem bicicleta própria, podem pegar emprestada com a Ameciclo. Para reservar, entre em contato no telefone (81) 81936182947.

 

Bicicletas Brancas

A bicicleta branca é uma versão da ghost bike, surgida em 2003, na cidade de St. Louis, Missouri, nos Estados Unidos. O objeto se materializa nas ruas como uma lembrança e também um protesto pelos sinistros onde ciclistas foram vítimas fatais. A ideia surgiu de um único ciclista cansado de ver seus amigos partirem nesse tipo de acontecimento e acabou tomando o mundo por conta do compartilhamento desse sentimento: o cansaço frente à banalização da vida.

“No Recife, a Ameciclo já realizou a instalação de algumas Bicicletas Brancas porque nós acreditamos que é impossível falar de mobilidade ativa, especialmente da bicicleta, sem falar das pessoas que perdem a vida por conta da falta de responsabilidade e de estrutura na nossa cidade”, completa a idealizadora da ação, Thuanne Teixeira.

 

Serviço

Ação de manutenção das bicicletas brancas no Recife

Local de encontro: sede da Ameciclo | Rua da Aurora, 529 - Loja 2 - Boa Vista, Recife

Concentração: 7h30

Saída: 8h

Percurso

1° : Rua Dr. Carlos Chagas, 17 - Santo Amaro, Recife

2° : Rua Carlos Coelho Leal Valente, 1457 - Cabanga, Recife

3° : Forte Do Brum - Bairro Do Recife

4° : Campo do Café - Linha Do Tiro, Recife

 

Nesta quinta-feira, 22 de setembro, é comemorado o Dia Mundial Sem Carro, data que marca a reflexão em torno do uso exacerbado do automóvel no espaço urbano e das políticas de mobilidade para a mobilidade sustentável. Seguindo a tradição anual, a Ameciclo realizará atividades no dia envolvendo ciclistas, sociedade civil e candidaturas do pleito eleitoral de 2022. 

Na sede da organização, que fica no bairro da Boa Vista (Rua da Aurora, 529), a partir das 15h, o público poderá participar de uma Vaga Viva na Rua Princesa Isabel, uma ação para denunciar a ocupação de automóveis na cidade. Ao fim da Vaga Viva, por volta das 19h, a organização fará uma pedalada pela cidade. 

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Candidatos a deputado, senador e governador podem assinar a Carta Compromisso pela Mobilidade Sustentável em Pernambuco 2022, documento que contém diretrizes para construir uma cidade segura e acolhedora a partir da priorização da mobilidade a pé, por bicicleta e pelo transporte coletivo. 

A iniciativa pretende que as candidaturas assinem a Carta, comprometendo-se a tornar suas propostas em políticas públicas e em medidas legislativas. Segundo Renato Zerbinato, um dos coordenadores da Ameciclo, “Recife tem a possibilidade de se tornar uma das capitais mais amigas da mobilidade sustentável do país, basta ter vontade política para tal”. 

Renato ainda enfatiza que é preciso também que a população em geral entenda a importância da mobilidade sustentável para todos nós. “Podemos diminuir as mortes no trânsito, os congestionamentos e a consequente perda de tempo de vida. Economizar recursos financeiros individuais e públicos, melhorar a saúde da população, salvar o meio ambiente e ter uma cidade voltada para as pessoas somente priorizando o uso da bicicleta nas nossas rotinas, aliado, claro, com os investimentos por parte do poder público para oferecer condições seguras para quem pedala”, finaliza. 

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A Associação Metropolitana de Ciclistas do Recife (Ameciclo) vai realizar o Desafio Intermodal, na próxima terça-feira (13), com saída da Praça do Diário, no Centro do Recife, um experimento social que acontece em várias cidades do mundo com o objetivo de promover a discussão sobre mobilidade nas cidades. 

No desafio do Recife, serão medidos e estimados o tempo de deslocamento, o custo pessoal na utilização do transporte, as emissões de gases de efeito estufa relativas ao deslocamento e a energia calórica despendida por cada participante. Para isso, serão utilizados vários modos de transportes distintos e será feita uma classificação relativa entre eles.

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Realizado desde 2012, nesta edição a saída será na Praça do Diário, no Centro do Recife, e terá como ponto de chegada o Parque Urbano da Macaxeira, na Zona Norte da capital pernambucana. A concentração será às 18h, com saída pontualmente às 18h30. As pessoas interessadas em participar como desafiantes ou equipe de apoio devem se inscrever através do formulário no link: https://forms.gle/8fsDuKr72pSWqs6CA

Os resultados gerais são divulgados após a chegada do último participante, no mesmo dia da prova. Este ano, em virtude das eleições de 2022, o Desafio será aberto para as candidaturas interessadas e preocupadas com a mobilidade, especialmente na promoção dos modais ativos.

No ponto de chegada do Desafio Intermodal, as candidaturas também poderão assinar a Carta Compromisso pela Mobilidade Sustentável em Pernambuco 2022, documento que contém diretrizes para construir uma cidade segura e acolhedora a partir da priorização da mobilidade a pé, por bicicleta e pelo transporte coletivo.

“Para a efetivação do direito à cidade, a mobilidade precisa ser inclusiva, democrática e acessível, dando à população a possibilidade de usufruírem dos seus direitos ao lazer, ao trabalho, à saúde e à educação. No entanto, apesar das políticas públicas previstas na Constituição Federal, no Código de Trânsito Brasileiro e na Política Nacional de Mobilidade Urbana expressarem a prioridade da vida, do meio ambiente e da redução das desigualdades, há uma inversão de prioridades. Alertamos, ainda, pela urgência na discussão da (re)democratização da cidade e das crises climáticas, na qual o Recife figura em situação calamitosa, sendo apontada como a 16ª cidade que mais será afetada por seus efeitos”, diz a associação por meio do documento.

Para outras informações sobre o Desafio Intermodal, acesse o site https://dim.ameciclo.org e, para ler a Carta Compromisso, acesse: mobilidadesustentavelpe.ameciclo.org.

O sistema comunitário de bicicletas compartilhadas do Bota pra Rodar Entra Apulso, será inaugurado na Associação de Moradores do Entra Apulso, no bairro de Boa Viagem, no próximo sábado (2), a partir das 10h. A ação é uma iniciativa da Associação Metropolitana de Ciclistas do Recife (Ameciclo), em parceria com o Grupo Escoteiro Cleonildo Paulo da Silva 12/PE, e o apoio da Secretaria de Meio Ambiente do Recife (SMAS) e do Itaú. 

