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Nascido nas periferias do Recife, o bregafunk - estilo musical derivado do brega -, embora muito popular não chega a ser uma unanimidade. O teor de algumas composições, as coreografias e até mesmo sua origem, são capazes de fazer os mais ‘puristas’ torcerem o nariz para o fenômeno negando a ele um lugar no rol de manifestações da cultura pernambucana. 

No entanto, a despeito de seus opositores, o bregafunk continua crescendo - não só dentro de Pernambuco -, com vários artistas despontando, seja nas periferias ou fora delas. E mais: alguns desses querem provar que o estilo pode sim andar de mãos dadas com outros, até mesmo os considerados de ‘primeira categoria’, como a música erudita. É o que vem fazendo o músico Thiago Demétrio, conhecido popularmente como Nego Neey. 

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O jovem Nego Neey tem apenas 19 anos e quase dois mil seguidores no Instagram, onde publica vídeos em que aparece tocando seu instrumento, o violino. Morador de Aguazinha,  bairro periférico de Olinda, o rapaz divide seu tempo entre criar versões no violino para diversos bregafunks, bregas românticos e pagodes; e a oficina de carros, onde trabalha como mecânico. No tempo extra, Thiago ataca de DJ em festas. 

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Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, o violinista contou que aprendeu a tocar o instrumento por volta dos 10 anos de idade, quando participava de um projeto social em sua comunidade. Lá, ele executava diversas peças clássicas, mas alguma coisa estava faltando para que suas execuções ficassem perfeitas. “Eu gostava do instrumento mas não gostava muito das músicas, depois que eu fiz 18 anos  eu terminei saindo (do projeto)”. 

A partir daí, Nego Neey acabou descobrindo o que de fato queria fazer. A essa altura, ele já tinha conseguido comprar um violino, que ficou durante um tempo “encostado”, até que ele teve a ideia de juntar o clássico com o popular. “Eu tentei tocar uma música que eu gostava e postei, aí as pessoas gostaram do meu trabalho”. 

A partir da resposta positiva do primeiro vídeo, o jovem violinista não parou mais. Um de seus posts, compartilhado pela página Olinda Ordinária, já alcançou quase três mil likes. Em seu Instagram é possível vê-lo tocando e colcoando arranjos em músicas como Tatuado, de Tayara Andreza; Onde estás, Banda Sentimentos; e Senta Concentrada, MC WS, além de alguns pagodes. Todas com o toque especial de seu instrumento. O talento é natural, ele garante: “Eu toco de ouvido, pego e tento fazer no violino”.

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Thiago vive com os pais e uma irmã e se mostra tranquilo com a boa repercussão do seu trabalho musical na internet. O violinista, DJ e mecânico já passou por diversos palcos de teatros locais, com seu violino, e tem seus sonhos com a arte e a música, sim, porém, do topo de seus 19 anos, já demonstra a maturidade de entender que quem espera, tudo alcança: “Já sonhei bastante, mas pra tudo tem um momento, né?”. 

 

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Com uma musicalidade única, o grupo pernambucano Fim de Feira deu início a sua apresentação recitando um verso que tem como tema o nome da banda. O show encerrou a programação da noite deste domingo (22) no Arraial Arlindo dos 8 Baixos, no Parque Dona Lindu, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. 

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Entre uma música e outra, Bruno Lins, vocalista do grupo, elogiou o São João do Recife por valorizar a cultura nordestina e criticou as cidades do interior de Pernambuco por importar de outros estados bandas e ritmos que destoam da tradição do Nordeste. Durante o show, Bruno abriu seu coração para o público e contou que recentemente acabou um relacionamento (com a ex-BBB Bela Maia), bem como recitou um verso sobre o fim do casamento.

Fim de Feira surgiu em 2004 e traz em sua essência a cultura nordestina, misturando e produzindo sons únicos frutos da fusão de ritmos. Exemplos são coco, carimbó, maxixe, baião, além da forte presença poética. 

Pessoas de faixas etárias diferentes aprovaram e dançaram bastante ao som dos rapazes que em 2009 receberam o Prêmio da Música Brasileira, na categoria Melhor Grupo Regional. No backstage, uma funcionária do Dona Lindu chamou a atenção por emanar muita alegria e por não parar de dançar "Já tinha ouvido as músicas deles, mas ainda não tinha tido a oportunidade de ver um show e é muito bom, adorei", conta Inailza Alves.

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