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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) expediu ofício à Diretoria do Hospital da Restauração, na última segunda-feira (16), pedindo cópia do parecer técnico sobre o risco de novos desabamentos no setor laranja da unidade e informações sobre a realização de manutenção predial.

O órgão também quer uma comprovação da existência da rotina de manutenção do local. O HR tem 10 dias para o envio dos documentos. Foram requeridas ainda informações sobre a realização de inspeções periódicas na unidade pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de Pernambuco, bem como a existência de atestado de regularidade do imóvel, emitido pela corporação (inclusive sua validade).

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À Diretoria do HR ainda foi solicitado informar sobre as providências adotadas pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) após o incidente ocorrido no dia dois de maio deste ano, com o repasse de recursos para realização de serviços urgentes no imóvel hospitalar, com a indicação do montante e as obras previstas; bem como informar sobre o plano de investimento da SES no HR, na ordem de 24 milhões de reais, abarcando a aquisição de equipamentos e a reforma da estrutura interna e externa da unidade, noticiado pela pasta estadual de saúde ao MPPE, na audiência do dia 12 de maio.

O Ministério Público de Pernambuco aponta que a audiência foi realizada com o objetivo de apurar a grave situação de superlotação das unidades da rede estadual de saúde, em especial o Hospital da Restauração. 

Ficou deliberado que a SES/PE deve a encaminhar, no prazo de 10 dias: documentação referente a não utilização dos 50 leitos do IMIP que serviam de retaguarda em neurologia para o HR antes da pandemia, indicando a destinação de tais leitos; documentação formal comprobatória a respeito do processo de incorporação do Hospital Alfa Boa Viagem à rede estadual de saúde, com fixação de etapas e prazos; e detalhamento das ações para abertura de leitos de retaguarda e mutirões de cirurgia, com os respectivos quantitativos, unidades de saúde, especialidades e prazos.

A SES também deverá informar no mesmo prazo sobre o detalhamento do edital para contratualização de 320 leitos de retaguarda em neurologia, com a indicação da quantidade de leitos já contratada, dos tipos de leitos e em quais unidades de saúde foram abertos; bem como encaminhar cópia do contrato de gestão celebrado entre a SES/PE e a Fundação Prof. Martiniano Fernandes, referente ao Hospital de Retaguarda em Neurologia; e, por fim, apresentar a produção atual em neurocirurgia do Hospital Regional do Agreste, Hospital Getúlio Vargas e Hospital das Clínicas (UFPE).

A Central de Atendimento ao Eleitor da Capital (CAEC) que funciona no Forte das Cinco Pontas, localizado no bairro de São José, será fechada para uma manutenção predial a partir desta sexta-feira (27). A reabertura da unidade, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), está agendada para o dia 8 de abril. 

Ainda segundo o Tribunal, os eleitores que estão com atendimentos pré-agendados ou pretendem ir ao local nos dias 27, 30 e 31 serão atendidos no Cartório Eleitoral Móvel, um ônibus adaptado, com quatro kits biométricos, da Justiça Eleitoral, que já vem sendo utilizado em outras unidades. 

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Nos outros dias o eleitor terá os mesmos serviços disponibilizados na 9ª Zona Eleitoral, localizada no Fundão, e na 3ª Zona Eleitoral, em Areias. Para o atendimento, serão distribuídas 150 fichas diárias e o horário segue das 8h às 18h.

Os participantes da audiência pública sobre os desabamentos de prédios no Brasil veem a necessidade de uma lei federal para evitar novas tragédias, como a ocorrida este ano no centro do Rio de Janeiro, que deixou 17 mortos e cinco feridos. O tema foi debatido na tarde desta terça-feira (27) na Câmara Federal, através da Comissão de Defesa do Consumidor e foi proposto pelo deputado federal Augusto Coutinho (DEM-PE), autor de um Projeto de Lei que tramita na Casa e que prevê cuidados e responsabilidades para a manutenção predial.

Na abertura da reunião, o democrata afirmou que "a falta de manutenção nos prédios é a principal causa de desabamento e isso tem que ser regulamentado" para evitar novos acidentes. "Procuramos ir mais além e não apenas a manutenção de um prédio. Muitas vezes, um morador faz uma reforma no seu apartamento e não comunica a intervenção ao síndico", alertou o democrata, prevendo futuras punições não apenas ao representante do condomínio, mas também ao condômino infrator. O parlamentar ressalta que a queda de um prédio não é responsabilidade do Estado por se tratar de uma obra privada. Durante a audiência, o desabamento do edifício Areia Branca, no Grande Recife, serviu como exemplo da falta de cuidados com o condomínio.

O presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea),  José Tadeu da Silva, elogiou a iniciativa do deputado Augusto Coutinho ao colocar para tramitar na Câmara Federal um projeto de lei que servirá para evitar novas tragédias. O PL 3370/2012 determina que qualquer edificação - de prédios a estádios, de hospitais a shoppings - devem ter o estado de conservação vistoriado.

O imóvel que tiver mais de 20 anos de construção, terá que fazer uma avaliação a cada três anos, por um engenheiro credenciado pelo CREA, para oferecer um parecer dizendo que aquele imóvel não corre risco de desabamento, já um prédio com menos de 20 anos, será estipulado um prazo de cinco anos para a realização de uma vistoria.

Representando a Federação Nacional das Empresas de Compra, Venda, Locação, Administração, Incorporação e Loteamento de Imóveis e dos Condomínios Residenciais e Comerciais (Fesecovi), Arnaldo Laureano, mostrou-se preocupado com a indústria de laudos no País. Durante a audiência pública, ele elogiou o debate ao chamar o setor para o evento. "Não dá para continuar da forma que está", afirmou.

O superintendente do Comitê Brasileiro da Construção Civil da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Paulo Eduardo Fonseca de Campos, defendeu que todas as normas técnicas devem ser públicas e não realizadas a portas fechadas. Ele lembrou que a tragédia ocorrida no centro do Rio é "endêmica" e serve de alerta para todos. Participaram ainda da audiência pública, representantes da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), do Comitê Brasileiro da Construção Civil da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e do Sindicato de Habitação de São Paulo, Secovi-SP.

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