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A participação da bancada pernambucana na aprovação do texto-base da Reforma tributária (PEC 45/19) resultou na lavada de votos dos apoiadores em cima dos deputados que seguiram a ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro para derrubar a proposta. O projeto de emenda constitucional foi aprovado em segundo turno por 375 votos contra 113, nessa quinta (6)

Dos 25 deputados federais de Pernambuco, apenas a pequena ala mais conservadora, formada por cinco integrantes, votou contra a reforma. Dentre os dissidentes, quatro são do mesmo partido de Bolsonaro e um do PP, que forma a base de apoio do ex-presidente no Congresso, mas deu autonomia aos seus representantes. 

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Votaram a favor: 

Augusto Coutinho (Republicanos) 

Carlos Veras (PT) 

Clodoaldo Magalhães (PV) 

Eduardo da Fonte (PP) 

Eriberto Medeiros (PSB) 

Felipe Carreras (PSB) 

Fernando Coelho (União) 

Fernando Monteiro (PP) 

Guilherme Uchoa (PSB) 

Iza Arruda (MDB) 

Lucas Ramos (PSB) 

Luciano Bivar (União) 

Lula da Fonte (PP) 

Maria Arraes (Solidariedade) 

Mendonça Filho (União) 

Pedro Campos (PSB) 

Renildo Calheiros (PCdoB) 

Silvio Costa Filho (Republicanos) 

Túlio Gadêlha (Rede) 

Waldemar Oliveira (Avante) 

Apesar de crítico ao governo Lula (PT), Mendonça Filho (União) comemorou a aprovação por entender que o projeto simplifica a base de arrecadação tributária e consagra conceitos importantes como a proteção dos mais pobres, através da isenção do transporte público e das cestas bássicas. O parlamentar ainda citou que o modelo assegura mais competitividade às empresas brasileiras.

Votaram contra: 

André Ferreira (PL) 

Clarissa Tércio (PP) 

Coronel Meira (PL) 

Fernando Rodolfo (PL) 

Pastor Eurico (PL) 

A versão do bojo das mudanças no cálculo dos impostos que foi aprovada atendeu aos pedidos do agronegócio, das igrejas e dos governos estaduais e municipais. Além de oferecer regimes especiais de contribuição e repassar o imposto do setor produtivo para o consumo, entre as mudanças indicadas estão: a desoneração da alíquota sobre a cesta básica e a cobrança de IPVA para jatinhos e jetskis.  A matéria ainda será apreciada pelo Senado.

O deputado federal Clodoaldo Magalhães (PV-PE), recém-empossado ao Congresso Nacional, é o novo líder da bancada verde na Casa Legislativa. A decisão foi tomada durante reunião com a cúpula do Partido Verde, nessa terça-feira (31), e oficializada nesta quarta-feira (1º). Os congressistas Carlos Bacelar, Luciano Amaral, Aliel Machado, Jadyel da Jupi e professor Reginaldo Veras também compõem a bancada. 

“É uma felicidade imensa chegar no Distrito Federal já com essa missão. Vamos trabalhar com unidade para fortalecer nossa sigla e ajudar o presidente Lula a desenvolver as políticas para reconstruir o nosso país”, declara o deputado federal e agora líder do PV na Câmara Federal.  

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Clodoaldo tomou posse na manhã desta quarta-feira (1º), depois de ser eleito deputado federal com mais de 110 mil votos dos pernambucanos, e ficar entre os dez parlamentares mais votados do seu estado. Ele foi deputado estadual nos últimos 16 anos. 

“Nordestino, médico, defensor da causa feminina, da inclusão e dos direitos humanos. Esse é Clodoaldo Magalhães, nosso deputado federal estreante na Bancada Verde, que conta com uma grande bagagem política e agora é nosso novo líder na Câmara dos Deputados. Nós do Partido Verde, desejamos sucesso nessa nova trajetória de Clodoaldo, que irá nos representar de forma plena em Brasília”, escreveu o partido em uma publicação nas redes. 

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Um quarto da bancada de parlamentares eleitos pelo Partido Liberal, que abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), usou as redes sociais para dar apoio às invasões aos Três Poderes em Brasília, no Distrito Federal, em 8 de janeiro. Pelo menos 29 parlamentares da legenda repetiram desinformação ou teorias conspiratórias sobre o episódio protagonizado por bolsonaristas, como ocorreu com a narrativa dos infiltrados. A pesquisa foi feita pelo jornal O Globo. 

A bancada do PL é a maior do Congresso, com 99 deputados federais e 14 senadores a partir deste ano. Ainda segundo a pesquisa, 41 deputados federais e senadores de nove partidos que estarão na próxima legislatura emitiram posicionamentos falsos ou enganosos sobre as cenas de depredação do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). 

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Versões inverídicas  

As principais versões alimentadas por esses parlamentares comparavam a detenção de golpistas a campos de concentração; acusavam o ministro da Justiça, Flávio Dino, de ter ignorado intencionalmente medidas de segurança; ou se referiam à presença de supostos “infiltrados de esquerda”. 

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) alega que as filmagens apontaram pessoas infiltradas. Em Minas, quatro parlamentares usaram informações distorcidas ou enganosas para se referir aos atos. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) apresentou queixa-crime pedindo a prisão de Dino com argumentação similar. 

Em São Paulo, o deputado eleito Danilo Balas compartilhou um vídeo no qual o senador Marcos do Val (Podemos-ES) alega que o governo federal “foi avisado, mas não tomou providências”. No Rio, o deputado estadual eleito Alan Lopes (PL) disse que há uma “armadilha preparada pelos comunistas para culpar inocentes”. 

 

Pensando na eleição para presidente do Senado, que acontecerá em fevereiro do próximo ano, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu nesta quinta-feira (1º), com integrantes da bancada do PL para tratar sobre o assunto. A sigla estuda a possibilidade de indicar alguém do partido para a disputa. 

A partir de 2023, o PL se tornará o maior partido na Câmara dos Deputados, com 99 eleitos, e também o maior no Senado, com 15 das 81 cadeiras. A sigla quer usar isso ao seu favor.

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O senador eleito pelo Rio Grande do Norte, Rogério Marinho, é um dos nomes cotados para a disputa. Ele é ex-ministro do Desenvolvimento Regional do governo Bolsonaro. Segundo o G1, a definição da candidatura à presidência do Senado Federal pode sair na próxima quarta-feira (7), antes do recesso parlamentar e quando a bancada voltará a se reunir para debater o tema. 

"Rogério Marinho é um excelente nome, mas todos têm competência política. E Rogério Marinho é um nome importante do partido, por ter sido ministro, deputado, tem boa relação com a Câmara", avaliou o senador Wellington Fagundes.

Além de Fagundes, participaram do encontro no Palácio da Alvorada com o presidente Bolsonaro os senadores Eduardo Gomes e Carlos Portinho, atual líder do PL no Senado. 

O deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE) foi escolhido para assumir o cargo de líder do PSB na Câmara em 2023. O anúncio foi feito pela atual liderança, o deputado federal Bira do Pindaré (PSB-MA). A eleição do pernambucano ocorreu por unanimidade. Carreras vai liderar uma bancada de 14 parlamentares, sendo sete eleitos para exercer o primeiro mandato na próxima legislatura.

Nas redes sociais, Felipe Carreras, que é filiado ao PSB há 27 anos, destacou a responsabilidade de ocupar um cargo que já foi de membros históricos do partido, como Miguel Arraes e Eduardo Campos. “Vou me dedicar integralmente a essa missão neste ano que será muito importante para o Brasil com um novo governo. Estou pronto para assumir esse desafio, buscando sempre o equilíbrio e o diálogo para representar a vontade do povo unificar o país”, afirmou, agradecendo o apoio e a confiança do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e do vice-presidente da República eleito, Geraldo Alckmin (PSB).

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De acordo com Bira do Pindaré, que segue liderando a bancada até fevereiro de 2023, Carreras será o responsável por tratar de questões da transição entre o grupo de parlamentares socialistas que encerram o mandato neste ano e os que vão compor a nova legislatura. Entre algumas dessas atribuições estão o planejamento da atuação do grupo de parlamentares do PSB para o ano que vem e as definições de apoio para a eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. 

*Da assessoria de imprensa

A governadora eleita de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), teve sua primeira reunião em Brasília durante a transição dos governos, nessa quarta-feira (9). A gestora esteve com a bancada pernambucana na capital federal para debater algumas das demandas que ela deseja priorizar para o estado, assim que assumir o Palácio do Campo das Princesas. 

No encontro, a mesa de parlamentares era composta por nomes como Fernando Bezerra Coelho (MDB), Mendonça Filho (União Brasil) e Wolney Queiroz (PDT). A deputada federal Marília Arraes (Solidariedade), que disputou o segundo turno das eleições com Lyra, não compareceu à reunião. De acordo com a tucana, foram discutidas questões de infraestrutura e saúde. 

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“Oi, gente! Estive hoje em Brasília reunida com a bancada de Pernambuco na Câmara e no Senado. Aos deputados e senadores, solicitei emendas e recursos para o nosso estado, que serão destinados para as áreas de morros e encostas, recursos hídricos, bem como para saúde e rodovias. Essas são algumas das nossas prioridades para o início da gestão. Estamos no momento de transição, mas o trabalho não para. Simbora fazer a mudança que Pernambuco precisa”, escreveu Raquel. 

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Raquel Lyra toma posse em janeiro de 2023 e terá transição coordenada por sua vice-governadora, a ex-deputada Priscila Krause (Cidadania).

Cresceu o número de policiais e militares da chamada bancada da segurança pública na Câmara dos Deputados. O número de parlamentares saltou de 28 na atual legislatura para 38 a partir do ano que vem, o que representa um aumento de 35%. Apesar de maiores em quantidade, a ligação de parlamentares do setor à agenda do presidente Jair Bolsonaro (PL) faz com que temas caros à corporação fiquem em segundo plano. Entre os eleitos estão os policiais "influencers" e quadros que foram demitidos pelo Conselho da Polícia Civil.

O levantamento, feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública com base em dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostra que a esmagadora maioria dos parlamentares é de partidos de direita. Eles representam 37 dos 38 deputados. Somente uma parlamentar, Delegada Adriana Accorsi (PT-GO), foge à regra. Mais da metade dos quadros é de policiais civis e militares, que, juntos, representam 28 dos eleitos. Quatro policiais federais, cinco membros das Forças Armadas e um bombeiro completam a lista.

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A maior concentração está em São Paulo, principal colégio eleitoral do País, onde sete deputados foram eleitos, sendo cinco delegados e dois oficiais. Minas e Rio, com três deputados cada, completam a lista dos Estados que mais elegeram representantes do setor.

Segundo Renato Sérgio de Lima, diretor do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apesar do maior número de policiais na Câmara, as pautas apresentadas pelos eleitos fogem das demandas do setor, que foram substituídas por temas caros ao bolsonarismo. "Isso acabou reduzindo a bancada da segurança pública strictus sensus", afirmou.

Nesse contexto, nomes de força em pautas corporativistas tiveram dificuldade de angariar apoio este ano. Um exemplo é o deputado Subtentente Gonzaga (PSD-MG), que, após quatro mandatos seguidos na Casa, não conseguiu se reeleger. "Candidatos que não professaram sua fé irrestrita na liderança e na pauta de Jair Bolsonaro foram ejetados. A segurança pública ficou circunscrita a temas externos aos problemas das corporações", disse Lima no estudo.

Demitidos e influencers

Em São Paulo, dois dos cinco delegados eleitos estão afastados da Polícia Civil. Paulo Bilynskyj (PL-SP) foi demitido da corporação em julho, após publicar um vídeo que faria apologia dos crimes de estupro e racismo. Já Carlos Alberto da Cunha (PP-SP) foi demitido no fim de agosto, por causa de críticas a integrantes da cúpula da instituição. O deputado eleito já havia sido alvo de processo anterior, ao ser acusado de forjar a prisão do chefe de uma facção criminosa e postar em suas redes sociais.

Os dois delegados foram demitidos pelo Conselho da Polícia Civil de São Paulo. A decisão precisa ser homologada pelo governador para que ambos se tornem ex-policiais civis. Procurados, os deputados eleitos não foram localizados.

Entre os eleitos estão os chamados policiais "influencers", que divulgam vídeos da atividade policial nas redes. Capitão Alberto Neto (PL-AM) é um deles. Ele foi eleito deputado federal em 2018, após o sucesso de suas publicações, nas quais mostrava sua participação nas operações.

"Muitos desses candidatos surgem dessa onda de influenciadores digitais. Tem alguns candidatos que criam canais, filmam operações, filmam que prenderam bandidos e se impulsionam", declarou o pesquisador da USP Caio Marcondes Barbosa. "Muitas vezes a atuação parlamentar fica em segundo plano", completou.

As vitórias eleitorais de candidatos adeptos da pauta armamentista garantiram a formação de uma "bancada dos CACs", como são chamados os colecionadores de armas de fogo, atiradores esportivos e caçadores. O grupo que cresceu a partir de incentivos do presidente Jair Bolsonaro (PL), e se tornou o maior segmento armado do País, elegeu ao menos 33 representantes para cargos de deputado federal, senador e deputado estadual.

A bancada do grupo no Congresso terá 23 representantes a partir de 2023, sendo 16 deputados e sete senadores. Juntos, os novos parlamentares que vão ocupar cadeiras na Câmara e no Senado receberam 18,6 milhões de votos.

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Os outros dez eleitos com o apoio do segmento ocuparão assentos nas Assembleias Legislativas de Alagoas, Amazonas, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia, Pernambuco, São Paulo e Tocantins. Os deputados estaduais e distritais eleitos no domingo receberam 550 mil votos.

Para efeito comparativo, a bancada dos CACs na Câmara é maior do que a de dez partidos: federação PSOL/Rede (14), PSB (14), Podemos (12), Avante (7), PSC (6), Patriota (4), Solidariedade (4), Novo (3), Pros (3) e PTB (1).

O PL fez o maior número de CACs da bancada eleita, com 17 parlamentares. Serão 12 deputados e cinco senadores. Republicanos, União Brasil e Progressistas, somados, elegeram seis. A lista de CACs eleitos é baseada nos candidatos que foram apoiados pelo movimento Proarmas, a maior associação armamentista do País. O líder do movimento, Marcos Pollon (PL), foi o deputado mais votado em Mato Grosso do Sul.

Pollon é aliado de primeira hora do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também reeleito. O filho do presidente se dedicou pessoalmente à campanha armamentista. O objetivo do Proarmas era eleger candidatos para flexibilizar leis que tratam do assunto.

Lobby

O líder do Proarmas e o filho do presidente atuam em conjunto no lobby em favor de diversas pautas do setor. Uma delas fomentou nos Estados a apresentação de projetos de lei que facilitariam o porte de arma para os CACs, que ainda não podem circular armados livremente. A estratégia serviu para driblar o Supremo Tribunal Federal (STF) e a oposição no Congresso.

Em live anteontem Eduardo Bolsonaro disse acreditar que a nova composição do Congresso permitirá modificar o Estatuto do Desarmamento. "É o Congresso mais conservador das últimas décadas. Já tem base de maioria para mudar qualquer lei. Por exemplo: o Estatuto do Desarmamento é algo factível para mudar no ano que vem, no meu entendimento", afirmou.

A importância de eleger parlamentares armamentistas também foi explicitada por Pollon, em setembro. Ao criticar uma decisão do ministro Edson Fachin, do STF, o líder do Proarmas disse a seguidores que era preciso votar em senadores alinhados a Bolsonaro. Na ocasião, dois dias antes do Dia da Independência, Fachin havia suspendido decretos do presidente que ampliavam o acesso a armas.

"Eu reitero a importância das eleições neste ano", disse Pollon. "Elejam senadores alinhados com o presidente, porque (são) os senadores que podem frear isso aí (decisão do STF) de alguma forma."

Entre os candidatos apoiados pelo Proarmas estão deputados que já exerciam mandato e que se comprometeram oficialmente com a pauta armamentista. É o caso de Bia Kicis (PL-DF) e de Pedro Lupion (PL-PR), ambos reeleitos.

Lupion atuou politicamente para derrubar uma medida do Exército que desagradou aos CACs. Como mostrou o Estadão, ele levou o pleito ao então ministro da Defesa, general Braga Netto (PL), hoje vice na chapa de Bolsonaro. Mesmo fora do governo e em plena campanha, o militar atuou para reverter o ato do Exército.

Apoio

O Proarmas apoiou 30 candidatos para a Câmara dos Deputados e dez para o Senado. Destes, foram eleitos 13 e quatro para as respectivas Casas. Nos Estados e na Câmara distrital, 31 receberam o apoio do grupo e nove se elegeram.

Na disputa para governador, sete tinham o apoio do movimento. Três foram ao segundo turno: Carlos Manato (PL-ES), Marcos Rogério (PL-RO) e Jorginho Mello (PL-SC).

A bancada dos CACs se elegeu com o compromisso de atuar em favor da flexibilização do acesso a armas. Ela se junta à bancada das forças de segurança, que cresceu na comparação com o resultado de 2018. Um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública indica a eleição de 34 policiais e militares para a Câmara. Em 2018, foram 28.

Com a política pró-armamento do governo, o total de CACs registrados saltou de 117.467, em 2018, para 673.818 este ano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sem líder no Senado há dois meses, o Planalto estuda indicar o senador Carlos Viana (MDB-MG), integrante da bancada evangélica, para comandar a base governista. O cargo foi entregue pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) após ele ser abandonado pelos aliados na disputa ao Tribunal de Contas da União (TCU). As informações são do colunista Guilherme Amado.

O interesse em torno de Viana pode ser explicado como um aceno aos representantes da bancada evangélica no Congresso, que também articulam a nomeação de um de seus integrantes para Ministro de Estado.

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Outro fator se refere à longa estada que Viana ainda terá na Casa Alta em seus quatro anos finais de mandato. Caso assuma a liderança da bancada governista, o senador também assume a missão de atuar para melhorar a imagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) e fazer frente à atividade da oposição, que se intensificou pelos desdobramentos da CPI da Pandemia.
Ele assumiu ter sido convidado no fim do ano passado e pediu tempo para avaliar a proposta. "Fui sondado, por exemplo, sobre se aceitaria ser líder do governo. Pedi tempo para responder. Ainda não parei para pensar em profundidade sobre isso [ser líder do governo]. Vai ser um ano muito difícil para o governo", afirmou ao Estado de Minas em dezembro.
Atualmente, Viana divide a vice-liderança do Governo com Eduardo Gomes (MDB-TO), Elmano Férrer (PP-PI) e Jorginho Mello (PL-SC).

Na expectativa pelas eleições deste ano, mesmo sem participar como candidato, o mineiro vai precisar reverter a alta rejeição de Bolsonaro com sua participação no Senado.
Pelo cálculo eleitoral, alguns parlamentares ventilados para ser o novo líder governista recusaram o convite para focar em suas campanhas e se distanciaram do presidente, como o caso do senador Alexandre Silveira que deve disputar o Governo de Minas Gerais. 

