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Em continuidade da temporada regular da National Basketball Association (NBA), o Golden State Warriors recebe nesta sexta-feira (5), a partir das 23h (horário de Brasília) o New Orleans Pelicans em sua arena, o Chase Center. A partida promete trazer um dos confrontos mais desiguais da temporada até o momento, já que a franquia liderada por Stephen Curry está em busca da liderança da Conferência Oeste, enquanto o Pelicans tem um dos piores aproveitamentos e está na lanterna do grupo.

Dentre os 30 principais elencos da NBA, três deles (Miami Heat, Utah Jazz e Golden State Warriors) estão empatados com o mesmo desempenho: seis vitórias e apenas uma derrota. Assim, a franquia de São Francisco comandada por Steve Kerr pretende manter o alto desempenho e atuações memoráveis para convencer o torcedor, de que o Warriors merece chegar como um dos favoritos nos playoffs. Desta forma, a franquia vai ter à disposição o craque Stephen Curry, além de Draymond Green e Jordan Poole.

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Já o Pelicans tem o pior desempenho dentre todas as franquias da NBA nesta reta inicial de temporada regular. Ao longo de nove partidas, o elenco de New Orleans conseguiu vencer apenas um, e assim, se mantém na última colocação da Conferência Oeste. Resta saber o que o comandante Willie Green vai realizar com a franquia do Pelicans para bater de frente com o Warriors de Curry. Ao que tudo indica, o ala Brandon Ingram e o pivô Jonas Valanciunas podem ser as principais armas da franquia.

Tanto o Warriors quanto o Pelicans compõem a Conferência Oeste, que está dividida da seguinte maneira: Utah Jazz (1°), Golden State Warriors (2°), Dallas Mavericks (3°), Los Angeles Lakers (4°), Memphis Grizzlies (5°), Denver Nuggets (6°), Sacramento Kings (7°), Phoenix Suns (8°), Los Angeles Clippers (9°), Minnesota Timberwolves (10°), Portland Trail Blazers (11°), San Antonio Spurs (12°), Houston Rockets (13°), Oklahoma City Thunder (14°) e New Orleans Pelicans (15°).

 

 

Os corais gospel são os primeiros que o público ouve assim que passa pelos portões do hipódromo de New Orleans, no Sul dos EUA. É uma grande tenda, para duas mil pessoas, e talvez, não por acaso, erguida ao lado da entrada do festival. Existe ali algo mais que um show. Como se estivessem em uma igreja do Harlem, em Nova York, os negros se levantam, repetem louvores e chegam a chorar diante de uma força que sai de mil vozes. A fé que os jovens protestantes colocam naquilo que cantam para salvar almas não está só na música religiosa.

Ela aparece por sete dias de outras formas, sob outras crenças, e em doze palcos que abrigam mais de 600 apresentações de um legado cultural que ajudou a reerguer uma cidade dos escombros.

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New Orleans, quase dez anos depois do furacão Katrina, apaga os rastros do trauma com um festival de música e gastronomia que leva para a cidade algo como US$ 300 milhões por ano. Sua 45ª edição terminou hoje, depois de anunciar que seguirá com o mesmo patrocinador (Shell) por mais cinco anos. O Brasil foi o país homenageado da temporada, mas com problemas de divulgação e atrações, em geral, pouco representativas. A boa notícia é que, de 16 a 24 de agosto, o Bourbon Street, de São Paulo, fará seu festival anual com cinco das atrações que passaram pelo New Orleans Jazz Festival com clamor das plateias.

Quatro jamais foram ao País: o pianista Allen Toussaint, adorado como um totem pelos norte-americanos; o grupo Brass-a-Holics, uma explosiva brass band de funk, rock e soul; e as cantoras Mia Borders e Germaine Bassil. "Estou feliz em ir. Os músicos que tocam por lá só falam coisas boas do seu país", disse Tussaint ao empresário Edgard Radesca, dono do Bourbon, depois de se apresentar em um dos palcos principais. O quinto, que já assinou contrato, é Walter Wolfman Washington, que esteve no Brasil uma vez.

