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Com aumento nos casos e mortes por Covid-19, prefeituras do interior de São Paulo estão adotando medidas mais duras que as do plano emergencial na tentativa de frear o avanço da pandemia. Nesta quarta-feira (9) diante do aumento de 35,1% de casos novos em uma semana, o governador João Doria (PSDB) decidiu prorrogar a fase de transição do Plano São Paulo até 30 de junho. O governo vai recomendar que cidades com mais de 90% de ocupação dos leitos de UTI tomem medidas mais restritivas que as do plano.

Em Limeira, o prefeito Mario Botion (PSD) baixou decreto obrigando o fechamento de bares, restaurantes e lojas de conveniência aos sábados, domingos e feriados. Nos demais dias, o funcionamento vai até as 18 horas - o plano estadual libera o comércio até as 21 horas. Festas e eventos com mais de dez pessoas estão proibidos. A multa por desrespeito varia de R$ 10 mil a R$ 30 mil. Há previsão de interdição do estabelecimento e cassação do alvará, conforme a gravidade da situação. A cidade tem todos os leitos de referência para a covid-19 lotados.

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Araraquara voltou a entrar em estado de alerta nesta quarta-feira, pelo segundo dia consecutivo, e está mais próxima do lockdown. A taxa de positividade foi superior a 15% nos testes realizados nas pessoas em geral e superior a 20% em indivíduos com sintomas gripais. Em mil amostras totais, 153 deram positivo (15,3%) e, de 692 sintomáticos, 149 tinham o vírus (21,53%). Se os índices se repetirem nesta quinta-feira, 10, a prefeitura vai decretar novo fechamento. Em fevereiro, a cidade entrou em lockdown de dez dias e conseguiu grande redução no número de casos, mortes e internações pela covid-19.

A prefeitura de São Roque, cidade turística do interior, decidiu fechar o comércio no fim de semana do Dia dos Namorados, que cai neste sábado, 12. A medida inclui os restaurantes e adegas da Rota do Vinho, destino turístico mais procurado, principalmente pelos paulistanos. Conforme a prefeitura, os leitos de enfermaria e UTI chegaram a 100% de lotação esta semana, depois do alto fluxo de turistas durante o Corpus Christi. A multa por descumprimento dobrou, de R$ 5 mil para R$ 10 mil.

Em Garça, o município baixou decreto aumentando o rigor no toque de recolher: das 9 da noite às 5 da manhã, pessoas que estiverem em circulação a pé ou em veículos sem motivo justificado serão abordadas e multadas. O comércio vai funcionar das 9 às 17 horas, com 30% de ocupação. O objetivo é frear a alta nos casos de covid-19 que põe em risco de colapso o sistema de saúde, segundo o prefeito João Carlos dos Santos (DEM). "Nesse momento é necessário que a população entenda a situação delicada pela qual estamos passando e colabore, evitando aglomerações em praças públicas e festas, mesmo que sejam particulares", disse.

Decreto da prefeitura de Piraju, no sudoeste paulista, proíbe a entrada de crianças com menos de 12 anos em mercados, supermercados e outros estabelecimentos essenciais. A medida visa reduzir a transmissão do novo coronavírus. Locais públicos, como praças e áreas de lazer, ficarão fechados até o dia 21 de junho. As aulas presenciais na rede municipal foram suspensas. As multas vão de R$ 200 a R$ 4 mil. Em Itaí, um decreto suspendeu o atendimento presencial em bares, restaurantes e lanchonetes.

Liberação

Em Franca, o prefeito Alexandre Ferreira (MDB) decidiu liberar o atendimento presencial, limitado a 30% da capacidade, em supermercados, padarias, açougues e farmácias a partir de sexta-feira, 11. Segundo ele, o lockdown iniciado há duas semanas reduziu a taxa de transmissão de casos da doença, que estava em 1,57% no dia 21 de maio, para 1,05% nesta quarta-feira. O confinamento não será prorrogado, mas o transporte público vai circular com 50% da frota.

A flexibilização acontece no momento em que a rede pública de Franca está com 100% de ocupação. No Pronto Socorro Álvaro Azzuz, referência para covid-19, 408 pacientes passaram por atendimento nas últimas 24 horas, 13% a mais que no período anterior. Nesta quarta, 70 pacientes estavam em observação, sendo 56 à espera de transferência para hospital - 35 para UTI, dos quais nove intubados.

