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Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) confirma que metade das cidades do Brasil está com a ocupação de leitos de UTI gerais e destinados à Covid-19 acima de 90%.

Já 15% afirmaram estar acima de 80%; 14% entre 60% e 80%; 8% abaixo de 60% de ocupação. O levantamento ocorreu entre os dias 21 e 24 de junho e ouviu 2.747 gestores municipais - o que corresponde a 49% dos 5.568.

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A CNM aponta ainda que o Sul e o Sudeste são as regiões com a situação mais crítica. O Estado do Mato Grosso do Sul, no entanto, no Centro-Oeste, é o que apresenta maior percentual de municípios com ocupação acima de 95%.

Em relação ao número de novos casos de Covid-19, 28% dos municípios apontaram aumento nesta semana; 39% afirmaram que se manteve estável; 30% queda; e 2% destacaram que não houve novos casos confirmados.

Quanto ao óbito pela doença, 1.043 Municípios (38%) afirmaram não ter ocorrido nenhum caso. Já 20% apontaram aumento; 29% estabilidade; e 12% queda. Medidas restritivas de circulação de pessoas ou de atividades econômicas se mantêm em 76% das cidades.

Um estudo elaborado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) apresenta dados alarmantes. Das 5.570 cidades brasileiras, cerca de 2 mil decretaram estado de calamidade pública até o início de abril. A ação permite que os prefeitos obtenham mais recursos da União ou estados para lidar com situações excepcionais. O número é reflexo do período de isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

O estado de calamidade pública é uma decisão assumida pelos poderes executivos municipais, estaduais ou federal por meio de decreto. Segundo Walter Penninck Caetano, diretor da Consultoria em Administração Municipal (Conam), as medidas emergenciais são tomadas em duas situações distintas. "O estado de emergência se caracteriza pela eminencia de danos à saúde e aos serviços públicos, já o de calamidade pública é decretado quando essas situações se instalam", explica. A atitude pode autorizar ações como rompimento do teto de gastos previstos no orçamento da administração pública.

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Devido à pandemia, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram favoráveis à maleabilidade da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). No caso dos municípios, Caetano considera que a decisão da Suprema Corte pode ser considerada positiva, mas faz um alerta. "O plano de ação de combate à pandemia não pode perder de vista o resultado das metas fiscais contidas na LDO mesmo flexibilizada. O município não tem campo de manobra para realização de despesas de forma desmedida", ressalta o diretor da Conam. A exceção deve ser avaliada com cautela pelos próprios prefeitos para que eles mesmos não sejam punidos no último ano de mandato. "O não atingimento dos percentuais mínimos em ensino e saúde, pagamento de precatórios, gastos com pessoal, podem levar os tribunais à rejeição das contas", complementa.

O exemplo da saúde é o mais claro para mostrar a incapacidade dos cofres municipais. A maioria dos prefeitos trabalha com uma margem de 10% a mais do que o limite no setor. "Hoje, os municípios são obrigados a destinar um mínimo de 15% da receita corrente líquida em saúde pública, mas a maioria já despende mais de 25% e os serviços são prestados de forma precária", ressalta Caetano. Para o diretor da Conam, mesmo com a opção pelo decreto excepcional, as cidades não conseguem suportar a situação sem a participação voluntária dos governadores e do Palácio do Planalto no combate à disseminação do novo coronavírus. "Os municípios brasileiros, de forma isolada, não têm preparo e condições para enfrentar a situação pandêmica que estamos vivendo".

No que se refere ao estado de São Paulo, a lista da CNM mostra que municípios do interior paulista, como Campinas, Paulínia e Americana, decretaram calamidade pública.

O Brasil perdeu, nos últimos dez anos, cerca de 41 mil leitos hospitalares que fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o levantamento divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), neste ano houve o registro de 303.185 leitos na rede pública, contra 344.573 em 2008.

Por outro lado, o número de leitos não pertencentes ao SUS aumentou de 116.083 em 2008 para 134.380 em 2018. Ao todo, a quantidade de leitos do sistema de saúde brasileiro, na última década, passou de 460.656 para 437.565, totalizando 23.091 leitos a menos, o equivalente ao fechamento de seis leitos por dia.

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Segundo o levantamento, em 2008, o país contava com 2,4 leitos para cada mil habitantes, dez anos depois o índice caiu para 2,1 leitos para a mesma proporção de pessoas.

