Tópicos | Leitos hospitalares

A Prefeitura do Recife (PCR) divulgou, nesta quinta-feira (2), uma nova medida para tentar conter os avanços e tentar combater o novo coronavírus. Através das secretarias de Finanças, Administração e Gestão de Pessoas e Controladoria Geral do Município, a PCR anunciou que derverá cortar custos para a criação de novos leitos de UTI e medidas de assistência social.

Segundo a gestão, será criado um pacote para reduzir em R$ 180 milhões as despesas que envolvem prestação de serviço, consultorias, locação de veículos, combustível, energia elétrica, materiais de consumo, além de novos aluguéis, passagens aéreas e diárias.

##RECOMENDA##

Em nota, o secretário municipal de Finanças, Ricardo Dantas, disse que “a expectativa é que a medida garanta aos cofres públicos essa economia até o final deste ano. Estamos fazendo o dever de casa, cortando despesas que neste momento não são prioritárias e que nos ajudarão a equilibrar as contas do município. Dessa forma, poderemos honrar as novas despesas para salvar vidas”. 

 Outro ponto levantado pela PCR é que as medidas também serão necessárias por conta da queda na atividade econômica diante do cenário de isolamento social que repercute na redução de receitas do município.

O Brasil perdeu, nos últimos dez anos, cerca de 41 mil leitos hospitalares que fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o levantamento divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), neste ano houve o registro de 303.185 leitos na rede pública, contra 344.573 em 2008.

Por outro lado, o número de leitos não pertencentes ao SUS aumentou de 116.083 em 2008 para 134.380 em 2018. Ao todo, a quantidade de leitos do sistema de saúde brasileiro, na última década, passou de 460.656 para 437.565, totalizando 23.091 leitos a menos, o equivalente ao fechamento de seis leitos por dia.

##RECOMENDA##

Segundo o levantamento, em 2008, o país contava com 2,4 leitos para cada mil habitantes, dez anos depois o índice caiu para 2,1 leitos para a mesma proporção de pessoas.

“Considerando a quantidade de leitos hospitalares segundo especialidade, identifica-se que os leitos denominados ‘outras especialidades, pediátricos e obstétricos’ apresentaram uma redução considerável”, apontou o documento.

Os números também mostram que nenhuma das regiões do país atinge o índice recomendado pelo Ministério da Saúde, que é de 2,5 e três leitos para cada mil habitantes. As regiões Sul e Centro-Oeste são as que mais se aproximam, com 2,4 e 2,3, respectivamente. O Nordeste e Sudeste têm, ambos, dois leitos para cada mil pessoas. Já o Norte tem a pior situação, com 1,7 para a mesma proporção de habitantes que as outras regiões.

Além disso, entre 2008 e 2018, o estudo indica que 25 estados apresentaram queda no número de leitos. Somente Rondônia e Roraima tiveram um pequeno avanço na disponibilidade de leitos hospitalares.

Alagoas, por exemplo, em 2008, tinha 6.146 leitos para atender 3.127.557 pessoas. Dez anos depois, o estado passou a contar com 278 leitos a mais, um crescimento de 4%. Enquanto a população alagoana cresceu 8% e chegou a 3.375.823 pessoas. Nesse caso, o aumento de habitantes superou a abertura de novos leitos no estado e, consequentemente, diminuiu o índice de leitos.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando