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O primeiro repasse do auxílio complementar da União para o pagamento do Piso Nacional da Enfermagem para estados e municípios deve ocorrer até o próximo dia 21. É o que ficou acordado em cronograma estabelecido pelo Ministério da Saúde, apresentado aos estados, municípios e Distrito Federal.

No início de agosto, os servidores federais das categorias de enfermagem ligados ao Ministério da Saúde receberam três parcelas do valor complementar relativo aos meses de maio, junho e a parcela de julho. O Governo Federal garantiu R$ 7,3 bilhões para viabilizar o pagamento do piso da enfermagem para todos os profissionais da categoria.

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Nessa quarta (9), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, representantes de outras áreas do Governo Federal, dos entes federativos e das entidades ligadas ao tema pactuaram o calendário de repasses.

“Esse é um momento histórico e muito importante em que estamos encerrando um ciclo de tantas discussões e desafios, sempre abertos à correção de rumo. A confiança recíproca [entre União, estados e municípios] é a base para um bom trabalho em relação ao piso”, ressaltou Trindade durante o encontro.

O início do repasse só foi possível após a conclusão de um levantamento de dados dos profissionais da enfermagem junto aos estados, municípios e Distrito Federal. Isso permitiu a melhor apuração dos valores a serem repassados a cada ente da federação. Os gestores locais preencheram a base de dados na funcionalidade criada e lançada pelo Ministério da Saúde, através do Fundo Nacional de Saúde (FNS), para subsidiar o cálculo da assistência financeira complementar prestada pela União aos entes subnacionais.

Além de diálogo aberto com os gestores, a pasta também manteve encontros periódicos com o Fórum Nacional da Enfermagem. Em continuidade a esse amplo debate e transparência das informações, será divulgada uma cartilha detalhando o processo de pagamento do recurso complementar garantido pelo Governo Federal para apoiar a implementação do piso da enfermagem.

Pagamento será feito em nove parcelas

Tanto os profissionais ligados ao Ministério da Saúde quanto estados, municípios e Distrito Federal devem receber nove parcelas em 2023. Os valores são retroativos ao mês de maio e incluem o 13º salário. No caso da folha de pagamento do Ministério da Saúde, o depósito feito em agosto é referente aos meses de maio e junho, além da parcela de julho. A partir de agora, o Ministério da Saúde segue a programação para o pagamento das parcelas até dezembro, além do 13º salário, totalizando nove etapas em 2023.

O Governo Federal reafirma a importância dos trabalhadores da enfermagem e reitera seu compromisso em garantir a implementação do piso para profissionais da enfermagem federais, estaduais e municipais, ou que atuam em estabelecimentos que atendem pelo menos 60% dos seus pacientes pelo SUS. De acordo com as orientações da Advocacia Geral da União (AGU), o cálculo do piso será aplicado considerando o vencimento básico e as gratificações de caráter geral, fixas e permanentes, não incluídas as de cunho pessoal.

A metodologia de repasse aos entes e o monitoramento da implementação do piso em nível nacional tomará como base um grupo de trabalho com a participação de diferentes pastas (Ministério da Saúde, Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Ministério do Planejamento e Orçamento, Advocacia-Geral da União e Controladoria-Geral da União), sob supervisão dos ministérios que integram a estrutura da Presidência da República e coordenados pela Casa Civil.

Com informações da assessoria

O pré-candidato ao governo de Pernambuco, Miguel Coelho (UB), assinou carta-compromisso de valorização dos enfermeiros, nesta terça-feira (14). O ex-prefeito de Petrolina cumpriu agenda no Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE), onde assinou a carta.

O documento contém as principais demandas apresentadas pelas categorias dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, entre elas o piso salarial aprovado em maio, que aguarda sanção presidencial. 

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No local, Miguel foi recebido foi recebido pela presidente interina do órgão, Thaíse Torres, que leu a carta-compromisso contendo as reivindicações mais urgentes da categoria. Entre os assuntos discutidos, eles debateram sobre a importância de melhorar as condições de trabalho dos profissionais, sobretudo durante a pandemia da Covid-19. 

Além disso, em ritmo de pré-campanha o pré-candidato destacou sobre ações realizadas pela sua gestão na área de saúde, quando prefeito de Petrolina.   

"Temos projetos na área de saúde com bastante êxito em Petrolina e isso mostra nossa capacidade e compromisso com a saúde dos pernambucanos", declarou Miguel Coelho. "O meu objetivo é governar para todos, sem distinção, melhorando a infraestrutura, valorizando todos aqueles que se dedicam ao setor e beneficiando quem mais precisa de uma saúde de qualidade", finalizou.

A Polícia Civil de Pernambuco anunciou que entrou em greve a partir desta terça-feira (15). O sindicato da categoria confirmou a deliberação após se reunir na tarde dessa segunda (14) e rejeitar a proposta de reajuste de 20% do Governo do estado.

A greve por tempo indeterminado foi oficializada a noite, com uma passeata na Avenida Cruz Cabuga, no Centro do Recife. Policiais de cidades espalhadas pelo estado participaram.

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A negociação por uma maior valorização dos profissionais se arrastava há sete meses.

O presidente do sindicato da Polícia Civil (Sinpol-PE) Rafael Cavalcanti orientou que os profissionais ocupem os postos de trabalho nesta terça (15), mas não cumpram com as atividades e ocorrências.

O representante alega que a Polícia Civil é desrespeitada pela falta do interesse do Governo em proporcionar melhores condições e cobra uma nova mesa de negociações.

Na manhã desta terça-feira (5), representantes e integrantes de nações de maracatu de baque virado promoveram um ato em frente à Prefeitura do Recife, localizada na região central da capital, na tentativa de levar algumas demandas da categoria diretamente ao prefeito João Campos (PSB). Entre elas, um aumento no valor da subvenção paga aos grupos para custeio do Carnaval. Quinze nações de baque virado compareceram ao ato, chamado pela Associação de Maracatus de Baque Virado de Pernambuco (Amanpe).

Durante o ato, a mestra Joana Cavalcante, primeira e única mulher a reger uma nação, o Encanto do Pina, falou sobre as dificuldades que as nações vem enfrentando durante esses quase dois anos de pandemia. "As nações estão sucateadas, tem gente que nem pra fazer um ato tinha dinheiro pra vir. Eles acham que a gente só sobrevive do Carnaval? Ao longo do ano, as atividades que a gente faz dentro das nossas comunidades a gente faz como? A gente tá lutando pra sobreviver".

