Tópicos | L'Aquila

Dois terremotos foram registrados na noite deste sábado (7) na província de L'Aquila, no centro da Itália, informou o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV). Até o momento, não há relatos sobre vítimas e danos. No entanto, o abalo sísmico provocou pânico entre os moradores.

De acordo com dados do INGV, o primeiro tremor teve magnitude 3,7 graus na escala Richter e foi sentido às 22h58 (horário local), com epicentro a dois quilômetros do município de Barete Já uma réplica foi registrada no mesmo local minutos depois, com magnitude 3,4 graus na escala Richter, segundo o Instituto italiano. 

##RECOMENDA##

Da Ansa

Um terremoto de 3,9 graus na escala Richter atingiu a província de L'Aquila e voltou a apavorar a Itália nesta sexta-feira (9). De acordo com as autoridades italianas, o epicentro do tremor foi registrado em Pizzoli por volta das 14h15 locais e ainda não há relatos de vítimas ou danos.

Nos últimos dois anos, a região central da Itália foi devastada por uma série de terremotos. Algumas cidades, como Amatrice, ficaram totalmente devastadas e o governo italiano ainda tenta colocar em prática as medidas de reconstrução.

##RECOMENDA##

Um tribunal italiano condenou nesta segunda-feira sete cientistas sismólogos por homicídio culposo (sem intenção de matar), ao não terem previsto e alertado os cidadãos sobre o terremoto que devastou a cidade de L'Aquila em 2009, matando mais de 300 pessoas. Os sete cientistas foram condenados a seis anos de prisão cada um e terão que pagar uma indenização conjunta de 7,8 milhões de euros, informou a agência Ansa. Eles pretendem recorrer da decisão, tomada em primeira instância. A ex-governadora da província de L'Aquila, Stefania Pezzopane, comemorou a decisão.

O juiz Marco Billi, do tribunal da L'Aquila, capital da região dos Abruzzi (Itália central) disse que os sete condenados também terão que pagar as despesas judiciárias, que somam 100 mil euros, e ficarão perpetuamente impedidos de ocuparem cargos no serviço público. Os sete faziam parte da chamada comissão de "Grandes Riscos", formada pelo governo italiano para prever terremotos, erupções vulcânicas, enchentes e outras catástrofes naturais e tentarem alertar antes a população.

##RECOMENDA##

"Eu me sinto inocente frente aos homens e a Deus", disse um dos cientistas condenados, Bernardo De Bernardinis, ex-funcionário da Agência Nacional de Proteção Civil.

"Me sinto desesperado, aviltado. Pensei que seria absolvido. O pior é que ainda não entendo do que fui acusado", disse Enzo Boschi, um dos sete cientistas condenados hoje. Boschi foi presidente do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (Ingv). Boschi é um dos vulcanologistas mais conhecidos e famosos da Itália e da Europa.

O julgamento começou em 2011 em L'Aquila, cujo centro histórico destruído pelo terremoto de 2009 ainda permanece em parte devastado.

"A sentença é incompreensível, tanto no direito quanto na avaliação dos fatos", disse o advogado Marcello Petrelli, defensor do professor Franco Barbieri. "É uma sentença que será insustentável ao apelo", afirmou à agência Ansa.

"Não existem comentários a serem feitos, a não ser os do juiz que leu a sentença. O fio condutor não foi a busca dos culpados, queríamos apenas compreender os fatos", disse o promotor Fabio Picuti. "L'Aquila consentiu que o processo fosse aberto e que chegasse a uma sentença", afirmou.

A ex-governadora da província comemorou a sentença. Segundo ela, os cientistas da comissão estiveram alguns dias em L'Aquila antes do terremoto que devastou a cidade em 6 de abril de 2009. O terremoto de 6,3 graus matou 308 pessoas e destruiu o centro medieval de L'Aquila, cidade fundada no século XIII. Os sete cientistas foram acusados no indiciamento de dar informações "inexatas, incompletas e contraditórias" sobre se os pequenos tremores sentidos em L'Aquila antes do 6 de abril, durante semanas, eram o prenúncio de um sismo devastador, que realmente ocorreu naquele dia.

"Eu denuncio o engano e a futilidade da Comissão de Grandes Riscos. Hoje, mais do que nunca, sinto toda a dor pela trapaça que nós sofremos", disse a ex-governadora Stefania Pezzopane.

As informações são da Associated Press e da agência Ansa.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando