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O festival Rec-Beat, que ganha vida no tradicional polo do Cais da Alfândega, no Recife Antigo, deu luz às criações locais do brega funk durante a realização do terceiro dia de evento, nesta segunda-feira (20).

O projeto "Baratino Loko", com sucesso, proporcionou ao público apresentações de Laryssa Real, MC de Casa Amarela; MC CH da Zona Oeste; e Mun Há, primeira MC travesti na história do gênero musical.

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O Baratino Loko foi introduzido por Calani, mas comandando pelo DJ Marley No Beat, dono de hits como "Julieta". A apresentação teve o acompanhamento de um intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras), que agitou a multidão com uma interpretação coreografada.

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O mundo do brega funk pernambucano pode perder uma de suas maiores estrelas. Isso porque Arthur Felipe, mais conhecido como MC Troia, nome bastante conhecido no cenário, afirmou por meio de sua conta no Instagram que está "cansado" e dando sinais de que pode encerrar a sua carreira no próximo ano.

Na última quinta-feira (15), o artista publicou: "Acho que está na hora de encerrar", se referindo a sua carreira. "Cansei de muita coisa, estou sem tesão pra continuar. Toda aquela energia que vocês sempre viam já não tenho mais. Acho que um tempo com a família e longe de certas coisas seria ideal", continuou.

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Na sexta-feira (16), ele gravou alguns Stories agradecendo o apoio de seus fãs e falando mais um pouco sobre a situação. "Não tem nada decidido, mas ano que vem pode ser o último ano [de sua carreira], mas não decidi nada ainda, não posso falar nada ainda, mas deixa Deus trabalhar. Vou continuar trabalhando normalmente esse ano e seja o que Deus quiser", declarou.

Emocionado, o MC apontou que vem sofrendo "uma pressão muito grande", além de muito estresse. "Muita coisa que está me fazendo ficar cansado, com aquela fadiga, mas vamos lá. Quem sabe é papai do céu. Vou esperar o Carnaval, trabalhar até lá, segurar a peteca e seja o que Deus quiser", pontuou. 

A MC de brega funk Louka MDC foi assassinada a tiros na noite dessa terça-feira (5), em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Ela estava no bairro de Águas Compridas, acompanhada de um adolescente que ficou ferido.

Vanessa Fernanda Henrique Aniceto, de 19 anos, foi morta com quatro disparos na cabeça. Testemunhas apontam que dois homens teriam executado a jovem, na Rua Ladeira de Giz.

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O adolescente foi socorrido por populares para a Policlínica Amaury Coutinho, no bairro da Campina do Barreto, na Zona Norte do Recife, e transferido para o Hospital Getúlio Vagas, onde permanece em estado saúde estável.

Em nota enviada ao G1, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirmou que ele teve um ferimento na região do tórax e passou por exames. Ainda não há previsão de alta. A Polícia Civil vai investigar o caso.

O meio do bregafunk foi pego de surpresa, na manhã deste domingo (26), pela notícia da morte do MC Boco do Borel. Reconhecido como um dos precursores do movimento, o artista foi baleado durante um show que realizava na praia de Serrambi, litoral sul de Pernambuco, e não resistiu aos ferimentos. Pelas redes sociais, os amigos lamentaram sua morte e prestaram homenagens. 

MC Boco tinha 34 anos e uma trajetória de sucesso dentro do funk e do bregafunk, além de ser considerado um dos pioneiros deste último. Em meados dos anos 2000, ele formou uma parceria de sucesso com MC Sheldon, hoje apenas Sheldon, e juntos emplacaram vários hits. A parceria se desfez em 2014 e, anos mais tarde, acabaram deixando de se falar por desavenças profissionais. 

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Pelo Instagram, Sheldon lamentou a morte do ex-parceiro e se emocionou. Em lágrimas, ele lamentou por não ter feito as pazes com Boco enquanto podia. “Eu e o Boco tivemos uma história de irmandade. O que me deixa mais triste é que eu não pude dizer o quanto eu amava ele. Ele não foi convidado para o meu DVD romântico e daí ficou com essa intriga boba, e a gente orgulhoso um com o outro, terminou perdendo tempo e não se falou e eu não o vi, não abracei, não pedi perdão. Boco não está mais aqui. O Borel, meu irmão. Sem palavras”, disse o cantor. 

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Outro precursor do bregafunk em Pernambuco, MC Leozinho do Recife, conhecido como O General, também lamentou a perda do amigo através do seu perfil. No último mês de novembro, ele e Boco haviam lançado a música ‘Voltei de novo pro mundão’, sobre a saída de Borel da cadeia. O cantor esteve preso preventivamente durante um ano e quatro meses por suspeita de tráfico de drogas. “A nossa missão nessa vida é cantar, chegou a hora: vem com o Leozinho brilhar, Boco”, diz a letra da canção.  

