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Seis crianças estão internadas na enfermaria pediátrica do Hospital Barão de Lucena, na Iputinga, Zona Oeste do Recife, infectadas com bactéria multirresistente KPC, conhecida como superbactéria. As superbactérias possuem resistência a múltiplos antibióticos e sua transmissão ocorre em ambiente hospitalar.

Segundo a direção do hospital, por meio da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), casos de bactérias multirresistentes são esperados na população em geral e, principalmente, em ambiente hospitalar de alta complexidade. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), não se trata de um caso extraordinário, mas algo rotineiro de hospitais públicos e privados.

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A secretaria ainda destaca que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não recomenda a interrupção da assistência em serviços de saúde como medida de controle de microrganismos multirresistentes, orientando ações para evitar novos casos. As crianças internadas estão sendo tratadas com uso de antibiótico. A unidade está realizando exames em outros pacientes internados para saber se também estão infectados.

A nota da Secretaria Estadual de Saúde também salienta que a CCIH tem realizado todas as medidas necessárias para evitar novas contaminações, como reforço das técnicas de higienização, lavagem constante das mãos, desinfecção e orientação aos profissionais do hospital. Está sendo realizado ainda o isolamento de contato, como é recomendado pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), que também está em contato com o Hospital Barão de Lucena.

Para evitar que a população fique assustada e destacar que a infecção pela superbactéria é comum, o diretor da Apevisa, Jaime Brito, deve conversar com a imprensa nesta sexta-feira (8). A KPC pode causar pneumonia, infecções sanguíneas e evoluir para um quadro de infecção generalizada, muitas vezes, mortal.

Uma paciente que estava internada no Hospital Municipal Pedro I, em Campina Grande, morreu nesta sexta-feira (21) com suspeita de infecção por superbactéria. A bactéria em questão é a Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC), um tipo raro e muito resistente ao tratamento com antibióticos. Outro paciente, que está internado no hospital municipal, também está sob suspeita de ter contraído infecção pela KPC. Eles foram inicialmente atendidos na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e, de lá, foram encaminhados para o Hospital Pedro I.

De acordo com a Assessoria da Secretaria Municipal de Saúde o caso está sendo apurado para confirmar se a paciente morreu em decorrência da infecção. Os sintomas da infecção pela KPC são febre, dor no corpo e na bexiga e tosse, nos casos de pneumonia. Ela pode causar infecções no trato urinário, infecções no sangue, em feridas ocasionadas por cirurgias, pneumonia, e pode levar à infecção generalizada.

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O contágio pela superbactéria se dá pelo contato com secreções contaminadas. Se espalha rapidamente em ambiente hospitalar caso as normas básicas de higiene não sejam respeitadas. Por isso, a ala vermelha da UPA, onde estavam os dois pacientes, foi interditada para desinfecção e manutenção. Todos os equipamentos foram retirados, mas a UPA ainda mantém dois leitos da unidade semi intensiva, que fica em outra ala.

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