Wolfman é uma demonstração de força de New Orleans, um bluesman de voz rouca e fraseados rústicos que ouviu muito os guitarristas de Marvin Gaye e James Brown para criar sua identidade no início dos anos 70. O festival o colocou duas vezes no palco em dias e formações diferentes. No segundo, ao lado do tecladista Joe Krown, tentava esconder o esgotamento físico da temporada de noites como atração principal viradas no bairro noturno Frenchman Quarter usando óculos escuros.

A invariável qualidade dos artistas que tocam ao mesmo tempo é um mérito e um drama. Qualquer tenda terá uma atração com algo de excepcional a qualquer hora, entre 11h e 19h (quando todos os shows terminam em sincronia perfeita). O Acura e o Samsung são os maiores, mais pop, dos grandes patrocinadores. No primeiro, Bruce Springsteen fez um show levemente fora do seu habitual no sábado, com um paredão de sopros e solos de sax e trombone, como se quisesse criar sua própria brass band. As origens de seu rock and roll, mostrava, estavam todas ali. A cidade entendeu que era com ela e vibrou no maior show do festival, com 2h45 de duração.

A angústia é perceber que a felicidade em New Orleans tem preço. Quando ainda havia mais de uma hora para Bruce terminar, Johnny Winter subiu ao palco vizinho, a Tenda Blues. Dar as costas para Bruce Springsteen não é fácil, mas ignorar o tornado do Texas pode ser pior. Johnny Winter é uma incógnita. De saúde debilitada pelo uso contínuo e prolongado de drogas até os anos 90, ninguém nunca sabe se ele vai mesmo aparecer. Mas lá estava a lenda, arqueado, com a pele grudada aos ossos e as tatuagens do braço desbotadas, seguindo para seu posto em passos trêmulos, espremendo os olhos para se acertar a cadeira em que passaria todo o show. Seus dedos mais lentos batem na trave em alguns solos, mas provocam o mesmo incêndio dos anos de jam session em que ele tinha Jimi Hendrix como baixista. A plateia desobedece as normas da tenda e deixa seus lugares para aplaudi-lo de pé.

A angústia vira aflição quando a mesma faixa de horário tinha, na sexta, o southern rock do Alabama Shakes, a cantora Chaca Khan, o jazzista Pharoa Sanders e o soulman Charles Bradley & His Extraordinaires. O repórter tenta todos ao mesmo tempo, programando ainda uma passada para ver Charles Bradley. Mas Bradley entra em erupção assim que é recebido pelo público. Ele se atira ao chão, rodopia como James Brown e busca no peito um agudo assustador. O homem que parece sentir o passado de morador de rua em cada canção pode mudar tudo em segundos, com um rhythm and blues de salvar os piores dias. Sua fé é a mesma dos garotos do gospel e seu poder de conversão é imediato. Não há como sair da frente de Bradley até que ele cante a última nota.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Louis Armstrong está cansado. Ele canta What a Wonderful World pela quarta ou quinta vez até as 17h30 de uma tarde nublada na Jackson Square, olhando para o público sem esperar muito dele. Armstrong usa todas as armas que pode. Arregala os olhos até o limite, sorri com os lábios mesmo contra a vontade do espírito e busca forças para terminar uma canção na qual parece não mais acreditar. Por fim, examina o balde de plástico das gorjetas no qual deposita o futuro todos os dias e deixa o corpo enorme desabar sobre o banco da praça. Louis Armstrong desaparece da vida de Dwayne Burres em cinco segundos. Os US$ 2,25 contados em algumas moedas mostram que o mundo não tem sido tão maravilhoso assim para este cantor de rua de New Orleans.

A Jackson Square é o microcosmo de um dos centros mais musicais do universo. Quase nove anos depois de naufragar na destruição provocada pelo furacão Katrina, New Orleans, reconstruída, defende-se dos traumas pulsando com o energia de um ciclone. Desde o último final de semana, e até o próximo domingo, 4, sedia em seu hipódromo o anual New Orleans Jazz & Heritage Festival, uma das maiores concentrações de músicos de jazz, blues, country e gospel dos EUA, com 700 shows realizados em 12 palcos ao mesmo tempo. Este ano, provavelmente contaminado pela Copa do Mundo, o evento criou uma tenda para o Brasil e reforçou as atrações nacionais em seus palcos, nomes em geral sem visibilidade no próprio País que conseguem, ironicamente, serem revelados em larga escala aqui, como o pernambucano João do Pife e o mineiro das congadas Tizumba.