  

A bancada do PSOL na Câmara do Recife solicitou à Mesa Diretora da Casa o cancelamento da licitação de número 091/2021, estimada em R$ 279.447,75 e que diz respeito à contratação de uma empresa que confeccione “kits personalizados” com itens luxuosos de papelaria e uso pessoal dos parlamentares. A informação foi divulgada pelo vereador psolista Ivan Moraes, da oposição, e apoiada pela também parlamentar Dani Portela, companheira da legenda. Até o início da manhã desta quinta-feira (2), estes foram os únicos vereadores que se manifestaram publicamente sobre o tema, que tem repercutido negativamente entre o eleitorado.  

“Eu e a vereadora Dani Portela, que fazemos a bancada do PSOL, não concordamos com esta compra e já solicitamos à mesa diretora, responsável por esta decisão, que a licitação seja cancelada”, escreveu Moraes. 

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A licitação aceita propostas de fornecedores até 9 de dezembro. Ao todo, serão adquiridas 1500 unidades de produtos de luxo, incluindo 100 unidades da caneta modelo Crown Polaris, “com tampa, corpo e clipe em metal, acabamento polido na cor preta e com detalhes em prata, carga substituível, escrita média e carga tipo Parker, com personalização a laser e sistema de abertura em torção”. O item é encontrado por R$ 184 no site da fabricante e entre R$ 140 e R$ 150 em outros sites. 

Também estão listadas 100 mochilas executivas confeccionadas em "couro legítimo" na cor preta, que precisam ter “alças de ombro acolchoadas com regulagem” e “metais com acabamento em níquel”. Assim como as mochilas, as 100 unidades de blocos de anotações devem ser confeccionadas em couro legítimo.  

O edital justifica que a “contratação se faz necessária no sentido de permitir que os parlamentares e demais gestores da Câmara Municipal do Recife, possam manter organizados o seu ambiente de trabalho, bem como permitir que transportem seus documentos e dados eletrônicos com melhor apresentação e cuidado”. 

A aprovação do documento passou pela Mesa Diretora, liderada por Romerinho Jatobá (PSB), e composta por outros sete parlamentares: Hélio Guabiraba (PSB), Ana Lúcia (Republicanos), Fred Ferreira (Podemos), Eriberto Rafael (PP), Natália de Menudo (PSB), Zé Neto (Pros); e também pelos suplentes Almir Fernando (PCdoB) e Fabiano Ferraz (Avante). 

Os custos da licitação podem diminuir com a disputa de empresas interessadas. Em 2021, o orçamento da Câmara para manter os 39 vereadores foi de R$ 160 milhões. 

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O PTB anunciou nesta sexta-feira (26), que o Coronel Meira, presidente estadual do partido em Pernambuco, terá carta branca para montar bancada de pré-candidatos ao Legislativo, seja ele estadual ou federal. 

A executiva nacional declara que a legenda terá como meta principal apoiar todos os candidatos ao senado e aos governos estaduais que o presidente Jair Bolsonaro indicar. 

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"O objetivo número um do PTB para 2022 é reeleger Jair Bolsonaro, o segundo é fazer uma grande bancada para dar sustentação ao presidente na Câmara dos Deputados", diz Meira, que deve concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. 

O presidente estadual do partido aponta que Graciela Nienov, presidente nacional interina da legenda, garantiu que irá disponibilizar a estrutura necessária para eleger o maior número possível de deputados em Pernambuco.

"Se antes nós já estávamos trabalhando, agora, com carta branca, é trabalhar mais para montar uma excelente chapa e atingir os objetivos do partido", pontua o Coronel Meira.

No próximo dia 30 de novembro, o PTB irá realizar uma eleição dos novos membros da Nacional, onde Meira deve assumir um cargo de diretoria. Com a saída de Roberto Jefferson, presidente do partido que está preso acusado de atacar o STF e atentar contra a democracia, Graciela assumirá o comando do partido em definitivo.

Graciele Lacerda, casada com Zezé Di Camargo, desabafou nas redes sociais na última quinta-feira (11) e negou sobre ser bancada pelo companheiro e, após a revelação, como alguns seguidores ainda duvidaram da sua fala, ela voltou ao seu perfil para dizer que nunca mentiu para seus fãs.

"Quem me conhece sabe que eu sou muito verdadeira, até demais, e às vezes sofro por isso. Jamais virei aqui mentir sobre algo. Prefiro omitir. Quando eu abro caixinha, vocês me perguntam muitas coisas sobre pessoas próximas. Prefiro não responder porque senão vou falar a verdade, talvez vá virar polêmica e vão falar que estou querendo biscoito. Até nisso a gente tem que ter cuidado nas redes sociais", começou.

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"Se ele me bancasse, não teria problema nenhum de falar. Vou responder a verdade. Hoje eu tenho meu trabalho, meu dinheiro e ganho muito bem. Graças a Deus e ao Zezé, tenho uma gratidão eterna porque foi ele que abriu as portas para o meu trabalho de hoje. Mas eu poderia não trabalhar e ser bancada por ele, ficar em casa e não me preocupar com nada", emendou.

Graciele ainda disse que foi uma escolha dela trabalhar, "ter as minhas coisas e correr atrás, e ainda corro. Estou buscando cada vez mais, quero crescer cada vez mais. É gostoso ter sua independência com seu trabalho, e Zezé fala o tempo todo que tem orgulho disso, e eu fico muito feliz".

Deputados do PDT que votaram a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios se reuniram na noite de segunda-feira para alinhar uma posição na votação de segundo turno na Câmara, marcada para esta terça-feira (9). Durante jantar na casa do deputado Mario Heringer (PDT-MG), os congressistas decidiram mudar de posição e votar contra a proposta. Na primeira votação, 15 dos 24 representantes da sigla foram a favor do texto.

O líder do partido na Casa, Wolney Queiroz (PE), participou do encontro e anunciou nas redes sociais que o PDT agora vai orientar seus deputados a votarem contra o texto. "A decisão se deu em nome da preservação da nossa unidade partidária", disse. No primeiro turno, Wolney orientou pela aprovação da proposta.

