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Lançado recentemente pela Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco para estimular a visita aos diversos destinos turísticos do Estado, o Passaporte Pernambuco agora também conta com carimbos de quatro equipamentos culturais gerenciados pela Secult-PE/Fundarpe. Os visitantes poderão registrar a passagem pelo Museu do Estado, Torre Malakoff, Casa da Cultura e Museu do Trem. Também será possível adquirir o caderninho com aparência que lembra o passaporte oficial e começar a participar a partir de então.

A ação de marketing lançada em outubro deste ano brinca com o bairrismo pernambucano e a expressão “meu país Pernambuco”. O passaporte foi distribuído pelos Centros de Atendimento ao Turista, agências de turismo de Pernambuco e de outros estados, além de destinos como os equipamentos culturais da Fundarpe.

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Cada destino possui um carimbo colorido individual que são marcados nas páginas em branco do passaporte após cada visita. A estratégia faz parte da retomada do turismo no Estado. Outros espaços culturais deverão receber carimbos personalizados em breve.

“É uma iniciativa muito positiva que chega para contribuir bastante para a difusão dos atrativos turísticos do estado. As pessoas se sentem convidadas a visitar, conhecer os lugares e, assim, guardar a lembrança por meio do carimbo. Aqui no Museu do Trem, por exemplo, já recebemos vários visitantes nos últimos dias procurando o Passaporte ou querendo registrar sua visita por meio do nosso carimbo”, afirmou André Cardoso, do educativo do Museu do Trem.

Confira abaixo os endereços dos equipamentos culturais integrantes do Passaporte Pernambuco:

Museu do Estado de Pernambuco

Av. Rui Barbosa, 960 – Graças

Torre Malakoff

Praça do Arsenal, s/n, Bairro do Recife

Casa da Cultura

Cais da Detenção, s/n, Santo Antônio

Museu do Trem

Rua Floriano Peixoto s/n, São José

 

*Via assessoria de imprensa

O Museu do Trem recebe, até a próxima sexta (6), a exposição Panela de Barro, Cultura no Prato. A mostra reúne centenas de peças produzidas por mestras loiceiras pernambucanas, todas postas à venda com preços entre R$ 5 e R$ 250. A visitação é gratuita. 

Em sua segunda edição, a exposição recebe mestras de todo o estado, como Dona Deta, a mais antiga loiceira de Caruaru, além de Cida Lima, Neguinha, Joselina, Luíza dos Tatus e Adelma Silma, de Belo Jardim, entre outras. Os visitantes poderão adquirir as peças expostas que estarão à venda por valores acessíveis, começando a R$ 5. Quem comprar alguma peça poderá retirá-la após o encerramento da mostra. 

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Serviço

Panela de Barro, Cultura no Prato

Até sexta (6) - 9h às 17h

Estação Central Capiba - Museu do Trem

Gratuito

 

Acontece no próximo domingo (4), a partir das 11h, na Estação Central Capiba - Museu do Trem, o projeto “Relicários: Memórias do som”. A mostra reúne uma série de dezesseis recitais de música clássica e apresenta um painel de canções sobre textos de importantes poetas brasileiros.

A banda Canção Brasil é a atração desta edição do projeto. O grupo desenvolve um expressivo trabalho de pesquisa e divulgação da música de concerto em Pernambuco, e irá mostrar para o público canções e poemas como “ Amor em lágrimas” (Poema de Vinícius de Moraes) “Melodias sentimentais” (Poema de Dora Vasconcelos), “Impressões Seresteiras” (Ciclo brasileiro nº2), entre outros.

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 Os ingressos custam R$ 2 (interira) e R$ 1 (meia), com renda revertida para o Lar Fabiano de Cristo, localizado na Avenida Afonso Olindense, 1946 - Várzea.