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As ruas de New Orleans vivem uma espécie de época da colheita. Os 370 mil habitantes parecem dobrar em dias de festival, os clubes de bairros como o French Quarter ampliam suas programações com até cinco shows por noite e garotos talentosos brotam de trompete nos lábios como meninos gênios surgem de bola nos pés no Brasil. A sensação é de se andar pela Terra Prometida na qual só os muito fortes sobrevivem.

A superpopulação de músicos cobra seu preço. Antes da volta do festival, durante um recesso de três dias, os cantos privilegiados da Jackson Square eram disputados por grupos formados por garotos da geração que terá o jazz nas mãos nas próximas décadas. Um exército observado por Dwayne Burres, o Satchmo agoniado, com certa preocupação. "São ótimos músicos esses garotos, mas não há trabalho para eles aqui. Não há clubes para tanto talento", diz, ainda abraçado ao balde de plástico. "Tenho um sonho", vira-se, com os olhos um pouco mais vivos. "Ainda vou dar uma volta ao mundo cantando minha música. E vou ao Brasil."

Um grupo de colegiais chega em busca de espaço para tocar. O líder parece ser Torrence Edwards, 17 anos, que leva um bumbo preso ao peito. Ele e os amigos observam um sexteto de garotos mais velhos e excepcionalmente talentosos que já ocupa o ponto estratégico da praça. Sabem que não terão chance ali, mas resolvem ficar por um tempo. Ouvem os solos marcando o ritmo com os pés e fazendo comentários antes de se retirarem em busca de outra área. Edwards não joga a toalha. "É difícil, mas amamos isso. E é quando amamos o que fazemos que ganhamos bem, não?" Uma hora depois, a reportagem avista o grupo tocando em uma área quase deserta, às margens do Rio Mississippi.

Laurence Muller não toca nada, mas vê tudo. Fica escorado uma tarde inteira no poste em frente à igreja da Jackson, olhando para o rodízio de músicos. "São ótimos, mas às vezes soam iguais. O jazz precisa de personalidade." Sua casa e sua alma foram reconstruídas depois de quase serem levadas pelo Katrina. Quando ouve o repórter dizer que ele vive onde todos os músicos do mundo gostariam de viver, apenas diz: "Eles estão certos". Mais adiante, o percussionista Adolph Sorina, 19 anos, divide o ganho da tarde com os amigos. Ele é um dos músicos que já estavam na Jackson Square quando os estudantes amigos de Torrence chegaram. A praça, para ele, não é o ideal para um jovem com sérias intenções de ser Wynton Marsalis. "Podemos ganhar até mais aqui do que nos clubes, mas nunca sabemos quando isso vai acontecer."

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A cultura negra brasileira estará em evidência num dos maiores festivais de jazz do mundo, o New Orleans Jazz e Heritage Festival, marcado para ser realizado de 25 de abril a 4 de maio deste ano, em New Orleans (EUA). Fundado há dez anos no Ibura, bairro da Zona Sul do Recife, o Afoxé Omonilê Ogunjá se apresenta entre os dias 25 e 27 de abril, no palco em que artistas como Christina Aguilera e Eric Clapton também farão seus shows.

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“O Omonilê Ogunjá bebe na fonte dos antigos e é isso que vamos levar para New Orleans”, comenta Dario Junior, diretor da agremiação. Segundo ele, o festival proporcionará uma visibilidade muito grande para o afoxé. E para que a ocasião seja aproveitada da melhor forma possível, o grupo está montando um repertório especial para levar aos EUA. “Quando as pessoas descobrem que estamos indo para os Estados Unidos, representando a cultura afro-brasileira num dos maiores festivais de Jazz do mundo, portas se abrem pra gente", conta.

