Integrantes do governo dos Estados Unidos têm elogiado os critérios adotados pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para a manutenção de profissionais no Mais Médicos, o que motivou o cancelamento da participação de Cuba na iniciativa. Secretária do Departamento de Estado dos EUA para a América Latina, Kimberly Breier, salientou que era justo que o governo cubano deixasse de lucrar sobre as atividades dos médicos que estão no Brasil.
“Que bom ver o presidente eleito Bolsonaro insistir em que os médicos cubanos no Brasil recebam seu justo salário ao invés de deixar que Cuba leve a maior parte para os cofres do regime”, escreveu Kimberly Breier no Twitter.
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Bolsonaro queria submeter os médicos cubanos a uma espécie de “teste de capacidade”, além de pagar integralmente o salário aos profissionais, uma vez que cerca de 70% fica com a gestão de Cuba, e trazer para o Brasil a família dos que continuarem no programa. Na última quarta-feira (14), o governo cubano anunciou o desembarque do Mais Médicos.
“Em torno de 70% do salário destes médicos é confiscado pela ditadura cubana. E outra coisa, que é uma falta de respeito com os que recebem tratamento por parte destes cubanos: não temos qualquer comprovação de que sejam efetivamente médicos e estejam aptos a desempenhar sua função”, declarou Bolsonaro na quarta-feira.
Para o presidente eleito, a chamada para o retorno dos profissionais para Cuba foi uma decisão “unilateral” e “irresponsável” da “ditadura” cubana.