Em menos de dois dias o PT de Pernambuco perdeu dois líderes, o deputado estadual Manoel Santos e o ex-deputado federal Pedro Eugênio, o que abriu lacunas na representatividade da legenda no estado e mexeu com a estrutura da agremiação. A sigla que já tentava se recuperar de uma expulsão de mais de 100 membros e da derrota nas urnas durante a última eleição, quando não conquistou nenhuma cadeira pernambucana na Câmara Federal e apenas três na Assembleia Legislativa (Alepe), terá que unir forças para se reerguer.
Manoel Santos - falecido no domingo (19) - participou da fundação do partido e tinha como principal bandeira a causa trabalhista. Além disso, era um dos três deputados estaduais do PT na Alepe (agora o PT terá apenas dois, já que o suplente de Santos é Manoel Botafogo do PDT). Já Pedro Eugênio - falecido na segunda (20) - apesar de estar sem cumprir mandato, teve um papel fundamental depois das eleições municipais de 2012, quando o PT iniciou a fase interna mais crítica, presidindo o partido e tentando reunificar os líderes.
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Para a presidente estadual da legenda, deputada Teresa Leitão, sem os dois parlamentares o desafio do PT se torna ainda maior. "O partido já vinha em um processo de recuperação e restauração da unidade interna. Vamos lamber as feridas e buscar alternativas. As pessoas neste aspecto são insubstituíveis. O partido vai seguir em frente com esses desafios que se tornam ainda maiores", reconheceu durante o velório de Pedro Eugênio, nesta quarta-feira (22).
Sob a ótica do ex-deputado federal João Paulo (PT), a legenda tem base para se reerguer apesar das crises internas locais e nacionais. "São duas perdas significativas, no momento de extrema crise para o partido. Porém acredito que mais importante do que cair é saber se levantar, nós temos base para saber se recuperar. Os dois morreram fisicamente, mas deixam um grande legado para o partido", destacou.