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Espera da retomada da candidatura de Ciro

O partido passou por uma crise pública após apoiar a proposta governista. Ciro Gomes, escolhido pela legenda para disputar a Presidência em 2022, anunciou nas redes sociais a suspensão da pré-candidatura enquanto a sigla não mudasse a posição sobre o texto. O presidente nacional do partido, Carlos Lupi, declarou que os votos favoráveis "maculam" a imagem do partido como oposição e trabalhou para reverter a posição.

A Executiva Nacional da legenda convocou para esta terça uma reunião com as bancadas da sigla na Câmara e no Senado para tratar sobre a PEC. Aliados de Ciro esperam que ele participe do encontro pelo menos de forma virtual e têm a expectativa de que ele retome a pré-candidatura ao Palácio do Planalto. "Isso nunca se cogitou", disse o deputado André Figueiredo (PDT-CE) sobre Ciro não estar no pleito em 2022.

Como forma de ampliar os votos na legenda a favor do texto, o partido convocou Mauro Benevides Filho (CE) para retornar ao seu mandato na Câmara e participar da votação. Benevides é secretário de Planejamento do Ceará e seu suplente, Aníbal Gomes (DEM-CE), havia votado favorável à PEC no primeiro turno.

Dos 15 deputados que votaram favoráveis à PEC, nove participaram do jantar na casa de Heringer. Além do anfitrião e do líder da legenda, estiveram presentes os deputados André Figueiredo, Leonidas Cristino (CE), Eduardo Bismarck (CE), Subtenente Gonzaga (MG), Silvia Cristina (RO), Dagoberto Nogueira (MS) e Fabio Henrique (SE).

Apesar disso, a posição contrária ao texto não vai ser unânime no segundo turno. Eduardo Bismarck afirmou que não vai seguir a orientação da legenda e citou acordo construído na semana passada envolvendo precatórios da educação. "Não tenho nenhum motivo para mudar o voto uma vez que fechou-se um acordo", disse ao jornal O Estado de S. Paulo. Apesar da orientação contrária, não foi fechada questão contra o texto, ou seja, eventuais dissidências não correm o risco de serem punidas pela legenda.

Por outro lado, André Figueiredo, vice-presidente nacional do PDT e ex-líder do partido na Câmara, disse que vai mudar o voto e ser contra a PEC mesmo afirmando não concordar com a decisão. "A gente tomou essa decisão. Cada um vota com sua consciência. Eu particularmente acho um equívoco por conta do texto que foi negociado e é benéfico para a educação, mas é a decisão do partido e a orientação do presidente Ciro Gomes", declarou.

A PEC é bastante criticada

Além do PDT, o PSB também teve dissidências no primeiro turno e 10 deputados de uma bancada de 32 votaram a favor do texto. O presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que se necessário a sigla irá fechar questão contra a proposta no segundo turno. Com a pressão sobre os partidos de oposição, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), busca aumentar a presença de deputados e aumentar o apoio nos partidos de centro, como PSDB, DEM, PSD e MDB, que também deram votos favoráveis à PEC na semana passada.

A votação em segundo turno acontece em meio a um julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que pode barrar as emendas de relator, usadas pelo governo no orçamento secreto para conseguir apoio no Legislativo. Na véspera da votação de primeiro turno, o governo liberou R$ 1,2 bilhão em emendas do orçamento secreto para deputados. Pedetistas negam ter votado pela PEC motivados por emendas.

Como justificativa para o aval à proposta no primeiro turno, os deputados do PDT alegaram que foi feito um acordo entre Lira e sindicatos de professores. A mudança incorporada à PEC determinou que os professores recebam 40% dos precatórios no ano que vem e 30% nos dois anos seguintes. Pela versão inicial, o parcelamento seria feito em dez anos.

A PEC é bastante criticada pela oposição ao governo de Jair Bolsonaro. Parlamentares contrários ao texto consideram a proposta populista por furar o teto de gastos e permitir um "calote" nos precatórios, dívidas que o poder público tem de pagar após decisões judiciais. Mas a necessidade de obter recursos para o programa Auxílio Brasil foi o argumento usado pelo governo com o objetivo de emplacar a PEC.

O presidente da Frente Parlamentar da Segurança Pública, deputado Capitão Augusto (PL-SP), divulgou nesta quinta-feira (26) nota de repúdio à possibilidade de agentes de segurança pública só poderem se candidatar se tiverem se desligado das suas funções no mínimo cinco anos antes das eleições.

A chamada "quarentena eleitoral" foi incluída na quarta-feira (25), na mais recente versão do parecer do projeto que cria o novo Código Eleitoral, relatado pela deputada Margarete Coelho (PP-PI). Na nota, Capitão Augusto diz que a frente, mais conhecida como Bancada da Bala, manifesta seu repúdio ao texto "por sua flagrantemente inconstitucionalidade" e destaca que "a elegibilidade é direito constitucional que traduz a expressão máxima do exercício da cidadania, a tal ponto que a sua mitigação coloca em xeque a própria existência do Estado de Democrático de Direito".

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A nova versão do parecer de Margarete determina que são inelegíveis servidores integrantes das guardas municipais, das polícias Federal, Rodoviária Federal e Ferroviária Federal, polícias civis, magistrados e membros do Ministério Público que não tenham se afastado definitivamente de seus cargos e funções até cinco anos anteriores ao pleito. Margarete excluiu da regra aqueles servidores que já possuem mandato.

"Conclamamos que os membros da maior bancada do Congresso Nacional, que é a desta Frente Parlamentar da Segurança Pública, esteja unida para rejeitar firmemente qualquer iniciativa nesse propósito, rogamos que o Presidente da Câmara dos Deputados e as liderança partidárias não permitam essa medida e que matéria de tão relevância tenha a tramitação regimental adequada na comissão especial", diz a nota. Atualmente, a bancada tem 304 deputados e dez senadores.

Caso o projeto seja aprovado sem alterações nos Plenários da Câmara e do Senado e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro até outubro deste ano, o caminho para as eleições de 2022 estará fechado para militares, policiais, juízes e promotores que não cumpram o prazo exigido. As últimas eleições foram marcadas por um avanço nas candidaturas de representantes das Forças Armadas, magistratura, Ministério Público e polícias.

O Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou que Augusto já procurou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e está ligando para líderes tentando reverter o texto. No entanto, a quarentena tem apoio no Congresso para ser aprovada, inclusive de parlamentares da área da segurança que enxergam na nova regra uma diminuição da concorrência nas próximas eleições.

