Diante do quadro de discussões no Congresso Nacional e com a aproximação do recesso parlamentar – marcado para iniciar na próxima sexta-feira (18) – a bancada do PSB na Câmara dos Deputados, divulgou uma nota defendendo a suspensão do recesso e a continuidade da análise das pautas em curso no legislativo.
Referindo-se aos processos de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e de cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o colegiado alegou ser “essencial” que as atividades não sejam paralisadas “para enfrentar e superar a grave crise política e econômica”.
##RECOMENDA##“É imprescindível a união e o comprometimento de todas as instituições responsáveis por definir os rumos das questões que, no momento, paralisam o país e degradam a sua já combalida economia, com a perda de milhares de empregos. A suspensão do recesso é, pois, um imperativo de ordem pública”, crava a nota dos socialistas.
No texto, a bancada reitera “a necessidade de afastamento” de Cunha da presidência da Câmara, “face à gravidade das acusações que lhe pesam” e para que as tratativas contra ele não comprometas o andamento dos trabalhos na Casa. Além disso, observa o impeachment como um “instrumento legítimo”.
“Trata-se de um instrumento constitucional legítimo, devendo, porém, ser discutido com a responsabilidade que o tema exige. O PSB não se deixará contaminar pela ansiedade e o açodamento antes que as condições políticas e jurídicas se apresentem em plenitude”, argumentam os parlamentares.
O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros, deve definir se o recesso parlamentar será suspenso ou não nesta quinta-feira (17).