Ao todo, serão 10 bicicletas disponíveis para o uso livre dos(as) moradores(as) da localidade, possibilitando o ir e vir para espaços de trabalho, estudo, compras e lazer. Para a instalação do sistema, foi necessária uma série de mobilizações para arrecadação das bicicletas, compra de material para restaurá-las, oficinas de consertos e pintura com a juventude da comunidade e pessoas voluntárias, e instrução sobre o uso do aplicativo para gerir o empréstimo. 

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Para Cláudio Batista, diretor-presidente do Grupo Escoteiro Cleonildo Paulo da Silva 12/PE, o projeto é de extrema importância para Entra Apulso. “Enxergarmos o Bota pra Rodar como uma oportunidade de expansão do uso da bicicleta. Isso representa uma melhor qualidade de vida, uma melhor locomoção e uma melhoria direta nas relações sociais dos moradores do Entra Apulso”, destacou o Chefe Escoteiro. 

Reconhecimento

O projeto é um dos destaques da Ameciclo e foi reconhecido nacional e internacionalmente, sendo uma das três iniciativas brasileiras a serem escolhidas para representar o país no 6º Fórum Mundial da Bicicleta, em 2017, no México. No mesmo ano, recebeu o prêmio "Promoção da Bicicleta no Brasil", da Transporte Ativo, na categoria "Ação Educativa e de Sensibilização". Em 2018, obteve o reconhecimento da Folkersma e da Dutch Cycle Embassy, juntamente com o Pedala Queimados (RJ).

A Associação Metropolitana de Ciclistas do Recife (Ameciclo), com o apoio da Nuestra América Verde, vai reunir entre os dias 02 e 07 de maio de 2022, diversas organizações e coletivos atuantes em comunidades que compõem as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) do Recife para debater Mobilidade, Justiça Social e Direito à Cidade. 

O objetivo é coletar apontamentos para uma plenária final e construir, de forma colaborativa, um documento a ser apresentado na Conferência Popular de Direito à Cidade que acontecerá nos dias 03, 04 e 05 de junho de 2022, em São Paulo. Nos encontros, serão feitas exposições sobre os temas de mobilidade, justiça social e direito à cidade, guiando o debate para que os(as) participantes contribuam a partir do trabalho executado em seus respectivos territórios com as principais demandas e necessidades dos(as) no tocante aos direitos básicos. 

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Os grupos que farão parte dessa articulação são: Coletivo Pão e Tinta (Bode - Pina), Caranguejo Uçá (Ilha de Deus - Imbiribeira), Biblioteca Comunitária de Caranguejo Tabaiares (Ilha do Retiro), Grupo Mulher Maravilha (Nova Descoberta) e Cepas - Centro de Ensino Popular e Assistência Social de Pernambuco Santa Paula Frassinetti (Vila Santa Luzia - Torre). 

A plenária final acontece no dia 07 de maio, no Sindicato de Rodoviários do Recife e RMR (Rua Araripina, 111 - Santo Amaro, Recife-PE), para elencar as demandas da cidade do Recife referente aos temas discutidos nos seminários para representar a capital pernambucana na conferência nacional.

Confira a agenda dos encontros neste link. As inscrições para a plenária final seguem abertas até dia 06 de maio. Acesse aqui

Conferência popular de direito à cidade 

O Encontro Nacional pelo Direito à Cidade tem como objetivos centrais articular, numa plataforma de ação, as lutas urbanas; e elevar a questão urbana ao centro do debate político. Para isto, estão sendo organizados eventos, seminários, reuniões e outras atividades preparatórias em todo território brasileiro para ampliar a discussão e a construção de convergências acerca das experiências recentes, acertos e erros, novos caminhos e formas de luta e organização da vida urbana. 

Os eventos preparatórios se dividem em territoriais, setoriais ou temáticos. As rodas de conversa almejam reunir quem luta por moradia digna e saneamento com quem luta por emprego e contra o genocídio ou encarceramento da juventude pobre e negra, atrair movimentos feministas, LGBTQI+ e grupos ambientalistas ou em defesa da Amazônia, povos originários, quilombolas e populações tradicionais. 

A iniciativa visa elevar a novos patamares a organização das ocupações, hortas e cozinhas comunitárias, quintais produtivos, a vida e luta das quais nascem alternativas à crise urbana provocada pelo neoliberalismo, o capital financeiro e as classes dominantes. 

Ameciclo

A Associação Metropolitana de Ciclistas do Recife (Ameciclo) tem como missão transformar a cidade, por meio da bicicleta, em ambientes mais humanos, democráticos e sustentáveis. São objetivos da Ameciclo organizar a sociedade para transformar o ambiente urbano em um espaço seguro e acolhedor para a mobilidade sustentável, a partir da influência técnica e política em ações e planos da Região Metropolitana do Recife, e contribuir para redução dos efeitos das mudanças climáticas, desestimulando a motorização individual.

Para cobrar pelo Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana do Recife (PDC), prometido há sete anos pelo governador Eduardo Campos (PSB), nesta sexta-feira (5), a Associação Metropolitana de Ciclistas do Recife (Ameciclo) realiza um ato na Praça do Derby, partir das 15h. Após uma corrida de bicicleta na área Central do Recife, a organização vai protocolar o Relatório da Mobilidade Ativa 2013-2020, que analisa o cumprimento das metas estipuladas pelo projeto.

Em nota, a Ameciclo reforça que as promessas de desenvolvimento urbano com a implementação de infraestrutura cicloviária estão longe de ser cumpridas, pois apenas 20% do PDC foi executado. "O prometido pelo PDC foi de, num prazo de 10 anos (a contar do seu lançamento), implantar cerca de 600 km de estruturas. Só na capital pernambucana, por exemplo, seriam aproximadamente 250 km de malha cicloviária", aponta.

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A “descomemoração” é promovida anualmente pela Ameciclo, que neste ano realiza o protesto no esquema de corridas alleycat, com saída marcada às 16h. “São provas realizadas por ciclistas e fazem parte da subcultura do ciclismo urbano. Consiste numa prova sem trajeto pré-determinado, em que os participantes devem cumprir algumas tarefas. Numa delas, inclusive, cada um irá protocolar o Relatório da Mobilidade Urbana em um órgão público específico. Ganha quem chegar primeiro ao ponto final e que tiver completado tudo”, explica.