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De acordo com a mestra, a categoria vem tentando, em vão, pedir o auxílio da gestão municipal para a manutenção da manifestação secular, reconhecida como Patrimônio Imaterial Cultural do Brasil, pelo IPHAN, e diante disso, ainda não foi possível vislumbrar qualquer atividade para um possível Carnaval em 2022. "Como se pensa no Carnaval sem (ter) nada? Sem nenhuma ajuda de custo, sem apoio. A gente não tá conseguindo nem sobreviver dentro das nossas comunidades. As nações movimentam a sobrevivência de muitas famílias, muitos trabalhadores, e tá todo mundo desamparado".

A falta de valorização dos integrantes e grupos que mantém viva a tradição do maracatu de baque virado dentro do estado de Pernambuco, e no Recife, também foi colocada em pauta durante o ato. O mestre da nação Estrela Brilhante do Recife, Fábinho, disse ser "revoltante" o descaso e citou um exemplo. "A prefeitura criou o Recife Virado e botou um grupo percussivo para representar o maracatu quando aqui temos nações centenárias (para isso), é um absurdo. As nações têm 100 anos de valorização da cultura e eles botam um grupo de percussão na hora de mostrar nossa cultura", disse em relação à solenidade realizada no último mês de setembro.

O Facebook atingiu nesta segunda-feira, 28, a marca de US$ 1 trilhão em valor de mercado. É a primeira vez que a empresa de Mark Zuckerberg alcança a cifra desde a fundação da companhia, em 2004. A rede social é a primeira empresa criada depois do ano 2000 a chegar à marca - isso faz com que ela seja a companhia mais jovem nos Estados Unidos no "clube do trilhão".

Um juiz dos Estados Unidos indeferiu um processo antitruste da Comissão Federal de Comércio norte-americana (FTC, na sigla em inglês) contra o Facebook, ontem, e disse que uma nova reclamação deve ser apresentada até 29 de julho. Com a notícia, as ações do Facebook subiram mais de 3% após a publicação da decisão - o que a ajudou a atingir o R$ 1 trilhão.

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A acusação era de que a empresa teria violado as leis de antitruste do país para se tornar um monopólio das redes sociais ao comprar rivais como o WhatsApp, por US$ 19 bilhões, e o Instagram, por US$ 1 bilhão. As autoridades haviam entendido que essas compras prejudicavam competidores.

Mas o juiz James Boasberg, do Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Columbia, disse que o FTC não conseguiu demonstrar que o Facebook tinha poder de monopólio. O caso gerava apreensão em investidores porque colocava em xeque as aquisições do Instagram e do WhatsApp.

Um dos motivos para a decisão, disse Boasberg, é que os procuradores estaduais demoraram para levar a reclamação à Corte, referindo-se ao fato de que as compras do Instagram e do WhatsApp ocorreram em 2012 e 2014, respectivamente. Agora, a Justiça estipulou prazo de 30 dias para que os promotores registrem novas queixas contra a empresa.

Segundo o porta-voz do Facebook, a empresa esperava uma decisão favorável. "Estamos satisfeitos que as decisões de hoje reconheçam os defeitos nas reclamações do governo contra o Facebook. Competimos de forma justa todos os dias para ganhar o tempo e a atenção das pessoas e continuaremos a fornecer ótimos produtos às pessoas e empresas que usam nossos serviços", afirmou ao jornal The New York Times. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A professora, pesquisadora e escritora Jeniffer Yara divulgou, na última sexta-feira (25), o lançamento do livro “Crônicas paraenses: novos olhares sobre cenas locais”, fruto de um projeto idealizado por ela e que foi contemplado pela Lei Aldir Blanc, pelo edital Juventude Ativa, do Movimento Emaús. A ideia inicial era trabalhar com crônicas paraenses, fazer a leitura e discutir sobre elas e as temáticas nelas abordadas.

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Segundo a professora, o projeto teve uma oficina on-line, em que os participantes inscritos puderam fazer exercícios a partir de leituras e discussões. O trabalho final era escrever uma crônica para ser publicada no livro.

Jeniffer diz que a proposta do livro é proporcionar o protagonismo da autoria paraense, especificamente da juventude, e trazer à tona novos olhares e novos autores. Segundo ela, o livro apresenta diferentes estilos de escrita e perspectivas sobre a região do Pará. Além de Belém e Ananindeua, também foram abordados temas relacionados a cidades interioranas.

“Além disso, incentivar e valorizar a produção textual por meio dessa publicação. Geralmente, os alunos são pessoas muito jovens, que estão no ensino médio, que terminaram e passaram no vestibular agora, ou pessoas formadas, mas que não acreditam tanto na sua escrita ou acham que não podem ser publicadas, que seria impossível de acontecer. Esse projeto veio para tentar desmistificar isso”, aponta.

A crônica foi o gênero escolhido porque ela se relaciona muito ao contemporâneo e ao que está acontecendo ao nosso redor, observa Jeniffer. Ela destaca o dinamismo e a acessibilidade do gênero em relação à linguagem.

Segundo a pesquisadora, o edital não proporcionava tanto tempo para serem trabalhados outros gêneros. “Não que escrever crônica seja fácil, mas é um gênero mais acessível pela leitura, pelas discussões que teríamos sobre ela, e pela escrita também, pelo tempo de escrita e publicação. Além disso, ela dá essa liberdade do participante, do autor falar sobre si, falar sobre o que está ao seu redor, sobre o seu cotidiano, sua cultura, seus atos. A partir disso, o que eu pretendia era evidenciar tudo isso no contexto regional, no contexto paraense”, complementa.

A professora relata que a experiência de unir diversas produções em um só livro, com temáticas diferentes, foi interessante e surpreendente.  “A única questão que amarra muito as temáticas é a identidade. O que você pensa, o que você lê, o que você gosta, o que você ama, que é característico daqui ou que pertence a você enquanto autor, escritor paraense, que quer escrever, quer ser lido e se expressar por meio da escrita”, afirma.

A também escritora aborda a importância do incentivo à leitura de autores paraenses e destaca que a população tem o costume de ler o que vem de fora, livros estrangeiros e autores de outras regiões. “A gente conhece muito a literatura de fora, nem que seja por ouvir falar, mas falta essa leitura de autores paraenses”, observa.

As pesquisas da professora são dirigidas para autores regionais. Ao iniciar esse projeto literário, Jeniffer destaca que deparou com a diversidade da autoria paraense, das histórias, das narrativas e das publicações.

"Temos uma rica produção literária que é desconhecida por muitos, principalmente pelos jovens", assinala. Além disso, ela ressalta a ausência da literatura paraense como disciplina nas escolas. “Às vezes é preciso realmente fazer um trabalho de investigação para conhecer alguns autores, porque eles existem. Eles estão por aí, em várias cidades do Estado, e que precisam ser lidos”, reitera.