Com aumento de 35,1% de novos casos de coronavírus na última semana, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), decidiu prorrogar a fase de transição do Plano São Paulo, mantendo as atuais medidas e horários de funcionamento do comércio até 30 de junho. "Com o aumento dos índices da pandemia, sobretudo em algumas áreas localizadas do Estado, o centro de contingência recomendou prorrogar por mais duas semanas", disse o governador. "É uma medida de cautela, para proteger a vida das pessoas."

As restrições atuais determinam toque de recolher das 21h às 5 horas. Assim, comércios, restaurantes, salões de beleza, atividades culturais e academias de esportes podem funcionar das 6 às 21 horas, com no máximo 40% da capacidade. "O toque de recolher tem sido fundamental para contenção e redução da aceleração da pandemia neste momento que ainda requer cautela", afirmou a secretária Patricia Ellen, de Desenvolvimento Econômico.

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Além da prorrogação, a gestão Doria vai recomendar que cidades com o sistema de saúde pressionado pela pandemia adotem medidas ainda mais restritivas do que as previstas no Plano São Paulo. A decisão final, no entanto, caberia às prefeituras. "A sugestão será feita a todos os municípios com mais de 90% na ocupação de leitos de UTI", disse João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência Covid-19. Entre as medidas recomendadas está reduzir o intervalo de funcionamento do comércio.

Como o Estadão mostrou ontem, pela primeira vez depois de ter conseguido reduzir os números da pandemia com o fechamento total das atividades, a cidade de Araraquara, no interior de São Paulo, voltou a atingir nesta terça-feira índice de covid-19 suficiente para a decretação de um novo lockdown. De 563 amostras analisadas, 21,13% deram positivo para o coronavírus. Em Presidente Prudente, também no interior paulista, o Ministério Público Estadual já recomendou que a prefeitura decrete lockdown.

De acordo com dados da Secretaria da Saúde, a taxa de ocupação de leitos de UTI está em 82,1% no Estado e 79,4% na Grande São Paulo. Ao todo, há 11.189 pacientes nas UTIs e as internações hospitalares têm crescido 0,5% ao dia. Desde o início da pandemia, foram registrados 3.382.448 casos e 115.960 mortes por coronavírus.

Manifestações

Por causa do cenário epidemiológico, o governo demonstrou preocupação com as manifestações de grupos pró e contra Bolsonaro, marcadas para os próximos dias. "O comitê recomenda que não ocorra, porque isso aumenta o risco de contaminação e, com certeza, prorroga o período da pandemia", afirmou Gabbardo. "Somos absolutamente contrários a qualquer tipo de manifestação, seja do lado A ou lado B."

Doria declarou, ainda, que o Estado vai multar o presidente Jair Bolsonaro, caso a determinação para uso obrigatório de máscara seja desrespeitada. "É lei", disse. "Se o presidente Jair Bolsonaro imagina que, pelo fato de ser presidente, pode vir a São Paulo participar de um movimento de rua, seja qual for a razão ou o motivo, e não usar máscara, ele será multado como qualquer outro cidadão."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (19) que ampliará o horário de funcionamento e a ocupação máxima de estabelecimentos comerciais a partir de 1º de junho. Além disso, divulgou o início da vacinação contra a covid-19 para pessoas de 55 a 59 anos entre 1º e 20 de julho.

Com a mudança, os setores comerciais que hoje funcionam até as 21h poderão permanecer em atendimento ao público até as 22h e com 60% de ocupação. A partir de 24 de maio, a ocupação poderá subir de 30% para 40%. Doria chamou a mudança de uma "nova fase" da fase de transição. Com a mudança, o toque de recolher passará a valer entre as 22h e 5h, diariamente.

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Além disso, Doria anunciou um plano de testagem rápida no Estado a partir de 1º de junho. Segundo a secretária estadual do Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, a "força-tarefa" ocorrerá em eventos privados teste, com o acompanhamento dos participantes nas semanas seguintes.

O objetivo estadual é finalizar a imunização da população com deficiência e comorbidades em junho. Além disso, o governador paulista destacou que a vacinação dos professores estará completa até julho, a fim de permitir a retomada das aulas presenciais no segundo semestre.

