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Os líderes da negociação para formar um novo governo alemão deram um parecer positivo sobre as conversas entre o União Democrata Cristã (CDU), da chanceler Angela Merkel, o União Social Cristã (CSU), de Horst Seehofer, e o Partido Social-Democrata (SPD), de Martin Schulz, nesta sexta-feira (12).

É esperado que ainda hoje, em uma coletiva de imprensa, os líderes das três siglas anunciem que a Alemanha terá novamente a "Grande Coalizão" comandando o país. O pacto foi acertado após as questões mais complicadas das negociações, sobre as taxas e os imigrantes, terem sido acertadas na manhã de hoje.

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De acordo com as primeiras informações, houve um acordo para não aumentar a alíquota da chegada dos imigrantes, com teto em 200 mil pessoas por ano, desejada pelo SPD, e de permitir o reencontro das famílias dos refugiados no país no ritmo de mil pessoas ao mês, em um ponto que a CSU precisou ceder.

Já na questão de benefícios sociais, as três siglas concordaram que a questão das aposentadorias não será tema de debates até 2025, enquanto serão aumentadas as contribuições para o crescimento dos filhos (Kindergeld) para o período pós-escolar e para o acesso gratuito às creches.

O documento do acordo conta com 28 páginas assinadas pelo grupo dos seis, ou seja, os três líderes do partido, mais os respectivos líderes das siglas no Parlamento.

O acordo surge após mais de quatro meses de impasse nas negociações para formar o quarto governo de Merkel. A ideia inicial era fazer a chamada "coalizão Jamaica", entre CDU, CSU, Verdes e Partido Liberal Democrático (FDP). Mas, esses últimos, anunciaram publicamente que não entraram em consenso com Merkel.

Desde então, em novembro do ano passado, o presidente do país, Frank-Walter Steinmeier, ordenou que as siglas políticas se entendessem para não forçar uma nova eleição no país.

Após consultas, ele convenceu Schulz - que se elegeu dizendo que seria oposição a Merkel após a legenda despencar no número de eleitos no Parlamento - a voltar a formar o governo do qual fizeram parte entre 2013 e 2017.

Da Ansa

O chefe do Parlamento Europeu, Martin Schulz, criticou a Turquia nesta segunda-feira porque Ancara ameaçou congelar seus laços com a União Europeia (UE) quando a presidência rotativa do bloco passar para o Chipre, o qual o governo turco não reconhece como Estado soberano. "Eu critico isso, não é possível", disse Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, que está em Ancara para uma visita oficial.

"Eu fiquei sabendo que um Estado candidato nos disse que não negociará durante a presidência de um Estado membro da União Europeia", ele disse. O Chipre assumirá a presidência rotativa da UE em 1º de julho e a Turquia ameaçou congelar seus laços com a UE durante esse período de seis meses. Schulz afirma que levantou a questão com funcionários turcos e ressaltou que "a República do Chipre é um Estado membro da UE".

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A Turquia negocia com a UE sua futura adesão ao bloco de 27 nações desde 2005, mas conseguiu cumprir com apenas um dos 35 capítulos políticos para obter adesão ao bloco. Atualmente, apenas 13 capítulos são negociados e os outros foram congelados por Bruxelas, Chipre ou pela França, cujo ex-presidente Nicolas Sarkozy é contra a adesão da Turquia ao bloco. A Turquia se recusa a abrir seus portos e aeroportos para o Chipre e isso permanece um dos mairoes entraves a que sua adesão seja negociada.

O Chipre foi dividido em 1974, quando tropas turcas invadiram a parte norte da ilha, em resposta a uma tentativa da maioria da população da ilha, grega, de unir o Chipre à Grécia. Desde então troaps turcas ocupam a parte norte do Chipre, enquanto a maior parte da ilha virou a República do Chipre, grega, que aderiu à UE em 2004. A República Turca do Norte do Chipre (RTNC) é um governo reconhecido apenas pela Turquia.

As informações são da Dow Jones.

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