Jeniffer dá destaque para os autores que estão publicando obras nas plataformas digitais, mas que também não são lidas. “A gente precisa falar sobre eles porque é uma literatura rica, diversa e muito bem feita, muito bem escrita, que fala sobre nós, sobre a nossa história, sobre as nossas memórias e que também se relaciona aos temas universais. Então por que não levar a nossa literatura pra fora daqui também?”, questiona.

A professora acredita que esses novos autores vão continuar escrevendo com o desejo de serem publicados. “Outros autores podem se inspirar neles também e outros projetos podem surgir a partir desse projeto, do conhecimento dele, do que ele foi. Uma nova cadeia, uma nova circulação de ideias e textos podem ser feitas a partir disso. Acredito que é nisso que ele se relaciona, que contribui para essa importância, para esse incentivo à leitura de autores paraenses”, acrescenta.

Para apoiar esses novos escritores, Jeniffer afirma que é possível fazer isso por meio da leitura. Ela ressalta que existem diversos suportes em que os textos podem circular de maneira gratuita, para o autor e para o leitor.

Além da leitura, ela destaca outras formas de apoio para os que estão iniciando a jornada de escritores, como divulgá-los, valorizar e consumir o que é produzido por essas pessoas. “Quando eu falo em consumo, é no geral. Consumir lendo, consumir falando, consumir divulgando, compartilhando, e comprando também as obras porque os autores precisam sobreviver”, afirma.

Jeniffer ressalta ainda o suporte das editoras, dos professores e o papel deles nesse processo, por meio da publicação e do incentivo da escrita desses autores. “Eu acho que a sociedade pode fazer muito para apoiar esses autores iniciantes e também os autores que já estão no mercado, mas que perduram e que continuam tentando alcançar cada vez mais leitores”, conclui.

Serviço

Livro disponível no site: https://www.jenifferyara.com/projetos

Booktrailer – “Crônicas paraenses: novos olhares sobre cenas locais: 

https://www.youtube.com/watch?v=K9bJX4-wYyE&t=52s

Por Isabella Cordeiro.

 

 

O Sindicato dos Servidores de Camaragibe (Sisemc) realizou, na última terça-feira (10), uma Assembleia Geral para aprovar, por meio de votação, a proposta da prefeita Doutora Nadegi de reajustar 12,84% do piso salarial dos professores. Esse reajuste foi garantido pela lei n° 11.738 de 2008, que instituiu o piso nacional do professor.

“Gestão pública que valoriza o professor, forma cidadãos de bem e cada vez mais comprometidos com o mundo. E a nossa gestão trabalha dessa forma. Cumprimos a lei porque acreditamos que a Educação deve ser prioridade sempre na administração de uma cidade. Das salas de aula saem nossos médicos, advogados, engenheiros, astronautas, arquitetos e, acima de tudo, os cidadãos de uma sociedade. E Camaragibe só tem a ganhar com isso; os professores têm meu total apoio”, afirmou a Doutora Nadegi.

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A proposta foi aprovada pelos servidores e o projeto de lei segue para votação na Câmara dos Vereadores na próxima terça-feira (17). “É muito importante que toda a categoria da Educação marque presença para fortalecer e acompanhar de perto as decisões”, disse o sindicato através das redes sociais. Caso aprovado, o município se firmará novamente no topo dos melhores salários da categoria da Região Metropolitana do Recife.

“Esse é um reconhecimento que nós, profissionais de Educação, precisamos ter. Com toda dificuldade encontrada na administração do município, Camaragibe se destaca sempre na qualidade da Educação e na valorização dos educadores. A gestão tem mostrado preocupação no acolhimento do profissional e no reconhecimento do trabalho”, pontuou a prefeita.

O Brasil ocupa, hoje, a penúltima posição no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), exame coordenado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para avaliar a educação em 40 países. O desafio de melhorar os índices educacionais do país, no entanto, enfrentam diversos obstáculos, como a falta de interesse de estudantes jovens pela carreira de professor: uma pesquisa que também foi realizada pela OCDE constatou que entre 2006 e 2015, a taxa de adolescentes brasileiros com 15 anos de idade que desejam seguir a carreira de professor caiu de 7,5% para 2,4%. 

Nesta terça (15), dia em que é celebrado o Dia do Professor, o LeiaJá ouviu profissionais com mais de 20 anos de docência para entender como eles avaliam os rumos que a educação brasileira e a carreira de professor seguiu nas últimas décadas e o que a categoria deseja para o futuro. 

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“A escola pública segue a mesma”

André Luiz Vitorino de Souza tem 34 anos de carreira como professor de Biologia nos ensinos fundamental, médio e superior. Ao decidir qual profissão seguiria, décadas atrás, ele conta que o que o moveu em direção às salas de aula foi a percepção de que o Brasil necessita de mais pessoas ensinando para poder se desenvolver. “Eu percebi que o país precisava muito de profissionais de educação, foi por perceber uma necessidade social. Como eu gostava muito de biologia, segui por aí”, disse. 

Em sua percepção, houve alguns avanços nos rumos e na estrutura da educação e da carreira docente durante os seus anos de trabalho até agora, mas sem apresentar melhoras muito significativas, fazendo com que, para André, a situação do trabalho com ensino seja a mesma de 30 anos atrás: precarização. 

“Houve avanços, o ensino superior entrou pelo interior [dos Estados], a escola pública deu uma ligeira melhorada, algumas já têm ar-condicionado e quadro piloto, na época em que eu comecei tudo isso era mais raro. No entanto, a escola pública segue a mesma de sempre e a particular também”, afirmou o professor.

Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Na avaliação de André, apesar dos avanços que houve em algumas escolas no que diz respeito à estrutura, o exercício da profissão vem ficando mais difícil com o passar do tempo. “Hoje é mais difícil exercer o ofício, o respeito de aluno por professor está abalado e a sociedade, ao avesso. A violência escolar tem piorado, antes o aluno vinha mais educado de casa e hoje a gente tem que fazer junto educação de casa e do colégio. Nunca tive problemas (com violência) mas conheço muitos colegas que já (tiveram)”, contou ele. 

Perguntado sobre as razões que vê para a queda do interesse de estudantes jovens pela docência, o professor afirma que “a propaganda de que é uma profissão qualquer e a remuneração é muito baixa” contribuem para esse cenário de desinteresse pelo ensino. 

André também destaca o acúmulo de dificuldades que os alunos têm para aprender ao longo dos anos de escola como um dos problemas que derrubam os índices de educação do Brasil cada vez mais para baixo. “No ensino fundamental é onde está a dificuldade maior. No médio, o aluno já traz vícios e no ensino superior há uma cultura de fazer o curso de qualquer jeito. Pouquíssimos vão pra faculdade para estudar de fato. Se fossem, teríamos alunos melhores, instituições melhores e profissionais melhores”, afirmou o professor. 

