O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) divulgou, nesta terça-feira (9), que de 2010 a 2017 devolveu R$ 1.291.395,52 dos R$ 3.017.034,68 a que teve direito na cota parlamentar. A contabilidade foi exposta dois dias depois de o presidenciável e seus três filhos Flávio, Eduardo e Carlos - respectivamente, deputado estadual do Rio de Janeiro, deputado federal e vereador do Rio - serem questionados sobre o crescimento exponencial do patrimônio depois do ingresso na política.
De acordo com uma reportagem da Folha de São Paulo, a família Bolsonaro é dona de 13 imóveis com um preço de mercado orçado em pelo menos R$ 15 milhões. Os bens de Bolsonaro incluem, ainda, carros que vão de R$ 45 mil a R$ 105 mil, um jet-ski e aplicações financeiras, em um total de R$ 1,7 milhão, como consta na Justiça Eleitoral e cartórios.
##RECOMENDA##Para rebater as insinuações de que os bens podem ter sido conquistados de maneira ilícita, Bolsonaro, que sempre ressalta em seu discurso o fato de não ser investigado por atos de corrupção na Lava Jato, expôs uma tabela com os valores que ele teve direito desde 2010 na cota parlamentar, pontuando o que foi utilizado e o que, segundo ele, devolvido aos cofres públicos.
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Bolsonaro quando entrou na política, em 1988, tinha declarado apenas um Fiat Panorama, uma morto e dois lotes de pequeno valor no interior do Rio, os dois hoje contabilizariam R$ 10 mil. De lá para cá, tendo apenas a política como profissão e já no sétimo mandato, conseguiu acumular os bens. Até 2008, somando as declarações de Bolsonaro e os três filhos, eles tinham R$ 1 milhão.
Nessa segunda (8), os filhos do presidenciável criticaram o levantamento feito pelo jornal. Flávio Bolsonaro chegou a pedir para que fossem atrás dos corruptos. “O problema não é quem declara o patrimônio alcançado licitamente, mas sim quem esconde o seu em nome de laranjas ou em malas de dinheiro. Vão atrás dos corruptos, p...”, disparou.