Reprodução/Instagram

Além de Sheldon e Leozinho, outros nomes de destaque da cena manifestaram seu pesar pela perda do artista através de seus perfis. Os MCs Japão, Elloco, Metal e Vertinho, além da cantora de brega Eliza Mell, foram alguns deles. O cantor Dadá Boladão também prestou sua homenagem e agradeceu ao artista pelo legado deixado. “Vai com Deus, guerreiro. Sua historia jamais será esquecida. Obrigado por tudo que você fez pelo nosso movimento e, de coração, descanse em paz. Luto”.

Enquanto o país luta contra a pandemia da Covid-19 e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vê os seus índices de rejeição crescerem, o filho "04" do mandatário nacional curte a sexta-feira (9) na praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco. 

A passagem de Renan Bolsonaro pelo Estado vem sendo registrada no seu perfil do Instagram. Nos stories, ele apareceu dizendo que estava vivendo um dia "off": "Vou pegar uma 'praiazinha' agora, relaxar um pouco". Depois, com um perfil mais de influenciador digital, ele apresenta o local em que está hospedado na orla de Porto. 

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Antes de seguir para o litoral pernambucano, Renan estava em Olinda, na Região Metropolitana, onde pediu para alguém o ensinar a dançar o brega funk.

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Na noite dessa terça-feira (2), em publicações nos stories de seu perfil oficial do Instagram, o músico Thiago Vitor de Melo Santos, mais conhecido como Mc Japão, fez desabafo sobre o cenário do brega funk atual de Pernambuco e disse estar deixando o movimento. Ele alegou que irá parar de fazer shows e no futuro talvez possa tentar outro estilo artístico.

Em seu anuncio, Japão disse que a sua saída estava ligada a motivos de desvalorização. Mais cedo, fez postagem direcionada às páginas @bregabregoso e o @bregapope.

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“Não precisa postar nada meu não rapaziada, demorou? Estamos caminhando na humildade, porque quando é coisa ruim, num instante a turma posta, mas quando Japão faz coisas boas, faz música nova, ninguém posta”.

Japão já esteve envolvido em algumas polêmicas. A principal delas envolve vídeo em que ele perseguia de carro a ex-namorada, a bailarina Vitória Kelly, por uma suposta traição. O cantor foi denunciado por injúria, difamação e lesão corporal em meados de 2019.

Thiago continuou seu desabafo relembrando que outros Mc’s mais antigos também estão sendo pouco valorizados.

“Cadê Leozinho? Cadê Sheldon? Que foi quem fez a cama pra vocês tá onde estão?”, escreveu.

Ele finalizou dizendo que prefere sair da cena brega ao invés de virar “chacota”.

“Podem ter certeza que quem perdeu não fui eu. Pra ser chacota e ser tratado como nada... prefiro correr em outra praia, sei do meu valor. Amo meus fãs e quem for de verdade vai apoiar, entender e respeitar. Eu estou péssimo aqui nesse cenário, não mereço isso, dei tudo de mim”.

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Acusado de 'virar a casaca' na semana que antecede a segundo turno da disputa à Prefeitura do Recife, MC Tróia gravou um depoimento, nessa sexta-feira (20), para desmentir seu suposto apoio ao candidato da situação, João Campos (PSB). Eleitor declarado de Marília Arraes (PT), o artista é responsável pela nova música de campanha da candidata e tratou a situação como fake news.

A polêmica começou quando a equipe de João convidou cantor, junto a outros personagens da cultura Brega Funk, para debater sobre projetos voltados ao ritmo pernambucano. Após a reunião, o MC fez uma foto com o candidato e a polêmica tomou as redes sociais.

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No perfil do representante do PSB, a imagem foi usada para reforçar a campanha de 'virada' de votos, tendo em vista que Marília assumiu a dianteira nas intenções de voto com 41% contra 34%, de acordo com a última pesquisa do DataFolha. "Esse voto a gente já virou", destaca a conta de João Campos, que aparece ao lado do artista. Foto foi excluída, após a polêmica, da rede social.

Acusado de 'traíra', prontamente Troia deu sua versão em um vídeo publicado no seu perfil. "Tô aqui muito bolado para falar de uma situação na qual vem mostrando minha imagem, em fake news. Acho que foi um erro", disse. Na legenda, o cantor também se posicionou, "dá uma segurada aí, só participei de uma reunião, o qual fui chamado, ouvi, mas tô aqui mantendo a minha escolha" (sic).