Indignados pelo desinteresse do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, em manter a extensão da Transnordestina até o Porto de Suape, os 25 deputados federais de Pernambuco se reúnem às 10h, desta terça-feira (27), para discutir as vantagens logísticas da vinda da ferrovia até o Litoral do Estado. A bancada alega interesses pessoais na decisão.

"Esperamos que o governo reconsidere essa decisão e que não opte por uma condução desastrosa que deve prejudicar milhões de pernambucanos e nordestinos a partir de um mero interesse pessoal e financeiro do concessionário, que opera no terminal de Pecém", aponta o comunicado assinado pelos líderes da bancada, os deputados Augusto Coutinho (Solidariedade) e Wolney Queiroz (PDT).

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Além dos parlamentares, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, o ex-prefeito Geraldo Julio, e o presidente do Porto de Suape, Roberto Gusmão, devem participar do encontro para trocar informações técnicas com objetivo de mobilizar o Governo Federal para que a ligação férrea vá além do plano da Concessionária de conclui-la até o Porto de Pecém, no Ceará.

Os pernambucanos ressaltam que o trecho da ferrovia até Suape é 100 km mais curto do que até Pecém, o que resultaria na economia de R$ 1,5 bilhão em obras. Para os congressistas, o Executivo e a Concessionária ignoram as vantagens do Porto do Estado, que também “é indiscutivelmente a alternativa ambientalmente mais sustentável e pode encurtar as distâncias, causando menores emissões de gases de efeito estufa”.

Deputados e senadores ligados à chamada "bancada da bala" no Congresso questionam a existência de um acordo no Legislativo para aprovar a ampliação do excludente de ilicitude e afirmam que esta não é uma demanda de agentes de segurança e militares. No início do mês, o presidente Jair Bolsonaro afirmou já ter acordado com os novos presidentes da Câmara e do Senado para a votação de uma proposta que isenta de investigação (e punição) o agente de segurança que cometer crime durante o exercício da atividade profissional.

"É uma licença para matar ou para ferir? Nem as organizações policiais e nem as Forças Armadas nunca fizeram questão disso", disse o senador Major Olimpio (PSL-SP), que é ligado à Polícia Militar de São Paulo. De acordo com o parlamentar, ex-aliado de Bolsonaro e hoje na oposição, não há acordo no Senado para que a ampliação seja votada.

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O Estadão apurou que outros integrantes da Casa avaliam que dificilmente haverá acordo para que se leve um tema tão juridicamente delicado ao plenário. "A tal criação do novo excludente de ilicitude é uma tremenda besteira para o Bolsonaro dizer: 'Olha, é para amparar o policial'. Quando você vai buscar no próprio campo do direito, você já tem amparo para o policial que está em ação", completou Olímpio.

Para a deputada Margarete Coelho (PP-PI), uma das integrantes da Frente Parlamentar da Segurança Pública, nenhuma associação ou entidade representativa de policiais ou das Forças Armadas solicitou a ampliação do excludente quando a Câmara analisou o pacote anticrime do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro, em 2019.

Foi Margarete Coelho quem coordenou o grupo de trabalho da Câmara criado para avaliar as propostas de combate ao crime enviadas pelo governo. "Nós ouvimos toda a sociedade civil organizada e nenhum grupo ligado a movimentos da categoria de militares e da segurança pública reivindicou esse dispositivo. Foi uma coisa que me chamou muita atenção", disse. "Foram dez audiências públicas, o grupo debateu intensamente, ouvimos especialistas e ouvimos as categorias. Nenhuma reivindicou."

Na Câmara, a iniciativa foi removida em 2019 pelos deputados do conjunto de medidas para combater a criminalidade. Para amparar as forças de segurança, o grupo coordenado por Margarete Coelho criou a possibilidade de o Estado custear a defesa dos policiais investigados durante a fase de inquérito, quando se colhem as provas. Segundo a deputada, a legislação atual já é robusta o bastante para lidar com os momentos em que agentes de segurança se envolvem com o uso letal da força.

Discussão

Entidades ligadas às forças policiais e militares consultadas pelo Estadão confirmam o desinteresse ou o estágio ainda de avaliação do tema. O diretor jurídico da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Flávio Werneck, afirmou que a entidade não possui uma posição formal sobre o tema. Ele, no entanto, observa que "a princípio, a legítima defesa, o estado de necessidade, o exercício regular de um direito da sua profissão já estão contemplados dentro do Código Penal".

O presidente da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais (Feneme), coronel da PM Marlon Jorge Teza, disse que a discussão mais recente é para ampliar o excludente em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), executadas por militares das Forças Armadas. Ele também afirmou que a entidade vai discutir o tema. "Não somos contra, mas a gente sabe da dificuldade de aprovar como está. Vamos discutir para chegar a um consenso. Hoje já temos leis que garantem o excludente de ilicitude. Evidentemente que alguns reparos teriam que ter, mas são coisas localizadas."

O presidente da Associação Nacional de Entidades Representativas de Praças (Anaspra), Heder Martins de Oliveira - subtenente da PM de Minas -, afirmou que há divergência interna sobre o tema. Um encontro será realizado no fim do mês para tirar uma posição oficial da entidade.

Major Olimpio também criticou as falas de Bolsonaro, segundo as quais policiais e militares seriam poupados de investigação. "Por mais que ele crie mais excludentes de ilicitude, ainda vai ter que haver inquérito e vai ser feita prova pericial", disse o senador. "Tem gente que argumenta que o policial tem medo dessa investigação. Claro que tem. Mas o Bolsonaro está tentando forçar uma situação que não vai se aplicar em nenhum caso concreto", afirmou.

Para ele, a iniciativa causa má impressão porque sugere que policiais e militares que cometerem excessos estarão blindados. "E se (a morte) for de uma forma dolosa (com intenção)? E se o cara está mancomunado com organizações criminosas?"

Casos arquivados

Especialistas na área da Segurança Pública ouvidos pelo Estadão criticaram a intenção do governo de fazer uma nova tentativa para aprovar a ampliação do excludente de ilicitude no Congresso. De acordo com analistas, a maioria dos casos em que policiais ou militares são investigados pela morte de civis é arquivada. A avaliação é que a ampliação do excludente de ilicitude levaria ao aumento da impunidade.

Pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP, Bruno Paes Manso disse que aprovar o excludente de ilicitude fragiliza um sistema já frágil de controle das polícias. "O Brasil tem a polícia mais violenta do mundo. São 6 mil mortes causadas por policiais ao ano, e temos batido sucessivos recordes nos últimos três anos. Os casos de violência têm aumentado na pandemia", destacou. "Hoje já é muito fácil para qualquer policial matar e não ser condenado. A maioria dos casos já é arquivada."

