Tópicos | negociações de paz

O governo da Colômbia adotou sua mais importante medida na direção de um eventual encerramento das hostilidades, em meio século de conflito, com o grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) ao ordenar a imediata interrupção de bombardeios aéreos contra acampamentos da organização.

Em comunicado transmitido em rede nacional de televisão na noite de terça-feira, o presidente Juan Manuel Santos disse que tomou a decisão em virtude do progresso que tem sido alcançado nas negociações iniciadas em 2012 com as Farc e ao fato de os rebeldes terem aderido ao cessar-fogo unilateral declarado em dezembro.

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O presidente disse que a proibição de ataques aéreos vai inicialmente durar um mês, mas o prazo pode ser estendido se as Farc continuarem a manter suas armas abaixadas. Segundo Santos, as ações aéreas contra o Exército de Libertação Nacional (ELN) continuarão sem interrupção até que o segundo maior grupo guerrilheiro do país se envolva no processo de paz.

Com a decisão, sobre a qual houve rumores durante semanas, o governo deixa de usar uma de suas ferramentas mais bem sucedidas no combate aos rebeldes.

Desde 2008, três integrantes do secretariado das Farc e vários combatentes foram mortos como resultado de ataques surpresas na floresta com o uso de bombas guiadas.

Opositores da medida dizem que ela deve desmoralizar as tropas colombianas e conceder um importante tempo de recuperação para os rebeldes, que têm visto suas fileiras se reduzirem em mais da metade para cerca de 6 mil combatentes durante uma década de ataques, apoiados pelos Estados Unidos.

Na terça-feira, Santos pediu a seus oponentes que façam com que suas críticas sejam ouvidas por uma comissão suprapartidária, que o presidente diz estar estabelecendo para aconselhá-lo sobre como proceder nos estágios finais e delicados das negociações.

"Eu quero ouvir muitas vozes para me ajudarem a tomar a decisão certa", declarou Santos.

O governo e as Farc já chegaram a acordos sobre reforma agrária, participação na política para ex-rebeldes e uma estratégia conjunta para combater o tráfico de drogas.

Na última rodada de negociações, encerrada sábado em Havana, Cuba, os dois lados também anunciaram um esforços conjunto para remover minas terrestres que não explodiram.

Mas várias questões complicadas ainda permanecem. A mais espinhosa delas é a exigência dos negociadores rebeldes de não cumprirem qualquer pena por atrocidades supostamente cometidas por suas forças sob comando do grupo rebelde.

Fonte: Associated Press.

Em um anúncio surpresa, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse nesta terça-feira (1°) que o seu país vai retomar "imediatamente" a tentativa de conquistar o reconhecimento da Organização das Nações Unidas e solicitar o ingresso em 15 agências e convenções internacionais, o que poderá prejudicar as negociações de paz com Israel.

Abbas justificou sua atitude porque o Israel não teria cumprido os termos das negociações de paz, que é mediada pelos Estados Unidos. As negociações foram retomadas no final de julho e Abbas disse à época que iria suspender as tentativas de se juntar às agências da ONU e que não assinaria tratados internacionais por nove meses.

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Por sua vez, o governo de Israel disse que iria libertar 104 prisioneiros palestinos em quatro grupos. No entanto, as autoridades israelenses têm se recusado a liberar a última leva de prisioneiros. No entanto, Abbas disse ainda que ainda está interessado em negociar os termos de Estado palestino com Israel, dizendo que ele e seus assessores "continuarão os esforços para alcançar uma solução pacífica por meio de negociações".

As autoridades israelenses ainda não comentaram as declarações de Abbas. Fonte: Associated Press.

O grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) suspendeu hoje (23) as negociações com o governo colombiano por causa da recusa do presidente Juan Manuel Santos em aceitar a convocação de uma Assembleia Constituinte.

Ao invés de reformular a constituição, os representantes do governo colombiano propõem a convocação de um referendo sobre um acordo de paz que encontra-se ainda na segunda de seis etapas de negociação.

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Essa é a primeira vez que uma das partes envolvidas retira-se da mesa de negociações em Havana sem que o diálogo tenha entrado formalmente em recesso.

Por meio de nota, as Farc informaram que aproveitarão a pausa nas negociações para analisar a posição do governo. Representantes do grupo guerrilheiro não disseram quanto tempo duraria a suspensão. Fonte: Associated Press.

O movimento rebelde congolês M23 suspendeu negociações de paz com o governo do Congo, anunciou nesta quarta-feira um porta-voz do grupo, alimentando temores de que ocorram mais ondas de violência no país do leste africano.

Os rebeldes dizem que não faz sentido continuar negociando quando a Organização das Nações Unidas (ONU) se prepara para enviar ao Congo uma brigada autorizada a atacá-los, explicou René Abandi, líder da delegação do M23 que vinha se reunindo com representantes do governo congolês na vizinha Uganda.

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O M23, o principal grupo rebelde em operação no leste do Congo, é formado por centenas de soldados que abandonaram o Exército congolês no ano passado, e acusa o governo de Kinshasa de não ter honrado os termos do acordo de paz assinado em março de 2009. Desde dezembro, membros do M23 e do governo do Congo vinham negociando em Kampala, capital de Uganda.

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