A média móvel de novas internações relacionadas ao novo coronavírus no Estado está em uma curva ascendente desde o dia 6 de maio, quando marcava taxa de 2.195 hospitalizações por dia, chegando a 2.376 na terça-feira, 18. O número é superior ao pico da pandemia de 2020, quando chegou a 1.972 em 16 de julho, embora seja inferior ao auge desde ano, quando se alcançou o patamar de uma média de 3.999 hospitalizações em 26 de março. Além disso, a taxa é superior à registrada antes do agravamento da segunda onda, quando era 1.445 hospitalizações, em 16 de fevereiro. No início de novembro, essa média era de 840.

Segundo dados do governo da tarde de terça, a média de ocupação é de 78,8% em UTI e de 60% em leitos de enfermaria. Ao todo, são 105.105 óbitos e 3.112.624 casos confirmados da doença no Estado.

Até as 12h21 desta quarta, o "vacinômetro" estadual apontava 15.069.219 vacinas aplicadas contra a covid-19, das quais 5.147.899 de segunda dose.

Prefeituras do interior paulista rebaixadas para a fase vermelha do Plano São Paulo de combate à Covid-19 estão se recusando a adotar medidas mais restritivas. Em ao menos três cidades - Bauru, Piedade e Araçariguama - entraram em vigor nesta segunda-feira (25) decretos contrariando as regras. Outras 15 cidades da região de Sorocaba entraram na fase vermelha, mas negociam com o governo a volta para a laranja. A gestão Doria informou que está notificando as prefeituras rebeldes e deve encaminhar os casos ao Ministério Público estadual.

Estão na fase vermelha as regiões de Barretos, Bauru, Franca, Marília, Presidente Prudente, Sorocaba e Taubaté. Atividades não essenciais, como lojas, shoppings, bares, restaurantes, academias, salões de beleza e escritórios devem permanecer fechados.

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Em Bauru, a prefeita Suéllen Rosim (Patriota) baixou decreto permitindo que esses estabelecimentos funcionem por dez horas diárias, de segunda-feira a sábado, no máximo até as 20 horas. "A prefeitura quer preservar a vida de todos e também manter de forma responsável as atividades econômicas e os empregos", disse a prefeita.

A prefeitura de Piedade, região de Sorocaba, seguiu a mesma linha, liberando o comércio até as 20 horas. Segundo o município, os indicadores são melhores do que em cidades vizinhas. Na manhã desta segunda-feira, 25, havia movimento intenso na região central e algumas pessoas não usavam máscaras.

Em Araçariguama, o decreto permite que o comércio funcione até as 20 horas, entre domingo e quinta-feira, e até as 21 horas nos fins de semana. Já os supermercados podem abrir até a meia-noite, medidas que contrariam o plano estadual.

Uma comissão de prefeitos liderados pelo prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), reuniu-se na manhã desta segunda com o secretário de Desenvolvimento Regional do Estado, Marco Vinholi, reivindicando a volta de 15 cidades da região para a fase laranja do Plano São Paulo. Os municípios foram rebaixados para a fase vermelha. Os prefeitos alegam que algumas cidades estão com índices melhores de ocupação hospitalar do que outras.

Eles querem autonomia para flexibilizar o comércio de acordo com indicadores locais de ocupação de leitos para covid-19. Vinholi confirmou o encontro e disse que o governo vai colocar, em parceria com a prefeitura, mais 20 leitos para Sorocaba, que é referência regional para a covid. No entanto, segundo o secretário, as cidades precisam se manter na fase vermelha até a próxima classificação do plano, que deve acontecer no dia 7 de fevereiro. Manga afirmou que a revisão pode ser antecipada para a próxima sexta-feira, 29.

Com relação a Bauru, Piedade e Araçariguama, o secretário disse que as três prefeituras já foram notificadas para acatarem o plano. "Notificamos agora de manhã e encaminhamos para o Ministério Público. Estamos contando que fiquem na fase vermelha, o que será melhor para todos, inclusive para os moradores dessas cidades", disse Vinholi.

Protesto em Ubatuba, no litoral norte de SP

Comerciantes de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, fizeram um protesto contra a volta da cidade à fase vermelha. Com faixas e cartazes contra o que chamaram de 'lockdown', eles caminharam pelo centro e interditaram o acesso às praias do norte e sul do município. O trevo de acesso à rodovia Rio-Santos também foi bloqueado.

A Associação Comercial e Empresarial de Ubatuba divulgou nota repudiando as novas regras. "Fechar o comércio com as praias abertas é declaradamente assinar o atestado de óbito de nossa amada Ubatuba", afirma o texto.

