O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, nesta quinta-feira (25), que os hackers “perderam tempo” ao vasculhar seus aparelhos celulares. A informação de que Bolsonaro também foi alvo do grupo preso na operação Spoofing foi divulgada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que disse ter sido avisado pela Polícia Federal por questão de “segurança nacional”.
"Eu achar que meu telefone desde antes das eleições não estava sendo monitorado por alguém seria muita infantilidade. Não apenas por eu ser capitão do Exército, conhecedor da questão da inteligência. Sempre tomei cuidado nas informações estratégicas, essas não são passadas via telefone”, declarou o presidente em entrevista coletiva em Manaus, onde cumpre agenda hoje.
##RECOMENDA##“Então, não estou nenhum um pouco preocupado se porventura algo vazar aqui no meu telefone. Não vão encontrar nada que comprometa. Por exemplo, o que estamos tratando com outros chefes de estado, no tocante à Venezuela, as questões estratégicas para o Brasil, isso é conversado pessoalmente no gabinete. Perderam tempo comigo", acrescentou.
Logo depois, no Twitter, Bolsonaro também comentou sobre o assunto e disse que o Brasil não é mais terra sem lei e os suspeitos serão punidos.
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O Ministério da Justiça disse comunicado imediatamente a Bolsonaro sobre os ataques hackers. Não há detalhes sobre quais as informações coletadas nos celulares do presidente.
Na operação Spoofing a PF investiga, inicialmente, o hackeamento do celular do ministro Sergio Moro (Justiça). Além dele, contudo, a polícia descobriu que outros mil aparelhos foram atingidos pelo grupo preso na última terça-feira (23), entre os quais estão incluídos os de autoridades dos Três Poderes e jornalistas.