"Estamos ensaiando há trinta dias porque queremos levar algo que fale da gente, da África e da relação brasileira com o continente africano. O repertório terá desde música autoral ao hino da África, além de músicas como o Canto das Três Raças. A gente sabe que tem brasileiro lá que conhece isso e essa é uma forma de identificar o povo, até porque queremos fazer um show com interação”, explica o diretor do Omonilê Ogunjá, afoxé batizado pelos Filhos de Gandhi em 2010.

Ainda segundo Dario, além da musicalidade de New Orleans, considerada o berço do jazz, a religiosidade da cidade americana tem uma forte relação com a cultura negra de Pernambuco. “Lá eles tem o voodoo, que é uma das religiões mais discriminadas na região, e foi associada àquela história do boneco com alfinetes. Nós do Omonilê Ogunjá sentimos essa realidade do preconceito”, comenta Dario Junior. Dos trinta integrantes que atuam diretamente no afoxé, 17 nomes foram escolhidos para ir aos EUA. Mas até o momento 15 integrantes tiveram seus vistos liberados. “Mesmo com uma petição por parte dos organizadores do festival entregue ao Governo Americano, eles negaram o visto de duas pessoas”, reclama Dario.

O convite da produção do New Orleans Jazz e Heritage Festival ao afoxé pernambucano foi feito após uma apresentação do Omonilê Ogunjá durante o Festival Lula Calixto, em Arcoverde, Sertão de Pernambuco. “A gente estava apresentando o nosso segundo disco, o Odara, quando o produtor do festival de New Orleans nos assistiu e lá mesmo fez várias referências da negritude do povo de sua cidade, como a dança, a vestimenta e a forma de interação, com o povo negro pernambucano. Agora estamos no palco principal do festival e vamos desembarcar nos EUA no dia de Ogum, dia 23 de abril”, revela Dario Junior ao LeiaJa.

Nalva Silva, uma das vocalistas do afoxé, conta que o convite pegou todo mundo de surpresa. “A gente estava em Arcoverde e de repente veio a proposta. Mas a expectativa é de fazermos o nosso melhor por lá. Apesar de ser outro local e que não fala a nossa língua, vamos tentar mostrar através da dança, da música, do canto, a cultura afro-brasileira, e tomara que a gente consiga, porque estamos nos esforçando pra isso”, diz a cantora.



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Relação com a religião afro-brasileira

De acordo com Dario Junior, o afoxé é uma manifestação afro-brasileira vinculada ao candomblé e que tem o intuito de desmistificar a visão negativa que as pessoas têm da religiosidade e da cultura negras. “Uma questão histórica, e que já dura quinhentos anos de construção no inconsciente do brasileiro, é a demonização dos deuses africanos. O afoxé é um instrumento que serve para desmistificar isso, e nesse processo a gente traz na prática questões religiosas do povo negro”, explica o diretor do Omonilê Ogunjá. “Todo afoxé tem um orixá (ori=cabeça, xá=guardião) patrono. No nosso caso é Ogum, Ogunjá, que é uma qualidade de Ogum quando ele traz consigo Oxalá (Omo=filho, nilê=da casa, Ogunjá=qualidade de Ogum com Oxalá). Nossa proposta é contar a história do povo negro a partir de uma outra ótica, porque ela é contada na escola formal a começar pela escravidão. E a gente sabe que a construção desse país foi feita pela mão de obra dos negros”, ressalta Dario Junior.

Na opinião do diretor do Omonilê Ogunjá, o afoxé possui um poder encantador. “Tem gente que dança sem querer, que vem aos ensaios só pra assistir e quando vê já está dançando. E tem também aquelas pessoas que chegam aqui sem nem saber que estão vindo”, brinca Dario.

Assim como numa procissão católica, que leva às ruas um santo, o afoxé carrega um babalotim (baba=pai, lotim=festividade) que representa o orixá patrono da agremiação. “Ele passa por vários procedimentos de cunho religioso antes de ir pra rua, e a gente traz essa religiosidade pra dentro da festividade. A função maior do babalotim é simbolizar a presença desse universo religioso”, explica Dario Junior.

