Tópicos | Museu do Trem do Recife

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As particularidades, crenças e histórias do Ciclo do Cangaço e coronelismo em Pernambuco ganham vida nas páginas da HQ Luto. Lançada neste sábado (18) no Museu do Trem, área central do Recife, a obra conta com roteiro de Bruno Florêncio e edição de Gabriela Pimentel e narra, a partir de uma linguagem simples, fatos da cultura popular do Estado como a guerra entre as famílias Bezerra e Araújo. Além de ser o espaço para o lançamento de Luto, o equipamento cultural abriga uma exposição dedicada à obra que segue até o dia 31 de agosto.

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Apresentada previamente durante a  Bienal Geek em Pernambuco e no Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ) em Minas Gerais, a obra faz um resgate da identidade sertaneja e do cangaço a apartir da mistura de ilustrações em xilogravura, em preto e branco, e outros desenhos em cores.

Das pesquisas etnográficas até a finalização e lançamento do livro foram contabilizados quatros anos. "O processo de pesquisa e construção da obra teve início em 2014. Foi realizado um levantamento bibliográfico e uma adaptação dela para a HQ", explica Bruno em entrevista ao LeiaJá.

De acordo com o roteirista, o título que dá nome a HQ faz referência à presença da morte em um processo de ciclo na narrativa. "O luto é um estado presente no universo dessas famílias do livro, é quase um movimento cíclico, uma obrigação de vingar a perda do pai ou parente", ressalta o roteirista.

Responsável pela edição da obra, Gabriela Pimentel reafirma o compromisso da narrativa com a divulgação da cultura popular pernambucana e a possibilidade de levá-la para além do Estado. "Estivemos em um evento em Curitiba e ficamos muito felizes com a receptividade da obra lá. Muitas pessoas ressaltaram a importância de levar esses enredos e resgatar essas histórias", comenta. Confira a entrevista com Bruno Florêncio e Gabriela Pimentel:

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Após quase 25 anos de pesquisas e estudos, o escritor britânico William Edmundson lança o livro A Gretoeste: a história da rede ferroviária Great Western of Brazil. A obra traz pesquisas inéditas em acervos documentários no Brasil e na Grã-Bretanha da Rede Ferroviária do Nordeste. O lançamento do trabalho em Pernambuco será na próxima terça-feira (17), na Estação de Trem Capiba, no Museu do Trem, durante a 14ª Semana Nacioal dos Museus.

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De acordo com o autor William Edmundson, o livro aborda a história do equipamento ferroviário que foi bastante utilizado pelo povo do Nordeste. “Ela foi criada em 1858 e chegou a dominar mais de 1.700 quilômetros de vias férreas em quatro Estados no Nordeste, e perdurou como uma empresa britânica durante quase um século até sua nacionalização em 1950. Além disso, o trabalho também examina o panorama histórico e econômico em todo o Brasil e explica como o fenômeno ferroviário britânico deu o impulso inicial para modernizar o País no século XIX”, falou. 

O escritor ressaltou a importância do estudo no contexto histórico e pessoal. “Quase todo inglês, pelo menos da minha geração, adora viajar numa locomotiva a vapor e conserva boas lembranças daquela época. No meu País, os passeios turísticos em carruagem antiga puxada por uma ‘Maria Fumaça’ são muito populares. Então, na minha percepção lembrar as muitas viagens por trem a vapor é como voltar ao passado”, disse.

Quanto ao desenvolvimento e manutenção da rede, Edmundson lamentou. “É uma pena que no Nordeste do Brasil, neste momento, não seja possível desfrutar disto, como é em vários lugares no Sul e Sudeste do Brasil. Embora, recentemente, a municipalidade de Gravatá tenha lançada a ideia de introduzir um passeio turístico nos trilhos da Serra das Russas”, concluiu.

Sobre o autor: atualmente, William Edmundson trabalha como consultor e escritor em João Pessoa, mas já treinou professores de língua inglesa e atuou na área de gerenciamento com British Council (Conselho Britânico), o levando a trabalhar na Colômbia, México, Brasil, Chile, e ao seu último cargo como Diretor do Conselho Britânico em Cuba. Ele já publicou sobre tópicos relacionados com a história da América Latina, principalmente Brasil e Chile, e sobre a história das locomotivas a vapor sobreviventes no Brasil.

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