Tópicos | Modesto Roma Júnior

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou nesta sexta-feira o presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, pelas acusações de interferência externa em decisão da arbitragem no confronto diante do Flamengo, no último dia 26, pela Copa do Brasil. Se for considerado culpado, o dirigente pode pegar até 180 dias de gancho e ser multado em até R$ 100 mil.

De acordo com o STJD, Modesto foi denunciado por violação aos artigos 258, inciso II, e 191, inciso III, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Tais tópicos falam sobre "desrespeitar os membros da equipe de arbitragem, ou reclamar desrespeitosamente contra suas decisões" e produzir "declarações antidesportivas e que venham a macular a imagem da competição ou da CBF".

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No jogo em questão, o Santos reclamou muito de um pênalti marcado de Réver sobre Bruno Henrique e, posteriormente, anulado pela arbitragem. Após a vitória por 4 a 2, insuficiente para levar o clube à próxima fase da Copa do Brasil, o clube emitiu comunicado alegando que a decisão de voltar atrás na marcação da penalidade havia partido de uma interferência externa.

"Novamente, estamos diante de um caso em que o árbitro revoga sua marcação por comunicação do quarto árbitro, cuja participação teria sido provocada pelo repórter de campo, senhor Eric Faria, da Rede Globo de televisão, que é elemento alheio ao certame, devendo se comportar como jornalista e não como torcedor de seu time do coração", acusou o Santos na época.

O clube alvinegro, no entanto, não sustentou a acusação e falhou em apresentar as provas que dizia ter da interferência do jornalista. O próprio Modesto, à época nos Estados Unidos, disse em entrevistas que não havia visto imagens que comprovassem a participação de Eric Faria na decisão da arbitragem.

"Com a ausência completa de elementos mínimos a caracterizar as acusações do clube e por entender que os fatos narrados são graves, a Procuradoria (do STJD) passou a analisar a conduta do Santos e de seu presidente com base no Código Brasileiro de Justiça Desportiva", explicou o órgão.

O STJD informou ainda que o julgamento de Modesto está na pauta Terceira Comissão Disciplinar para a próxima quarta-feira, às 14h30. Se o dirigente for considerado culpado, o Santos também pode sofrer consequências, tais como "a proibição de registro de atletas, advertência, multa e até o desligamento da competição", conforme explicou o órgão.

A equipe do Santos se prepara para uma longa maratona na semana que vem. Não por excesso de jogos, mas sim pela distância que o clube terá de atravessar para jogar. Após enfrentar o São Bento no sábado, às 18h30, na Vila Belmiro, pelas quartas de final do Campeonato Paulista, o time terá que encarar o Santos do Amapá, na quinta-feira, no Estádio Zerão, no Macapá, jogo em que o presidente Modesto Roma Júnior admite que sua equipe pode atuar com uma formação reserva.

"Vamos jogar no Macapá, que é bem mais longe que Buenos Aires. Tenho um elenco grande e não preciso colocar o Gabriel ou o Ricardo Oliveira. Não se esqueça que tenho um jogo na semana seguinte, após passar pelo São Bento, e não posso arriscar. Se o São Bento ganhar, podemos jogar com o time principal", explicou o dirigente.

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Além da distância até a capital do Amapá, outro problema é o retorno para Santos. "A volta é às 18 horas de sexta-feira, pois só tem um horário de voo. Temos que ter responsabilidade, como outros deveriam ter também", disse.

O dirigente aprovou o fato da partida contra o São Bernardo ser no sábado. "Às 18h30 agradou, sim. Para Santos, é um horário bom. Ruim é domingo às 11h ou 19h30, que já foi todo mundo embora de Santos. Quarta-feira, às 22h, também não é bom", analisou.

O presidente do Santos, Modesto Roma Junior, confirmou no final da manhã desta quinta-feira que a multa aplicada pela Fifa no início da semana ao clube é referente à negociação de Neymar. O clube da Vila Belmiro foi multado em 75 mil francos suíços (aproximadamente R$ 280 mil) pela participação de terceiros nos direitos econômicos do jogador.

"A multa é relacionada ao Neymar", disse Roma Júnior ao Estadão.com. Ele informou que o clube vai recorrer e a documentação está sendo preparada para ser enviada à Fifa nos próximos dias.

