Por meio de um comunicado divulgado em seu site oficial nesta sexta-feira, o Milan confirmou que "ratifica" a decisão tomada pela Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), que horas mais cedo anunciou que o clube foi excluído da próxima edição da Liga Europa por causa de violações ao Fair Play Financeiro da Uefa durante as temporadas de 2015/2016, 2016/2017 e 2017/2018 do futebol europeu.
O Milan, que passou a contar com um novo acionista majoritário a partir de julho do ano passado, quando começou a ser administrado pelo fundo norte-americano Elliott Management, destacou que esta punição foi provocada pela conduta dos antigos proprietários chineses do clube. Estes acabaram perdendo o prazo para o pagamento de um empréstimo de mais de 300 milhões de euros (cerca de R$ 1,3 bilhão, pela cotação atual) durante o período em que eram os gestores do time.
##RECOMENDA##"Apesar da profunda amargura porque os nossos torcedores não conseguirão acompanhar o seu time na próxima Liga Europa, o clube reconhece e respeita o Fair Play Financeiro. O Milan reconhece que não há outra maneira senão aceitar as sanções, a fim de empreender um caminho de retorno ao pleno cumprimento das regras", ressaltou o comunicado desta sexta-feira, que depois também destacou "o compromisso máximo de trazer o Milan de volta aonde ele merece estar, no topo do futebol europeu".
A atual administração enfatizou que o seu "atual acionista majoritário assumiu o controle do clube em julho de 2018, herdando perdas substanciais e acumuladas, após o proprietário anterior do Milan ter inadimplido em suas dívidas". "Estas perdas e as consequentes violações dos parâmetros do Fair Play Financeiro, atribuíveis à gestão anterior, geraram as sanções da Uefa", reconheceu.
Por fim, o Milan encerrou o seu comunicado da seguinte forma: "A sanção de hoje representará mais um incentivo para maximizar os esforços para reingressar nos parâmetros do Fair Play Financeiro e, ao mesmo tempo, consolidar a competitividade do clube, trazendo o Milan de volta a um cenário de sustentabilidade e um futuro cada vez mais positivo".