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A primeira maestrina do país, Chiquinha Gonzaga, autora de músicas como Ô Abre Alas, considerada a primeira marchinha de carnaval, é homenageada hoje (12), às 11h, nas plataformas virtuais do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (TMRJ), abrindo as festas de Momo na capital fluminense.

A soprano do Coro do Municipal, Fernanda Schleder, presta homenagem à maestrina brasileira que é um símbolo da festa mais popular do país, cantando, além da música Ô Abre Alas, outra composição de autoria de Chiquinha Gonzaga, intitulada Forrobodó.

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Pioneirismo

Francisca Edwiges Neves Gonzaga, popularmente conhecida como Chiquinha Gonzaga, nasceu em 1847. Foi a primeira maestrina brasileira e uma das primeiras compositoras do país. Pioneira, ajudou a criar os patamares da música popular brasileira no início do século 20. Seu espírito rebelde e seu amor à música a fizeram abandonar o primeiro marido e a responder, perante o Tribunal Eclesiástico, por abandono de lar e adultério. 

Seu desejo de liberdade a levou a abandonar um segundo marido até encontrar João Batista, a quem amou até o fim da vida. Depois de seu primeiro casamento desfeito, Chiquinha passou a lecionar piano e canto e disciplinas como francês, história e geografia para sobreviver e sustentar o único filho que ficou em sua companhia.

Apoiada pelo amigo músico Antonio Callado, conhecido como "o pai do choro", Chiquinha passou a integrar, como pianista, o conjunto musical de Callado. Juntos, eles animavam os saraus e a vida boêmia do início do século. Ao longo do tempo, Chiquinha compôs centenas de músicas, dentre elas a famosa Ô Abre Alas, considerada a primeira marchinha de carnaval. 

Chiquinha lutou pela implantação da República e pela abolição da escravatura, ajudando a subsidiar grupos abolicionistas. Ela ajudou também a criar o Sindicato Brasileiro dos Autores Teatrais (SBAT), que permanece atuando até hoje. A compositora morreu em 28 de fevereiro de 1935, poucos dias antes do carnaval. O dia de seu nascimento, 17 de outubro, é dedicado ao Dia da Música Popular Brasileira, uma merecida homenagem a esta grande dama da cultura brasileira.

Fernanda Schleder

A soprano Fernanda Schleder é natural do Rio de Janeiro. Graduada em canto pelo Conservatório Brasileiro de Música, é bisneta da maestrina e pianista Grizelda Lazzaro Schleder e filha do percussionista João Alfredo Schleder. Pertence ao Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro desde 2001.

Ela é fundadora da EntreAtto Solistas, Coral e Orquestra, que realiza apresentações, concertos líricos, casamentos e recepções no Rio de Janeiro e outras cidades do Brasil. Ela foi solista no Theatro Municipal do Rio de Janeiro no Concerto “Jóias da Ópera”, sob a regência do Maestro Jésus Figueiredo, em 2018.

A homenagem à Chiquinha Gonzaga será repetida nesta sexta-feira, às 16h, nas plataformas oficiais do teatro no InstagramFacebook e You Tube.

Carnaval chegando, a população recifense, e olindense, já se preparam para curtir a folia nas ruas do Recife Antigo, ladeiras de Olinda, entre outros polos das cidades-irmãs. Entre as atrações nos grandes shows e apresentações de bandas e orquestras, se esperam algumas músicas que já se tornaram patrimônio do carnaval pernambucano. O LeiaJa.com preparou uma lista com alguns desses hits que fazem sucesso entre os foliões há algum tempo. Confira as 'certas' do carnaval:

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1 - Vassourinhas

O frevo escrito por Matias da Rocha e Joana Batista Ramos, composto em 1909, foi comprado pelo Clube Vassourinhas que deu o nome à composição. O ritmo é marcante e, apesar de algumas pessoas não saberem cantar a letra, virou uma marcha utilizada para reacender o passista que está cansado durante a folia. É tão certo quanto o público que irá comparecer ao Galo da Madrugada, o Homem da Meia Noite ou no Bacalhau do Batata, na quarta-feira de cinzas.

