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Em carta enviada ontem à noite ao seminário "Lula Livre", que ocorre em São Paulo, o ex-presidente diz que não descansará enquanto não provar sua inocência e que os "verdadeiros ladrões" são os que o condenaram. A carta foi lida há pouco pelo presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, para uma plateia de mais de mil pessoas reunidas no auditório do Sindicato dos Metroviários, no Tatuapé, na zona leste de São Paulo. Na carta, Lula voltou a afirmar que sua prisão foi motivada pelo fato de que, se estivesse livre, seria eleito presidente da República pela maioria da população brasileira. Lula está preso na superintendência da Policia Federal, em Curitiba, desde o início de abril do ano passado.

No texto lido por Okamoto Lula se queixa da Justiça que o teria proibido de comparecer ao velório e sepultamento de seu irmão, Frei Chico, morto em janeiro. Lula lamentou também as "perseguições" que seu neto Arthur Araújo Lula da Silva, morto em 2 de março, sofrera na escola por ser seu parente. "Prometi ao Arthur que não descansarei enquanto não provar que os verdadeiros ladrões são os que me condenaram", escreveu Lula, reforçando que não é e nunca foi proprietário do apartamento, o triplex, do Guarujá, nem do sítio de Atibaia.

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O seminário Lula Livre reúne lideres de partidos políticos, de centrais sindicais e movimentos sociais de esquerda. O seminário marca o relançamento do Movimento Lula Livre. Segundo Paulo Okamoto, o objetivo do seminário é dar as diretrizes para a criação de comitês nos Estados para apoiar a campanha Lula Livre. "Precisamos nos organizar; todos as forças progressistas para primeiro tirarmos Lula desta prisão injusta, encontrar os mandantes do assassinato de Marielle e derrubar essa reforma da Previdência", disse o presidente do Instituto Lula.

Ao chegarem para a festa de comemoração dos 10 anos do PT no governo federal, dirigentes e políticos petistas comentaram as críticas feitas pelos tucanos nesta semana sobre a comemoração. Para o diretor do Instituto Lula, Luiz Ducci, a comparação entre os oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso com os dez de governo petista, "não tem nada de picuinha", criticando a expressão utilizada por FHC em vídeo postado na internet na última terça-feira (19). "Pelo contrário, se não (tiver comparação), fica um projeto abstrato, é imprescindível comparar não apenas as intenções, mas também os resultados", afirmou Ducci.

De acordo com o dirigente, o PT conseguiu superar "a falsa dicotomia de que ou se tem progresso econômico ou avanços sociais". O diretor-presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, reiterou: "o que estamos fazendo é dar uma relembrada, senão o tempo passa e achamos que foi tudo muito fácil. E não foi", comentou.

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Já o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, disse encarar com naturalidade as críticas lançadas por FHC e também pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao partido. "Vejo com naturalidade. O PSDB está buscando se posicionar", disse. O filho de José Dirceu, ex-ministro chefe da Casa Civil no governo Lula, Zeca Dirceu, afirmou que a tentativa da oposição de usar o processo contra o partido é "desespero".

Os integrantes do partido que foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão não devem falar no evento). Os dirigentes do PT tentaram tratar o fato com naturalidade. O deputado federal Paulo Teixeira afirmou que quando o PT teve problemas, soube ter também autocrítica para avaliá-los. Ducci reiterou: "quem são os oradores naturais? O presidente Lula, a presidenta Dilma, o Rui Falcão. É de bom senso que os principais líderes falem". Teixeira reforçou dizendo que o PT tem muito orgulho de sua história.

Zeca Dirceu reiterou que o partido "tem sido muito solidário" com seu pai e que Dirceu tem sido recebido nos diretórios estaduais do partido.

O ex-deputado federal absolvido no processo do mensalão, professor Luizinho, afirmou que a oposição sempre retoma o assunto do mensalão pois "não sabe cuidar do direito do povo".

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