Tópicos | MP 601

O governo tentará incluir na Medida Provisória 615, em tramitação no Congresso Nacional, a criação do Reintegra (programa que devolve ao exportador 3% do faturamento com vendas de manufaturados) e a desoneração da folha de salários para os setores do varejo e construção civil. O relator da MP, senador Eduardo Amorim (PSC-SE), deverá apresentar um emenda com estas mudanças. Esta foi a solução encontrada para evitar que as medidas percam eficácia depois que a Medida Provisória 601 caducou nesta segunda-feira, 3, com a decisão do Senado Federal de não votar a MP a tempo.

O governo tentará agora correr contra o tempo e irá pressionar a sua base no Congresso para aprovar a MP 615 antes do recesso parlamentar de julho. Fontes dizem que o governo também quer que a emenda do relator para o Reintegra seja retroativa a 4 de julho, para que as empresas não percam o direito de receberem este crédito.

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No caso da desoneração da folha, a situação é mais complicada. A avaliação é que os dois setores voltarão ao sistema antigo de pagamento da contribuição patronal ao INSS e terão que esperar o período de noventena após a sanção da MP 615 pela presidente Dilma Rousseff para voltarem a ter a folha de salários desonerada. Varejo e construção civil estavam desonerados desde 1º de abril. As empresas já estavam com o novo sistema de contribuição operando.

A MP 615 foi publicada no final de maio e trata, entre outros assuntos, o pagamento de subvenção econômica a produtores de cana-de-açúcar do Nordeste. A medida também regulamenta o pagamento por meio de dispositivos móveis.

O texto final da Medida Provisória (MP) 601 foi aprovada nesta terça-feira (28) pela Câmara dos Deputados. Essa medida estende a vigência do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), que devolve às empresas parte dos tributos com base no faturamento com exportação. Além disso, a MP 601 amplia a desoneração da folha de pagamentos para os setores da construção civil e do varejo. O texto foi aprovado com destaques.

O texto-base da MP foi aprovado pouco antes das 15h30. Em seguida, os parlamentares analisaram os destaques. Uma das emendas aceitas, de autoria do PSB, restaurou a redação original da Medida Provisória e retira do regime de desoneração da folha de pagamentos produtos do segmento de Tecnologia da Informação (TI). A justificativa dos pessebistas é que pequenas e médias empresas de TI seriam prejudicadas.

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