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Na manhã desta segunda-feira (23), parte da Avenida Conde da Boa Vista, um dos principais corredores do Centro do Recife, foi tomado por cartazes em homenagem às vítimas fatais de colisões e atropelamentos na cidade. O ato articulado pela Associação Metropolitana de Ciclistas do Recife (Ameciclo) põe a violência no trânsito no debate político e cobra ações dos candidatos à Prefeitura do Recife.

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473 cartazes foram fixados entre a rua da Aurora e a Rua do Hospício, ainda durante a madrugada. O número representa os ciclistas mortos no trânsito recifense em 2018, quando foi divulgado o último levantamento do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).

No ano do estudo, Recife foi considerada a capital nordestina com mais mortes do gênero e a que mais mata pedestres, com a taxa de nove mortes por 100 mil habitantes. A cidade ainda assumiu a quarta capital do país que mais mata no trânsito, com 29 mortos por 100 mil habitantes.

Para chamar atenção aos altos índices, o ato se estende ao digital. No mês do Dia Mundial em Memória às Vítimas de Trânsito, no terceiro domingo de novembro, a Ameciclo também lançou em suas redes sociais uma série de vídeos sobre a segurança no trânsito, com temáticas como “Acidente x colisão/atropelamento”, “Velocidades e responsabilidades do poder público”, “Indústria da Multa”, entre outros.

Em nota enviada a imprensa, a prefeitura do Recife disse lamentar "o uso político de um tema tão importante como a segurança no trânsito".  Além disso, se defendeu afirmando que com "desenho urbano diferenciado, fiscalização de trânsito rigorosa e educação para o trânsito", o Recife reduziu em 50% o número de óbitos no trânsito. 

Segundo a prefeitura, de 2012 a 2019, a redução de acidentes com vítimas fatais na cidade chegou a 53,5%. A gestão ainda destacou o aumento de "rotas cicláveis", de 24 km para 140 km.

A Associação Metropolitana de Ciclistas do Recife - Ameciclo realiza nesta segunda-feira (15) a segunda edição do projeto "Meu Chinelo Não é Freio". A partir das 16h, cinco estarão disponíveis realizando aplicação gratuita do freio nas bicicletas dos ciclistas que geralmente não têm recursos para fazer manutenção regular das magrelas. A ação segue ate as 19h no bairro de Beberibe, na Zona Norte do Recife, no cruzamento da Avenida Beberibe com a Avenida Professor José dos Anjos.

O público-alvo são ciclistas que andam sem freio, uma vez não têm condições de fazer a troca regular do conjunto dos equipamentos, e, por isso, acabam freando colocando o chinelo no pneu traseiro. É a partir dessa situação que surge o nome do projeto.

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Caso haja necessidade, os voluntários também podem realizar instalação de outros equipamentos de segurança, como campainhas e adesivos refletivos, e fazer uma rápida revisão nas bicicletas, com troca de pedais, manoplas, selins etc, de modo gratuito. Segundo a Ameciclo, a escolha do bairro de Beberibe se deu pelo alto número de ciclistas registrados na última contagem realizada no local, em 2013, com cerca de 3,5 mil passantes durante todo o dia.

Nos últimos anos, a demanda por uma malha cicloviária nas grandes cidades brasileiras tem se intensificado, na esteira dos enormes problemas de mobilidade que atingem todos os grandes centros do país. Na Região Metropolitana do Recife não é diferente, e a pressão crescente por estrutura e estímulo ao uso da bicicleta como modal de transporte fez com que o poder público passasse a dar atenção ao tema, o que resultou, em 2014, no Plano Diretor Cicloviário (PDC), um documento com diagnósticos, parâmetros e objetivos para o estímulo à circulação de bicicletas.

Com recursos do Prodetur, o governo de Pernambuco vem construindo, em etapas, a malha cicloviária prevista no Plano Diretor. A mais recente inauguração foi a da segunda etapa do Eixo Cicloviário Camilo Simões, que pretende ligar o Recife ao município de Igarassu, passando por Olinda, Paulista e Abreu e Lima, num total de 33,8 km. O novo trecho foi inaugurado em abril deste ano e começa no bairro do Varadouro, em Olinda, seguindo por 2,9 km até a Fábrica Tacaruna, na divisa com o Recife, onde se conecta com a primeira parte do eixo, inaugurada em abril de 2017. Dali, são pouco mais de 5 quilômetros até o Marco Zero do Recife.

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A construção de uma estrutura ciclável é sempre bem-vinda para quem usa a bicicleta, mas a rota construída até aqui é alvo de crítica de ativistas, que apontam problemas na estrutura, no trajeto e na paradoxal falta de prioridade ao ciclista no eixo cicloviário. “A ciclovia foi feita para manter todos os privilégios dos motoristas”, argumenta Daniel Valença, coordenador da Ameciclo - Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife. “Falta coragem para utilizar os espaços destinados aos carros, priorizando as pessoas”, conclui.

Antes mesmo da execução da obra, a Ameciclo analisou o projeto e entregou ao governo o resultado desse estudo com sua visão dos problemas da estrutura. O documento, que você pode ler na íntegra, também aponta soluções. “Recebemos um ‘não’ para todos os itens”, diz Daniel.

O LeiaJá percorreu – de bicicleta – todo o trajeto de 8 km que já foi inaugurado do Eixo Cicloviário Camilo Simões, partindo de Olinda (confira o vídeo completo abaixo). Logo no início, uma questão estrutural já chama atenção:

Mobilidade ou turismo?

Um eixo intermunicipal com a previsão de mais de 30 km de extensão tem naturalmente vocação para ser um corredor de mobilidade, oferecendo mais um modal para a população na região metropolitana no seu deslocamento pendular diário casa-trabalho-casa. No entanto, a construção da ciclovia é uma ação da Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer de Pernambuco (Setur) e, segundo o diretor de Ciclomobilidade Jáson Torres, “O eixo cicloviário tem objetivo turístico”. O gestor pondera que, apesar disso, “sua utilização para mobilidade urbana é muito importante, assim como para lazer ou uso individual, além de atender diretrizes do Plano Diretor Cicloviário.”

Em seu diagnóstico, porém, o PDC identificou que 58% dos ciclistas da Região Metropolitana dos Recife se deslocam ao trabalho. Outros 7% usam a bicicleta para ir ao local em que estudam. Apenas 10% dos ciclistas apontaram como motivo do deslocamento o lazer. O mesmo estudo aponta que 77% dos usuários de bicicleta são trabalhadores e 13% estudantes; e que as viagens se concentram quase que totalmente nos horários de pico do trânsito (41% das 7h às 8h e 34% das 17h às 19h), deixando claro o perfil de quem utiliza o modal e precisa de uma estrutura ciclável que permita seu deslocamento diário com segurança.

