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Uma multidão saqueou nesta quarta-feira armazéns na cidade venezuelana de Maracay, depois de esperar em vão pela venda de produtos subvencionados, em grave escassez, segundo autoridades locais e a imprensa.

O defensor público Tarek William Saab indicou que nessa cidade a 100 km de Caracas três armazéns foram saqueados, enquanto testemunhas citadas pela imprensa afirmaram que pelo menos quatro pessoas ficaram feridas, incluindo três soldados.

Segundo o jornal El Nacional, os consumidores pularam o portão e abriram uma brecha para entrar.

O mercado era protegido por soldados desde terça-feira, quando as autoridades suspeitaram que os locais atacados estavam acumulando as mercadorias para revenda. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram centenas de pessoas disputando pacotes de farinha de milho, massa e óleo, alimentos vendidos a preços regulados pelo governo socialista.

O coordenador do Observatório Venezuelano do Conflito Social, Marco Ponce, disse à AFP que a organização registrou 107 tentativas de saques e pilhagens no primeiro trimestre deste ano.

Um militar venezuelano morreu depois de ser atingido com um tiro na cabeça durante um incidente em manifestação na cidade de Maracay, em Aragua, anunciou nesta segunda-feira (17) o governador do Estado, Tareck El Aissami. Enquanto isso, em Caracas, a polícia expulsou pessoas de barricadas após os atos de violência dos últimos dias.

O capitão da Guarda Nacional José Guillen Araque morreu após um incidente na noite de domingo, informou o governador em sua conta no Twitter. El Aissami não deu mais detalhes sobre o ocorrido e disse apenas que o militar foi "assassinado por grupos fascistas". O oficial teria morrido durante confronto com um grupo que mantinha uma avenida bloqueada, segundo o jornal regional El Periodiquito em sua página na internet. No domingo, ocorreram protestos de rua em Maracay, conforme reportagens de meios de comunicação locais.

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A capital venezuelana e outras cidades do interior do país têm sido cenário há mais de um mês de protestos de rua violentos contra o governo do presidente Nicolás Maduro, que deixaram pelo menos 26 mortos, entre eles quatro integrantes da Guarda Nacional, além de 365 feridos e mais de 1 mil presos, dos quais 106 permanecem detidos. Universitários e opositores, principalmente de classe média, protagonizam desde fevereiro manifestações contra a elevada inflação, o desabastecimento de produtos básicos e a crescente criminalidade.

Enquanto isso, em Caracas, a Guarda Nacional realizou uma operação para retomar a Praça Altamira e desocupou as "guarimbas", como são conhecidas localmente as barricadas que ficaram instaladas lá por dias, disse o ministro do Interior, Justiça e Paz, Miguel Rodríguez Torres, à rede de TV Venezolana de Televisión. "Estamos restaurando o direito (de ir e vir) a milhares de cidadãos de Chacao que estavam resguardados em suas casas por causa das ações violentas." Rodríguez disse ainda que continuarão sendo feitas patrulhas no local para garantir a livre circulação de cidadãos. Fonte: Associated Press.

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