No primeiro turno, Tróia foi um dos expoentes da cena cultural periférica do Recife que declarou o voto e, inclusive, potencializou a campanha da candidata do PT, como explica, "desde o começo, desde o princípio, eu sou 13, fui 13 e mostrei muito bem a todos vocês qual a prefeita que estava apoiando. E todo mundo sabe que meu apoio é e sempre vai ser Marília", reforçou, para pôr fim à polêmica.

Na publicação do MC, o perfil de Marília condenou a estratégia da equipe de João Campos. "Aqui o oportunismo não se cria. Tamo junto, Tróia!", rebateu.

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Nascido nas periferias do Recife, o bregafunk - estilo musical derivado do brega -, embora muito popular não chega a ser uma unanimidade. O teor de algumas composições, as coreografias e até mesmo sua origem, são capazes de fazer os mais ‘puristas’ torcerem o nariz para o fenômeno negando a ele um lugar no rol de manifestações da cultura pernambucana. 

No entanto, a despeito de seus opositores, o bregafunk continua crescendo - não só dentro de Pernambuco -, com vários artistas despontando, seja nas periferias ou fora delas. E mais: alguns desses querem provar que o estilo pode sim andar de mãos dadas com outros, até mesmo os considerados de ‘primeira categoria’, como a música erudita. É o que vem fazendo o músico Thiago Demétrio, conhecido popularmente como Nego Neey. 

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O jovem Nego Neey tem apenas 19 anos e quase dois mil seguidores no Instagram, onde publica vídeos em que aparece tocando seu instrumento, o violino. Morador de Aguazinha,  bairro periférico de Olinda, o rapaz divide seu tempo entre criar versões no violino para diversos bregafunks, bregas românticos e pagodes; e a oficina de carros, onde trabalha como mecânico. No tempo extra, Thiago ataca de DJ em festas. 

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Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, o violinista contou que aprendeu a tocar o instrumento por volta dos 10 anos de idade, quando participava de um projeto social em sua comunidade. Lá, ele executava diversas peças clássicas, mas alguma coisa estava faltando para que suas execuções ficassem perfeitas. “Eu gostava do instrumento mas não gostava muito das músicas, depois que eu fiz 18 anos  eu terminei saindo (do projeto)”. 

A partir daí, Nego Neey acabou descobrindo o que de fato queria fazer. A essa altura, ele já tinha conseguido comprar um violino, que ficou durante um tempo “encostado”, até que ele teve a ideia de juntar o clássico com o popular. “Eu tentei tocar uma música que eu gostava e postei, aí as pessoas gostaram do meu trabalho”. 

A partir da resposta positiva do primeiro vídeo, o jovem violinista não parou mais. Um de seus posts, compartilhado pela página Olinda Ordinária, já alcançou quase três mil likes. Em seu Instagram é possível vê-lo tocando e colcoando arranjos em músicas como Tatuado, de Tayara Andreza; Onde estás, Banda Sentimentos; e Senta Concentrada, MC WS, além de alguns pagodes. Todas com o toque especial de seu instrumento. O talento é natural, ele garante: “Eu toco de ouvido, pego e tento fazer no violino”.

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Thiago vive com os pais e uma irmã e se mostra tranquilo com a boa repercussão do seu trabalho musical na internet. O violinista, DJ e mecânico já passou por diversos palcos de teatros locais, com seu violino, e tem seus sonhos com a arte e a música, sim, porém, do topo de seus 19 anos, já demonstra a maturidade de entender que quem espera, tudo alcança: “Já sonhei bastante, mas pra tudo tem um momento, né?”. 

 

Após fazer muito mistério nas redes sociais, Luísa Sonza entregou Braba, sua mais nova música. Bem sensual, a canção mistura o conhecido pop com o ritmo do brega funk, que vem fazendo muito sucesso ultimamente. Além disso, o próprio conceito de Braba já mostra que a cantora irá abusar de sua sensualidade.

Com os cabelos rosas e bem cumpridos, Luísa surge com um look todo brilhante enquanto segura uma espécie de arma que lança notas de dinheiro com seu rosto.

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O clipe de Braba também foi lançando no canal oficial da cantora no YouTube. 

 

Abrindo o feriadão, a Festa Baile Vitrinne traz um noite de brega-funk pernambucano nesta quinta-feira (14), às 22h. A festa acontece no Vitrine Pub, em Boa Viagem e recebe Sheldon, Dadá Boladão e Mc Abalo.

Um dos precursores do ritmo no Estado, Sheldon traz nos repertórios os seus maiores sucessos no brega romantico e no 'pancadão', como "Ela me Deseja"; "Saudade me Mata"; "Nega"; "A noite eu choro" e "Desconta a raiva com vontade".