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O dirigente entende que o clube não pode ser punido, porque quem vendeu para terceiros, no caso a DIS, a participação nos direitos econômicos de Neymar foi o próprio jogador. "O Santos não vendeu, quem vendeu foi o Neymar."

Modesto Roma Júnior prevê que uma enxurrada de multa desse tipo será aplicada pela Fifa daqui para frente, não só sobre o Santos, mas também contra outros times. Ele afirmou que seu clube tem vários jogadores que foram fatiados na administração anterior. Lucas Lima, por exemplo, teria 90% dos direitos na mão de terceiros.

"Esse é um caso em que não vale a pena negociar o jogador. Ele tem de cumprir o contrato até o fim. Se for negociado, o clube não ganhará praticamente nada. Então o que vale a pena é ter o retorno esportivo."

O presidente do Santos, Modesto Roma Junior, afirmou que o meia Lucas Lima não deve deixar o clube na janela de transferências de janeiro e assinar com algum clube europeu. Em entrevista, o dirigente disse que a tendência é a atual movimentação de jogadores não representar perigo ao clube, que quer manter o jogador para a próxima temporada.

"O Lucas Lima não deve sair agora. O lugar de ponta que ele pode conseguir é na janela de verão, no meio do ano. Agora é janela fraca. Temos que ter calma, e o Lucas tem a cabeça no lugar, sabe onde pode ir. As propostas de hoje são de outros mercados (o asiático)", disse Modesto durante entrevista coletiva na Vila Belmiro.

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O jogador se destacou na temporada 2015 e conseguiu espaço na seleção brasileira. O Porto, de Portugal, chegou a demonstrar interesse nele, assim como o futebol chinês, destino criticado pelo presidente. "Para jogadores ascendentes, como ele, não é hora. Temos de ter calma. Aconselhamos a ele que esqueça essa janela", explicou o mandatário santista.

Mais do que o título paulista, para o presidente do Santos, Modesto Roma Junior, a principal conquista do clube em 2015 foi o resgate da credibilidade. Quando assumiu o cargo, em dezembro do ano passado, o Santos passava por uma grave crise financeira e jogadores estavam buscando a Justiça para romperem os seus contratos devido à falta de pagamento de salário. "Hoje, o jogador tem confiança no clube e isso é fundamental", comemora Modestinho, em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada nesta segunda-feira. Confira a mesma a seguir:

Foi uma surpresa terminar o ano com o título do Campeonato Paulista e o segundo lugar na Copa do Brasil?

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Mais importante do que tudo isso foi o resgate da credibilidade. Pegamos o clube com muitas dificuldades e problemas, mas evoluímos bastante. No começo do ano, todo mundo estava querendo sair. Agora, todo mundo quer jogar no Santos. Mudou a forma de o jogador ver o clube. Hoje, o jogador tem confiança no clube e isso é fundamental.

Essa mudança de cenário deixa o senhor otimista para montar um time mais forte em 2016?

Acho que será um ano melhor porque teremos uma folga financeira maior. Passamos 2015 sem patrocínio master, por exemplo, e, para 2016, acredito que vamos conseguir um parceiro comercial porque a situação está muito diferente. Antes, ninguém queria associar a sua marca a um clube que estava vivendo uma situação muito ruim, com vários problemas financeiros.

Como vê o Profut (Programa de Responsabilidade Fiscal do Futebol) neste novo cenário?

O mais importante do Profut é que os clubes passarão a ter uma gestão mais responsável. É fundamental você estar em dia com seus funcionários e atletas. No fim do ano passado, durante o processo de transição de diretoria, vimos funcionários chorando porque não tinham dinheiro para o Natal. Agora, estão todos com os salários e prêmios em dia. Isso é muito gratificante.

Com o equilíbrio das finanças, o senhor pretende contratar quantos jogadores para 2016?

Nosso problema maior hoje é na zaga. Queremos contratar um ou dois zagueiros para reforçar a defesa.

Como estão as negociações para o retorno do Robinho?