 

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A acessibilidade tem sido pauta em diversos debates na sociedade brasileira. A temática é discutida amplamente em diversas esferas, buscando atingir o entendimento de que há a necessidade de promover iguais oportunidades a todos cidadãos. Em equipamentos culturais, a falta de investimento em prol do acesso universal à cultura ainda é uma barreira que portadores de alguma deficiência (PcD) têm de lidar diariamente.

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No Recife, com menos de um ano de inauguração, os museus Cais do Sertão, Paço do Frevo e Estação Central Capiba não possuem um conjunto completo de estrutura e materiais para auxiliar o público com deficiências mental, visual e auditiva - além de estrangeiros - na compreensão das obras de arte exibidas ou de materiais interativos.

De acordo com o Estatuto de Museus, lei 11.904/2009, os museus têm de proporcionar a "universalidade do acesso, o respeito e a valorização à diversidade cultural". Nas disposições finais do Estatuto, consta que após sua publicação, os museus teriam cinco anos para se adaptar as novas normas e estruturas. No cenário atual, no entanto, é possível perceber que pouco mudou. "Na adequação dos equipamentos culturais, a gente percebe que há uma grande preocupação com a acessibilidade física, construindo rampas, elevadores e banheiros acessíveis, mas acessibilidade vai muito além do que a estrutura física do espaço", explica a professora de Museologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Emanuela Ribeiro.

No último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 25% da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência. A percentagem representa aproximadamente 45 milhões dos brasileiros, que podem sofrer com a falta de acesso a um bem cultural por terem limitações físicas ou mentais.

Cais do Sertão

Em abril de 2014, foi inaugurado o módulo 1 do Museu Cais do Sertão, no Bairro do Recife. O espaço é um dos equipamentos culturais , de Pernambuco com mais "tecnologias, tradições, desejos e sensações num só lugar", como diz em sua carta de apresentação. Ironicamente, em uma visita ao local, a equipe de reportagem do Portal LeiaJá constatou que ainda é escassa a presença da acessibilidade a todos os públicos.

Obras em formato de maquetes palpáveis, programação em Braille, legendas nos filmes exibidos nas cinco salas audiovisuais do museu e até mesmo opções de mudança de idioma em conteúdos interativos não fazem parte do moderno espaço expositivo. Em entrevista ao LeiaJá, o atual gestor do espaço, Célio Pontes, reconhece que o módulo 1 Cais do Sertão ainda não é acessível a todos os públicos. "Dentro de um mês estaremos realizando algumas mudanças para readaptar o museu", afirma. A assessora de Relações Institucionais do museu, Joana Chaves, informou que algumas mudanças já estão sendo programadas. "Traremos dentro de um mês cardápios de tradução em inglês e espanhol que falem sobre a exposição como um todo, audioguias e cardápio em Braille", esclarece.


Existem muitos elementos capazes de promover a acessibilidade a todos os públicos em espaços culturais. A museóloga Emanuela cita alguns: aparelhos de audiodescrição, audioguias, videoguias, materiais em Braille e profissionais preparados para lidar com visitantes diferentes. "Infelizmente, a gente tem um governo que ainda investe muito pouco numa maior qualificação dos equipamentos culturais da cidade e não prioriza a acessibilidade", diz a especialista.

Ela chama atenção para o fato de que a acessibilidade vai muito além do acesso de cadeirantes aos espaços culturais. "O investimento mais alto é a estrutura física para cadeirantes, que é presente em praticamente todos os museus do Estado porque é lei. Mas a acessibilidade de outras formas, embora seja acessível financeiramente, não desperta interesse", conclui Emanuela.

Paço do Frevo

Prestes a completar um ano, o Paço do Frevo, também localizado no Bairro do Recife, já atraiu mais de 100 mil pessoas desde a inauguração. Para a reestruturação do prédio onde funciona o museu, foram investidos mais de R$ 14 milhões. No Paço, existe a estrutura de acessibilidade física, com rampas, elevadores, pisos especiais e banheiros adaptados.

