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Os organizadores da Maratona de Berlim anunciaram nesta quarta-feira que a prova não será realizada como previsto em setembro por causa das novas restrições na cidade relacionadas à pandemia de coronavírus.

As autoridades de Berlim estenderam a proibição de grandes eventos com mais de 5 mil pessoas até 24 de outubro. Mais de 62 mil pessoas participaram da maratona no ano passado. "Agora vamos lidar com as consequências, coordenar os passos adicionais e informá-los assim que pudermos", disse o comunicado.

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Os organizadores disseram que terão tempo para avaliar as consequências das decisões das autoridades que impedem a realização do evento, avaliando os próximos passos para definir se será possível remarcar a maratona.

Não houve menção a nenhum plano para restringir a participação apenas dos corredores da elite, o que poderia viabilizar a sua realização. Essa foi a solução usada pela Maratona de Tóquio, que aconteceu em 1º de março.

A Maratona de Berlim é uma das provas mais rápidas do mundo. O atual recorde mundial masculino, inclusive, foi estabelecido na corrida alemã por Eliud Kipchoge em 2018, com a marca e 2h01min39.

O fundista queniano Eliud Kipchoge venceu a Maratona de Berlim, realizada neste domingo, e quebrou o recorde mundial da competição. O tempo do competidor foi de 2h1min39s. Entre as mulheres, a vencedora foi a também queniana Gladys Cherono, com a marca de 2h18min11s.

"Minha única palavra é 'obrigado!'", disse Kipchoge logo depois de cruzar a linha de chegada. O atleta conseguiu desgarrar do pelotão de líderes antes da primeira hora de corrida e manteve um ritmo forte até o fim.

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"Foi difícil correr sozinho, mas tinha confiança, disse que ia correr minha própria prova, seguindo meu plano, e tinha confiança", explicou o queniano, novo recordista mundial da maratona.

Também do Quênia, Amos Kipruto ficou em segundo lugar na prova deste domingo, enquanto Wilson Kipsang foi o terceiro. As competidores Ruti Aga e Tirunesh Dibaba, ambas da Etiópia, ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente, na prova feminina.

Kipchoge superou a marca do queniano Dennis Kimetto, o recordista mundial anterior, que terminou a Maratona de Berlim em 2h02:57, na edição de 2014. Kipchoge, aos 33 anos, já havia vencido a prova na capital alemã, em 2015 e 2017, e acumula três medalhas de ouro olímpicas - ouro em 2016, na maratona, prata em 2008, na prova de 5 mil metros, e bronze em 2004, também nos 5 mil metros.

O queniano Dennis Kimetto cravou o novo recorde mundial da maratona ao vencer a 41ª edição da tradicional prova de Berlim, na manhã deste domingo (28). O atleta de 30 anos marcou 2h02min57s, superando em mais de 20 segundos o tempo anterior, de 2h03min23s, que pertencia ao também queniano Wilson Kipsang Kiprotich.

Kimetto não foi o único a superar o recorde anterior. Emmanuel Mutai, outro corredor do Quênia, também correu abaixo da marca, ao completar a prova em 2h03min13s. Kimetto e Mutai fizeram grande duelo durante a maratona até que o primeiro conseguiu abrir vantagem a partir do 38º quilômetro.

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"Eu estou me sentindo muito bem. Hoje foi um grande dia para mim", comemorou o novo recordista mundial, logo após finalizar a prova. "Os fãs me deram confiança e eu acreditei que podia fazer isso", declarou. "A corrida foi muito dura, lutei bastante, mas o melhor venceu", disse Mutai.

O recorde anterior da prova também havia sido batido na Maratona de Berlim, famosa por registrar os melhores tempos da história pelas características do traçado. Ao todo, a corrida alemã concentra oito dos 11 melhores tempos da história - as quatro melhores marcas do mundo foram registradas lá.

Para qualquer maratonista nada melhor do que a Maratona de Berlim para fazer o melhor tempo da carreira. Com Marilson Gomes dos Santos não é diferente. Principal fundista no Brasil, quinto colocado nos Jogos de Londres/2012, o brasiliense se preparou o ano inteiro para correr neste domingo na Alemanha e fazer o seu novo recorde pessoal.

Hoje sua melhor marca é o tempo de 2h06min34 que fez na Maratona de Londres, 2011. Para tentar baixá-la, ficou 32 dias em treinamento na altitude de 2.600 m, na cidade de Paipa, na Colômbia. Na volta ao Brasil, se revezou entre Campos do Jordão, a cerca de 1.600 m de altitude, e os treinos numa pista em Taubaté, também no Vale do Paraíba.

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"Berlim é uma maratona muito rápida e sempre registra quebra de recordes. Não disputei nenhuma prova tão longa no primeiro semestre deste ano, visando especificamente esta prova da Alemanha", comenta Marilson, de 36 anos.

Desde 2003, em quatro vezes a Maratona de Berlim teve o vencedor batendo recorde mundial. Começou com o queniano Paul Tergat (2003), depois teve duas vezes o etíope Haile Gebrselassie como recordista (2007 e 2008) até chegar a vez do queniano Patrick Makau, que cravou 2h03min38 em 2011. Ele, porém, está machucado e não irá correr neste domingo.

"Existem muitas condicionantes numa corrida dessas. Nem sempre sai tudo o que foi pensado", lembra Marilson, que promete correr sem se importar com os adversários. Ele não disputa uma maratona desde a Olimpíada. "No ano passado até fui para Nova York, mas a prova acabou cancelada por causa da tempestade Sandy", se recorda o brasileiro, que buscava o tricampeonato.

Além de baixar seu recorde pessoal, Marilson vive a expectativa de se tornar o recordista sul-americano. Até hoje este posto pertence a Ronaldo da Costa, que venceu em Berlim em 1998, com 2min06s05, na época recorde mundial.

O queniano Geoffrey Mutai venceu neste domingo a Maratona de Berlim ao superar o compatriota Dennis Kimetto, mas fracassou na tentativa de bater o recorde mundial. O atleta concluiu a prova em 2h04min15, 37 segundos mais lento do que a melhor marca de todos os tempos, registrado por Patrick Makau, com 2h03min38, na edição de 2011 da prova alemã.

De qualquer forma, Mutai obteve o melhor tempo de ano na maratona. Ele acelerou o ritmo no último terço da corrida, quando apenas Kimetto conseguiu acompanhá-lo. Os dois estavam em ritmo de recorde mundial, mas diminuíram nos últimos dois quilômetros. "Nós diminuímos no final. Eu tentei forçar, mas vi que não poderia fazê-lo porque tive um problema com uma das minhas pernas", disse Mutai.

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Kimetto foi apenas um segundo mais lento do que Mutai, sendo o mais rápido estreante da história da maratona, deixando de fora a Maratona de Boston, que não é levada em consideração para recordes. O também queniano Geoffrey Kipsang, de apenas 19 anos, terminou a prova em Berlim na terceira colocação, com o tempo de 2h06min12, em sua primeira maratona.

Mutai, de 30 anos, já tem o tempo mais rápido já registrado na maratona, quando venceu a prova de Boston em 2011 em 2h03min02. Porém, por causa do percurso da prova norte-americana, esta marca não é reconhecida como recorde mundial. Excluindo Boston, Mutai e Kimetto registraram neste domingo a quarta e quinta mais rápidas marcas da história.

Mutai também venceu a Maratona de New York no ano passado, mas vinha tendo uma temporada ruim até este domingo. Ele sofreu com o calor e teve que abandonar a Maratona de Boston, um dos fatores que levaram as autoridades quenianas a deixá-lo fora da equipe olímpica. Em Londres, a medalha de ouro foi conquistada por Stephen Kiprotich, de Uganda, que não participou neste domingo da Maratona de Berlim, assim como Makau.

A etíope Aberu Kebede venceu a versão feminina com o tempo de 2h20min30, à frente de Tirfi Tsegaye, que cronometrou 2h21min19. Olena Shurhno, da Ucrânia, ficou em terceiro lugar, com 2h23min32.

Assim, a etíope, de 23 anos, repetiu o seu título de 2011 na Alemanha e registrou a melhor marca da sua carreira. Ela, porém, não conseguiu bater o recorde da Maratona de Berlim, que é da japonesa Mizuki Noguchi, com 2h19min12 em 2005.

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