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O cantor Dadá Boladão traz os hits "Vou te Machucar"; "Hit do Pontinho" e "Surtada", que estão fazendo sucesso no país. Já o Mc Abalo traz no repertório o sucesso "É só botadão"; "F1 na quebrada" e outras canções do brega funk. A festa conta com openbar e os ingressos custam R$ 60, à venda no local.

Serviço

Baile Vitrine

Quinta (14) | 22h

Vitrinne Pub (Rua Pedro Bérgamo, 36)

R$ 60

Informações: (81) 99771 6669

Conhecido como uma música de crítica social e mensagem acerca da dura realidade das periferias, o rap tem grandes representantes brasileiros. Racionais MC's; G.O.G.; Dexter; Sabotage; Emicida; todos homens. Da mesma forma, o trap e o brega funk são estilos que priorizam a diversão e incitam a sensualidade e já têm um leque de representantes de peso. Os trappers Chris MC, Matuê e Sidoka, e os bregueiros Dadá Boladão, MC Troia e Shevchenko e Elloco, são alguns exemplos de sucesso. E também homens. Mas esse cenário está mudando. A presença feminina, de discurso empoderado, é cada vez maior nessas cenas que, antigamente, eram majoritariamente dominadas por artistas masculinos.

As 'manas' também querem cantar sua realidade, além de fazerem questão de reivindicar o direito de ocupar os espaços, se divertir e, por que não, rebolar sem a necessidade de prestar contas ou pedir permissão a ninguém. Sendo assim, elas estão levantando suas vozes e fazendo música de qualidade que está atraindo um público igualmente crescente, ao passo que se multiplica o número de artistas mulheres no rap, trap e brega funk. 

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Foi a partir de uma situação de assédio que Rayssa Dias, de 24 anos, moradora de Salgadinho, em Olinda, decidiu criar o brega funk empoderado. Ao testemunhar uma amiga sendo apalpada durante uma festa, ela resolveu que usaria sua voz para exigir respeito no 'rolê' e fora dele também. "A gente estava numa casa de show e lá no evento um cara meteu a mão na bunda da minha amiga. A justificativa dele foi que tinha sido por conta da música. Aquilo mexeu comigo, eu disse: 'caramba, eu como cantora e poeta que faz parte da militância, isso acontece na minha frente e eu não vou poder fazer nada?'. Fiquei tão revoltada que no dia seguinte fiz uma música sobre isso".

Rayssa Dias é a criadora do brega funk empoderado. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Nos versos da música em questão, batizada de 'Fica na Tua' e gravada em parceria com a rapper Lady Laay, Rayssa é direta: "Quando eu chegar no baile, sentando e quicando, tu fica na tua! Se tu não respeitar, a idéia é uma só, tarado aqui no baile, nós passa o cerol". A cantora, na correria para fazer sua carreira acontecer desde os 12 anos, tendo passado pelo coral de uma igreja evangélica, bandas de brega romântico e batalhas de poesia, explica sua composição: "Quando a gente é mulher, a gente tem essa dificuldade de ser respeitada nos ambientes que a gente frequenta. O brega é um meio muito machista, até porque é dominado por homens, tem esse lado pejorativo que explora a sexualidade. As meninas querem rebolar a bunda, mas elas querem ser respeitadas".

A parceira de Rayssa em 'Fica na Tua', Lady Laay, sabe bem o que é abrir espaço para fazer seu ‘trampo’. MC, Bgirl e grafiteira, ela vem desde 2012 lutando para ser ouvida e respeitada no meio do hip hop. A estrada, de lá até cá, ensinou a Laay que o lugar que hoje ocupa é dela e não é necessário pedir licença para mostrar a que veio. "(Já passei por) tentativas de boicote, silenciamento, falta de valorização. Mas coloquei em mente que nós mulheres somos capazes de coisas grandiosas, e se a cena rap não enxerga isso, pra mim ela não é digna do nosso trabalho. Cansei, não precisamos tentar nos encaixar, nos diminuir pra caber num mundinho tão limitado e imaturo, cheio de homens que tentam nos diminuir porque sua masculinidade e ego podem ser frágeis demais diante da nossa capacidade", dispara a artista.

Agora, ela se aventura no meio do trap, indo na contramão da pegada comercial do estilo - que prioriza letras que falam sobre diversão, mulheres (em um sentido quase sempre pejorativo) e ostentação -; e criou o Afrontrap, o "trap de afronta". "Essa minha proposta se refere em mesclar a característica dançante e ousada do TRAP com o viés social na afronta de tocar em feridas da sociedade, tabus e temas polêmicos, que seriam trazidos nas letras de forma afrontosa e descontraída utilizando como principais artifícios o deboche e o sarcasmo", explica Laay. 

