Enquanto Sarí Côrte Real tentava explicar o motivo de ter abandonado Miguel Otávio em um elevador minutos antes da sua morte, a família da criança de cinco anos promoveu um panelaço durante a entrevista, na noite desse domingo (5). Para os familiares, a primeira-dama de Tamandaré, Região Metropolitana do Recife (RMR), se esquivou das perguntas e usou a visibilidade em rede nacional para tentar se vitimizar.
A campanha para protestar durante a fala de Sarí foi ampliada por apoiadores de várias partes do Brasil, que também reivindicam Justiça pela morte da criança. “Queremos a sociedade gritando com a gente, estamos cansados de privilégios”, aponta o comunicado enviado pelos próprios familiares.
##RECOMENDA##[@#video#@]
Após ser autuada por homicídio culposo, a acusada pagou fiança de R$ 20 mil e foi liberada pela Polícia Civil. Para colher seu depoimento, a delegacia abriu duas horas antes do expediente, o que gerou revolta.
A doméstica Mirtes Renata, mãe de Miguel, questiona o fato da ex-patroa ter se pronunciado apenas ao término do inquérito policial, que tipificou o crime como abandono de incapaz e pode deixá-la atrás das grades por 12 anos. Para ela, o arrependimento exposto por Sarí é falso com intuito de atenuar a futura pena. “A sociedade não aguentou a frieza no qual a mesma demonstrou, não respondendo absolutamente nada... Nem para pedir perdão!”, completa.