Tópicos | Milton Cunha

Por volta das 16h desta terça-feira (26), a Globo passou a transmitir a apuração de votos das escolas de samba do Rio de Janeiro. Sob o comando da apresentadora Mariana Gross, a narração sobre a votação contou com a participação de Milton Cunha, que acabou gerando repercussão nas redes sociais.

Diversos internautas que sintonizaram na Globo trararam rapidamente de comparar o carnavalesco com o cantor Elton John. O agito na internet se deu por conta do look usado por Milton. No Twitter, muitas pessoas reagiram com humor à roupa de Milton Cunha. "A Globo trouxe até o Elton John para comentar a apuração do Carnaval do Rio", comentou um dos usuários da plataforma.

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Confira algumas reações:

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Perseguido historicamente, o carnaval vive mais um momento de ataques, segundo o pesquisador Milton Cunha, do Observatório do Carnaval do Museu Nacional/UFRJ. Para ele, a liberação de grandes eventos e festas privadas enquanto os desfiles das escolas de samba estão suspensos é uma postura elitista. "Entendo quando a autoridade bloqueia tudo. Liberar uns e não liberar outros mostra dois pesos, duas medidas", disse ao Estadão.

"Você, artista popular, não vamos cantar a sua música, mas o bloco da cantora ‘tal’ está preservado e poderá ir à arena com milhares de pessoas, são os que podem pagar os R$ 100 de entrada, mais as bebidas. Que janela é essa que fecha para a exibição do artista popular, de comunidade, de escola de samba? É muito sintomático você ver que a branquitude pode e a negritude não pode", comparou Cunha, que estudou o carnaval no mestrado, doutorado e pós-doutorado e popularmente é conhecido por ser comentarista de desfiles na televisão.

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"Qual seria o contágio seletivo do carnaval da Sapucaí que não acontece na arquibancada na Fórmula 1, no show gospel? Qual critério científico para poder aglomerar e cantar para Jesus e você não poder cantar e dançar pra sua escola de samba? Que vírus é esse que reage de diferentes formas para quem canta gospel e samba? É conversa para boi dormir."

CONSERVADORISMO

Cunha considera que as frequentes associações do carnaval de 2020 ao espalhamento da covid-19 são reforçadas pelo conservadorismo. "Prove que as mortes vieram do sambódromo em 2020", desafia. Os primeiros casos da doença no País foram de pessoas que contraíram a doença do exterior ou de pessoas que vieram de fora. "O samba apanha desde que ele nasceu, é coisa de preto, de pobre, de comunidade."

TIRADENTES

Indagado pelo Estadão sobre a mudança no desfiles do Rio e de São Paulo para o feriado de Tiradentes, Cunha avalia que o evento terá uma atmosfera distinta de outros anos. Será mais um grande espetáculo, uma grande apresentação, mas sem estar dentro de um contexto festivo nacional, com outro simbolismo. "Na quinta de carnaval, quando o prefeito entrega a chave da cidade para o Rei momo, o Rio entra em transe, o ar da cidade muda, é uma energia doida, um torpor carnavalesco que não vai existir em abril", compara. "Os desfiles das escolas de samba vão ser um produto cultural que em nada vai estar circunscrito nesse torpor. Vai ser uma outra coisa, fora do contexto comum."

Após uma campanha na internet pedir a voz de Milton Cunha no comando do Waze, a empresa do GPS atendeu aos milhares de pedidos e em breve os motoristas serão conduzidos no trânsito pela orientação do carnavalesco. Em entrevista ao jornal carioca Extra, Milton apresentou mais de 40 frases para as gravações.

No Twitter, a conta do Waze Brasil publicou um vídeo com Milton, contando a novidade aos internautas. "Amados, vocês pediram e a gente fez acontecer! Ajudamos o glorioso Milton Cunha a gravar sua própria voz no Waze", explicou a empresa.

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Confira o vídeo:

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