Consciente de seu papel social enquanto cantora e compositora, ela quer, através de sua música, politizar o estilo e "ser a mudança" que ela mesma quer ver. "Eu acredito que o artista, independente do gênero musical, tem uma responsabilidade sobre o impacto e consequências que sua música causará... Sobretudo quando o público alvo de sua música é uma parcela da população estigmatizada, vulnerável e que está à margem dos privilégios e até dos direitos básicos". 

Consciência do poder que suas vozes podem ter também é algo que não falta para as minas do Femigang. O grupo de rap formado pelas MCs Adelaide, Adelita, Maria Helena e a DJ Larissa é ‘cria’ do Recital Boca no Trombone, realizado no Alto do Pereirinha, no bairro de Água Fria, há cinco anos e que vem revelando talentos na cena hip hop pernambucana, sobretudo os femininos. O Femigang foi formado pela necessidade de ocupar esse espaço e veio com tamanha força e disposição de se firmar em uma cena tão masculina que já é tido como referência por outras MCs e rappers que vêm aparecendo no Recife, como comenta Adelaide. "É difícil porque a gente ainda é invisibilizada dentro do movimento, mas a gente conseguiu esse espaço batalhando pra caramba, e os frutos estão chegando".

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Dentre os frutos estão participações em eventos importantes, como o show do rapper Baco Exu do Blues, em maio deste ano, no Baile Perfumado, e o Baile de Favela, que contou com apresentações de lendas do rap nacional como o DJ KL Jay, do grupo Racionais MCs. Mas para as meninas do Femigang, realização mesmo é ver a satisfação do seu público feminino durante os shows sem contar na rede de apoio e acolhimento que elas compartilham com outras artistas. "A gente vem de movimentos sociais, que nós organizamos, e vamos abrindo espaço para outras mulheres que veem que não é só meninas em cima do palco botando som e que não fazem nada além disso A gente tá construindo de verdade com mulheres da periferia, então muitas meninas se sentem acolhidas de chegar", diz Adelaide. 

A poeta e rapper faz questão de frisar que além do acolhimento ao público feminino e às artistas mulheres, o esforço do grupo é ensinar aos homens a importância deles nesse movimento de empoderamento feminino. Elas não se incomodam em ensinar sobre questões importantes para que a igualdade de gênero seja alcançada. "Temos outra ideia de feminismo, estamos lidando com os homens da favela, então não temos aquele feminismo de excluir. A gente quer trabalhar com eles e desconstruir aquilo pra poder ensinar a eles e construir juntos. A gente recebe muitas críticas por causa disso, porque a gente escuta eles e quer dialogar. Mas vale à pena, porque a gente vê a semente crescendo, o que a gente tá fazendo tá andando".

Rede de apoio

As dificuldades enfrentadas por essas e outras artistas mulheres que escolhem segmentos considerados machistas para se expressar não são meras histórias de panfleto. As barreiras são reais e vão desde dificuldade em conseguir produzir trabalhos até perseguição e ameaças. Adelaide, do Femigang, lista algumas: "Primeiro que as vezes nem tem 'line' (programação) só de mulher ou com uma mulher, sempre é só homem. Na line que botava a gente, atrasava o som, cortava o som, o tempo era sempre menor, o tratamento não era o mesmo. Às vezes não chamavam a gente porque eles estavam comentando por aí afora que a gente tava querendo mudar o hip hop só para mulheres".

Outra artista, essa da cena trap, Margot - uma joem de apenas 19 anos, moradora de Caetés I, em Abreu e Lima, lista outros empecilhos como a falta de estrutura e dinheiro para botar o trabalho na rua. "Eles lançam som uma vez por semana, a gente passa seis meses para lançar um som. Temos poucas produtoras e beatmakers. Mas hoje em dia ter mulher na line gera um hype, é bom mostrar que tem mulher preta, periférica, mas ainda assim é pouco, a gente precisa mais que uma apresentação".

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Para burlar as limitações e barreiras, as meninas acabam criando uma rede de apoio. A própria Margot só aconteceu após as meninas do Femigang impulsionarem o seu 'corre'. Ela começou a se apresentar em shows do grupo, há cerca de um ano, e acabou engrenando na carreira. "Até hoje eu digo que minhas influências não vieram de fora, vieram daqui mesmo, elas (Femigang) foram as primeiras mulheres do rap que eu comecei a ouvir", diz Margot. 

Público feminino

Não é fazer 'música de mulher' mas sim, fazer música sobre e para mulheres. As artistas ouvidas por essa reportagem foram unânimes ao falar sobre a importância de serem reconhecidas pelo público feminino durante os shows. Falar diretamente para quem entende daqueles temas, por viverem o mesmo, é o que faz diferença no trabalho dessas minas. "Quando eu vou fazer show, algumas meninas nem conseguem curtir porque acho que elas ficam com aquele olhar assim impresisonado, elas me procuram e falam surpreendidas, me elogiam. As mulheres têm essa necessidade no meio do brega de dizer: 'poxa, era isso que eu queria ouvir e dizer quando eu escuto brega", diz Rayssa Dias.