2 - Praieira

Música imortalizada na voz do percursor do movimento Mangue Beat, Chico Science, Praieira é o tipo de música que não passa despercebida entre blocos. O refrão que diz "uma cerveja antes do almoço, é muito bom para ficar pensando melhor" já está marcado na mente do folião. É mais uma presença certa nos cinco dias de carnaval em Recife e Olinda.

3 - Hino do Elefante de Olinda

Clídio Nigro, um dos maiores compositores de frevo de Olinda, foi convidado para dar um hino ao Elefante de Olinda. A música demorou um pouco para pegar pois, à época, o Hino da Pitombeira era a composição mais consagrada. Vale salientar que o Elefante surgiu de uma dissidência da Pitombeira. Porém, o tempo passou e premiou a bela música criada pelo olindense Clídio. Impossível subir as ladeiras em sábado de Zé Pereira e não ouvir o público cantando alto.

4 - Arrêa a lenha

O frevo eternizado nas vozes de Marron Brasileiro (compositor) e Almir Rouche (intérprete/puxador do Galo) tira a galera do chão quando toca em pleno meio dia no Galo da Madrugada. É assim sempre que o hit, onde "essa cidade vai tremer", toca no carnaval pernambucano. Mais uma para nossa lista.

5 - Chuva de sombrinhas

Multidão reunida no Galo da Madrugada e ladeiras de Olinda. Sol de meio dia bate forte no folião que pula e canta alto: 'ai que calor'. Calor mesmo, e a chuva de sombrinhas com um refrão tão incisivo não poderia passar batido nessa lista. É tradição do mais novo ao mais velho. O verso tão simples, e repetido, fica na cabeça daquele que curte o carnaval. Presença certa na voz de André Rio e dos intérpretes em todo lugar onde houver música.

6 - Frevo mulher

Quem já curtiu o carnaval em Recife e Olinda, conhece. A música de Zé Ramalho é mais uma das mais cantadas durante as festividades. Curioso ter sido composta no Rio de Janeiro e encaixar tão bem na folia de Pernambuco. Mais uma que vai ser ouvida, sem dúvidas.

7 - Voltei, Recife

A composição de Luiz Bandeira é uma das mais famosas dessa listagem. Alceu Valença ajudou a eternizar após tantos carnavais cantando no Marco Zero. Mas é letra certa na boca do folião pernambucano. Daqueles que realmente estão voltando com saudade, ou só daquele que está de passagem. 

8 - Morena tropicana

A composição de Vicente Barreto e Alceu Valença ganhou as ruas principalmente nas noites de festa no Recife Antigo. A música em ritmo lento, que lembra um reggae, conquistou os foliões e é presença mais do que certa nos shows de Alceu que lotam qualquer ponto de Recife e Olinda.

9 - Último regresso

Lema do Bloco da Saudade, a marchinha é outra que toca em qualquer lugar. Em qualquer lugar mesmo, sem distinção de blocos. Afinal, o carnaval multicultural não tem mais disputa entre agremiações, as cidades recebem todos de peito aberto. Pode apostar, o último regresso vai tocar em 2017 seja com Getúlio Cavalcante ou Alcymar Monteiro.

10 - Quarta-feira ingrata

Tão certa quanto o fim das festividades na quarta-feira de cinzas, vem a marchinha lamentando sua chegada. Mais uma canção de Luiz Bandeira que conquistou o povo pernambucano e se repete a cada carnaval. Alcymar Monteiro eternizou o canto que é reproduzido por outros intérpretes de peso do cenário local. Com uma letra que descreve bem o sentimento de tristeza por terminar a folia, o frevo se consagrou no carnaval do estado. Com certeza, será ouvida onde houver música e festa.

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