No Dia do Frevo, comemorado em 9 de fevereiro, tem festa dupla no Paço do Frevo: é também dia de celebrar os nove anos de existência do museu. Para brindar a manifestação que é Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco e o aniversário do Centro de Referência em Salvaguarda do Frevo, o Paço e a Prefeitura do Recife, com apoio cultural da Organização de Estados Ibero-americanos (OEI), prepararam uma programação especial e gratuita durante todo o dia, vibrando o tema escolhido para nortear as ações de 2023 da casa: “Frevo vivo”, em alusão às reflexões propostas pela nova exposição de longa duração do Paço, inaugurada em dezembro passado.
É com festa que o equipamento cultural se reafirma como um lugar em que o Frevo pulsa e vive de janeiro a janeiro. Visitações temáticas, vivências práticas de Frevo e apresentações estão na agenda.
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A partir das 18h30, a programação do palco na Praça do Arsenal irá celebrar a harmonia do diálogo entre o passado e o presente, as tradições e as inovações. A Orquestra Henrique Dias, com seus 69 Carnavais de história, é que abre os clarins da festa. Em seguida, às 20h, assume a Orquestra Malassombro com o frescor de novos frevos e, para fechar a noite, um encontro de gigantes entre o grupo Guerreiros do Passo, representando as origens do Frevo no passo e nas ruas, e o Maestro Ademir Araújo, o Maestro Formiga, arranjador e compositor dos mais respeitados, acompanhado da Orquestra Popular do Recife, idealizada em 1975 por Ademir e pelo escritor Ariano Suassuna.
“Celebrar o Frevo é reafirmar nossas identidades culturais, com virtudes formadoras como resistência e inventividade. Quanto mais diálogos temos com a nossa história, com a diferenciada construção cultural do Recife, que tem no Frevo um dos berços fundamentais, mais aprendemos sobre nossos potenciais. E assim criamos mais. O Frevo nos renova, o Paço ajuda a renovar o Frevo”, destaca o secretário de Cultura do Recife, Ricardo Mello.
"A programação é uma grande celebração com três orquestras de sotaques diferentes. A Henrique Dias, que é protagonista na formação de muitos músicos de Recife Olinda; a Malassombro, que faz uma leitura muito interessante do Frevo de Bloco, uma poesia contemporânea; e a Orquestra Popular do Recife, do genial Maestro Formiga. Convidamos ainda os Guerreiros do Passo para contar a história do Frevo através da dança", diz Mery Lemos, gerente de conteúdo e Escola Paço do Frevo.
DOSES DE FREVO - Ao longo do dia, para ir esquentando, haverá roteiros temáticos mediados, chamados “Doses de Frevo”, para que os visitantes conheçam todos os detalhes da mostra “Frevo vivo”, que ocupa a ala térrea do museu. Acontecem em quatro horários: 10h, 11h, 14h30 e 15h30, com duração de 1h. Em cada horário, os educadores do museu receberão o público espontâneo, sem necessidade de agendamento prévio, apresentando a exposição sob diferentes temáticas, através de dinâmicas e vivências que incorporam música, dança e história.
São elas: “Elas são Frevo” (10h, visibiliza o protagonismo das mulheres na construção da história do Frevo), “Agremiações e territórios do Frevo (11h, evidencia a relação do espaço da rua/cidade com o surgimento do Frevo e a organização das agremiações), “Patrimônio” (14h30, contempla a importância do conceito de patrimonialização para a cultura popular) e “Negritude” (15h30, conta a história do Frevo a partir das vivências e contribuições da população negra do Recife para o desenvolvimento dessa manifestação cultural).
No dia do Frevo, o Paço também irá oferecer sessões especiais das “Vivências de dança”, aulas de curta duração para quem quer cair no passo, nos seguintes horários: 15h, 15h40, 16h20, 17h. O acesso é gratuito.
TROCA-TROCA, FEIRA DE EMPREENDEDORAS E CARTILHA - Dentro da semana de celebração do aniversário do Frevo e do Paço, o museu promove duas feiras. Nesta quarta (8), das 16h às 19h, a “Troca-troca - Barracão Carnavalesco” propõe que, em vez de jogar fora, criando lixo que pode durar até séculos, foliões e foliãs tenham a opção de trocar com outras pessoas fantasias, acessórios, adereços e materiais de Carnaval. A feira faz parte das ações do projeto de sustentabilidade no Carnaval “Séculos depois da festa”, do Paço com patrocínio da Valgroup, com o objetivo de buscar e praticar novas alternativas e ideias com mais consciência ambiental na folia. A participação é gratuita mediante inscrição neste link.
Nesse mesmo dia, o Paço do Frevo fará o evento de lançamento de uma cartilha de boas práticas para um Carnaval mais sustentável. O guia será disponibilizado gratuitamente nas redes sociais e no site do museu em formato PDF, o que garante acessibilidade para pessoas cegas ou com baixa visão através de aplicativos de leitores de PDF.