Ensino e empreendedorismo lado a lado

Erotides Marinho é diretor de uma escola e se tornou professor de matemática há 35 anos, oficialmente. Mas desde cedo já percebia que gostava de ajudar as pessoas a aprender e dava aula aos colegas para ajudá-los, mesmo sem pensar em ser professor naquela época. Marinho começou de vez sua carreira na educação durante a década de 80, quando ainda cursava engenharia. 

“O que me motivou, e tem sido assim até hoje, é ver como transferir conhecimento para o outro é algo libertário, que ao mesmo tempo traz uma alegria diferenciada para quem aprende. Surgiu a oportunidade de ensinar em cursinho e aí eu vi que poderia tentar com as habilidades que eu já tinha desenvolvido dando aula particular em casa”, explicou Marinho, como é conhecido o professor. 

 

Foto: Lara Torres/LeiaJáImagens

Ele explica que sua experiência ajudando os colegas na escola o ajudou nessa nova fase. “Já deu, logo de início, muito certo, porque eu já vinha com uma bagagem de entender como as pessoas aprendiam. Eu via que aquilo dava certo e eu comecei a me desenvolver aí. Havia uma crise na engenharia e eu comecei a migrar para a educação. Com apenas cinco anos de sala de aula, eu já tinha sido convidado para ser diretor de ensino de uma rede educacional cheia de professores de primeira linha”, contou Marinho, que fez a maior parte de sua carreira no ensino médio, cursinhos, matérias isoladas e preparação para concursos públicos. 

O professor explica que se tornar diretor foi um grande desafio pois, na época, ainda era muito jovem e estava trabalhando com profissionais mais experientes que ele. Alguns anos depois, Marinho foi convidado para ser sócio da escola. “Quando me foi dada a condição de me tornar sócio, tive que assumir as responsabilidades na mão. Quando encabecei, vi que eram desafios muito grandes e também muito convidativos e atrativos. Empreender, multiplicar isso seria muito bom porque víamos resultado de transformação de vidas. Decidi mergulhar nessa área, empreender em desenvolvimento humano através de mecanismos facilitadores para uma educação diferenciada”, contou o diretor.

Nesse sentido, Marinho fala de sua experiência e aponta o empreendedorismo na educação como um caminho possível para profissionais de educação que também têm conhecimentos sobre gestão e desejam iniciar um projeto pedagógico.

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No que diz respeito à situação educacional dos últimos anos no ensino público e privado e focando na carreira fora de uma lógica de empreendedor, Marinho analisa que o quadro de qualidade educacional e as condições de trabalho docente têm sofrido mudanças radicais para pior.

“O agravamento de problemas na educação tem crescido tanto em intensidade como em diversidade. Muitas famílias estão passando por uma progressiva disfunção, e essa carga termina sendo transferida para o professor, que não foi preparado academicamente para lidar com tal sobrecarga”, afirmou o diretor. 

Na avaliação de Marinho, há também “uma crescente banalização da absorção do conhecimento escolar” que leva a “crises de respeitabilidade às figuras de autoridade”. A causa desse problema, para o diretor, são os “direitos desenfreados dos estudantes, respaldados por familiares, que neutralizam de forma impactante a capacidade de gerar modelagem evolutiva através da educação” e, segundo ele, têm levado muitos professores a mudar de área ou ir migrar para funções que não exigem contato direto com o estudante em sala. 

A reversão dessa situação, de acordo com Marinho, deve aliar “um investimento realista, maciço no professor com ferramentas como inteligência emocional, neurociência, otimização dos currículos” com investimentos na valorização da figura do professor, “estabelecer níveis de exigência adequados para que se possa alcançar a qualificação de professor” e  “atrelar, via legislação, a participação dos familiares passando por cursos de capacitação em gestão familiar”. 

“Nossas conquistas estão ameaçadas pelo governo Bolsonaro”

Carmem Dolores Alves faz parte do Fórum Municipal Popular de Educação, é da Sociedade das Mulheres Negras de Pernambuco - Uiala Mukaji, onde atua como pesquisadora e militante de uma educação antirracista. Ela se aposentou depois de uma carreira construída na Rede Municipal de Ensino do Recife e, atualmente, dá aulas no ensino superior. 

A carreira de Carmem no ensino teve início cedo, quando ela tinha 15 anos e foi convidada a dar aulas a crianças com deficiência e outras necessidades especiais em decorrência de paralisia cerebral. “Depois passei no concurso da rede municipal e trabalhei como professora, gestora, coordenadora e fui da equipe de formação”, contou ela. 

Na opinião de Carmem, apesar de haver problemas e precariedade também na rede privada de ensino, a situação das escolas e da carreira docente é mais grave - e vem piorando - no ensino público. “O professor recebe uma exigência muito grande, além de ensinar, acabamos assumindo a tarefa de educar, que não é nossa tarefa principal. A falta de materiais, salas de aula inadequadas e carga de trabalho sobre humana porque o salário é precarizado, então o professor tem que trabalhar três ou dois horários, isso faz com que não dê tempo de preparar material, planejar a aula, trazer algo diferente. As salas estão cada vez mais lotadas, e a violência, a falta de apoio e sensibilidade da prefeitura do Recife faz com que muitos professores adoeçam no seu trabalho”, conta a professora. 

Carmem explica que, na busca da categoria por valorização da carreira, as maiores demandas dos professores hoje estão diretamente ligadas à garantia de direitos já instituídos por lei. “O Plano Nacional da Educação determinou determinou que o professor da educação básica iria ganhar pela sua formação, se você tiver doutorado, por exemplo, deveria ganhar igual a um professor da universidade, mas isso não acontece. A educação básica e infantil, que é a base, não é valorizada. O professor faz um mestrado, um doutorado, e não recebe por esse curso”, explicou ela. 

Foto: Cortesia

A professora também cita o não cumprimento do piso salarial determinado por lei federal anualmente, a falta de garantia da aula-atividade, tempo reservado para que os professores possam preparar aulas e planejar o projeto pedagógico e a não-inclusão de gratificações salariais por dedicação exclusiva na aposentadoria dos professores da rede pública. A falta de uma boa rede de atendimento de saúde e o adoecimento mental e vocal frequentes devido às condições de trabalho e a falta de liberação dos professores para que possam estudar e melhorar sua formação também não passam despercebidas pela categoria. 

Para Carmem, a instituição desses direitos são conquistas muito importantes dos professores, mas que nunca foram integralmente garantidos e estão ameaçadas devido a questões políticas. “No entanto, todas essas nossas conquistas estão ameaçadas pelo governo Bolsonaro, que infelizmente escolheu os professores e a educação como inimigos. Tenta, inclusive, influenciar a sociedade a essa postura. A sociedade acha que o professor é vagabundo, não quer trabalhar e é inimigo devido a esse discurso pela escola sem partido, dizendo que o professor doutrina os estudantes são posturas que nos afetam, abalam e nos deixa desgostosos da nossa profissão. Você não pode ensinar sem contextualizar a realidade, como eu vou falar de Pernambuco sem falar da população indígena e sem detalhar as condições dessa população?” questiona a professora. 