Albery Silva Bezerra, de 54 anos, sabe a importância da existência de vias destinadas aos ciclistas, separadas dos carros: “Onde tem ciclovia, até onde ela for, eu faço questão de usar, por questão de segurança”. O porteiro usa a bicicleta há 8 anos e diariamente vai da cidade alta de Olinda até a Avenida Ruy Barbosa, no Recife.

Quem também se desloca de bicicleta ao trabalho é o fotógrafo Gustavo Bettini. Ele é mais um que faz críticas à estrutura dedicada à bicicleta no Recife, mas reforça que é importante que ela exista. “Qualquer ciclovia é melhor que nenhuma”, argumenta, afirmando que sente falta de uma ligação cicloviária entre as Zonas Norte e Sul da cidade.

Ciclovia ou calçada?

Uma característica que chama atenção no Eixo Cicloviário Camilo Simões é o grande número de trechos compartilhados entre ciclistas e pedestres. Toda a extensão da via localizada na Rua da Aurora é assim, e boa parte do trecho localizado em Olinda também. O compartilhamento chega a ser radical em alguns pontos em que a ciclovia ocupa toda a calçada. Na prática, em vez de se avançar sobre o espaço dedicado aos veículos automotores para fazer a ciclovia, o que foi feito foi apenas deslocar o fluxo de ciclistas da rua para a calçada. Acabou sobrando para os pedestres.

“Nem sempre há problemas no compartilhamento”, afirma Daniel Valença, da Ameciclo, citando exemplos de locais em que ciclistas e pedestres convivem sem problemas. “Mas nesse eixo cicloviário, que passa por vias de alta velocidade, não colocaram proteções para os ciclistas, não criaram novos espaços, apenas permitiram aos ciclistas trafegarem pela calçada”, critica.

Jáson Torres, da Setur, afirma que “O trecho de área compartilhada com pedestres é bastante reduzido e tem caráter temporário”. O gestor explica que há a necessidade de readequação de vários imóveis com expansão sobre o espaço público. “Ao longo da Avenida Agamenon Magalhães, todo o trecho de ciclovia está construído ao lado do que será uma futura calçada. Como ainda não existe a calçada, os pedestres optam por utilizar a ciclovia”, conclui.

Em seu artigo 68, o Código de Trânsito Brasileiro afirma que “É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens apropriadas das vias urbanas”. O mesmo artigo permite que uma parte da calçada seja usada para outros fins, “desde que não seja prejudicial ao fluxo de pedestres”. O Plano Diretor Cicloviário, ao estudar a legislação internacional, registra: “Outro ponto no qual concordam a grande maioria dos países é em não poder circular pela calçada, diferenciando-se só na permissividade quando o condutor for criança.”

De quem é a preferência?

Durante todo o trajeto, o ciclista se depara com inúmeros sinais de ‘pare’. De fato, todas as esquinas e cruzamentos, mesmo as entradas para vias locais, são sinalizadas de forma a tirar da bicicleta a preferência, mesmo estando numa ciclovia. Caso decida seguir à risca a sinalização, o ciclista literalmente terá que parar em todas as esquinas pelas quais passar.

O artigo 38 do CTB, que estabelece o que deve fazer o motorista “antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes lindeiros”, em seu Parágrafo Único, deixa claro: “Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas”. Essa lógica é invertida, no entanto, pelo eixo cicloviário que corta Recife e Olinda: aqui, é o ciclista que deve ceder passagem aos condutores de veículos motorizados.

Um exemplo claro dessa situação fica na Avenida Dr. Jayme da Fonte, no bairro de Santo Amaro:

“Eu fui atropelado assim, numa conversão em que o motorista não parou e eu voei longe”, conta Daniel Valença. Para o cicloativista, “o motorista do Recife é mimado”. “A ele é dado a via, é desligada lombada eletrônica; para fazer uma faixa de ônibus tem que antes mudar a estrutura para não incomodar os motoristas. Isso é uma coisa que precisa ser desconstruída”, opina.

Questionado sobre o motivo da sinalização que retira a prioridade da bicicleta numa via cujo objetivo é exatamente reforçá-la, Jáson Torres afirma que “Toda a sinalização foi apontada pela empresa projetista, com análise e aprovação do órgão municipal de trânsito de Olinda”. Para o Diretor de Ciclomobilidade da Setur, “Dada a condição desigual entre os equipamentos de mobilidade de ciclistas e motoristas, associada à necessidade de incremento de mais sensibilização e educação para os motoristas, a condução preventiva dos ciclistas caracteriza-se uma conduta salutar”.

Monte na nossa bicicleta virtual e sinta um pouco como é percorrer os cerca de 8 quilômetros das duas primeiras etapas do eixo cicloviário Camilo Simões:

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Cadê a ciclovia?
Quem parte de Olinda rumo ao Bairro do Recife usando a rota ciclável oferecida pode se perder ao chegar na Praça da República, no bairro de Santo Antônio. Quem faz o caminho contrário, partindo do Marco Zero, talvez nem a encontre.

No pé da ponte Buarque de Macedo, a via segregada é interrompida sem nenhuma sinalização que oriente o ciclista sobre por onde deve seguir. É preciso se esforçar para perceber, na faixa esquerda da ponte, a pintura que indica o trecho de ciclofaixa. Se de bicicleta é difícil identificar a faixa, para os motoristas, na prática, ela inexiste.

A falta de sinalização continua na Marquês de Olinda - que hoje é fechada aos carros e foi pedestrianizada - até o Marco Zero do Recife, local anunciado como o início do Eixo Cicloviário Camilo Simões:

“A bicicleta faz bem, é saudável. Com a bike, você tem um tempo certo de chegar ao trabalho, e sem aquele estresse”. O elogio de Albery, que usa a bicicleta diariamente, é também um incentivo ao uso dela como meio de transporte, diminuindo o foco do planejamento urbano de mobilidade nos veículos motorizados, especialmente os carros. “Ha três anos comecei a andar de bicicleta e desisti de ter carro”, reforça Gustavo.

Deve-se dar ao poder público o reconhecimento de que, pela primeira vez, estão sendo feitas intervenções a fim de incluir a bicicleta no rol de veículos do trânsito, como estabelece o Código de Trânsito. O Eixo Cicloviário Camilo Simões se insere em outros trechos de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas que já foram ou estão sendo construídas, perseguindo o estabelecido no PDC.