E na sexta (10), acontece a feira "No corre do Frevo", uma mostra de empreendimentos liderados por mulheres que produzem e comercializam suas criações carnavalescas o ano inteiro, mostrando que sempre há muito trabalho antes, durante e depois da festa. Cinco marcas de acessórios e vestuário estarão expondo e comercializando suas produções no térreo do Paço, das 10h às 16h30: Serpentina Moda e Folia, DA Acessórios, Confetes, Vamo Brilhar! e Floramar.
FREVO VIVO - Após celebrar dez anos do reconhecimento do Frevo como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, no final de 2022, o Paço do Frevo reafirma seu compromisso enquanto política pública de salvaguarda do ritmo de forma inclusiva, representativa e contínua, festejando a tradição em diálogo com as questões do presente, sem se esquecer de mirar o futuro. O museu, que vibra com cada um dos 105 mil visitantes que por lá estiveram ano passado, tem como tema deste ano “Frevo vivo”, conceito que mostra que o Frevo não é apenas um museu de memórias do passado. Pelo contrário, ele segue vivo, inquieto, pulsante e em constante transformação, nos corpos, na cidade e no mundo, 365 dias por ano.
Dando visibilidade a personagens e pontos de vista até então menos presentes, como mulheres, crianças, a negritude, os artesãos e as artesãs, “Frevo vivo” é também o nome da nova exposição de longa duração do Paço. Inaugurada em dezembro de 2022, com patrocínio master do Instituto Cultural Vale, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e construída de forma coletiva por diversos colaboradores e colaboradoras locais, a “Frevo vivo” dá as boas-vindas aos visitantes com uma ala térrea toda reformulada. Desde a inauguração do Centro de Referência em Salvaguarda do Frevo, há oito anos, a exposição de longa duração não era atualizada.
“Frevo vivo” une tradição e inovação ao reverenciar o Frevo como patrimônio vivo, reunindo composições, manifestações e registros da atualidade sem esquecer as raízes. Os visitantes vão encontrar reformulada a já conhecida linha do tempo exposta no museu, que agora destaca a história através de um recorte de fatos e temas pouco visibilizados, mas fundamentais para que o Frevo se tornasse a potência que é. Além disso, a exposição apresenta duas instalações inéditas: uma cartografia sonora do Frevo e uma vídeo-instalação.
Para a diretora do museu, Luciana Félix, “o tema ‘Frevo vivo’ cumpre a missão institucional do Paço de olhar, como centro de referência em salvaguarda, o que acontece no dia a dia, as pautas urgentes e os debates profundos que cercam a cultura popular, valorizando as tradições ao mesmo tempo em que está atento ao que emerge do cotidiano. É uma temática que traz uma expografia que não veio pronta, mas que passou por várias etapas de reflexão sobre os anseios da comunidade frevística nos oitos anos de existência do equipamento cultural”. “Valorizando essa pluralidade e os processos colaborativos, ouvimos as diversas comunidades que compõem o Frevo e também o público para entender as funções do equipamento cultural e as ações que devem ser priorizadas para os próximos cinco anos”, complementa Luciana.
PAÇO DO FREVO - O Paço do Frevo é reconhecido pelo IPHAN como centro de referência em ações, projetos, transmissão, salvaguarda e valorização de uma das principais tradições culturais do Brasil, o Frevo. Patrimônio imaterial pela UNESCO e pelo IPHAN, o Frevo é um convite à celebração da vida, por meio da ativação de memórias, personalidades e linguagens artísticas, que no Paço do Frevo encontram seu lugar máximo de expressão, na manutenção de ações de difusão, pesquisa e formação nas áreas da dança e da música, dos adereços e das agremiações do Frevo.
O Paço do Frevo é uma iniciativa da Fundação Roberto Marinho, com realização da Prefeitura do Recife, por meio da Fundação de Cultura da Cidade do Recife e da Secretaria Municipal de Cultura, e gestão do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG). Por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o patrocínio master do Instituto Cultural Vale, o papel de mantenedor do Grupo Ultra, patrocínio do Banco Itaú e da White Martins. Conta com o apoio do Grupo Globo, Pernambucanas, Rede e Valgroup.
SERVIÇO
“Doses de Frevo”
Roteiros temáticos mediados na “Frevo vivo”
10h, 11h, 14h30 e 15h30
1h de duração
Entrada gratuita
Vivências de Dança
15h, 15h40, 16h20 e 17h
Entrada gratuita
Apresentações | palco Praça do Arsenal
18h30: Orquestra Henrique Dias
20h: Orquestra Malassombro
21h30: Guerreiros do Passo e Orquestra Popular do Recife com Maestro Formiga
Acesso gratuito
*Via assessoria de imprensa.