A falta de uma ‘cultura de acessibilidade’ pode atrapalhar quem precisa mesmo quando há toda a estrutura física disponível. Enquanto estava no Paço do Frevo, a reportagem do LeiaJá presenciou um fato que ilustra a necessidade desta cultura: uma cadeirante precisava subir no elevador e não havia nenhum guia para acompanhá-la. A filha da deficiente solicitou ajuda de uma das 'educadoras' que estava no elevador, mas ela alegou que não estava indo para o mesmo andar. "Acessibilidade não é só ter uma arquitetura apropriada. Ainda falta bastante essa cultura no Brasil e no Recife, principalmente", reforça a professora Emanuela Ribeiro.

A estrutura do Paço é dividida em três andares, com salas interativas, expositivas e de pesquisa. A maioria dos vídeos exibidos no museu conta com legenda, porém em uma das salas, que contém uma enorme quantidade de livros para os visitantes, nenhum deles está em Braille, o que prejudica a contemplação de um cego, por exemplo.

De acordo com o gerente de conteúdo do Paço do Frevo, Eduardo Sarmento, a acessibilidade tem sido uma pauta constante da gestão. "Nesses primeiros meses conseguimos estruturar uma acessibilidade física e também temos o intuito de tornar acessível o entorno do Paço", conta. Eduardo friza a importância de concluir novos desafios. "Neste momento, estamos construindo nosso repertório para garantir a acessibilidade de todas as formas. Em 2015, pretendemos desenvolver aplicativos que facilitem a comunicação com os visitantes, aprofundar a formação dos educadores e, de fato, garantir uma ampliação no público de visita", explica o gestor. "Queremos garantir que o maior número de pessoas possam visitar o espaço", conclui.

Estação Central Capiba (Museu do Trem)

A falta de acessibilidade (ou uma acessibilidade pela metade) é realidade em praticamente todos os espaços culturais da capital pernambucana. Reinaugurado recentemente, a Estação Central Capiba, localizada no centro do Recife, recebe em média 600 pessoas por dia. O museu passou por uma reforma que custou R$ 2,5 milhões.

O espaço ainda peca bastante em seguir o Estatuto dos Museus, com exceção da estrutura física para cadeirantes. Um guia - que preferiu não se identificar - comentou que cegos gostariam de tocar as peças em exposição no Museu, mas não há nenhuma luva especial para que se possa sentir o objeto através do tato. Os deficientes auditivos também sofrem, pois não há legendas nos vídeos nas salas de audiovisual do local.

Em entrevista ao Portal LeiaJá, o atual gestor e coordenador de artes visuais e conteúdo do Museu do Trem, Márcio Almeida, contou que há conversas diárias com a equipe e que, por não saber se continuará no cargo, não poderia prometer nada. "Sabemos que algumas coisas devem ser feitas pela gestão em relação à acessibilidade, Braille, outros idiomas. Atualmente, estamos vendo uma maneira de disponibilizar luvas para quem precisasse tocar nas peças, já estamos pesquisando isso", justifica Márcio.

Estrangeiros

De acordo com a Secretaria de Turismo e Lazer do Recife, no ano de 2014, no período do carnaval , cerca de 800 mil turistas visitaram a capital pernambucana. Dentre os turistas, existem os estrangeiros, que em grande parte não têm o domínio da língua portuguesa. Conhecer a cultura da cidade em equipamentos culturais é uma dos principais roteiros desses visitantes. No entanto, muitos esbarram na falta de investimento em tradução da exposição para outros idiomas e guias que não falam outra língua.

No Cais do Sertão, há poucas traduções de obras, e em materiais audiovisuais não há a opção de mudança do idioma. No Museu do Trem, o problema é grave. Praticamente nenhuma peça da exposição contém traduções para outros idiomas. O Paço do Frevo, no entanto, possui praticamente todas as obras traduzidas para o inglês. Ainda de acordo com o Estatudo do Museus, Art. 35. 'Os museus caracterizar-se-ão pela acessibilidade universal dos diferentes públicos, na forma da legislação vigente'. Embora há uma lei que guie os equipamentos culturais, não há um monitoramente desses espaços em sua maioria.

