Tópicos | Ministério da Transparência Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU)

O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) vai reunir os prefeitos de primeiro mandato e reeleitos para o Encontro Município Transparente, no dia 6 de fevereiro. O seminário pretende orientar os gestores sobre a correta aplicação dos recursos públicos federais. 

O encontro vai acontecer nas Unidades Regionais do Ministério da Transparência nas capitais dos estados, exceto no Espírito Santo e em Sergipe, que sediarão, respectivamente, nas cidades de São Mateus e de São Cristóvão. No Recife, o evento será no auditório da Chesf, das 14h às 18h.

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A programação inclui temas como: fiscalização nos municípios, orçamento, licitações e contratos, prestação de contas, ouvidoria, transparência pública, Lei Anticorrupção e atuação do controle interno na Administração Pública. 

A pauta do evento também prevê a divulgação do balanço da 3ª edição da Escala Brasil Transparente (EBT). Trata-se de um indicador criado para avaliar o grau de cumprimento de dispositivos da Lei de Acesso à Informação (LAI) pelos municípios. 

Os gestores ainda vão receber explicações sobre o 4º Ciclo do Programa de Fiscalização em Entes Federativos. Em 2017, a previsão é verificar a regularidade da aplicação dos recursos federais destinados a 100 prefeituras. As áreas mais afetadas pela má gestão são saúde e educação.

De acordo com o ministério, os prefeitos interessados em participar do encontro poderão se inscrever, a partir desta quinta-feira (12), no site da pasta. O prazo vai até o dia 31 de janeiro. 

O ano de 2016 foi marcado pelo envolvimento de políticos em escândalos de corrupção e na administração pública federal, o quadro não foi diferente. De acordo com um relatório divulgado pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU), no ano passado foram demitidos 550 agentes públicos pela prática de atividades ilícitas. Desde o início das investigações internas, em 2013, o Governo Federal já expulsou 6.209 servidores. 

Do total, foram registradas 445 demissões de servidores efetivos; 65 cassações de aposentadorias e 40 destituições de ocupantes de cargos em comissão. A maioria deles, 116, estava lotada no estado do Rio de Janeiro. Já 67 estavam em São Paulo. Em Pernambuco, 15 servidores receberam a punição. 

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O principal motivo das expulsões foi a prática de atos relacionados à corrupção, com 343 penalidades aplicadas ou 65,3% do total. O percentual aumentou em relação a 2015, quando atingiu 61,4. Já o abandono de cargo, a inassiduidade ou a acumulação ilícita de cargos são fundamentos que vêm em seguida, com 158 dos casos (24,4%). Também figuram entre as razões que mais afastaram servidores: proceder de forma desidiosa e a participação em gerência ou administração de sociedade privada. 

Os dados não incluem os empregados de empresas estatais, a exemplo da Caixa Econômica, dos Correios e da Petrobras. Os servidores apenados, nos termos da Lei Ficha Limpa, ficam inelegíveis por oito anos. Além disso, dependendo do tipo de infração cometida, também podem ficar impedidos de voltar a exercer cargo público. 

Histórico

Dos 6.209 servidores expulsos pelo Governo Federal, 5.172 foram demitidos; 493 tiveram a aposentadoria cassada; e 544 foram afastados de funções comissionadas. Nos últimos 14 anos, as unidades da federação com número mais elevado de punições foram Rio de Janeiro (1.096), Distrito Federal (763) e São Paulo (667). As pastas com a maior quantidade de estatutários expulsos foram o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (1.558), Ministério da Educação (1.031) e Ministério da Justiça e Cidadania (981).

Já na comparação proporcional, o Amazonas é o Estado que registrou a maior média de servidores federais punidos, com 11,6 expulsões por cada mil servidores, seguido do Mato Grosso do Sul (9,6 por mil), São Paulo (8,57 por mil) e Maranhão (8,51 por mil). No mesmo tipo de relação, considerando os órgãos, o Ministério das Cidades obteve o índice mais elevado com 22,3 expulsões por cada mil servidores. Os números proporcionais se referem aos últimos seis anos.

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