Ele pode voltar desde que tenha um parceiro forte que nos ajude a pagar os salários. Não podemos contratar gastando mais do que a gente tem em caixa. Isso é fundamental porque precisamos ter responsabilidade na gestão. O futebol brasileiro não aceita mais aquela história do ‘eu finjo que pago e você finge que joga’. É preciso ter receitas suficientes para cobrir as despesas. Por isso, já estamos conversando com parceiros para poder contar com o Robinho.

O senhor recebeu mesmo do empresário do Lucas Lima uma proposta de um clube da China de R$ 70 milhões pelo jogador?

Essa proposta é mentira. O que chegou a mim foi uma ‘propostinha’ de US$ 10 milhões (R$ 40 milhões), com pagamento parcelado. Não vamos queimar ativo porque queremos manter todos os jogadores. Temos planos para conquistarmos todos os torneios que vamos disputar no próximo ano.

Chegou alguma proposta oficial pelo Gabigol?

Não temos nenhuma proposta por ele. Você acha que o Gabriel vai sair do Brasil em ano de Olimpíada para jogar em qualquer outro lugar? Ele não vai sair. Está focado em permanecer aqui no Santos.

Para continuarem na Vila, Lucas Lima e Gabigol terão aumento salarial?

Esses dois jogadores já tiveram os seus contratos renovados este ano.

O senhor considera que foi um erro pedir o adiamento da final da Copa do Brasil?

Não vejo dessa forma. O time estava muito cansado naquela ocasião. Os médicos e fisiologistas nos mostraram que não foi um erro. E também precisamos lembrar que foi uma solicitação dos quatro clubes que estavam nas semifinais da Copa do Brasil.

Como o senhor avalia a atual situação da CBF?

O futebol brasileiro precisa ser passado a limpo. Os clubes têm de exigir que a CBF mude o rumo. Chega de corrupção e maracutaia. Não dá para continuar nessa situação. Será um ato de grandeza do Marco Polo Del Nero (presidente licenciado da entidade) comandar essa mudança e convocar nova eleição para trocar toda a cúpula da CBF. Os clubes têm de ser protagonistas e precisam lançar um candidato. Temos bons nomes para isso.

O presidente do Santos, Modesto Roma Junior, atacou os empresários de atletas durante audiência pública da CPI do Futebol do Senado, realizada nesta quarta-feira em Brasília. O dirigente chamou os agentes de "gigolôs" e "cafetinadores".

"É preciso que se acabe com esses verdadeiros gigolôs do futebol brasileiro. Os clubes estão nesta situação de penúria muito mais por estes gigolôs do que pelas entidades representativas. Não há pecado nas federações e na CBF? Claro que há. Mas pior do que eles são esses cafetinadores de jogadores de futebol", disse Modesto Roma Júnior.

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O dirigente aproveitou a audiência com os senadores para sair em defesa dos cartolas. "A visão dos dirigentes é que nós somos ladrões e desonestos e estamos locupletando do futebol. Sabemos que isso está longe de ser a verdade", afirmou.

Modesto Roma Júnior também defendeu que os presidentes de clube têm de ser remunerados. "Temos de ter pessoas responsável para administrar esse patrimônio do futebol brasileiro, que é o futebol. Vou ficar três anos e não quero reeleição. Trabalhar como trabalhar sem remuneração é um castigo muito grande. Os presidentes tem de passar a ter remuneração. Eu na minha gestão não terei, mas espero que meu sucesso tenha", disse.

Ao cruzar o portão do Complexo Modesto Roma pela última vez, no início da tarde de quinta-feira, Enderson Moreira se sentia mais um na lista de treinadores demitidos neste início de temporada. A versão do Santos é outra. O presidente Modesto Roma Júnior disse ter cancelado uma consulta com o seu odontologista para ir ao Centro de Treinamento Rei Pelé conversar com Enderson sobre suas declarações criticando os jogadores da base e ter sido surpreendido com as reclamações de atraso de cinco meses no pagamento de direito de imagem e de não ter sido atendido em alguns pedidos de contratação de reforços do treinador. Com a insatisfação duas partes teria se chegado a acordo para o rompimento amigável do contrato.

