Tópicos | ofícios

A equipe de transição do governo eleito de Raquel Lyra protocolou, nesta segunda-feira (28), mais dez ofícios no Palácio das Princesas em busca de informações e documentos relacionados a ações da administração estadual. Com os de hoje, somam-se 35 ofícios destinados ao governo Paulo Câmara.

Segundo a coordenadora da equipe, a vice-governadora eleita, Priscila Krause (Cidadania), o grupo trabalha, agora, para se aprofundar nas respostas que já chegaram da gestão atual. Entre esses ofícios de hoje, destacam-se solicitação de dados sobre a administração de Fernando de Noronha, atualização sobre os programas de transferência de renda em execução pelo Governo Estadual e um pedido sobre as ações judiciais relacionadas à saúde, por exemplo.

##RECOMENDA##

“Esse é mais um passo importante no processo de transição. A partir do estudo da nossa equipe técnica, já realizamos 35 ofícios e agora estamos fazendo  mergulhados na análise minuciosa das respostas que estão chegando, que são fundamentais para um diagnóstico e um planejamento bem feito. A gestão atual tem enviado documentos e está dentro do prazo legal para isso. Nesse momento, além de estarmos atentos aos processos que precisam ser continuados, ou seja, a questão da volta às aulas, estamos preocupados com algumas ações administrativas que trazem impactos para a próxima gestão”, explicou Priscila.

De acordo com a lista dos ofícios enviados desde o dia 12 de novembro, a equipe de transição de Raquel Lyra está buscando informações de todas as áreas da gestão pública, destacando-se os pontos relativos à saúde, educação, gestão fiscal, segurança e infraestrutura. Na saúde, por exemplo, foram requeridas informações sobre a estrutura e as reformas nas unidades hospitalares estaduais.

Na infraestrutura, o grupo busca informações, entre outras, sobre as requalificações dos aeroportos de Noronha, obras de adutoras e situação dos convênios com o Ministério do Desenvolvimento Regional. Na segurança, o gabinete de transição pediu mais informações sobre o Fundo Estadual de Segurança Pública e Defesa Social de Pernambuco (FESPDS) e detalhamentos sobre o sistema penitenciário.

Além dos 35 ofícios enviados à gestão atual, em nome do coordenador da transição por parte do governo, o secretário da Casa Civil, José Neto, foram enviados três ao Tribunal de Contas do Estado e 27 aos deputados federais, no sentido de garantir recursos no Orçamento Geral da União (OGU) para obras e ações custeadas pelo Governo Federal em 2023.

*Da assessoria 

O ministro do Esporte, Orlando Silva, enviou pessoalmente e assinou de próprio punho, no fim de 2006, dois ofícios endereçados ao policial militar João Dias Ferreira, delator do esquema de fraude na pasta, liberando material esportivo para a entidade dele que tocava o Programa Segundo Tempo no Distrito Federal. "É com grande satisfação que autorizo o encaminhamento à Vossa Senhoria de materiais esportivos confeccionados em penitenciárias brasileiras e em comunidades reconhecidamente carentes", disse o ministro no ofício 3099 de 30 de outubro de 2006. Hoje, o ministro classifica João Dias de "bandido" e "criminoso".

Naquele dia, foram liberados 5 mil calções, 5 mil camisetas, 5 mil bonés, bolas e redes para a ONG do policial. No dia 13 de dezembro do mesmo ano, um outro ofício, de número 3373/2006, também assinado por Orlando Silva, reitera o anterior e acrescenta a liberação de mais 100 camisetas do Programa Segundo Tempo. Os dois ofícios mencionam o nome de João Dias e a Associação João Dias de Kung Fu-Desporto e Fitness, com sede no DF.

##RECOMENDA##

O ministro e sua equipe no ministério acusam João Dias de fraudar a execução e a prestação de contas do projeto. Na época dos ofícios, o policial militar tinha contrato para aplicar o Segundo Tempo no DF. O convênio mencionado nos documentos recebeu cerca de R$ 922 mil. A reportagem procurou a assessoria do ministério para explicar os motivos desses ofícios, mas não obteve retorno até a tarde de hoje.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando