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O procurador da República Deltan Dallagnol afirmou nesta terça-feira, 24, durante o Fórum Estadão Operação Mãos Limpas & Lava Jato, que "é preciso ir além da Lava Jato". Deltan é coordenador da força-tarefa da operação. "Nós somos limitados", alertou.

Deltan apontou para um "círculo vicioso". "A corrupção acaba alavancando a permanência dos corruptos no poder", disse. "A chegada de corruptos ao poder gera mais corrupção."

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Para o procurador, a corrupção descoberta na Petrobras é apenas a "ponta de gigantesco iceberg".

Também participam do encontro o juiz federal Sérgio Moro, figura maior da Operação Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa que descobriu o escândalo de corrupção na Petrobrás, e o magistrado Gherardo Colombo, também das Mãos Limpas.

O evento é uma associação entre o jornalO Estado de S. Paulo e o Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP). O painel, reservado para convidados, será mediado pela jornalista Eliane Cantanhêde, colunista do Estado, e pela economista Maria Cristina Pinotti, do CDPP. Terá ainda a participação do diretor de Jornalismo do Estado, João Caminoto, e do economista Affonso Celso Pastore, do CDPP.

Dois bandidos encapuzados tentaram assaltar a casa do ex-promotor e ex-deputado italiano Antonio Di Pietro, símbolo da Operação Mãos Limpas, que serviu de inspiração para a Lava Jato, conduzida pelo juiz Sérgio Moro.

Os ladrões conseguiram derrubar uma cerca na residência do ex-magistrado, que fica na cidade de Curno, a 50 km de Milão, mas foram flagrados por uma vizinha, que chamou a polícia.

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Os carabineiros chegaram ao local ainda antes de os assaltantes entrarem na casa e os perseguiram de carro. O veículo dos bandidos, um Golf branco com placa suíça roubada, foi abandonado durante a fuga. Um deles foi preso nos arredores do rio Brembo, mas o outro conseguiu escapar.

Hoje com 66 anos, Di Pietro conduziu, no início dos anos 1990, a Operação Mãos Limpas, que descobriu um esquema de corrupção nos mais altos níveis políticos, econômicos e institucionais da Itália e levou ao desaparecimento dos principais partidos da época, como a Democracia Cristã.

Por isso, a "Mãos Limpas" é frequentemente comparada à Lava Jato, que investiga ilegalidades envolvendo a Petrobras e os mais elevados escalões dos governos petistas, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

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