"Não houve demissão e nem pedido de demissão. Foi um acordo entre as partes pela saída. O motivo foi que ele demonstrou insatisfação e disposição de não continuar no clube", disse Modesto Roma Júnior. O dirigente explicou, em coletiva na Vila Belmiro, nesta tarde, que pretendia apenas dizer ao técnico que certos assuntos só podem ser discutido internamente que ele estava se abrindo demais para os jornalistas.

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Para os assessores de Enderson, o técnico foi demitido. Alguns dirigentes santistas acreditam que Enderson já estaria apalavrado com o Vasco e começou a forçar a demissão para não ter de abandonar o time em meio à uma competição. Primeiro ao exigir publicamente a troca de Thiago Ribeiro por Walter e depois ao criticar o comportamento dos garotos do elenco. Também foram despedidos o auxiliar técnico Luiz Fernando Flores e o observador técnico Ricardo Leão.

A princípio, o Santos será dirigido pelos interinos Marcelo Fernandes e Serginho Chulapa no jogo contra o Botafogo, domingo, em Ribeirão Preto, pelo Campeonato Paulista. Mas, há a possibilidade de o novo treinador ser contratado nas próximas horas.

O candidato mais cotado no momento é Dorival Júnior, um dos principais responsáveis pelo sucesso do time de 2010 (conquistou o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil), logo após a posse de Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, e que foi demitido por fazer questão de punir Neymar, que o desrespeitou publicamente, deixando-o fora de um clássico contra o Corinthians. Outro nome forte é de Vagner Mancini e como terceira opção aparece o ex-zagueiro santista Argel.

"Não adianta treinador que não tenha alma do torcedor santista. Também não dá para pagar mais do que o clube arrecada e o treinador precisa saber é que não vamos prometer salário que não caiba no nosso orçamento. Não vamos agir de afogadilho e contratar técnico com salário de R$ 500, 600 ou 700 mil".

Bem menos do que a demissão de Oswaldo de Oliveira, em setembro do ano passado, pela administração de Odílio Rodrigues Filho, a dispensa de Enderson surpreendeu porque o Santos vem de duas vitórias convincentes diante de Portuguesa e Linense, ambas no Pacaembu, soma 17 pontos no Grupo D, com 11 de vantagem sobre o XV de Piracicaba (segundo colocado da chave) e está perto da classificação às quartas de final do Campeonato Paulista, além de ele ter sido atendido em todos os pedidos de contratações, à exceção de Walter, em razão dos altos salários do atacante do Fluminense e de Thiago Ribeiro, que seria envolvido na troca.

Pela primeira vez desde que chegou ao clube, Enderson demorou mais de meia hora entre o encerramento do treino e a sua chegada à sala de entrevista do CT Rei Pelé para conceder a que seria a sua última entrevista como treinador santista. Segundo Modesto Roma Júnior, ao falar com os jornalistas, o acordo já tinha sido feito. "Combinamos que ele não falaria nada e Enderson cumpriu".

Modesto Roma Junior, novo presidente do Santos, afirmou nesta segunda-feira que o orçamento do clube para contratações em 2015, cerca de R$ 9 milhões, não permite a montagem de um elenco competitivo. Por isso, ele já indicou que o Santos vai continuar apostar nos jogadores do elenco atual, que levou a equipe a posição mediana na tabela do Campeonato Brasileiro.

"No futebol, esse valor não é suficiente para montar um elenco forte, mas o Santos tem uma base sólida", afirmou o dirigente, em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, na Vila Belmiro. "Não podemos negar a qualidade técnica do Caju, Arouca, Robinho. O Santos tem uma base sólida" afirmou.

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Odílio Rodrigues, presidente que está encerrando seu mandato, reconheceu as dívidas do clube. "As dívidas são históricas em todos os clubes de futebol. Nós também assumimos com dívidas. É a equação do futebol que está errada", afirmou o dirigente.

Modesto Roma Júnior venceu a eleição realizada no sábado e tomará posse no dia 22 de dezembro. O pleito foi remarcado porque, no último sábado, houve suspeita de fraude em uma das urnas. As urnas eletrônicas falharam novamente e a votação foi realizada em cédulas de papel. Modesto Roma Júnior se elegeu com 1.321 votos de um total de 5.127 e teve o apoio do ex-presidente Marcelo Teixeira.

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