Na última quinta-feira (30), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, visitou a comunidade Vila Nova União, na Zona Leste de São Paulo. No local, ele encontrou entidades e movimentos sociais para debater demandas de segurança e políticas públicas. O encontro aconteceu logo depois de o ministro deixar uma audiência na Comissão de Constituição, Justiça e Paz (CCJ), onde parlamentares associaram sua visita à comunidade da Maré, no Rio de Janeiro, a um suposto envolvimento com grupos criminosos.
Durante a agenda, o ministro apresentou o Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci II), que apresenta as ações a serem tomadas pelo governo na área. "Estivemos ontem na Vila Nova União, Zona Leste de São Paulo, ouvindo entidades e movimentos sociais sobre Segurança e políticas públicas. Apresentamos o PRONASCI 2, lançado pelo presidente @LulaOficial , com várias ações de Segurança Pública com Cidadania", publicou Dino, em seu Twitter.
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Preconceito
Na CCJ, Dino disse que sua associação ao crime organizado se deu apenas com base no preconceito com as comunidades periféricas que visitou, que leva a uma falsa relação causal entre a população mais pobre e o crime. "Na próxima, vou convidar os deputados federais para irem comigo, porque não é todo mundo que tem medo das comunidades mais pobres do Brasil”, declarou.
A visita aconteceu no dia 13 de março, a pedida da comunidade. Na ocasião, o próprio ministério informou aos órgãos de segurança sobre a agenda do ministro. "Considero, a estas alturas, perdoem-me, algo esdrúxulo imaginar que eu fui me reunir com o Comando Vermelho e avisei à polícia. É preciso ter seriedade no debate público”, completou o ministro, na Comissão.