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Mais duas mulheres acusaram nesta quinta-feira (21) o cantor americano R. Kelly de agredi-las sexualmente quando ainda eram adolescentes, em novas denúncias contra o superastro do R&B.

Latresa Scaff, de 40 anos, e Rochelle Washington, de 39, disseram a jornalistas em Nova York que conheceram Kelly em uma festa depois de um de seus shows em Baltimore nos anos 90 e que o cantor deu-lhes álcool e drogas antes de encurralá-las em seu quarto de hotel e de exigir que tivesse relações sexuais com ele.

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As mulheres não têm certeza do ano preciso do show, mas disseram que foi em 1995 ou 1996. Encarregados da segurança de Kelly as teriam escolhido no público e as convidaram para a festa, contaram.

Durante a festa, lhes deram cocaína, maconha e álcool e elas foram convidadas ao quarto de hotel de Kelly, disse Scaff, que contou que um homem com um 'walkie-talkie' disse a elas: "R. Kelly está se preparando para entrar no quarto. Levantem os vestidos". O artista, hoje com 52 anos, chegou ao quarto vestindo camisa e jeans, mas seus genitais estavam fora da calça.

Washington rejeitou seus avanços e se escondeu no banheiro, mas Scaff aceitou praticar-lhe sexo oral e depois fez sexo com ele, "embora não tivesse a capacidade para consentir", disse.

As mulheres são representadas pela poderosa advogada feminista Gloria Allred, que também cuida dos caso de várias mulheres que denunciaram Kelly. Scaff disse ter decidido contar publicamente o que aconteceu "por todas as outras vítimas" e incentivou outras mulheres a fazerem o mesmo.

Michael Avenatti - o advogado que representa a estrela pornô Stormy Daniels em sua batalha legal contra o presidente Donald Trump - também está defendendo várias pessoas vinculadas ao artista. Sem dar maiores detalhes, Allred disse que algumas mulheres que representa temem a divulgação de vídeos ou áudios de suas relações com Kelly.

Durante décadas, o artista, cujo nome de registro é Robert Sylvester Kelly, enfrentou ações e acusações de pornografia infantil, sexo com menores, de liderar um culto sexual e de agressões sexuais.

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O procurador da República Deltan Dallagnol, da força-tarefa da Operação Lava Jato, afirmou nessa quinta-feira (14) que o esquema de corrupção na Petrobras "era pluripartidário". Ao divulgar três denúncias criminais contra quatro ex-deputados federais - os primeiros políticos da Lava Jato formalmente acusados perante a Justiça Federal -, e outros nove investigados o procurador assinalou que "os principais partidos envolvidos até onde as provas já chegaram nesse momento foram o Partido Progressista (PP), PMDB e Partido dos Trabalhadores".

São acusados os ex-deputados André Vargas (ex-PT), Pedro Corrêa (ex-PP) e Luiz Argôlo (ex-PP, hoje SD). Além deles, a ex-deputada Aline Corrêa (PP/PE), filha de Pedro Corrêa, também foi denunciada. A partir da apuração que tinha como alvo a lavanderia usada pelo ex-líder do PP na Câmara dos Deputados José Janene (morto em 2010) para movimentar o dinheiro do mensalão, a Lava Jato chegou a um bilionário esquema de corrupção e cartel na Petrobras, por meio de indicações políticas nas diretorias.

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Nele, PT, PMDB e PP indicavam os diretores na Petrobras e arrecadavam de 1% a 5% de propina em contratos bilionários assinados com um cartel de 16 empreiteiras. São 15 delatores que já confessaram o esquema. As três denúncias dessa quinta envolvem políticos e ex-políticos do PP e do PT, mas os procuradores avisaram que 'novos pacotes (de acusações) virão' e que 'a maior parte das investigações envolvendo o núcleo de políticos não está em primeira instância, mas na Procuradoria Geral da República'.

Com essas três denúncias, a força-tarefa da Lava Jato estima já ter identificado um total de R$ 6,2 bilhões desviados em propinas na Petrobras - valor reconhecido pela estatal. Os procuradores explicaram que as primeiras denúncias contra políticos completam o primeiro pacote de acusações envolvendo o esquema descoberto a partir da lavanderia de dinheiro do doleiro Alberto Youssef - preso, condenado e delator dos processos.

Com as denúncias, o juiz federal Sérgio Moro - que conduz os processos da Lava Jato - decidirá se aceita ou não os argumentos para decidir se abre processo criminal contra os ex-deputados. O primeiro pacote de denúncias contra políticos na Lava Jato tem duas frentes. Uma das duas denúncias que envolvem os dois ex-membros do PP - Corrêa e Argolo -, tem como origem os desvios de recursos da Petrobras via contratos do cartel, por meio da lavanderia do doleiro Alberto Youssef.

No caso de Vargas, ex-PT, as apurações se espraiam para um dos setores ainda pouco explorado na Lava Jato, os contratos de comunicação e publicidade, envolvendo outros órgãos do governo, Caixa Econômica Federal e o Ministério da Saúde.

"Hoje (ontem) estamos ingressando pela primeira vez em um quarto núcleo, que é o dos agentes políticos", disse o procurador da República Deltan Dellagnol. "As denúncias de hoje (ontem) representam o começo do fechamento de um ciclo. Ao longo do último ano nós investigamos um imenso esquema de corrupção e haviam sido atingidos até agora com acusações criminais três núcleos, que são os dos agentes públicos, dos empresários e dos operadores financeiros ou profissionais da lavagem de dinheiro."

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