A relação com o religioso é tão intrínseca que a ida do afoxé pernambucano a New Orleans só foi possível após autorização de Ogum. “Não vou sair daqui para os EUA como se não tivesse nada por trás disso tudo. A cabeça pode estar na lua, mas os pés têm que estar no chão, firmados na terra, que é a base, que tem a ver com origem, com princípio, com essência. Nesse âmbito não dá pra ser só artista, e eu digo isso direto dentro do afoxé. A musicalidade negra tem que ser guia e a gente tem que ter cuidado com essa referência, até pra servir de exemplo para as futuras gerações”, comenta. 

Trabalhos lançados

O Afoxé Omonilê Ogunjá completa dez anos em outubro e tem dois discos e dois documentários (Ikomòjadé e Sou Eu) lançados. O primeiro álbum foi Berço dos Ancestrais (2008), gravado ao vivo. Já o segundo CD, Odara, foi gravado no mês de novembro passado com recursos do próprio afoxé. “Por enquanto, quem quiser conferir nossos trabalhos pode entrar em contato com a gente através da nossa fanpage. O documentário Ikomòjadé, que conta como foi nosso batismo pelos Filhos de Gandhi, está disponível na nossa conta no Youtube. Algumas músicas podem ser encontradas na nossa conta no Myspace. E em breve vamos lançar um site onde vamos disponibilizar todo esse material”, revela Sérgio Augusto, um dos integrantes do afoxé.

Muitas vezes, juntar alguns veteranos da música pode ser uma espécie de extrema-unção antecipada. Em outras raras vezes, o encontro pode virar a reparação de uma lacuna histórica. Foi o que aconteceu em New Orleans com o septeto The Cookers, reunião de alguns dos mais graduados jazzistas veteranos em atividade nos Estados Unidos, como o trompetista Cecil McBee, de 77 anos (que tocou com Dinah Washington e Miles Davis); o pianista George Cables, de 69 anos (que tocou com Art Blakey); o baterista Billy Hart, de 72 anos; o saxofonista Billy Harper, de 70 anos; e o trompetista Eddie Henderson, de 73 anos.

Juntos, eles somam quase três séculos de jazz em cena e mais de mil discos gravados. O jazz que fundiram nessa reunião, no entanto, é a coisa mais nova e vibrante da cena atual do rock, ao mesmo tempo que é algo amplamente conhecido. Heróis de diversas fases do gênero, eles conseguiram renovar sua dinâmica com essa reunião, com uma abordagem em alta velocidade e volume do jazz. Juntam uma certa fúria do hard bop com a nostalgia e a leveza do swing, mas também estão umbilicalmente conectados com o nervosismo do post-bop.

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O show no JazzFest de New Orleans, no sábado, foi um dos dados artísticos relevantes da jornada. Os ‘garotos’ da banda cumprem o papel de sidekicks, fazem parede para o nocaute. É o caso do trompetista Daniel Weiss, de 49 anos, que tornou-se um tipo de mestre de cerimônias para a trupe. O outro menino é o fantástico Craig Handy, saxofonista de 50 anos, cujo toque no metal é de estremecer a tradição. A ele cumpre fazer pendant com a elegância de Billy Harper, um dos mais clássicos em atividade. Weiss vai anunciando as músicas que executam - como quase todos são compositores de mão cheia, as músicas são desconhecidas mas vigorosas e consistentes. Do tema Capra Black, de Billy Harper, passando por Peace Maker, de Eddie Henderson, até a pulsão furiosa de Croquet Ballet, de Billy Hart (que tinha um certo mood de trilha de filme de Blaxploitation, uma doideira na fronteira entre jazz e funk), foi uma blitz que deixou extasiados os amantes do jazz, que lotaram a tenda para vê-los.

Eles se juntaram tem uns três anos para essa jornada. Lançaram um disco no ano passado, Believe. Em tempos de novidades ralas no gênero jazzístico, os velhos combatentes se reúnem para mostrar que sabem o caminho. Falta algum curador de festival ou empresário esperto do ramo trazê-los imediatamente para tocar no Brasil (e ninguém mais pode se queixar que os ciclos estão esgotados).

O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DO BOURBON STREET MUSIC CLUB E DO NEW ORLEANS CONVENTION AND VISITORS BUREAU

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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