Foi sancionada, pelo governador Eduardo Campos, na noite desta quinta-feira (26), a lei que acrescenta ao nome Hospital da Restauração o do seu construtor. Popularmente conhecida como HR, a unidade passa agora a se chamar Hospital da Restauração Governador Paulo Guerra.
Na cerimônia, que aconteceu no Palácio do Campo das Princesas, a filha do ex-governante, Maria Zulmira Guerra, 67, confessou que esperava há anos por essa homenagem. “Estou muito feliz porque essa obra era a menina dos olhos do meu pai. Algumas pessoas diziam que o hospital era um elefante branco e que o Recife não comportava essa obra, mas ele pensou para o futuro e não para aquele tempo”.
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Autor do Projeto de Lei 585/2011 que propôs a mudança do nome do HR, o deputado estadual José Humberto Cavalcanti (PTB) disse que o ato é uma homenagem a um pernambucano que fez muito pelo estado e que deixou um grande legado. “Paulo Guerra foi um político e um cidadão que teve uma trajetória de vida digna de uma homenagem como essa”, afirmou.
Para o filho primogênito do ex-governador, João Domingos Pessoa Guerra, 69, o ato demonstra que “o governador Eduardo está acima de todas as divergências que porventura existiram”. “Eduardo me deu hoje uma grande alegria”. Eleito vice-governador em 1962 na chapa do ex-governador Miguel Arraes, Paulo Pessoa Guerra assumiu o governo de Pernambuco em 1964 quando Arraes foi deposto pelo Regime Militar.
O governador frisou a importância e o valor do reconhecimento àqueles que fizeram muito por Pernambuco. “Dr. Paulo sucedeu meu avô como governador numa situação que não era singela e que não dependia da vontade dele. Foram companheiros de luta, divergiram politicamente, mas nunca ouvi do meu avô outra palavra que não fosse de reconhecimento a um homem honrado, corajoso, correto com os amigos e firme nos seus propósitos políticos”, elogiou.
HR - Com 43 anos de existência, o Hospital da Restauração, localizado no bairro do Derby, foi inaugurado em 1969. Na época, a unidade substituiu o antigo Hospital Pronto Socorro erguido em 1967, que não comportava o atendimento de emergência do Recife.