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O Campeonato das Américas de Judô para cegos vai começar neste sábado (26), no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Os atletas brasileiros irão competir com judocas da Argentina, do Canadá, da Colômbia, dos Estados Unidos e de Porto Rico.

A competição é considerada a primeira etapa de seleção para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. “Será a primeira competição que valerá pontos para o ranking mundial e isso é importante para nós garantirmos as vagas para Tóquio 2020”, disse o técnico da equipe brasileira, Jaime Bragança.

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O evento contará com a participação de 43 judocas, sendo 21 da delegação brasileira. Entre os que estarão na competição, os medalhistas de prata dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 Antônio Tenório, Alana Maldonado, Lucia Teixeira e Wilians Araújo são presença garantida. 

Além deles, outros judocas que também já marcaram história na modalidade com conquistas em Paralimpíadas também iniciam a trajetória neste novo ciclo. “Essa competição será muito importante para avaliar nossos atletas, principalmente o comportamento dos novos. E também servir para observar os nossos adversários”, analisou o técnico.

O evento servirá também de preparação para a Copa do Mundo, que será disputada no Uzbequistão, de 8 a 10 de outubro. A comissão técnica levará em conta o desempenho dos atletas para definir a próxima convocação.

Novos atletas

O Brasil contará também com revelações que se destacaram nos últimos eventos. A caçula é Rebeca Silva, de 16 anos, campeã nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens deste ano. Além da paulistana, Luan Pimentel, 19, campeão do GP Internacional Infraero e com duas medalhas de Jogos Universitários, e Luiza Oliano, 20, quinto lugar no Mundial de 2014, são algumas das apostas.

Depois de dois membros da equipe australiana de vela paralímpica australiana serem assaltados à mão armada no Rio, o comitê olímpico do país incitou as autoridades brasileiras a adotarem imediatamente o esquema de segurança que está previsto para os Jogos, "antes que um atleta se machuque".

O incidente ocorrido no último fim de semana no Rio aumentou os temores de crimes contra atletas estrangeiros faltando pouco tempo os Jogos, que serão realizados entre 5 e 21 de agosto. Estima-se que 85 mil policiais estarão patrulhando as ruas durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, mas os crimes violentos continuam sendo um fato da vida no Rio.

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"Talvez o comitê organizador deva mobilizar sua força de defesa para os Jogos antes", disse, nesta terça-feira, Kitty Chiller, chefe da missão olímpica da Austrália. "Faça isso agora".

Chiller afirmou que escreveu ao Comitê Rio-2016 e ao prefeito do Rio, Eduardo Paes, para expressar sua preocupação. "Estamos exigindo que o nível dessas forças (de segurança) seja revisto, e também que seja mobilizada anteriormente".

Em um comunicado, a federação de vela da Austrália disse que a atleta paralímpica Liesl Tesch e Sarah Ross foram confrontadas por dois homens quando estavam pedalando com suas bicicletas em um parque do Rio no último domingo. Um dos homens estava carregando uma pistola e as mulheres tiveram suas bicicletas roubadas.

No mês passado, o velejador espanhol Fernando Echavarri, medalhista de ouro olímpico, e dois companheiros disseram que foram roubados por cinco jovens armados no Rio. O incidente do fim de semana "foi extremamente preocupante e perturbador", disse Chiller. "Não é um incidente isolado".

A segurança é um dos problemas que assolam o Rio às vésperas dos Jogos Olímpicos, que incluem o vírus Zika, a poluição da água e problemas orçamentários. "Isso não é um incidente isolado, os atletas foram assaltadas durante o treinamento ou competindo em eventos-teste do Rio e queremos os nossos atletas protegidos", disse Chiller.

"Temos informado nossos atletas que vão para os Jogos. Basicamente estamos dizendo que, se você é confrontado por criminosos, entregue os seus pertences e não discuta. Isso é exatamente o que as paralímpicas fizeram no domingo", acrescentou.

Segundo Chiller, o incidente ocorreu às 7h30 de domingo, perto de onde elas estavam hospedadas. "Haviam pessoas ao redor, mas ninguém veio em seu auxílio. Isto é uma grande preocupação e a única resposta é as autoridades colocarem policiais extras e segurança agora", disse Chiller. "Estamos levando mais de 400 jovens atletas para os Jogos, é preciso garantir que eles sejam protegidos a todo custo".

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