Tópicos | Operação Pripyat

Policiais federais vasculham, desde as 6h desta quarta feira, dia 6, a sede da Eletronuclear, na rua da Candelária, no Centro do Rio. A ação faz parte da Operação Pripyat, que tem como foco apurar supostos desvios de recursos nas obras da usina de Angra 3. As investigações são desdobramento, no Rio de Janeiro, da Operação Lava Jato. Até às 10h, os agentes continuavam na empresa.

Os policias federais concentram seu trabalho de busca na sala-cofre, onde ficam guardadas todas as informações digitalizadas da empresa, e na salas de diretores afastados, que estariam lacradas há cerca de quatro meses. Os agentes teriam aguardado um funcionário da área de informática chegar, por volta das 9h, para entrar na sala-cofre.

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Nesta manhã, o ex-diretor da empresa Othon Luiz Pinheiro da Silva, que estava em prisão domiciliar, foi preso em sua casa, na Barra da Tijuca, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro.

A Polícia Federal informou que seis funcionários da Eletronuclear que integravam o núcleo operacional das fraudes da empresa tiveram a prisão preventiva decretada e o atual diretor foi afastado por ordem judicial.

A PF iniciou nesta quarta-feira, 6, a Operação Pripyat, com foco em fraudes no setor elétrico. Um dos alvos é o ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva, que está em prisão domiciliar.

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O almirante já é réu em processo na 7ª Vara Federal Criminal, no Rio. Othon Pinheiro é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, acusado de receber ao menos R$ 4,5 milhões em propinas para facilitar a contratação dos consórcios responsáveis pelas obras da usina de Angra 3.

O caso do almirante e de outros 13 acusados de participar do esquema de desvios nas obras da usina de Angra 3, estava sob responsabilidade do juiz Sérgio Moro, que cuida das ações da Lava Jato na Justiça Federal no Paraná. Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o caso da Radioatividade foi deslocado para a Justiça Federal no Rio.

Cento e trinta policiais federais cumprem, no Estado no Rio de Janeiro e em Porto Alegre/RS, além das seis prisões preventivas, outros três mandados de prisão temporária, nove de condução coercitiva e 26 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 7º Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A ação está sendo realizada em conjunto com o Ministério Público Federal.

As investigações da PF apontam que um clube de empreiteiras atuava para desviar recursos da Eletronuclear, principalmente os destinados às obras da Usina Nuclear de Angra 3.

A Operação Pripyat apura os crimes de corrupção, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, sendo um desdobramento no Rio de Janeiro da 16º fase da Operação Lava Jato denominada Radioatividade.

O nome da Operação refere-se à cidade ucraniana que se tornou uma espécie de "cidade fantasma" após o acidente nuclear em Chernobyl.

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