Margot também tem essa resposta do seu público, a identificação com o que se diz no palco é imediata e as meninas acabam fazendo do show um momento só seu. "Só a gente fala aquilo que elas se identificam, se não for a gente, ninguém mais vai dizer, por isso nossa voz ecoa muito. Quando eu tô tocando e vejo aquele bate cabeça das meninas, muitas vezes os meninos vêm e elas não conseguem curtir, aí a gente pede pra eles saírem e deixarem elas à vontade também. Aquele é o momento delas". 

Já Lady Laay, se surpreendeu com o poder de alcance de suas rimas. Ela revela que o feedback de seu trabalho vem de inúmeras formas, mas, sobretudo, de pessoas que não são da cena rap. “Descobri isso quando me dei conta que a maioria dos convites de shows partiam de eventos/públicos que mal curtiam rap, e que curtiam meu trabalho simplesmente por se identificar com a mensagem e pela representatividade. Foi aí que decidi que se essa cena ignora as mulheres, eu ignorarei esta cena”. A cantora sintetiza bem o que ela e as outras artistas presentes nesta matéria - entre tantas outras que não puderam estar nesse espaço -, representam em suas cenas musicais e até mesmo fora delas: “O simples fato de fazermos o que fazemos já é um ato de resistência”.

Nascido no sul dos Estados Unidos, no fim da década de 1990, o trap - subgênero do rap - ganhou vulto e status no mainstream em meados da primeira década dos anos 2000. Nomes como Migos, Travis Scott, Lil Uzi Vert, Future e 21 Savage são apenas alguns exemplos do vasto celeiro de trappers gringos que colocaram o estilo no topo das paradas musicais, trilhas de filmes e até na boca dos cantores mais pop do momento, como Katy Perry e Lana del Rey. 

No Brasil, o estilo chegou por volta de 2014 um tanto tímido mas encontrando solo fértil para crescer. Segundo pesquisa feita pela plataforma de streaming Spotify, de 2016 até o primeiro semestre de 2019 o consumo de trap nacional cresceu em média 61% ao ano. O Sudeste  foi a primeira região a abraçar o estilo. Em Minas Gerais, uma cena já consolidada ostenta nomes como Sidoka, MC Caverinha, Chris MC e Delatorvi; em Guarulhos (SP), outros exemplos bem fortes no meio aparecem através de Raffa Moreira (Lil Raff), Klyn, Moah e Rare Kidd.

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O Nordeste não fica de fora desse roteiro. O cearense Matuê aparece como um dos trappers de maior evidência nos últimos tempos e contabiliza 1,3 milhões de ouvintes mensais no Spotify. No Recife, uma cena abastecida de MCs, produtores e beatmakers começa a tomar corpo e chamar atenção com suas produções. Os artistas do trap pernambucano têm conquistado números expressivos nas redes sociais e até mesmo em eventos e festivais, a exemplo de Nexo Anexo - considerado um dos trapmakers precursores por essas bandas que conta com mais de 400 mil visualizações no YouTube. 

De casa para o mundo

Em sua grande maioria, os trappers pernambucanos trabalham como artistas independentes. T-Bat (Thiago Batista), Suavinho (Tadeu Paiva), D3 (Daniel Tríade) e Joma (João Marcelo), sabem exatamente o que é preciso para fazer esse 'corre'. Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, os MCs - o mais experiente está na cena desde 2016 - contaram o quanto é preciso ralar e como produzem seu som a despeito de todas dificuldades. 

Os quatro empregam seus próprios recursos nas gravações de músicas e videoclipes, no estilo 'faça você mesmo’'. Eles garantem que a maior diferença do que é feito em Pernambuco para o que já está consolidado em lugares como Minas Gerais e São Paulo, é o nível de profissionalismo dos envolvidos na cena. "No Sudeste a galera tem toda uma estrutura. Aqui temos muitos MCs bons que fazem muitas músicas, mas a gente como independente não tem dinheiro pra investir sozinho”, diz Suavinho. 

JomaA falta de conhecimento em relação ao 'fazer' da indústria musical, como entender sobre os processos que envolvem produzir, lançar e divulgar um trabalho, também fazem parte das dificuldades de artistas independentes como eles. Esse cenário vem mudando aos poucos e a busca por uma profissionalização tem sido preocupação constante, como explica Joma: "Quando eu comecei eu via que quase ninguém sabia o que tinha que fazer. A galera não enxergava que fazer música é um trabalho, antigamente estavam só preocupadas em soltar o som e esperar que alguém visse e desse certo e hoje em dia as pessoas estão indo atrás do que é preciso fazer pro trampo dar certo".