Na análise de Carmem, a maior dificuldade que os jovens que desejam seguir carreira no ensino enfrentam “é lidar com esse processo de desvalorização e criminalização da profissão”. Ela explica que o professor “trabalha tanto em dois esforços porque o trabalho não é só na escola. Você tem que se formar, se atualizar e se informar, então tudo leva a um esforço sobre-humano para pouca recompensa financeira e reconhecimento social. O grande desafio é lidar com essa contradição do interesse pelo compromisso histórico de ensinar com a desvalorização galopante da nossa profissão”, contou Carmem.

Mas nem tudo é tristeza no dia-a-dia profissional dos professores. Questionada sobre qual é a maior gratificação que teve em todos esses anos trabalhando em sala de aula, Carmem apontou a consciência de que contribuiu para que muitas pessoas mudassem de vida e pudessem ter uma carreira através da dedicação aos estudos. “Sou uma professora com compromisso político e social, sou daquelas que se precisar faço visitas à casa do estudante e converso com a família. Através da minha persistência, compromisso e animação eu contribuí para que muita gente seguisse o caminho dos estudos, pudesse acreditar na superação e que é possível uma pessoa pobre, em um bairro pobre, conseguir estudar. Com certeza a professora, diretora e gestora Carmem Dolores contribuiu muito para mudar a vida de muitos jovens”, disse ela. 

A professora analisa que, para melhorar o quadro de rejeição dos jovens à carreira de professor, é necessário e urgente criar medidas e políticas públicas de valorização profissional na educação. “Essa carreira precisa ser mais prestigiada socialmente, reconhecida pelos poderes públicos. Nós não podemos ter um presidente da república que considera o professor seu inimigo e considera a profissão como sendo exercida por pessoas que vão repassar outras coisas que não seja conhecimento. Infelizmente, na atual conjuntura, é desanimador ser professor no Brasil. Resolvi antecipar minha aposentadoria em função da falta de valorização profissional”, afirmou ela.

“O governo dá com uma mão e tira com a outra” 

Fernando Melo é presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe). Ele afirma que a valorização é sempre utilizada como bandeira política e eleitoral, mas que essas afirmações por parte dos candidatos em campanha normalmente fica apenas no discurso e promessas que não se cumprem. Fernando explica que mesmo questões básicas de garantia do pagamento do reajuste no piso salarial dos professores gera a necessidade anual dos professores irem brigar com o governo por meio de paralisações e greves. 

“Esse ano, os professores que ganhavam abaixo do valor determinado em 1º de janeiro só tiveram os salários atualizados em setembro, pago em outubro com valor retroativo a janeiro. Já os que ganhavam acima lutam pela atualização salarial em respeito ao plano de carreira. Nessa briga, o governo dá com uma mão e tira com a outra, alegando que não pode ajustar os salários por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal”, afirmou o professor e sindicalista, que também citou questões como a aula-atividade, a sobrecarga de trabalho, estrutura das escolas e a baixa remuneração como problemas que afetam negativamente a categoria. 

“Falta estrutura tecnológica na maioria das escolas. Existem aquelas escolas que são postas na vitrine de propaganda do Governo e muitas outras em situação precária, sem segurança, sem internet, nem espaço adequado. Tudo isso causa estresse e leva ao adoecimento mental de muitos professores”, explicou Fernando. 

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O dólar teve nesta sexta-feira, 12, o quinto dia seguido de queda e acumulou baixa de 2,09% na semana, a maior desvalorização semanal desde maio. A crescente perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos, que enfraqueceu a moeda americana no exterior, e o otimismo com o avanço da reforma da Previdência, mesmo com a demora na votação dos destaques, contribuíram para a queda. Com isso, o real foi a moeda com melhor desempenho esta semana ante o dólar entre uma lista de 35 emergentes. Em julho, a divisa americana recua 2,7% e, no ano, perde 3,3%.

As declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, esta semana no Congresso dos EUA, praticamente confirmaram que haverá corte de juros este ano, o que fez o dólar cair tanto ante divisas fortes, como o euro, como perante emergentes. Os estrategistas do Société Générale ressaltam que a dúvida agora do mercado financeiro é se a redução será de 0,25 ponto porcentual ou de 0,50. "O Fed está caminhando em direção a um ciclo de flexibilização monetária", ressaltam nesta sexta-feira.

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Influenciado pela queda do dólar no exterior, a moeda americana aqui teve comportamento destoante de outros ativos, como o Ibovespa e os juros futuros, que mostraram mais cautela em meio à demora para votar os destaques da reforma e a possibilidade de a votação no segundo turno ficar para agosto. Já o Credit Default Swap (CDS), um termômetro do risco-país, era negociado a 127 pontos-base na tarde de hoje, bem abaixo do nível que começou o mês, 150 pontos.

No câmbio, os investidores seguem otimistas com o avanço da reforma da Previdência. "No Brasil, a dinâmica da reforma parece estar se fortalecendo", afirma o estrategista de moedas do Scotiabank, Shaun Osborne, ressaltando ainda que o dólar tem se enfraquecido no exterior. Operadores reportaram entrada de fluxo externo nesta sexta-feira, em parte recursos para a oferta pública de ações da resseguradora IRB Brasil Re na semana que vem, que pode render R$ 8,5 bilhões.

Hoje, na mínima do dia, o dólar bateu em R$ 3,7304, valor que segundo operadores atraiu compradores da moeda americana e pressionou as cotações para cima. Na máxima, o dólar foi a R$ 3,76. Esses profissionais, porém, veem tendência de dólar em queda pela frente, se os juros de fato caírem nos EUA e as reformas avançarem aqui.

O dólar teve novo dia de queda, com o real operando descolado de várias divisas de países emergentes nesta quarta-feira, 29. Pela primeira vez desde o último dia 15, a moeda americana fechou abaixo de R$ 4,00. Novamente a queda do dólar aqui é atribuída por profissionais de câmbio à melhora do ambiente político em Brasília, o que aumenta a percepção de que o governo começa de fato a se articular com o Congresso e aumenta a aposta de aprovação da reforma da Previdência sem tanta turbulência. Um fluxo grande de entrada hoje, segundo operadores, por operações de comércio exterior, também contribuiu para o recuo. O dólar à vista fechou em baixa de 1,18%, a R$ 3,9759, a menor cotação desde o dia 10.