Mas usar a estrutura já construída até agora montado numa bicicleta, como fez essa reportagem, deixa a clara sensação de que tal estrutura está sendo feita a partir da visão do motorista, não das necessidades do ciclista. Quase todo o traçado é nitidamente feito para evitar o uso de qualquer espaço que já seja dedicado aos carros, admitindo-se contudo avançar consistentemente sobre o espaço destinado aos pedestres, estes já acuados por calçadas precárias e pelo desrespeito generalizado de condutores.

Se o trânsito numa metrópole é um ambiente muitas vezes hostil e agressivo, a couraça de veículos motorizados como carros e ônibus funciona como uma espécie de armadura, dentro da qual muitos se sentem protegidos e até isolados do ambiente estressante ao redor. Para os ciclistas, tal proteção não está disponível: a única é a própria pele, o que faz de quem usa a bicicleta como meio de transporte um dos mais frágeis dentre os que dividem o mesmo espaço nas ruas da cidade.

Outra diferença está na velocidade: um veículo motorizado atinge facilmente marcas muito superiores a um veículo 'movido a feijão com arroz'. A coexistência no mesmo espaço torna-se mais difícil ainda devido à falta de estrutura adequada, que separe os automóveis dos veículos não motorizados. "A falta de estrutura estimula o conflito", argumenta Pedro Luiz, um dos coordenadores da Ameciclo - Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife. "A gente tem entes diferentes, com pesos e tamanhos diferentes, e ainda que o CTB seja bem claro e explícito, as pessoas disputam espaço", resume.

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Mas não são apenas os problemas estruturais que fazem do trânsito um ambiente extremamente estressante, para muitos até mesmo 'tóxico': a falta de respeito e cooperação entre todos é determinante para os alarmantes índices de acidentes, mortes e atropelamentos em todo o Brasil. E para os ciclistas, acidente pode significar morte. Por isso, nesta série especial sobre mobilidade 'O trânsito sou eu', o LeiaJá aborda o tema focando nas pessoas.

Munido ou não de uma armadura, é sempre uma pessoa que trafega, seja dirigindo um enorme ônibus, seja dependendo apenas das próprias pernas. Apesar disso, as políticas públicas e os debates sobre mobilidade costumam focar nos modais de transporte: carros, ônibus, motos, bicicletas, objetos inanimados, sem vontade ou ação própria, mas comumente tratados como os protagonistas do trânsito. "O trânsito tem um aspecto muito 'coisificante', a gente para de enxergar as pessoas e passa a enxergar o carro, a bicicleta... Falta empatia", afirma Pedro Luiz.

Econômico, saudável, não poluente. E arriscado

Para o ciclista Ubiratan de Medeiros 'Bira', que calcula já ter na bicicleta o seu principal meio de transporte há 25 anos, "As pessoas deviam pedalar mais um pouco, sair de dentro dos automóveis, para sentir o que o ciclista passa no dia a dia das cidades". As vantagens do modal são muitas: é um meio de transporte econômico, saudável, não poluente, mas o perigo de ser atropelado por um automóvel afasta muitas pessoas do deslocamento na bike.

Bira acha que é necessário desestimular o uso do carro particular, para ele o principal problema no trânsito. "É automóvel para tudo: é automóvel para ir à padaria, para ir à praia, só está faltando algumas pessoas levarem o automóvel para a cama, para dentro do quarto", critica. Além disso, os motoristas dirigem de forma agressiva, reclama Bira, atribuindo muito do comportamento dos que guiam carros ao fato de que eles e elas "levam problemas das suas vidas para o volante". 

Mas o experiente ciclista não isenta quem usa a bike como meio de transporte de serem causadores também de problemas no trânsito. Muitos ciclistas não usam sequer o básico dos equipamentos de segurança, salienta, aconselhando ao ciclista não usar fones de ouvido para se guiar pelo sons do tráfego e chamando atenção para as regras de circulação para as bicicletas: pelos bordos da via, e no mesmo sentido dos carros.

Segundo Pedro Luiz, a Ameciclo defende o uso de um terço da faixa pelo ciclista, para garantir a segurança ao ocupar espaço. "Mas somos legalistas. Se o código de trânsito diz para não pedalar em cima de calçadas ou na contramão, nós não orientamos os ciclistas a fazer isso. Mas também entendemos que às vezes o ciclista usa dessas estratégias para se manter vivo, porque a via é extremamente inóspita", pondera.

Para Bira, todos têm responsabilidades: "A gente precisa da educação do ciclista, do motorista, do pedestre, é um conjunto", resume.

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Contagem de ciclistas

Uma das ações de maior visibilidade da Ameciclo é a contagem de ciclistas em algumas das vias mais movimentadas da cidade. Realizada desde 2013, fornece dados concretos sobre o tráfego de ciclistas e cria diferentes recortes de acordo com filtros como gênero, horário, se leva passageiro, se usa itens de segurança ou mesmo se trafega na contramão.

A sistemática foi desenvolvida pela ONG Transporte Ativo, do Rio de Janeiro, e 'importada' para a capital de Pernambuco, onde voluntários passam o dia em pontos fixos observando e anotando quem passa em cima de uma bicicleta. Para se ter uma ideia, em agosto de 2014 foram contabilizados, num intervalo de 14 horas, 3.723 ciclistas trafegando em um cruzamento da Estrada de Belém, umas das principais do Recife.

O grande número de pessoas pedalando pode ser uma surpresa quando se leva em consideração a estrutura quase nula para a bicicleta. "Mas por outro lado não há surpresa, pois o perfil do ciclista indica a necessidade do uso da bicicleta. Além disso, Recife é uma cidade plana e de pequena extensão territorial, é fácil entender por que a cidade tem tanto ciclista", explica Pedro Luiz, da Ameciclo.

Apesar de muitas promessas, a estrutura cicloviária anunciada pelo Governo de Pernambuco e pela Prefeitura do Recife nunca saiu do papel. Equanto isso, ciclistas seguem se arriscando entre automóveis de todos os tamanhos.

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Pessoas, não veículos

"Quem utiliza a bicicleta para o trabalho não é para fazer charminho nem ficar esbelto, é necessidade. Há uma vida em cima de uma sela de bicicleta, há um pai de família que precisa ganhar o pão de cada dia e precisa ser respeitado", avisa Bira, que todos os dias roda vários quilômetros sobre a sua bicicleta.

"O deslocamento na bicicleta é feito por necessidade, não é por lazer. O recifense utiliza a bicicleta como meio de transporte", reforça Pedro, da Ameciclo, citando as conclusões das contagens de ciclistas realizadas pela associação. Para o ativista, "É necessário botar na cabeça das pessoas - todas - que você quando dirige você está ali cuidando de vidas de outras pessoas. É uma obrigação, e a gente se esquece disso".