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--> Mas, afinal, qual é a voz da periferia?

O espaço para mostrar sua música também vem mudando. Apesar dos MCs reclamarem da falta de festas voltadas para o público do rap e trap especificamente, eles encontraram na parceria com uma outra cena local, a do brega funk, uma maneira de escoar sua produção e aumentar seu público. Os produtores de eventos têm misturado os estilos nas programações das festas e o resultado tem sido positivo para ambos. "Eles querem muito trabalhar com a gente do trap, até porque eles estão consumindo o trap", diz T-Bat. 

Para os trappers, o sucesso na parceria se dá pela familiaridade da sua música com o T-Batbrega funk. A estética dos dois costuma ser bem parecida, sendo ambos feitos para as pessoas se divertirem e dançarem sem a preocupação com uma mensagem mais profunda. A origem também é a mesma, a periferia, como explica Joma: "O funk,  brega funk e o trap conversam muito, a vivência dos caras e a origem também é muito parecida, até o jeito de se comunicar e se vestir. Tanto é que dá pra fazer trap com brega, com funk, o brega funk, dá pra misturar tudo pelas batidas, pelo BPM".  A exemplo do que faz o trapper pernambucano HoodBob.

Sendo assim, trap e brega funk, em Pernambuco, compartilham público e espaços, além de outro item significativo,  as polêmicas. O trap pode atrair olhares tortos pelo tom de suas letras que versam sobre violência, dinheiro, ostentação, álcool e sexo. "É um gênero que mexe com coisas que podem causar muita polêmica, mas tem como falar sobre essas coisas sem ser de uma forma ofensiva. Mas é um gênero que é sujo", explica Joma. 

SuavinhoA forma de retratar a mulher e o corpo feminino, com tom pejorativo e até mesmo agressivo tem sido motivos de críticas. Suavinho defende seu segmento: "Depende de cada MC, eu tenho bastante limite. Eu não vou escrever algo que não vai condizer com o que eu acredito. Eu não vou desrespeitar ninguém, nem mulheres". Já T-Bat vai na origem do gênero para falar sobre o tema: "Acho que no trap existe esse limite até pelo modo que começou, como é uma evolução do boom bap que é a mensagem, acho que isso influenciou da gente ter um certo limite". Suavinho complementa: "Acho que quem começa diretamente no trap não tem muito essa mentalidade". 

Eles explicam que o fundamento do trap é divertir. Desse modo, não há uma preocupação com letras e mensagens mas sim com beats, flows. Apesar disso, as temáticas geralmente abordadas podem incomodar aos ouvidos mais conservadores e gerar certo preconceito com o estilo. Essas são outras dificuldades que os MCs garantem também estar diminuindo. "O trap não tem intenção nenhuma de impactar com as letras. Tem quem faça trap com as letras assim, não tem uma regra, mas a intenção do trap é ser mais musical, com as melodias, com o flow, mais preocupado com a estética", afirma Joma. 

Pavimentando

D3Em uma cena que está aprendendo a caminhar, a vontade de fazer acontecer é o que tem motivado esses quatro trapmakers. Do home studio de T-Bat tem saído inúmeras produções que ele produz não só com os amigos mas com outros trappers que surgem a todo momento. "Se você olhar como um todo o trap ainda é um bebezinho, ele tá se tornando um menininho, e para se firmar mesmo vai ser daqui a um tempo. Eu vejo a gente como a base do que está por vir". D3 acrescenta: "O que a gente tem feito acaba movimentando mais (a cena). A gente tá saindo na mídia e o pessoal vai chegando. Alcançando esses espaços a gente consegue fazer a cena toda se movimentar. A  gente tá caminhando pra crescer".

Trapseries 150 BPM

A vontade de crescer fez T-Bat, Suavinho e D3 criarem o projeto Trapseries 150 BPM. A ideia é produzir os chamados 'feats', músicas com a participação de vários MCs, para que todos possam ter um espaço nessa grande vitrine. O primeiro som, Super Oxe Gang, reuniu dez trappers, todos "locais", como frisa D3, e cada um botou sua cara no tempo que lhe cabia na faixa. "A ideia real é mostrar todo mundo e mostrar que todo mundo faz parte de uma cena só", explica T-Bat. O Trapseries já tem duas novas músicas em desenvolvimento, a primeira pode ser conferida no YouTube. 