Nos últimos dias, o dólar vinha encontrando dificuldade de cair abaixo de R$ 4,00, que havia se transformado em um nível de resistência para a baixa. Mas hoje logo pela manhã este patamar foi rompido, com as mesas de câmbio repercutindo a aprovação pelo Senado ontem à noite da Medida Provisória 870, que reorganiza os ministérios e mantém o Coaf com o ministério da Economia, mantendo a decisão da Câmara, conforme havia pedido Jair Bolsonaro. Além disso, ontem, os Três Poderes anunciaram que vão fechar um pacto para a retomada do crescimento econômico.

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"A perspectiva agora é que a reforma da Previdência ande com mais rapidez", avalia o superintendente de câmbio da corretora Intercam Jaime Ferreira, falando dos recentes eventos políticos, que deixaram os investidores mais otimistas com o cenário após um período de turbulência, que levou o dólar a superar os R$ 4,10.

O economista-chefe do grupo financeiro holandês ING, Gustavo Rangel, acredita que o dólar pode cair ao patamar de R$ 3,40 se a reforma da Previdência for aprovada, o que ele espera que aconteça mais no final do ano, provavelmente em novembro. "A agenda legislativa continua avançando, apesar da instabilidade política." Por enquanto, Rangel destaca que a tendência é que a moeda americana fique no intervalo de R$ 3,90 a R$ 4,10. Apesar da melhora recente, a expectativa é que o ambiente político permaneça sujeito a reveses, o que deve contribuir para manter a moeda volátil pela frente.

No exterior, o dólar subiu ante divisas fortes, como o euro, e perante emergentes como Rússia, Índia e Indonésia. Ao mesmo tempo, caiu perante o peso mexicano, colombiano e argentino. O dia no exterior foi marcado pelo aprofundamento da inversão das curvas de rendimento dos títulos do Tesouro americano (de 3 meses e 10 anos), que são um prenúncio de uma recessão nos Estados Unidos, destacam os estrategistas do banco Brown Brothers Harriman (BBH).

A educação brasileira tem sido norte para diversos debates políticos nos últimos dias a partir das medidas de contingenciamento do Governo Federal para o setor e da falta de discussão quanto ao aperfeiçoamento do setor. Para o deputado federal Raul Henry (MDB), a condução da área pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) é “desastrosa” e “sem projetos”.

“Não temos nada. Nenhuma proposta, nenhum projeto ou ideia sendo discutida. Nenhuma disposição para se conversar sobre isso. O Brasil tem hoje instituições que vem acumulando conhecimento, informação e reformas estruturais feitas em outros países, mas continuamos na rabeira e na lanterna das avaliações internacionais. O governo federal não senta para discutir isso”, observou o emedebista.

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Na ótica de Raul, que tem a educação como um dos focos do seu mandato, o que precisa ser feito pelo setor é "muito simples" e existe quase um manual do que o governo precisaria fazer: “implantar a base comum curricular, uma política para a primeira infância, fazer uma diversificação para o ensino médio e cuidar da carreira de professor”.

Carreira esta que o deputado foi crítica e considera não estar em um nível eficaz. “ A carreira de professor precisa ser valorizada. Os professores no Brasil ganham, em média, metade do que ganham as outras profissões de nível superior, você tem uma carreira de baixíssima atratividade. Quem faz hoje vestibular para entrar nas escolas de educação, licenciatura e pedagogia são alunos que têm os 30% piores desempenhos do Enem, do ensino médio, são pessoas que não tem livro, nem revistas, nem jornais dentro de casa”, declarou o deputado.

“Estamos recrutando os mais vulneráveis para formar os mais vulneráveis que são as crianças que estão na escola pública. Essa equação não pode dar certo. É uma equação perversa com o Brasil”, acrescentou.

De acordo com Raul Henry, “temos que valorizar a carreira de professor, atrair jovens talentosos para serem professores no Brasil, para podermos melhorar a qualidade da escola”.

“É impossível imaginar a qualidade da escola melhor do que a do professor que ela tem. É um tema central, vários países do mundo estão reformando a carreira de professor para melhorar a atratividade, valorização e formação”, salientou, lembrando que até agora, em cinco meses de governo, a reorganização da matriz curricular para a formação dos professores, que é basicamente toda teórica, não foi abordada. "Sem a gente melhorar a formação dos professores não vai melhorar a qualidade da escola. Isso não foi discutido e é uma coisa óbvia", completou.

Para Raul, isso não acontece porque o governo quer ideologizar a educação no Brasil. “O governo está entrando para o sexto mês com dois ministros, querendo ideologizar essa discussão, que não é ideológica. É um conjunto de evidências científicas que mostram que o mundo inteiro caminha e o governo insiste em querer transformar esse tema em um tema ideológico. Educação representa desenvolvimento econômico, superação das desigualdades e ninguém discute isso com responsabilidade. Querem levar para o lado do simbólico e ideológico”, cravou.

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A rede de conexão feminina artística M’ar (Mulheres Artistas) tem ganhado visibilidade no cenário local, com projetos desenvolvidos para debater sobre o lugar da mulher na arte, passando por temas como caminhos da repressão feminina no mercado artístico paraense. O coletivo reúne 60 mulheres do meio artístico, como grafiteiras, ilustradoras, game designers, quadrinistas e profissionais de animação.

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Helô Rodrigues, uma das fundadoras do grupo, declara que o principal objetivo do projeto é dar visibilidade ao trabalho feminino e mostrar que a mulher pode conquistar seu espaço. “O M’ar surgiu de um convite da artista Moara Brasil, que convidou garotas para fazer uma exposição. Tínhamos que fazer ilustrações para expor. Nessa exposição acabamos conhecendo várias outras mulheres que também trabalham com arte. Acabamos percebendo que aquela exposição rendeu, daí tiramos a ideia de fazer um trabalho apenas com mulheres que ilustram”, finalizou.

Conheça a página do M'Ar no Facebook. Confira mais informações no vídeo.

 

O dólar teve nesta segunda-feira, 11, o quarto dia consecutivo de alta e terminou em R$ 3,7649 (+0,99%). Foi a terceira maior valorização entre os principais emergentes, considerando uma cesta de 24 moedas. Com a agenda doméstica esvaziada, o câmbio acabou sendo influenciado pelo noticiário externo. A segunda-feira foi marcada por aumento da aversão ao risco dos investidores internacionais, por conta de dúvidas sobre os rumos das negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China, e temor de piora da economia europeia, após dados fracos de crescimento do Reino Unido, o que fortaleceu o dólar, tanto ante divisas de emergentes como países desenvolvidos.

