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As principais bolsas europeias fecharam em alta nesta terça-feira, 4, saltando para o maior nível em quase duas semanas, influenciadas por um conjunto de fatores, como a queda da libra ante o euro e o dólar, bem como a recuperação do Deutsche Bank após quedas recentes.

Após atingir a cotação mínima em 31 anos ante o dólar ontem, a libra voltou a recuar nesta terça-feira, o que, em geral, significa boa notícia para a bolsa de Londres, uma vez que o índice é composto em grande medida por multinacionais que não sentem tanto os efeitos negativos da desvalorização cambial. A queda foi provocada após a premiê britânica Theresa May dizer no domingo que pretende iniciar o processo de saída da União Europeia até março do ano que vem.

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Além disso, um otimismo com a possibilidade de que o Departamento de Justiça dos EUA e o Deutsche Bank cheguem a um acordo para reduzir o valor da multa imposta ao gigante alemão também impactou as praças europeias de forma positiva.

Com esse cenário, o índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 0,84%, aos 346,10 pontos.

Londres fechou em alta de 1,30%, com o FTSE 100 indo aos 7.074,34 pontos, perto da maior pontuação do índice, de 7.103,98. As multinacionais que não sofrem com a queda da libra e geram receita fora do Reino Unido tiveram bom desempenho, com a Rolls-Royce avançando 3,12% e a Pearson, 5,18%. Além disso, o setor de construção reagiu a um indicador local, o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor, que passou de 49,2 em agosto para 52,3 em setembro.

Em Frankfurt, o DAX subiu 1,03% e fechou aos 10.619,61 pontos, puxado por ganhos maiores das ações cíclicas, como as montadoras. O Deutsche Bank também disseminou otimismo no mercado alemão, fechando em alta de 1,51%. Amanhã, o PMI de serviços de setembro pode influenciar o índice.

Milão fechou em alta de 0,21%, aos 16.308,02 pontos, após uma sessão volátil. De acordo com operadores, a oscilação se deve a preocupações com o setor bancário italiano e a instabilidade política do país. Assim, o Monte dei Paschi di Siena caiu 1,36% e o UniCredit, -1,08%. Na contramão, o Popolare di Milano avançou 2,20%.

Em Paris, o CAC-40 subiu 1,11%, fechando aos 4.503,09 pontos, com as ações automotivas e do setor de luxo liderando os ganhos. A Peugeot avançou 3,13% e a Renault, 2,83%, enquanto a Kering subiu 3,18% e a Louis Vuitton, 3,03%.

O Ibex 35, de Madri, subiu 0,20%, aos 8.769,00 pontos, enquanto o PSI 20, de Lisboa, fechou na máxima do dia, aos 4.635,71 pontos, em alta de 0,80%. (Com informações da Dow Jones Newswires)

O dólar chegou a tocar a mínima em 17 meses contra o iene nesta tarde de quarta-feira, 6, depois da divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), que mostrou sinais de incerteza sobre quando os juros nos EUA voltarão a subir.

Neste fim de tarde, porém, o dólar reduzia a desvalorização e era cotado a 109,71 ienes, de 110,40 ienes ontem. O euro subia a US$ 1,1404, de US$ 1,1384.

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Aparentemente, existe discordância entre os dirigentes do Fed sobre o melhor momento para se efetuar um novo aumento de juros nos EUA, o que deu uma pitada "hawkish" ao documento, observou Boris Schlossberg, da BK Asset Management.

O sentimento predominante, entretanto, foi o de cautela proposto pela presidente do Fed, Janet Yellen, na semana passada, mas o debate saudável continua e inclui questões como se a inflação poderia chegar à meta de 2% fixada pelo banco central.

Mais cedo, a libra esterlina baixou ao menor nível desde meados de 2014 frente ao euro, acumulando 9% de queda neste ano diante das incertezas com a possibilidade de o Reino Unido deixar a União Europeia. Os temores de que cresça a parcela dos que defendem a saída foram alimentados por um plebiscito na Holanda e por pesquisas que mostram que a diferença entre "ficar" e "sair" é bastante estreita. Fonte: Dow Jones Newswires

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