Renato Sergio de Lima, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, afirmou que a pauta é "um grande engodo" pois já existem excludentes. "Está previsto no Código de Processo Penal. O policial já pode eventualmente fazer o uso letal da força. Quem vai dizer se foi ou não é crime é o Poder Judiciário", afirmou.

Lima classificou a iniciativa como mais uma situação desgastante para o Supremo Tribunal Federal (STF), que ele prevê que será chamado para agir. Segundo Lima, isso pode alimentar ainda mais a retórica de que o Poder Judiciário estaria de novo se colocando como obstáculo para o que bolsonaristas dizem ser o "anseio da população". "Bolsonaro quer fazer uma média com os policiais, colocar uma faca na cabeça do Judiciário e testar a fidelidade do Centrão", concluiu.

O criminalista Augusto de Arruda Botelho, conselheiro da organização Human Rights Watch e um dos fundadores do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), considera que a nova tentativa de Bolsonaro não deve ser analisada de forma isolada. Ele relembra de outras medidas adotadas pelo presidente no mesmo sentido. "Não podemos pegar essa fala de forma isolada, ela vem em uma escalada", disse.

"Primeiro, as portarias revogadas pelo presidente que auxiliariam na fiscalização de armas e munições. Isso é gravíssimo e não havia justificativa nenhuma para revogar essas portarias. Uma coisa é uma promessa de campanha de flexibilizar e de facilitar o acesso e o porte às armas. É completamente diferente de dificultar ou impossibilitar que os órgãos públicos fiscalizem e rastreiem armas e munições. Isso é essencial para combater o crime organizado."

Botelho citou ainda a fala do presidente de que a população precisaria se armar para enfrentar governadores que, segundo ele, têm pautas autoritárias, como o isolamento social para o combate ao coronavírus. "É evidente que, com o avanço da criminalidade, a política tenha que cada vez mais entrar em confronto com a criminalidade. Isso é fato. Agora, outro fato concreto é que o aumento da letalidade é exponencial. E essas mortes precisam ser investigadas", disse. "Ninguém está dizendo que os policiais precisem ser punidos pelo cumprimento do seu trabalho. Mas, quando acontecem mortes, isso precisa ser investigado. Não da para jogar uma pá de cal em investigações."

César Muñoz, pesquisador sênior da Human Rights Watch, também condenou a iniciativa. "O policial que atira em legítima defesa da própria vida ou de terceiros já está totalmente protegido pela legislação brasileira e as normas internacionais. O que o presidente Jair Bolsonaro parece querer é uma licença para matar para o policial, sem que haja investigação ou que ele tenha que prestar contas de seus atos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma proposta de Renda Mínima Permanente para beneficiar as cerca de 30 mil famílias recifenses que vivem na situação de miséria, ou em nível que é considerado abaixo da linha da pobreza, foi apresentada pelos vereadores que formam a bancada do PSOL na Câmara Municipal do Recife.

“É uma proposta para que a Prefeitura do Recife conceda uma renda mensal de R$ 350 para as famílias que não têm sequer o que comer e estão inscritas no CadÚnico. Aquelas cujos membros, somado tudo o que ganham por mês, não chega a R$ 130. É preciso termos uma política pública que dê uma resposta à atual situação de desemprego e de extrema pobreza na nossa cidade”, afirmou o vereador Ivan Moraes, na reunião virtual da Câmara na última segunda-feira (8).

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O CadÚnico é uma ferramenta que identifica as famílias de baixa renda em todo o País, de acordo com coleta de dados para a definição de políticas públicas sociais.

Em conjunto com a vereadora Dani Portela, do mesmo partido, ele apresentou e aprovou o requerimento de número 364/2021, que indica ao prefeito do Recife, João Campos, a necessidade de que ele apresente e implemente “um programa de renda básica permanente no município do Recife, devido à crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19 e o latente índice de desemprego na cidade”.

Ivan Moraes sublinhou que tem consciência de que não cabe aos vereadores legislarem sobre as questões financeiras e econômicas do município, pois isso é prerrogativa exclusiva do Poder Executivo. Mas, observou que é preciso enfrentar o desafio de se propor uma iniciativa como a da renda mínima como forma de minimizar os efeitos dos problemas sociais que se apresentam no Recife.

Ivan Moraes entende que a proposta pode reunir não somente os vereadores do PSOL e de toda a bancada de oposição, mas também outros da situação, que tenham o mesmo ideal.  “Além disso, quero afirmar que acreditamos na sensibilidade do prefeito João Campos, para com este tema, ainda que sejamos de oposição a ele. Reconhecemos que, quando deputado federal, a concessão da renda mínima foi uma das frentes de lutas do então parlamentar, em conjunto com o deputado Marcelo Freixo. Eles formaram uma frente em defesa do programa de renda mínima”, lembrou.

O vereador observou que, apesar de fazer oposição ao prefeito, pode caminhar em paralelo, nesta discussão. “Há uma possibilidade de construção em conjunto, sim”, admitiu.

De acordo com Ivan Moraes, a proposta de criação do programa de renda mínima foi apresentada em conjunto com a vereadora Dani Portela porque se trata de uma orientação do partido desde a campanha eleitoral do ano passado.

“Foi uma iniciativa de forma coletiva. Sabemos que a renda emergencial de R$ 600 do Governo Federal acabou e a população mais pobre não pode ficar à deriva. O município pode e deve incluir esta tarefa entre as suas obrigações para com o cidadão mais pobre”.

Ivan Moraes disse ainda que uma pesquisa foi feita pelo PSOL mostrando que se a Prefeitura do Recife adotar a renda mensal, no final do ano terá pago cerca de R$ 125 milhões à população. “Se o prefeito João Campos quiser, os recursos para financiar esse programa virão de custeios que podem ser enxugados. Poderão ser retirados de excedentes com as despesas do lixo ou da comunicação, que serão executados”. O vereador também ressaltou que o prefeito anunciou que pretende gastar milhões de reais com a triplicação da BR-232, na saída da Avenida Abdias de Carvalho, na Zona Oeste. “Em vez de gastar com essa triplicação, ele poderia gastar com a vida. Ela, com certeza, é mais importante do que com o livre-trânsito. É só uma questão de o poder público priorizar a vida em seu orçamento”, afirmou.