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--> Videodocumentário: em seis olhares, 'o trânsito sou eu'

Em reunião realizada neste sábado (21), a Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo) decidiu que vai enviar um documento com contribuições para o projeto cicloviário apresentada na sexta-feira (20) pelo secretário de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco Felipe Carreras. De acordo com os cicloativistas, alguns aspectos do projeto necessitam de ajustes, como, por exemplo, a necessidade do ciclista de desmontar da bicicleta em determinados trechos do percurso.

No projeto apresentado, a Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer garante 5,5 km de ciclovias até o final do primeiro semestre de 2016. Esse primeiro de cinco trechos vai ligar o Marco Zero, no Recife Antigo, ao Centro de Convenções, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). A previsão é que a fase de licitação seja iniciada em dezembro de 2015 e concluída em janeiro de 2016.

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Os outros quatro trechos, que completam 30,2 km de ciclovias e ciclofaixas e levam até Igarassu, na RMR, devem estar prontos em dezembro de 2016. Do Marco Zero até o início da PE-15, em Olinda, o percurso será de ciclofaixas. Da PE-15 ao Centro Histórico de Igarassu, o sistema será de ciclovia.

Para Roderick Jordão, coordenador de comunicação da Ameciclo, a proposta é vista com simpatia, mas necessita ponderações. “Achamos o projeto válido, porque, no final das contas, desde que o Plano Diretor Cicloviário foi lançado nada havia sido feito. Se fez muito em questões de educação, mas só isso não vai fazer com que as pessoas pedalem mais”, criticou Roderick. O Plano Diretor Cicloviário foi lançado em fevereiro de 2014 e prevê a implantação de 130 quilômetros de ciclovia. A Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer receberá contribuições até o dia 30 de novembro.

Na próxima semana, a Ameciclo vai realizar outro encontro para construir o documento de contribuições a ser apresentado. Uma das questões que incomoda os cicloativistas é a necessidade de desmontar das bicicletas. “Uma das coisas que tem que ser resolvida de uma maneira mais rápida é como a ciclovia vai passar pelas pontes. A Ponte Buarque de Macedo deve ser mais tranquila de resolver, porque já existe ciclofaixa aos domingos. O grande imbróglio é a Ponte Princesa Isabel. Nas pontes, os ciclistas precisariam descer das bicicletas, mas nós consideramos que eles têm que estar montado o tempo todo”, completa Roderick. 

O primeiro trecho começa no Marco Zero, segue pela Avenida Rio Branco, Ponte Buarque de Macedo, Praça da República, Ponte Princesa Isabel, Rua da Aurora, Avenida Prefeito Artur Lima Cavalcanti, Avenida Jayme da Fonte e Avenida Agamenon Magalhães, chegando ao Centro de Convenções. O trecho dois vai até o Varadouro, em Olinda. Otrecho três segue do Varadouro até ciclovia existente na PE-15 (que será requalificada). Já o trecho quatro, da PE-15 até a BR-101. O último, da BR-101 até Igarassu.

O Plano Diretor Cicloviário prevê 590 km de vias para bicicleta, sendo 244 km de responsabilidade do Governo do Estado e 346 km de responsabilidade das prefeituras. Uma audiência pública sobre o tema será realizada na próxima quarta-feira (25), no Plenarinho da Câmara Municipal. 

A Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo) divulgou, na manhã desta segunda-feira (5), o que tem considerado como uma importante conquista para a mobilidade na Região Metropolitana do Recife. Em breve, ciclistas poderão utilizar o metrô com suas bikes, a partir das 20h30, de segunda a sexta-feira. 

Atualmente, a integração bicicleta-metrô apenas é permitida aos sábados, a partir das 15h, e aos domingos, durante todo o dia. O uso durante a semana é um antigo pedido da causa ciclística na cidade. A decisão foi informada através de carta da Superintendência Regional da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), após reunião do superintendente com integrantes da Ameciclo. 

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“Mesmo sem ser nos horários de pico, é mais uma opção para o trabalhador que utilizada a bike para economizar, que ficou até tarde no trabalho e quer voltar de metrô. Sabemos que a quantidade de gente usando ainda não vai ser gigante, até porque é com ciclovia que se estimula mais uso, mas geramos mais uma opção”, afirmou um dos coordenadores-gerais da Ameciclo, Cézar Martins. 

A expansão do horário, segundo Martins, foi a principal demanda da associação à CBTU. Outros pedidos foram feitos, como a instalação de sinalização para mostrar em quais terminais têm bicicletário e a disponibilização propriamente dita de bicicletários em todas as estações do metrô. “A CBTU não quer dentro. O governo disse que, se chegarmos com apoio da iniciativa privada, ele faz”. 

Ainda sem data, serviço deve estar disponível no próximo mês

Segundo a assessoria de comunicação da CBTU, o serviço de integração de uso das bikes nos vagões do metrô foi autorizado, mas ainda está na fase de procedimentos internos, como a orientação técnica a funcionários. Apesar de não ter uma data fechada, a assessoria afirmou que a expectativa para a liberação do uso das bicicletas durante os dias de semana seja ainda no mês de novembro. 

Nesta segunda-feira (21), às 18h, pedestre, bicicletas, ônibus, táxis e motos vão disputar o título de melhor modal do Recife. Interessados ainda podem se voluntariar, acessando o grupo do evento no Facebook.

Na quarta edição do Desafio Intermodal, os participantes vão da Praça do Marco Zero, na área central, até a Praça de Casa Forte, na Zona Norte da capital. Esta é a primeira vez que o desafio segue para a Zona Norte. Nas edições anteriores, o destino era sempre a zona sul, no Shopping Recife.

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O coordenador de comunicação da Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo), Roderick Jordão, destaca que quem chega primeiro não é, necessariamente, o vencedor da disputa. “Outros critérios são apurados. A gente analisa muito o aspecto ambiental”, ressalta. Após a disputa também são analisados o quanto de gás carbônico foi lançado na atmosfera e quanto de combustível, dinheiro e energia calórica foram gastos. 

Nas duas primeiras edições, lembra Jordão, o título ficou com a bicicleta. Em 2014, a vitória ficou com o patins, seguido do pedestre e da bicicleta. 