No mercado doméstico, as mesas de câmbio seguiram em busca de novidades sobre a reforma da Previdência para montar as apostas. Mas os avanços só devem ocorrer após o presidente Jair Bolsonaro sair do hospital, onde está internado desde 28 de janeiro. Nesta segunda, de acordo com o boletim médico, o presidente teve melhora clínica e recebeu alta do tratamento semi-intensivo. O porta-voz do Planalto disse que a proposta da reforma da Previdência será apresentada "assim que o presidente puder avaliar". Em entrevista na TV, Bolsonaro disse que espera ter alta esta semana.

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Sem novidades locais, o real acompanhou o movimento das demais moedas, que se enfraqueceram ante o dólar, ressalta um gestor carioca. Na máxima do dia, o dólar chegou a bater em R$ 3,77. Uma das preocupações dos investidores, observa este executivo, é que o diferencial de crescimento entre os EUA e outras economias, sobretudo as europeias, se amplie. Nesta segunda foi divulgado o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido e os dados decepcionaram, com o bloco de países registrando o pior avanço em 2018 desde 2012, o que realimentou temores de que outros países da Europa e da economia mundial possam apresentar piora da atividade. O reflexo imediato foi que a libra e o euro caíram ante o dólar. Em Washington, há ainda preocupações com uma nova paralisação do governo.

Entre os emergentes, uma das mostras da fraqueza destas moedas foi o desempenho do fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) WisdomTree Emerging Currency Strategy Fund, que replica estas divisas, e tinha queda de 0,57% à tarde. O dólar subiu forte também perante divisas pares do real no mercado internacional de moedas, como o peso mexicano (+1,28%) e o rand da África do Sul (+1,54%).

O dólar operou em alta o dia todo nesta segunda-feira, 4, e fechou com ganhos de 0,33%, a R$ 3,6699. A valorização foi reflexo de uma combinação de fatores técnicos, com o ajuste de posições no mercado futuro, e conjunturais, como a alta generalizada do dólar ante emergentes e preocupações sobre os rumos da reforma da Previdência no Congresso após a definição dos presidentes do Senado e da Câmara. Em meio à maior cautela, os investidores estrangeiros aumentaram sua posição comprada em dólar no mercado futuro, que ganha com a alta da moeda americana, em US$ 8,5 bilhões apenas na sexta-feira (01).

A moeda americana abriu a segunda-feira em alta e chegou a bater em R$ 3,6880 na máxima do dia (+0,82%) pela manhã. Na parte da tarde, contudo, a valorização perdeu fôlego, acompanhando a divulgação da minuta da proposta da reforma da Previdência que a equipe econômica enviou à Casa Civil, prevendo idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e mulheres. A redução da alta do dólar ante o peso mexicano, um dos pares do real no mercado internacional de moedas, também contribuiu, segundo operadores.

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Apesar do conteúdo do texto preliminar da Previdência ter sido bem recebido, a visão hoje é de que a reforma pode ter maiores dificuldades no Congresso do que se previa. O economista-chefe do Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos, avalia que o novo líder do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), é visto como "relativamente inexperiente" e a luta política para a definição do presidente da Casa, que levou à desistência da candidatura de Renan Calheiros (MDB-AL) no sábado, pode ter deixado "profundas cicatrizes políticas" que devem distanciar alguns partidos, particularmente o MDB, da agenda de reformas do governo.

O economista do Goldman Sachs ressalta ainda que declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sugerem que a aprovação da Previdência pode não ser tão fácil ou rápida como se esperava. O parlamentar alertou que Jair Bolsonaro não tem neste momento os 308 votos necessários para aprovar o texto.

"O fim do recesso no Congresso é o que vai comandar a pressão doméstica no câmbio", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. Para ele, um dos temores das mesas é como será a oposição do senador Renan Calheiros. "A grande preocupação agora passa a ser o Congresso", disse ele, destacando que os investidores também vão monitorar os eventos no mercado externo.

A cirandeira e Patrimônio Vivo de Pernambuco, Lia de Itamaracá, comemora 75 anos de vida recebendo diversas homenagens no Estado desde tributo musical, abertura de exposição fotográfica e lançamento de livro. No entanto, apesar de tanto reconhecimento merecido, nem tudo são flores. Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, nesta sexta-feira (11), a cantora desabafou sobre a falta de incentivo à cultura, principalmente no tocante ao poder público.

Para Lia, falta incentivo e valorização. “Estão deixando os artistas locais tudo a ver navio, a espera de uma ajuda que não chega nunca, só tira do que não tem, aí é difícil para a cultura. Falta incentivo, valorização e também ajudar o próximo, o que é muito importante”. 

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“Se eles tivessem consciência do que estão fazendo seria diferente. Se o governo tivesse consciência do que faz, quando ele deita a cabeça no travesseiro quando vai dormir, não se deitam pensando no que estão fazendo e em tudo que não está sendo resolvido?”, indagou. 

Apesar das dificuldades, ela pede para que os artistas populares, em especial os que estão começando, não desistam. “Insistam porque a vida e a cultura para mim não foi fácil também não, mas eu lutei até chegar aonde cheguei com muito trabalho, muita luta e ainda estou lutando, mas estou dando graças a Deus porque eu sou Lia de Itamaracá”

Sobre a festa de hoje à noite, no Espaço Sinspire, localizado no Recife Antigo, onde será lançada a obra “Lia de Itamaracá: 75 anos cirandando com resistência, sorrisos e simplicidade”, Lia falou que o sentimento é só de felicidade. “Alegria, tranquilidade e muita calma porque eu sou fiel a Deus e confio no que eu faço”.

“Nunca imaginei que minha história poderia ser narrada em um livro. Nunca coloquei isso na minha cabeça, mas como Deus é pai e é bom para os filhos dele, apareceu um filho que fizesse esse trabalho com Lia de Itamaracá”, disse entusiasmada.

A artista da terra ainda deixou um recado para todos os pernambucanos. “Mande o povo vir para a exposição, comprar o livro de Lia, pode vir que estou aqui para autografar esse grande livro e evento. A vida de Lia está nesse livro e ainda temos umas canecas muito maravilhosas e umas camisas bonitas para comprar e guardar com muito amor, avise que venha. Estou vendendo meu peixe”, brincou à gargalhadas. 

O dólar voltou para o nível de R$ 3,70 nesta quinta-feira, 10, influenciado pela valorização da moeda americana no exterior e por fatores técnicos. Após a euforia de quarta-feira no mercado, quando a moeda americana caiu para o menor valor em mais de dois meses, as mesas de câmbio esperavam um ajuste nesta quinta nas cotações. Mas o dólar chegou até a cair pela manhã, recuando para R$ 3,67 por conta da entrada de recursos do exterior. Pela tarde, operou em alta. O discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell reforçou o tom de cautela dos investidores, ao afirmar que o balanço da instituição será "reduzido substancialmente", o que vai retirar liquidez da economia mundial. O dólar à vista fechou em alta de 0,66%, a R$ 3,7076.