 

Trem das Onze, composição de Adoniran Barbosa, é um dos clássicos da Música Popular Brasileira e retrata uma época na qual o transporte ferroviário era um dos principais meios de locomoção no país. A cena pode parecer estranha para os navegantes nascidos após os anos 90. No entanto, soa nostálgica para quem tem um pouco mais de 30 anos e que, certamente chegou a ver as enormes locomotivas em funcionamento.

O Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura e Fundarpe, realiza a inauguração da Estação Central Capiba, antigo Museu do Trem, nesta segunda (22), às 17h, no bairro de São José (Recife). Na estreia do equipamento cultural, haverá a exposição Chegada e Partida – A Memória do Trem em Pernambuco, que reúne mais de 500 peças sobre a memória ferroviária pernambucana. Na reforma, foram gastos mais de R$ 2,5 milhões em requalificações e compra de equipamentos.

O Museu do Trem, que tem Gilberto Freyre como patrono, foi inaugurado em 25 de outubro 1972 e desativado em outubro de 1983. O espaço é considerado o primeiro Museu do Brasil e o segundo do gênero da América Latina. Além de reformas na estrutura física, o equipamento cultural recebeu elevador, gerador de energia elétrica, projetos de climatização, iluminação, expográfico, sistema de combate a incêndio, sinalização bilíngue, cenografia, equipamentos multimídia e câmeras de segurança.

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Exposição

A exposição Chegada e Partida – A Memória do Trem em Pernambuco, que tem curadoria do museólogo Aluízio Câmara, busca reconstruir parte da memória ferroviária de Pernambuco, incuindo inovações tecnológicas, com ênfase na Revolução Industrial.

A mostra também aborda todo o imaginário estético que envolve as ferrovias, como a relação tempo/espaço, passado/presente, os sons que envolvem essas mudanças no cotidiano das cidades, como o apito do trem, os sinos da estação, e toda uma visão poética que remete aos trens.

A exposição reúne mais de 500 peças como cadeiras, bilheterias, carimbadores, sinalizadores, apitos, relógios, além de fotografias, cartazes, textos e diversos outros aparelhos relacionados no contexto do trem.

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Área Externa

O público poderá conhecer carroças e locomotiva a vapor do início do século XX. De acordo com a assessoria de imprensa da Fundarpe, uma das melhores máquinas a vapor já construídas, com capacidade de puxar 70 vagões, estará em exibição.

Com requalificações, o espaço contará com recursos multimídia, que também estão incluídos na mostra. Na entrada do museu, o público poderá assistir a um vídeo sobre o museu e a história da indústria do ferro e do trem. Em outra sala, intitulada 'O Túnel', quem estiver visitando o espaço cultura, poderá se deparar com uma imagem, em 3D, de um trem que sai de um túnel e vem em sua direção.Haverá ainda aulas sobre variados assuntos, tais como a Revolução Industrial, a Arquitetura do Ferro no Brasil e em Pernambuco, o Patrimônio Ferroviário do Estado, entre outros.

O museu atende a diversos públicos, desde estudantes do ensino fundamental até alunos de graduação, por exemplo. Escolas ou universidades em levar alunos devem realizaro o agendamento da visita, que poderá ser feito previamente, por telefone ou no local, e a mediação terá aproximadamente 40 minutos, podendo variar conforme a necessidade da visita. 

Serviço

Inauguração da Estação Central Capiba/ Museu do Trem

Segunda (22) |17hs

Estação Central Capiba (Rua Floriano Peixoto, s/n, São José)

Visitação: Terça a sexta | 9h às 17h. Sábados e domingos | 10h às 17h

Telefone para agendamento: (81) 3184 3097

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