 

Apesar de muito aguardado, recentes informações sobre o projeto de requalificação do Canal do Arruda foram recebidas com descontentamento e protesto. É que grupos ouviram que está previsto o corte de 40 árvores da beira do canal, na altura do Estádio do Arruda, para a construção de 7,4 km de ciclovia. Neste sábado (22), movimentos e sociedade civil se reuniram para discutir que medidas vão fazer para impedir o que chamam de brutalidade.

Do encontro saiu a decisão de que será enviado à Prefeitura do Recife e ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) na próxima segunda-feira (24) um ofício solicitando a suspensão da derrubada das árvores e maiores esclarecimentos a respeito do projeto. “Não existe transparência do projeto. A gente não sabe sobre cronograma ou como vai ser feita a estruturação das comunidades do entorno. Por isso solicitamos audiências públicas para discutir questões estruturais, técnicas, ambientais e de saúde”, explica a professora Tereza Augusta Maciel, uma das lideranças na causa. O projeto prevê pista de cooper e áreas de lazer, mas para Tereza, o local não oferece condições saudáveis para a construção desses espaços.

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Para Cristiane Crespo, uma das coordenadoras  da Associação Metropolitana de Ciclistas do Recife (AMECICLO), há maneiras menos agressivas de se construir uma ciclovia. “Vamos redimensionar a faixa de rolamento da via, vamos tirar o estacionamento de carro que tem em alguns trechos”, sugeriu. “Mas o primeiro erro é não discutir com a sociedade sobre qual intervenção urbanística vai haver ali. A gente quer opinar e sugerir”, completou.

Segundo Vandson Holanda, do Movimento Casa Amarela Saudável e Sustentável, a derrubada das árvores é o estopim, mas há muitos aspectos que não agradam. “O que estamos observando é um projeto ainda no padrão rodoviário. Precisamos humanizar o espaço”. Holanda acredita que o projeto só traz prejuízo para os pedestres, sem atingir os carros. 

O local escolhido para o encontro ser realizado foi a horta urbana de Casa Amarela, espaço idealizado em julho pela estudante Isabelle Santos, que conta com mais de cem mudas plantadas pela população. Para Isabelle, tão engajada na luta por mais verde na cidade, o projeto de requalificação do Canal do Arruda soa equivocado. “A prefeitura deve procurar preservar o verde.  Vai construir uma ciclovia, mas ciclovia precisa da sombra provida pelas árvores. Falam em compensação, mas cortar árvores com dezenas de anos para colocar muda não vale a pena”, disse a estudante.

Os ativistas ainda torcem por uma ajudinha do futebol. É que o Movimento Popular Coral também entrou na causa. O grupo, formado por torcedores do Santa Cruz já entrou em contato com o clube pedindo um posicionamento contra o corte das árvores. “O entorno do Arruda é responsabilidade nossa também. Aquelas árvores ajudam os torcedores que querem colocar sua faixa, que querem beber sua cerveja na sombra, que gosta de botar um samba, um pagode. Elas fazem o embelezamento da área”, afirmou o representante do movimento, Bruno Lima.

Além do ofício, eles pretendem, na próxima quarta-feira (26), colocar placas de protesto nas árvores. Uma bicicletada no entorno do canal também está sendo organizada para o final do mês. 

Há um ano Alex Nunes mudou a forma de chegar ao trabalho. Os seis quilômetros entre o bairro da Tamarineira (onde mora) e o Recife Antigo (onde fica o escritório), antes percorrido de ônibus, passou a ser feito de bicicleta.

O analista de sistema já havia trocado o carro pelo transporte público, mesmo assim continuava gastando mais de uma hora no trajeto. Além disso, no bairro onde mora apenas uma linha de ônibus faz o percurso até o Recife Antigo, o que ampliava ainda mais o tempo desperdiçando.

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“Eu andava de bicicleta nos domingos e feriados, na ciclofaixa móvel. Como achava que estava preparado para enfrentar o tráfego durante a semana, peguei a bike e fui ao trabalho. Foi uma experiência frustrante. Eu não sabia como me comportar no trânsito. Levei várias ‘trancadas’ dos carros”, conta.

Indicado por amigos, Nunes procurou a Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo), idealizadora do projeto “De bicicleta ao trabalho”. Voluntários se disponibilizam para acompanhar o ciclista na ida e volta do trabalho, e repassam dicas de como se comportar de forma mais segura nas ruas.

“É um projeto gratuito. Basta a pessoa se inscrever no site da Ameciclo e um voluntário entra em contato para combinar o acompanhamento. A ideia é auxiliar as pessoas que têm vontade de pedalar no dia a dia, mas por vários motivos têm receio”, explica o coordenador Daniel Valença.

“Depois dessa ajuda eu me senti mais seguro para pedalar no Recife. O voluntário traçou um trajeto mais tranquilo e eu passei a fazer o percurso sozinho. Mas falta muito. Ainda vejo muitos ciclistas acidentados”, conclui Nunes.

Economia de tempo e dinheiro

A fisioterapeuta Paula Hirakawa, que mora no Parnamirim e trabalha na praça de Casa Forte, também trocou o carro pela bicicleta, mas fez tudo por conta própria. A ideia começou na metade do ano passado, quando decidiu que venderia o carro. “Eu estava gastando um tanque de gasolina em dois meses. Além disso, pagava o IPVA, seguro, e o veículo desvalorizando. Percebi que estava desperdiçando dinheiro”.

Com medo de se arrepender, Paula pensou primeiro em deixar o veículo na garagem por três meses. Era o teste para ver se conseguiria se adaptar a nova rotina, mas que não deu certo. A saída foi vender veículo e passar a fazer tudo a pé, de bicicleta, ônibus ou até de carona.

Ao longo do período de mudança, a fisioterapeuta conta que ganhou tempo, economizou dinheiro e enfrenta menos estresse no trânsito. Por outro lado, já presenciou acidentes envolvendo ciclistas, pedestres ou com pessoas que utilizam outro tipo de modal.

“Se me perguntarem, eu digo que não tenho medo de andar de bicicleta. Acidentes acontecem em todo lugar. Existe estresse e riscos, mas percebo uma evolução no trânsito do Recife, mesmo que de forma bem lenta”.

Os acidentes citados por Paula, e segundo levantamento realizado pela Fiocruz em Pernambuco, acontecem principalmente em dias úteis (62,5%) e durante o período diurno (58,1%), o que coincide com o período de deslocamento para o trabalho.

Entretanto, Conforme o Sistema de Informação sobre Acidentes de Transporte Terrestre (Sinatt), somente 10,8% dos casos de acidentes com bicicleta foram enquadrados como acidentes de trabalho nas fichas de notificação.