Na parte da tarde, a moeda americana renovou sucessivas máximas, chegando a R$ 3,72. As mesas de câmbio relataram que há a expectativa de uma saída de recursos do País nesta sexta-feira, que fazem parte de uma operação de empresa, e os investidores locais já teriam se antecipado a este movimento na tarde desta quinta.

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Mesmo com o dado desta quinta, o dólar ainda acumula desvalorização de 4,33% e nos nove últimos pregões caiu em sete deles. Especialistas alertam, porém, que o potencial de valorização do real pode estar perto do fim.

A analista de moedas em Frankfurt do banco alemão Commerzbank, Thu Lan Nguyen, afirma ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que não vê muito mais potencial de alta do real, na medida em que boa parte das boas notícias já foi precificada nas cotações, sobretudo a perspectiva de avanço das reformas. "Agora os investidores vão querer ver essas reformas implementadas", afirma ela.

A analista do Commerzbank alerta para riscos no avanço das reformas nos próximos meses, sobretudo a da Previdência. "O ministro Paulo Guedes quer implementar uma reforma profunda, mas está longe de certo se o presidente Jair Bolsonaro dará carta branca para ele fazer isso", ressalta ela. Neste contexto, há chance de o dólar subir no curto prazo no mercado local. "Só esperamos que o real tenha apreciação adicional e de forma sustentável se a reforma da Previdência de fato for aprovada."

Com o noticiário doméstico esvaziado nesta quinta-feira e o ministro da Economia, Paulo Guedes, deixando Brasília para ir ao Rio de Janeiro, o cenário externo ditou os ritmos dos negócios no mercado local. Desde a parte da manhã, a cautela predominou no exterior, com dados fracos de inflação na China sinalizando que a segunda maior economia do mundo pode mesmo estar se desacelerando. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar ante uma cesta de moedas desenvolvidas, chegou a bater máximas ao longo do dia. No final da tarde, subia 0,31%.

O dólar avançou em relação à maioria de suas rivais nesta quarta-feira, 2, mas recuou ante o iene, depois que o resultado mais fraco do que o esperado de um indicador econômico chinês reavivou as preocupações com a desaceleração da atividade na potência asiática e no mundo.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar recuava a 109,11 ienes, enquanto o euro tinha queda a US$ 1,1349 e a libra caía a US$ 1,2612. O índice do dólar DXY, que mede a divisa americana contra uma cesta de outras fortes, subiu 0,67%, aos 96,819 pontos.

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O resultado de dezembro do índice de gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) da indústria da China mostrou que o indicador perdeu o suporte dos 50, que separa a expansão da atividade de uma contração, e reacendeu preocupações com a desaceleração econômica no país e ao redor do mundo.

Para economistas do Danske Bank, o resultado é "mais uma confirmação da desaceleração econômica da China". Diante do cenário, um movimento de busca por segurança entre investidores impulsionou a moeda em relação à maioria de suas rivais, mas a desfavoreceu em relação ao iene.

Além disso, o dólar ampliou os ganhos em relação a outras moedas fortes em meio a declarações do presidente americano, Donald Trump, de que os mercados se recuperarão quando a administração selar acordos comerciais, como com a China. Com isso, o DXY chegou a se aproximar novamente dos 97 mil pontos.

O Projeto Azougue realiza neste domingo (16) o Encontro de Mestres e Poetas da Mata Norte, em Tracunhaém, Zona da Mata de Pernambuco. A ação, em parceria com  o Som na Rural’, reúne vinte mestres e mestras de maracatu e celebra a poesia viva do maracatu rural. O evento é gratuito e começa a partir das 16h.

Essa é a 17° edição do encontro, que conta com incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura-PE) e faz parte do projeto de manutenção do maracatu rural Águia Formosa. Anteriormente, o evento era produzido em formato de competição, mas foi reformulado e passa a ser uma ação de fomento e valorização mais intensiva dos mestres e mestras do maracatu rural.

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Serviço

Encontro de Mestres e Poetas da Mata Norte

16 de dezembro | 16h

Praça José Ismael do Prado (Rua Professora Ana Vaz de Andrade, 48 - Tracunhaém, em frente ao Hamburgão do Lula)

Entrada gratuita

 

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A moeda norte-americana fechou o primeiro pregão da semana em alta de 2,49%, cotada a R$ 3,918 para venda. A valorização de hoje representa a quinta alta seguida do dólar e a maior desde 14 de junho. O Banco Central manteve as ofertas tradicionais de swaps cambiais, sem efetuar leilões extraordinários de venda futura da moeda norte-americana.

O Ibovespa, índice da B3, encerrou o pregão em queda de 0,79%, com 85.546 pontos. As principais ações também mantiveram a tendência de baixa, com Vale caído 0,87%, Petrobras com menos 0,66%, Itau com desvalorização de 1,65% e Bradesco com perdas de 1,85%.

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O deputado federal eleito João Campos (PSB) fez mais uma promessa, nesta segunda-feira (15), desta vez pensado nos professores. O filho do ex-governador Eduardo Campos garantiu que vai lutar por um plano nacional que valorize o professor. O pessebista, por meio das redes sociais, ressaltou que é preciso reconhecer o trabalho de quem leva a educação diariamente para os alunos. 

“Se hoje a gente pode ler, escrever e seguir uma carreira profissional, devemos isso aos nossos professores. Neste dia tão especial, reafirmo o compromisso de lutar em Brasília por um plano nacional que valorize o professor”, salientou em referência ao Dia do Professor, celebrado hoje. 

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Em sua primeira disputa eleitoral, João se consagrou como o deputado federal mais votado da história de Pernambuco conquistando mais de 400 mil votos. Com o slogan “filho da esperança”, ele vem afirmando que quer continuar o legado do pai e do bisavô Miguel Arraes e que sua marca será “trabalhar incansavelmente” em defesa do povo. 

O Dia do Professor também foi assunto repercutido por muitos políticos. O candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que a “inversão de valores” dificulta a autoridade do professor em sala de aula. “São muitos os relatos e registros de agressão, desrespeito e humilhação”, lamentou. 

Por sua vez, Fernando Haddad (PT) falou que uma das suas propostas é aumentar a permanência do jovem para sete horas na escola. “Vamos usar a tecnologia, sim, mas não com a criança na frente de um computador sem acompanhamento. O deputado Bolsonaro defende que o ensino fundamental seja à distância. Agora, imagine uma criança de 11 anos aprendendo na frente de um computador, sem professor, sem pai e mãe, que estarão ocupados trabalhando, e sem seus colegas de classe?”, indagou pelas redes sociais.

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