A vereadora Dani Portela pediu um aparte e disse que a proposta do projeto de renda mínima permanente é “urgente e necessário”. Ela observou que a persistência dos números sobre a pobreza no Recife tem se agravado com a pandemia da covid-19. “É impossível falar da pandemia sem observar que ela agrava ainda mais as desigualdades de raça, de gênero e de classe. A população que mais sofre, nessa situação, é a periférica, pobre e negra. Sobretudo as mulheres”, reforçou. Dani Portela apresentou dados de um relatório da Oxfam Brasil, dando conta de que mais de 1 bilhão de pessoas está em extrema pobreza no mundo inteiro e que, com a pandemia, a parcela mais rica da população leva nove meses para recuperar as perdas econômicas e financeiras, enquanto que a mais pobre levam uma década. A vereadora também citou dados do projeto do Auxílio Emergencial do Governo Federal, de que o País sofre com 14 milhões de desempregados; que quatro em cada dez brasileiros receberam o auxílio emergencial no ano passado, e que 43% da população beneficiada estava nas regiões Norte e Nordeste. “Nesse contexto, o Recife é a capital do desemprego e 115 mil pessoas, de sua população, se encontra em situação de extrema miséria”, alertou.

*Do site da Câmara do Recife

Nesta quinta-feira (4), a bancada do PT na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) protocolou um Projeto de Lei (PL) que estabelece condutas de transparência para o Plano Estadual de Vacinação contra a Covid-19 no Estado.

O projeto visa ampla divulgação das informações do quantitativo de vacinas adquiridas ou recebidas pelo governo estadual, o laboratório de origem, os custos, os grupos elegíveis, municípios onde ocorrem as imunizações, informações sobre metas de vacinação, entre outras medidas.

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Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, até esta quinta, foram registrados 266.999 casos e 10.430 mortes em Pernambuco. 

Com uma população estimada em 9.616.621 habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado teve, também até esta data, 57.993 doses de vacinas aplicadas, segundo informações da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) do Ministério da Saúde (MS).

A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara Municipal do Recife elegeu, na última quarta-feira (20), a vereadora Liana Cirne Lins como líder do colegiado. Também integram o grupo, os vereadores petistas Jairo Brito e Osmar Ricardo.

"Com alegria e responsabilidade, comunico que, em reunião com os companheiros vereadores Jairo Brito e Osmar Ricardo, definimos meu nome como líder da bancada petista na Câmara Municipal do Recife e o de Jairo Brito como vice-líder", escreveu Liana em publicação no Instagram.

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A vereadora ainda reafirmou a postura de oposição ao prefeito João Campos (PSB) da bancada petista. "Nossa bancada também firmou orientação ao Diretório Municipal para posicionar-se em oposição ao governo João Campos, em razão da campanha eleitoral violenta, mentirosa e misógina adotada pelo PSB na última eleição", observou a parlamentar.

O PT anunciou o rompimento da aliança com o PSB na última semana, com isso, entregou cargos no Governo do Estado. O fim da parceria entre os partidos, se deu por conta da campanha municipal, marcada por ataques contra a legenda por parte da legenda socialista.

O Congresso americano se reúne hoje para confirmar a certificação da votação do colégio eleitoral, que deu a vitória a Joe Biden na eleição de novembro. Deveria ser um procedimento protocolar, mas que ganhou outro peso. Nos últimos dias, Donald Trump aumentou a pressão sobre aliados do Partido Republicano para subverter a ordem democrática e barrar a vitória de um adversário. No esforço, seu vice, Mike Pence, como presidente do Senado, virou o principal alvo.

Em seu comício na Geórgia na noite de segunda-feira (4), talvez o último antes de deixar a Casa Branca, Trump repisou um argumento defendido por ele desde que foi derrotado em 3 novembro: "Nós nunca perdemos a Geórgia. Não tem como". Sua viagem ao Estado tinha como objetivo dar apoio aos candidatos republicanos que disputavam o segundo turno ao Senado, mas Trump resolveu pressionar ainda mais o seu partido já dividido a não certificar a vitória de Biden.

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Na Geórgia, Trump sugeriu que Pence poderia não reconhecer a vitória de Biden na sessão conjunta do Congresso. "O vice-presidente tem o poder para rejeitar eleitores escolhidos de modo fraudulento", escreveu Trump no Twitter. Um pouco antes, ele havia postado que os dois candidatos que disputavam o segundo turno na Geórgia, Kelly Loeffler e David Perdue, decidiram se juntar ao grupo de congressistas que pretende obstruir a certificação.

Segundo o jornal Washington Post, Trump sabota seu partido antes de deixar a Casa Branca. Na avaliação do jornal, assim como fez em seus quatro anos de governo, o republicano provocou uma divisão profunda na legenda. As lutas internas criam um cenário que o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, queria evitar quando alertou aos membros para que não se opusessem à certificação.

Os senadores Josh Hawley e Ted Cruz se posicionam como os principais porta-vozes para contestar a vitória de Biden. Já Tom Cotton e Ben Sasse se colocaram contra o presidente. Outros republicanos de destaque, como os senadores Marco Rubio e Tim Scott, além do próprio vice, tentam se manter em uma posição segura e falam pouco. "Tem pessoas que querem se candidatar à presidência, então sua prioridade não é necessariamente a mesma que a de McConnell", disse o estrategista republicano Doug Heye, ex-diretor de comunicações do Comitê Nacional Republicano, ao site The Hill.

De acordo com a imprensa americana, é quase certo que o esforço de Trump fracassará, com a Câmara e o Senado rejeitando a tentativa de anular a eleição. A investida, porém, força um debate público que permitirá projeções de nomes com pretensões eleitorais para 2024.

A jogada, de acordo com o New York Times, garantirá um confuso confronto ao final da era Trump com líderes republicanos temendo uma divisão do ainda maior no partido, que pode comprometer até o seu futuro. Em editorial, o jornal Wall Street Journal acusou Hawley e Cruz de atuarem de acordo com seus cálculos eleitorais, e presidenciais, à custa do país.

"Dar crédito à falsa alegação de Trump de que a eleição foi roubada é um ataque altamente destrutivo ao nosso governo constitucional", disse o republicano John C. Danforth, que ajudou a projetar a carreira política de Hawley, em um comunicado. "Isso é o oposto de ser conservador. É ser radical." Ontem, mais um juiz federal rejeitou um pedido do presidente para anular votos na Geórgia. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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