Código de Trânsito e Políticas de Educação

Embora a bicicleta não seja um veículo motorizado, e não seja necessário obter uma carteira de habilitação para conduzi-la, o Código Brasileiro de Trânsito prioriza o ciclista em alguns de seus artigos. Deixar de guardar a distância lateral de 1,50m ao passar ou ultrapassar bicicleta, por exemplo, é considerado infração média.

Por outro lado, os ciclistas também precisam conhecer os seus deveres. Ainda conforme o Código, conduzir a bicicleta em passeios onde não seja permitida a circulação do veículo, ou de forma agressiva, pode gerar uma medida administrativa, como a remoção da bicicleta.

Para Luciano Menezes (foto), idealizador do projeto Pedala Rural – que incentiva o uso da bike como meio de transporte, os números de acidentes envolvendo ciclistas podem ser reduzidos, mas não apenas com a implantação de ciclovias e ciclofaixas. Também faltam políticas de educação no trânsito.

“Não adianta melhorar a estrutura se as pessoas não sabem usar. Onde estão os trabalhos pedagógicos voltados para esse tema? O debate tem que ser levado para as escolas, porque as crianças são sim formadoras de opinião”.

O candidato a governador Zé Gomes recebeu um conjunto de propostas relacioandas a mobilidade urbana da Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo). No encontro, que aconteceu nessa terça-feira (19), no Recife, o candidato denunciou o descaso do poder público no Estado e convidou a entidade para participar de um debate para que a plataforma apresentada possa ser absorvida no plano de governo.

Entre as exigências encaminhadas pelos coordenadores da Ameciclo, Daniel Valença e Tomás Tobias, estão o monitoramento e o estabelecimento de metas para redução de mortes no trânsito. “É importante que todos os candidatos estejam atentos ao problema, e que respeitem a Política Nacional de Mobilidade Urbana”, disse Valença, enfatizando que a Lei 12.587/12 estabelece, entre outras diretrizes, a prioridade dos meios de transportes não motorizados sobre os motorizados.

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Para Zé Gomes, algumas medidas são tão evidentes, como as campanhas educacionais sobre educação no trânsito, que é chocante que não estejam sendo realizadas. “Em vez disso, o atual governo prefere utilizar a publicidade oficial para fazer propaganda”, criticou. O candidato destacou ainda o fato de as políticas públicas não contemplarem os trabalhadores que utilizam a bicicleta como meio de transporte diário. “Todas as medidas recentes em Pernambuco em respostas às exigências do cicloativistas são mera enganação. Tratam a bicicleta como meio de lazer e não de transporte”, disse.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

A Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (AMECiclo), programa para a próxima sexta-feira (9) um ato que iniciará na Praça do Derby às 18h e seguirá até a prefeitura, com o objetivo de entregar uma pauta de reinvidicações, por motivos dos últimos quatro acidentes ocorridos com ciclistas no mês de agosto, envolvendo duas vítimas fatais.

“Não diria que foi um acidente, pois acidente é inevitável, ser atropelado por um caminhão que não respeitou a distancia de 1,5 metros do ciclista, é covardia e uma irresponsabilidade” declarou o membro do AMECiclo, Daniel Vanlença.

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A pauta de reivindicações que será entregue na prefeitura ao final do Ato, pede melhorias como, instalação de radares para controle de velocidade dos veículos, fiscalização dos tacografos dos ônibus, regulamentação da conduta dos motoristas profissionais, requalificação dos agentes de trânsito condizentes a fiscalização de ciclistas e pedestres, entre outras.

Abaixo, segue na integra a nota de indignação da AMECiclo:

A invisibilidade está presente no dia a dia do ciclista e seu custo é impagável. Nestes últimos três dias foram registrados quatro atropelamentos de ciclistas, dois deles fatais, que tornaram mais evidentes a necessidade de se conceber ações que permitam um trânsito mais humanizado e que não privilegie os veículos motorizados. 

A Ameciclo vem manifestar publicamente sua preocupação com a falta de medidas efetivas por parte dos governos municipais e estadual no que diz respeito à segurança dos usuários de bicicletas do Grande Recife. 

É inaceitável que pessoas continuem sendo vítimas fatais da epidemia que assola as nossas vias urbanas, provocada, na maior parte dos casos, pela falta de fiscalização de condutas já previstas no Código de Trânsito Brasileiro e também de um modelo societário que privilegia o uso de carros. 

Cada bicicleta carrega um ser humano e não podemos admitir que pais, mães, filhos e filhas tenham seus projetos de vida tragicamente interrompidos por omissão do poder público! 

Cobramos estrutura cicloviária (promessa de campanha) que atenda ao deslocamento diário de bicicletas pelo Grande Recife e fiscais que garantam o cumprimento das leis previstas no TB, como a distância de 1,5m que os veículos devem manter dos ciclistas, redução da velocidade máxima, especialmente, nas ultrapassagens, etc.

A sociedade e o Poder Público devem acordar AGORA para suas respectivas responsabilidades pelas recentes violências sofridas por ciclistas!

[@#video#@]

O programa dessa semana traz uma conversa com os membros do Observatório do Recife, Maria Amélia e Daniel Valença, que também é coordenador do AMECiclo, a Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife. O grupo aposta no uso das bicicletas como meio de transporte para enfrentar os problemas de mobilidade na capital pernambucana.

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Segundo Maria Amélia, os problemas da cidades aparecem não só nos dias de chuva e consequentes alagamentos, mas, também, nos dias de sol, o que é mais preocupante e revela que as causas do problema devem ser avaliadas com mais cuidado. "Essa questão de mobilidade vem se agravando muito. Não é só no Recife. É importante que a gente saiba. Existe uma política (…) muito equivocada de estímulo ao carro que gera um comportamento, uma cultura social de ter uma premência do carro, superando até a habitação", revela Maria Amália.

Por outro lado, o transporte público também colabora para o problema de deslocamento dentro das grandes cidades da Região Metropolitana do Recife. Da mesma forma se apresentam algumas obras feitas recentemente, que modificaram o trânsito em algumas vias da cidade, beneficiando os carros em detrimento das outras formas de locomoção. "A gente tá vendo as promessas (…) que eu espero que se concretizem. (…) "Tem a questão do rodízio (…) isso facilita um pouco o transporte público. Ele (o carro) pega o mesmo engarrafamento do carro, então na hora que você tira um pedaço desses carro da rua o transporte público passa a fluir", explica Daniel.

O Opinião Brasil é apresentado por Alvaro Duarte e exibido toda segunda-feira aqui, no Portal LeiaJa.com.

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