A prefeita Flávia Paschoal (PL) informou que tenta uma reunião com o governo para pedir uma revisão de fase. Segundo ela, tentativas anteriores de flexibilizar o plano foram barradas pelo MP. "O município é obrigado a cumprir o plano. Temos responsabilidades com as vidas. Nosso hospital (Santa Casa) foi deixado sem leitos de UTI; o que temos são leitos de suporte ventilatório. Peço a compreensão de todos, pois somos o município com menor orçamento do litoral e maior dificuldade na saúde", disse.

 

 

Em Limeira teve até caixão em protestos de donos de bares e restaurantes do interior de São Paulo, nesta segunda-feira, 25, contra as novas restrições ao comércio definidas pelo Plano São Paulo, para controle da pandemia de covid-19. A urna funerária, normalmente vista em atos que defendem o isolamento e a vacinação contra a doença, foi levada para uma praça, na região central de Limeira, por um grupo de comerciantes da cidade. Segundo eles, nesse caso, o caixão simboliza a morte pelo desemprego e a falta de renda.

O protesto continuou com uma carreata guiada por um carro de som e terminou em frente à prefeitura. A cidade está na fase laranja do plano, em que muitas atividades comerciais são permitidas, mas os comerciantes se insurgem principalmente contra a restrição à venda de bebidas alcoólicas no período noturno e a obrigatoriedade de fechamento total do comércio não essencial nos fins de semana. A prefeitura informou que ouviu representantes do setor, mas tem a obrigação de seguir o plano estadual.

Em Campinas, cidade que também está na fase laranja do Plano, donos e funcionários de bares protestaram contra o fim do atendimento presencial em dias úteis. Os manifestantes se concentraram no Largo do Rosário, na região central, e caminharam até a sede da prefeitura, ocupando a escadaria central do prédio. O setor alega dificuldades para manter os empregos. Representantes foram recebidos por gestores municipais. Em rede social, o prefeito Dário Saadi (Republicanos) informou que a cidade precisa de mais leitos hospitalares para reivindicar, junto ao governo estadual, a reclassificação para uma fase menos restritiva.

Conforme o secretário de Desenvolvimento Regional do Estado, Marco Vinholi, as restrições são necessárias diante das altas de casos, internações e mortes pela covid-19 nos últimos 15 dias, além da elevada ocupação de leitos de UTI. Segundo ele, as decisões do Plano São Paulo são técnicas, seguem critérios com muita transparência e devem ser seguidas pelas prefeituras "para segurança da população."

O Estado de São Paulo volta a ter regras mais restritas de circulação a partir desta segunda-feira (25), que colocam todos os municípios na fase vermelha do Plano São Paulo diariamente, entre as 20 horas e as 6 horas, e em tempo integral nos fins de semana. A medida é válida pelo menos até o dia 8 de fevereiro.

Na fase vermelha, é permitida a abertura de estabelecimentos considerados essenciais, como mercados e supermercados, farmácias, clínicas e hospitais, postos de gasolina, oficinas mecânicas, padarias (sem consumo no local), bancos e pet shops, dentre outros.

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Entre os estabelecimentos com funcionamento vetado na fase vermelha, estão os shoppings, galerias, comércio e prestadores de serviços em geral, salões de beleza, barbearias, academias de ginástica, espaços de eventos e convenções, museus, cinemas, teatros e espaços culturais.

No caso de lojas de conveniência, a venda de bebida alcoólica fica restrita entre as 6 horas e as 20 horas. Além disso, restaurantes, lanchonetes, bares e outros espaços de gastronomia podem funcionar apenas para delivery e venda para levar (take away).

Fora do horário de restrição, a capital e as demais cidades da região metropolitana estão sujeitas às regras da fase laranja, a segunda mais restrita depois da vermelha.

Entre os regramentos dessa classificação, está o funcionamento de shoppings, comércio, de estabelecimentos de serviços, salões de beleza, barbearias, academias, espaços culturais e de eventos e restaurantes por até 8 horas diárias e com 40% da capacidade. Bares não podem ter atendimento presencial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As restrições de mobilidade foram encaradas por especialistas ouvidos pelo Estadão como um avanço no combate à Covid-19. No entanto, consideram que elas são insuficientes para conter a transmissão do vírus.