  

Conhecido por ser o polo de música alternativa no período de Carnaval na cidade do Recife, o Rec-Beat 2019 confirmou a dupla de MCs Shevchenko e Elloco como atração do festival.O festival acontece de 2 a 5 março e os donos do hit do momento na capital pernambucana, Gera Bactéria, se apresentam ao lado dos Os Lokos do Passinho, grupo de dança periférica que vem fazendo sucesso no Recife.Na última semana os Mcs foram expulsos por seguranças do parque da Jaqueira, Zona Norte da cidade, enquanto gravavam um novo clipe . Para os MCs, a ação foi fruto de preconceito.LeiaJá também-->  Por dentro do \'passinho\': a nova febre das favelas do Recife

Nasceu nesta segunda-feira (3), no Recife, o segundo filho de MC Troia. Bryan Lucca teve suas fotos divulgadas pelo pai no Instagram, além de vídeos na função dos Stories, arrancando elogios dos fãs que parabenizaram o artista pela chegada do herdeiro, fruto do relacionamento com Jéssica Lima.

"Que Deus te abençoe, meu pequeno príncipe, e que te guarde, te ilumine. Amém. Que o Senhor te livre de toda obra maligna. Que Deus esteja sempre contigo, filho", escreveu Troinha. Na publicação do MC, o cantor Márcio Victor, do grupo de pagode Psirico, comemorou o nascimento de Bryan. "Meu sobrinho lindo", comentou o baiano.

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Em comemoração de um ano do lançamento da festa em Recife, a 'Festa Ixxfrega' trará a gravação do DVD da Banda Sedutora e shows de Kelvis Duran e MC Menor, além dos DJ's Condessa Cabalista, Adriano Gomes, Ane Lima e Gibran Gomes. O evento será realizado no Roof Tebas, a partir das 22h no próximo sábado (28).

O terceiro e último lote de ingressos custa R$ 35 e inclui R$ 3,50 de taxa de serviço para os que preferirem comprar através do site de vendas. A festa é exclusivamente para maiores de 18 anos que devem apresentar documento de identidade na entrada. 

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Para quem preferir comprar ingressos físicos, eles estão sendo vendidos por R$ 30 nas lojas Tchica (Shoppings Recife e Boa Vista). Há ainda a opção de comprar direto com comissários oficiais da festa que estão listados na página do evento no Facebook

Serviço 

Festa Ixxfrega 

Sábado (28) 

Roof Tebas (R. da Concórdia, 943 - São José)

22h 

R$ 35 

Em janeiro deste ano, uma notícia entristeceu os amantes do brega funk pernambucano. A dupla de Mc´s Metal e Cego chegou ao fim, por meio de uma declaração do Metal, o Leonardo Correia Souza. Apesar do anúncio, os artistas tentaram retomar o trabalho graças à mobilização dos fãs, entretanto, nessa terça-feira-feira (4), o empresário dos artistas, Oscar Junior, tornou público que a dupla não continuará.

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De acordo com fãs, Metal estava deixando de comparecer a alguns shows. Oscar Junior, em sua página no Facebook, afirmou que ele e Cego tentaram ajudar o Metal, porém, “não foi o suficiente”.

O brega funk agora fica nas mãos do Mc Cego Abusado, que seguirá em carreira solo. Veja abaixo a postagem de Oscar Junior na íntegra:

"Mc Metal durante todos esses anos, tentamos mas tentamos tanto te ajudar, te ver pra frente, te ver feliz.Mas infelizmente tudo o que fizemos ainda não foi o suficiente pra vc, porque pra nós te ajudarmos, tínhamos que ter à sua força de vontade, à sua ajuda.Mas não estávamos tendo, nosso pensamento foi de jamais te abandonar, mas infelizmente vc mudou tudo isso! Só fazíamos e não tínhamos retorno nenhum, não falamos em dinheiro, mas sim de compreensão , de profissionalismo de respeito aos que tanto fizeram por vc. Queríamos que soubesse que pode contar conosco pra tudo, pôs temos um imenso carinho por vc, e vamos ter sempre, vc é um cara inteligente , tem tudo pra ser feliz, mas infelizmente vc deixou com que essa (-----) tomasse conta de vc, vc deixou com que ela acabasse com sua vida, e à nossa também. Só temos à te agradecer por todos os anos que convivemos, por todas às coisas que conquistamos.Mas tudo que começa um dia acaba, e decidimos que não da mas pra continuar do jeito que estamos, vc sem cumprir seus compromissos e sua vida do jeito que está, Só temos uma coisa à lhe dizer se ame, ame sua família à quem te quer bem, e principalmente ame à Deus pôs só ele pode te salvar.Tenha fé , lute seja firme, só o que temos à lhe desejar , pôs queremos muito seu bem, Fica com Deus.

Agora o trabalho continua Mc Cego Abusado!" 

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