“Considerando a quantidade de leitos hospitalares segundo especialidade, identifica-se que os leitos denominados ‘outras especialidades, pediátricos e obstétricos’ apresentaram uma redução considerável”, apontou o documento.

Os números também mostram que nenhuma das regiões do país atinge o índice recomendado pelo Ministério da Saúde, que é de 2,5 e três leitos para cada mil habitantes. As regiões Sul e Centro-Oeste são as que mais se aproximam, com 2,4 e 2,3, respectivamente. O Nordeste e Sudeste têm, ambos, dois leitos para cada mil pessoas. Já o Norte tem a pior situação, com 1,7 para a mesma proporção de habitantes que as outras regiões.

Além disso, entre 2008 e 2018, o estudo indica que 25 estados apresentaram queda no número de leitos. Somente Rondônia e Roraima tiveram um pequeno avanço na disponibilidade de leitos hospitalares.

Alagoas, por exemplo, em 2008, tinha 6.146 leitos para atender 3.127.557 pessoas. Dez anos depois, o estado passou a contar com 278 leitos a mais, um crescimento de 4%. Enquanto a população alagoana cresceu 8% e chegou a 3.375.823 pessoas. Nesse caso, o aumento de habitantes superou a abertura de novos leitos no estado e, consequentemente, diminuiu o índice de leitos.

O município de Cumaru, no Agreste de Pernambuco, é a cidade do Nordeste com a maior diferença entre o número de eleitores e de habitantes. É o que diz um estudo feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) a partir de dados fornecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com o levantamento, Cumaru tem 14.955 eleitores para 11.559 moradores, 3.396 a mais.

A cidade é a única em Pernambuco com a disparidade. Além dela, no Nordeste outros 51 municípios estão na lista. Segundo a CNM, a explicação do TSE para “as discrepâncias consiste na distinção entre domicílio eleitoral e domicílio civil”. 

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De acordo com a revista Estudos Eleitorais de 2015, elaborada pelo TSE, enquanto o chamado domicílio civil é mais restrito por limitar-se à residência na qual se anseia permanência definitiva, o domicílio eleitoral é aplicado de forma mais flexível, abarcando a localidade na qual o eleitor comprova residência acrescida de envolvimentos afetivos, familiares e sociais. 

Ainda de segundo o estudo da CNM, a região Nordeste tem 38,8 milhões de eleitores aptos a votar este ano, deles, 16,82% estão em Pernambuco. 

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou um estudo, nesta quinta-feira (12), afirmando que o novo piso salarial dos professores divulgado pelo ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), vai impactar os cofres públicos municipais em R$ 5,083 bilhões. O reajuste foi de 7,64% elevando o valor base do vencimento de R$ 2.135,64 para R$ 2.298,83. 

No documento, a Confederação diz de 2009 a 2016, os gastos com a folha de magistério tiveram uma expansão de R$ 41,829 bilhões. O valor já cresceu 241,9%, acima da inflação relativa ao período e maior do que o próprio aumento das receitas do Fundeb.

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Para reduzir o impacto do aumento, diante da crise econômica que atinge as prefeituras, a CNM sugere no documento que o Congresso Nacional conclua a análise do texto original do PL 3.776/2008, propondo o reajuste do valor do piso com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Caso fosse baseado na proposta, o aumento seria de 7,20% e em valores reais o piso passaria a ser de R$ 2.289,41. 

Sob a ótica da Confederação, a aprovação do texto original do PL é a maneira "mais viável para as finanças municipais" e a maneira com que os "aumentos reais nos vencimentos sejam negociados entre o governo de cada ente federado e o respectivo magistério".

Outro lado

Para ajudar estados e municípios a arcarem com os custos do aumento, o ministro Mendonça Filho reforçou o adiantamento de recursos oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). 

“Lembro que, por decisão do presidente Michel Temer, no final do ano passado, nós antecipamos o repasse de recursos do Fundeb, que servirão também para o cumprimento do piso salarial: R$ 1.250.000.000,00”, destacou. 

Veja o estudo na íntegra:

O governo federal segue com o debate, prioritário, sobre as ações para o enfrentamento dos efeitos e a convivência com a estiagem. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), vai se reunir, na noite desta terça-feira (14) com a presidência da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e representantes de associações municipais dos estados atingidos pela seca no Nordeste.

Também participam do encontro, gestores da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. Nesta segunda-feira (13), Fernando Bezerra Coelho se reuniu com a diretoria da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais na Agricultura) para discutir a pauta de reivindicações do movimento para o semiárido nordestino.

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