"Eu vi avanço na alteração do Plano São Paulo. Muitas cidades regrediram para a fase vermelha e todo o Estado está no mínimo na fase laranja, o que mostra a gravidade da situação", aponta Domingos Alves, professor de medicina da Universidade de São Paulo de Rio Preto.

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Para ele, as medidas "são de desespero", uma maneira de sinalizar para a população que ações estão sendo tomadas para conter o coronavírus, mas não suficientes. "Não existem evidências de que elas contenham a taxa de transmissão."

"Isso vem de uma posição equivocada do secretário de Saúde do Estado, que dizia que a transmissão maior vinha de quem se aglomerava à noite em bares e restaurantes. Mas isso desconsidera quem precisa pegar trem e ônibus para trabalhar ou atende nos comércios, por exemplo", aponta Alves.

Presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri acredita que as medidas sozinhas não conseguirão diminuir a taxa de transmissibilidade. "Infelizmente, dependemos muito do comportamento das pessoas. O problema não está no shopping, no comércio ou na academia, porque você pode estar em um serviço essencial que nunca fechou e estar aglomerado, sem máscara e sem distanciamento", avalia. "Tão importante quanto essas medidas é o comportamento das pessoas".

Kfouri acredita ser o momento de "aumentar as restrições" e ainda encara com preocupação o potencial de contágio do vírus em eventos noturnos, especialmente nas festas clandestinas que têm se alastrado pelo País.

"É um absurdo fazer baladas e aglomerações desnecessárias em pandemia. Essa questão de 'sou jovem, assumo o risco e não estou prejudicando ninguém' não é verdade porque impacta toda a comunidade", afirmou o especialista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Estado de São Paulo está abrindo 756 leitos extras - 306 serão de UTI e 450 de enfermaria. O hospital de campanha de Heliópolis, dentro do prédio do Ambulatório Médico de Especialidade (AME) Barradas, na zona sul da capital, com 24 leitos de UTI, desativado em setembro, será reaberto. Além disso, cirurgias eletivas estão sendo canceladas.

"Precisamos e estamos aumentando o número de leitos de unidades de terapia intensiva e de enfermaria", disse o secretário da saúde, Jean Gorinchteyn. O índice de ocupação de leitos na rede paulista, em hospitais públicos e privados, é de 71,1%.

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"Estamos monitorando diariamente a situação na região e em todo o Estado, cientes de que precisamos agir rapidamente para que a rede hospitalar possa enfrentar o recrudescimento da pandemia. Diante do cenário epidemiológico em todo o mundo, decidimos ampliar leitos nos nossos serviços", afirmou Gorinchteyn. Segundo o governo, mais de 6 mil leitos de UTI estão ocupados no Estado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou, nesta sexta-feira (15), o endurecimento das regras de quarentena no Estado a fim de conter o avanço da Covid-19. As mudanças são válidas a partir do próximo dia 18. Segundo informou o governador, sete regiões tiveram regressão de fase. Nenhuma avançou.

Atualmente na fase laranja, o município de Marília passa para fase vermelha, enquanto as regiões de Bauru, Araçatuba, Franca, São José do Rio Preto, Piracicaba, Taubaté e Ribeirão Preto, atualmente na fase amarela, receberão classificação laranja. A região da Grande São Paulo se mantém na fase amarela.

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A reclassificação do plano São Paulo, prevista antes para acontecer somente em fevereiro, foi adiantada em três semanas por conta do aumento do número de casos e mortes por Covid-19 no Estado, que registrou piora dos índices epidemiológicos nas últimas semanas.

De acordo com o governador, a reclassificação "é medida preventiva e extremamente necessária". Conforme afirmou, a medida foi adiantada por "razões substantivas", a fim de salvar vidas diante da acentuação da segunda onda no País.

Segundo dados da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), o Estado registra aumento semanal - comparativo entre os sete últimos dias e os sete anteriores - de 43,2% em novos casos, 44,7% em novos óbitos e 21,4% em novas internações.

Na Região Metropolitana de São Paulo, os novos casos cresceram 34,5% e novos óbitos, 47,0%

Enquanto na fase vermelha apenas os serviços essenciais podem funcionar, a fase laranja permite, com restrições, o funcionamento de todos os setores, com exceção de bares. A capacidade de ocupação dos locais é de 40% e o horário de funcionamento permitido é de oito horas diárias.

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