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A FIFA anunciou, nesta terça-feira (29), a equipe de arbitragem para o jogo entre Costa Rica e Alemanha na próxima quinta-feira, 1 de dezembro, pelo grupo E. O anúncio veio com peso histórico, porque será a primeira vez que árbitras mulheres vão comandar uma partida de Copa do Mundo masculina.

A Copa do Mundo do Catar já é a primeira com participação feminina nas equipes de arbitragem, mas existia uma dúvida se de fato elas apitaram algum jogo, ou se seriam apenas assistentes, como vinha acontecendo. 

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A francesa Stephanie Frappart, que foi a primeira mulher a estrear como árbitra nesta Copa do Mundo, será a árbitra principal do jogo. Ela será auxiliada pela brasileira Neuza Back, a mexicana Karen Diaz Medina e a hondurenha Said Martinez.

Até mesmo Neuza Inês Back foi pega de surpresa ao descobrir que iria representar o Brasil na Copa do Mundo do Catar, que será disputada entre novembro e dezembro deste ano. A árbitra assistente catarinense foi escolhida como uma das seis mulheres que vão atuar na arbitragem no Mundial masculino.

O anúncio foi feito na manhã de quinta-feira, mas ela só soube horas depois, após ser informada pelas amigas. "Eu soube pela imprensa. Na verdade, quando as minhas amigas que estão aqui comigo no jogo me falaram: 'Nossa, você vai pra Copa do Mundo!' E eu falei: 'Hã?'. Eu não tinha nem visto aí comecei ver as reportagens e as notícias e eu fiquei assim: 'Calma, eu preciso sentar'", disse a bandeirinha, em entrevista ao canal SporTV.

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Neuza já estava no Recife quando recebeu a notícia, a poucas horas de ser uma das assistentes do jogo entre Náutico e CSA, pela Série B do Campeonato Brasileiro. "Eu fiz uma chamada de vídeo no grupo da família, só que a galera estava toda trabalhando e não me atenderam. Aí mandei no grupo da família. Eu coloquei a foto e falei assim: 'Vê se vocês acham algum nome conhecido aí. Aí o pessoal identificou e disse: 'Nossa, que legal!'"

A vaga surpreendeu porque foi a primeira vez na história que a Fifa escolheu mulheres para apitar uma Copa do Mundo masculina. Serão seis: três árbitras e três assistentes. Neuza vai representar o Brasil.

"É muito legal, indescritível, é um momento, assim, de alegria, de gratidão e um pouco também de senso de responsabilidade, por eu ser a única mulher eu sei que preciso ir lá e representar todas nós muito bem", afirmou a bandeirinha de 37 anos.

A escolha de Neuza não foi por acaso. Considerada uma das melhores assistentes do Brasil, ela já atuou em mais de 100 jogos do Brasileirão, Copa Libertadores e Copa do Brasil. Entre as partidas mais importantes em que esteve se destaca o primeiro jogo da final do Paulistão de 2020, entre Corinthians e Palmeiras.

O destaque em nível nacional a levou para competições internacionais. Neuza esteve na Olimpíada de Tóquio, no Mundial de Clubes da Fifa de 2020 e no Mundial feminino, em 2019.

Neuza nasceu na pequena cidade de Saudades, em Santa Catarina, mas está filiada à Federação Paulista de Futebol (FPF) porque se transferiu para Jundiaí nos últimos anos para ganhar mais oportunidades em âmbito nacional. A estratégia deu certo.

"É o sonho de todo árbitro estar em uma Copa do Mundo e responsabilidade porque precisamos ir lá prestar um bom trabalho para o futebol, representar bem as mulheres. É muito legal saber que a gente conseguiu levar a arbitragem feminina para esse patamar, a ponto da Comissão de Arbitragem da Fifa confiar em levar as mulheres para trabalhar nesse grande evento", comemora.

A árbitra paulista Edina Alves Batista e auxiliar catarinense Neuza Back foram escaladas para o seu último compromisso no Mundial de Clubes da Fifa, que está sendo realizado no Catar. A dupla brasileira fará parte da equipe de arbitragem da final da competição, entre Bayern de Munique e Tigres, do México, nesta quinta-feira. A entidade anunciou a escalação das duas nesta quarta.

Assim como aconteceu nos jogos entre Tigres e Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul, pelas quartas de final, e na semifinal entre Bayern de Munique e Al Ahly, do Egito, Edina Alves atuará como quarta árbitra na final do Mundial.

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Nestas duas partidas, Neuza Back ocupou a mesma função para a qual foi escalada na decisão: auxiliar reserva. A equipe na decisão será a mesma da estreia das duas no Mundial, composta integralmente por árbitros e árbitras sul-americanas.

O trio em campo será todo do Uruguai com o árbitro Esteban Ostojich e os auxiliares Nicolas Taran e Richard Trinidad. No VAR, o comando principal é do colombiano Nicolas Gallo, que terá o aux[ílio do chileno Julio Bascunan.

Ainda no Mundial de Clubes, as brasileiras se tornaram as primeiras mulheres a comandar uma partida masculina profissional da Fifa. Edina Alves foi árbitra no duelo entre Ulsan Hyundai e Al Duhail, do Catar, válida pela disputa do quinto e sexto lugares na competição. No trio 100% feminino que arbitrou o jogo, Edina e Neuza tiveram a companhia da auxiliar Mariana de Almeida, da Argentina.

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